Pulverizar informações sobre o controle da doença é objetivo do encontro, promovido em parceria com a MSD Saúde Animal, em São Paulo
A Campanha nacional “Diga Não à Leishmaniose” promoveu no dia 14 de julho, em São Paulo, a palestra ‘A Leishmaniose no Brasil’, ministrado pelo médico veterinário e gerente Técnico da MSD Saúde Animal (São Paulo/SP), Andrei Nascimento. O evento, que ocorreu na Casa do Advogado Ipiranga, tem como objetivo conscientizar a população sobre a gravidade da leishmaniose visceral canina, doença de saúde pública e considerada uma zoonose de alta letalidade.
Segundo Nascimento, a cidade de São Paulo ainda não é considerada endêmica pelas autoridades, apesar dos muitos casos caninos diagnosticados e dos vários municípios ao redor, como, por exemplo, Cotia, Itapecerica da Serra, Embú, entre outros, com alta prevalência canina. “Por isso, é de extrema importância que as pessoas adotem medidas preventivas, como, por exemplo, o uso das coleiras impregnadas com Deltametrina a 4% (Scalibor) nos cães para evitar que os mesmos sejam picados e se tornem fontes de infecção, para o ser humano, no meio urbano”, ressalta.
A coordenadora do projeto, Marli Pó, trabalhou como assessora de Clodovil por muitos anos e idealizou a campanha em 2005, após ver o sofrimento do estilista quando seus cães foram infectados pela doença em Ubatuba. O único que se salvou, na época, foi o Grande Otelo, símbolo da campanha.
A leishmaniose é transmitida, principalmente, por meio da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aleishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90% dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas e o número de óbitos é de aproximadamente 200, anualmente.
Doença
Cães e humanos são vítimas da doença
- A leishmaniose visceral é uma doença fatal para os cães;
- Em humanos, se não tratada, pode levar à morte em até 90 % dos casos;
- Cerca de 3.800 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil;
- A doença é transmitida pela fêmea do inseto. Ao picar cães infectados ela se infecta e, posteriormente, pica os humanos, transmitindo a doença;
Quando os cães adoecem apresentam principalmente os seguintes sintomas:
- Apatia;
- Lesões de pele;
- Queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas;
- Emagrecimento;
- Crescimento anormal das unhas.
Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentar sintomas clínicos. Estes cães são fontes de infecção para o inseto transmissor e, portanto, um risco à saúde de todos. A única forma de detectar a infecção nestes animais é por meio de exames de laboratório específicos.
Ajude a combater a leishmaniose
- Não deixe seu cão solto nas ruas;
- Mantenha-o sempre com a coleira à base de deltametrina;
- Mantenha o seu quintal limpo para evitar procriação do inseto ;
- Consulte um Médico Veterinário regularmente;
- Saiba mais sobre leishmaniose no site www.scalibor.com.br e www.diganaoaleishmaniose.com.br
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