O ANO DE 2011 registrou o primeiro caso de leishmaniose visceral americana
O paciente, uma criança de apenas 6 anos do bairro Santa Antonieta 2, na zona Norte, foi diagnosticado por meio de exame realizado pelo Hospital das Clínicas e confirmado por laudo do Instituto Adolfo Lutz. O caso ocorreu em outubro e logo em seguida, setor de zoonose do município iniciou bloqueio e coletando amostras de material parasitológico de cães suspeitos para inquéritos sorológicos. A leishmaniose, introduzida no Estado de São Paulo através do Estado do Mato Grosso há 12 anos, chegou ao município de Marília através do mosquito- -palha. A presença do vetor foi confirmada em 2010, após pesquisas desenvolvidas pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). Desde a introdução da doença no estado, Marília realizava ações de vigilância, coletando amostras de material para o exame parasitológico de cães suspeitos, e realizando inquéritos sorológicos em áreas de ocorrência do vetor. O mosquito- -palha tem características diferentes do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Enquanto o da dengue se reproduz em água limpa e parada, a Lutzomiya longipalpis se reproduz em material orgânico em decomposição, o que o classifica mais apropriadamente como mosca. Com a confirmação do caso autóctone, a Secretaria Municipal da Saúde desenvolveu um trabalho casa a casa, através dos agentes de saúde, buscando pessoas com sintomas compatíveis (febre por mais de 15 dias, aumento do volume abdominal, falta de apetite ou palidez cutânea), além de animais suspeitos de portar a doença. Um inquérito canino encaminhou amostras de sangue de mais de 200 cães da região. “Apesar de terem sido encontrados, na primeira coleta, animais com sintomatologia compatível com LVA, podemos estar diante de casos de desnutrição, verminose, erlichiose ou outra doença cujas características sejam semelhantes, uma vez que os resultados foram todos negativos”, disse o coordenador da zoonose, Lupércio Garrido.
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