Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Vacina contra a Leishmaniose animal, em dose única

Nova vacina contra a Leishmaniose Canina no mercado nacional

Desenvolvida pelos Laboratórios LETI, a LETIFEND® é a primeira vacina contra a Leishmaniose Canina baseada numa proteína recombinante e totalmente desenvolvida na Europa, sendo a quarta vacina contra a Leishmaniose Canina em todo o mundo.
Portugal, Espanha, França e Itália fazem parte da lista de países mais afetados com cerca de 2,5 milhões de cães infetados por Leishmania Infantum.
Estima-se que Portugal tenha mais de 2 milhões de cães e que o risco de infeção aumente entre abril e setembro. Tendo a prevalência da Leishmaniose Canina aumentado nos últimos anos, especialmente nas regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve.
©MIGUEL BERROCAL
©MIGUEL BERROCAL
Jaime Grego, presidente dos Laboratórios LETI, explica que “em 2016, obtivemos a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para comercialização da vacina LETIFEND® em todos os estados membros da União Europeia. Esta inovadora vacina, que agora está disponível a todos os veterinários portugueses, é também um passo fundamental para o desenvolvimento da vacina contra a Leishmaniose Humana, um projeto com elevada prioridade para os Laboratórios LETI, que desde há cerca de 25 anos realizam investigações em colaboração com diversos centros nacionais e internacionais para alcançar este objetivo”.
Esta vacina recombinante é o resultado de anos de investigação dos Laboratórios LETI. LETIFEND® tem por base uma proteína quimérica, construída a partir da união de cinco fragmentos de proteínas do parasita L. infantum, com capacidade antigénica, para proporcionar, aos veterinários, uma ferramenta avançada, plenamente segura e eficaz na imunização de cães não infetados, logo a partir dos 6 meses de idade.
A nova vacina reduz o risco de infeção ativa ou doença clínica após exposição do animal ao L. infantum, e foi concebida para minimizar o risco de efeitos secundários e reações adversas, graças à sua fórmula, única, sem adjuvante.
©MIGUEL BERROCAL
©MIGUEL BERROCAL
LETIFEND® é administrada numa única dose anual, de modo que pode ser incluída em protocolos de vacinação dos cães, logo a partir dos 6 meses de idade e começa a atuar 28 dias após a administração, com imunidade para 365 dias.
A sua fórmula permite a vacinação dos animais, sem comprometer ou interferir com o posterior diagnóstico serológico e garante a inexistência de efeitos secundários no animal, frequentemente verificados até então.
Os Laboratórios LETI têm estrutura física em Portugal (Leça do Balio, no Porto), para dar resposta às necessidades do mercado nacional, que é muito relevante para a empresa espanhola com sede em Barcelona.
Este é mais um passo fundamental dos Laboratórios LETI 

Milteforan cura a leishmaniose no animal?? Saiba mais

Milteforan: medicamento realmente cura o animal com leishmaniose?

Três Lagoas      Autor: Loislenne Longui
Arquivo Pessoal/Facebook Dr. Fábio Nogueira, pesquisador responsável pela liberação do fármacoDr. Fábio Nogueira, pesquisador responsável pela liberação do fármaco
 Desde agosto do ano passado a comercialização do Milteforan – medicamento usado no tratamento de cães com leishmaniose – foi liberada no Brasil, graças a estudos e pesquisas que comprovaram o efeito de cura que a medicação possui. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a eficácia do produto em relação a cura do animal infectado. O ExpressãoMS, conversou com o pesquisador responsável pelo estudo de eficácia da Miltefosina no Brasil, o Médico Veterinário e sócio fundador da Brasileish, Fábio dos Santos Nogueira, para esclarecer dúvidas frequentes sobre o assunto.
A leishmaniose humana e canina é uma doença que apresenta tratamento, mas é de difícil cura. “Quando falamos de cura, quero dizer cura parasitológica estéril, o que é raro nesta enfermidade”, explicou o doutor. O país passa por um aumento significativo e progressivo do número de casos humanos e caninos de leishmaniose visceral, gerando grande preocupação nos agentes de saúde pública, médicos e veterinários no país. Em Três Lagoas, nos últimos três anos foram constatados aumento de 71% nos casos de leishmaniose visceral em humanos. Em 2014 foram sete casos; 2015 positivos deram nove; e em 2016, 12 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
Depois de anos de estudo e pesquisas – que foram realizadas em Andradina (SP) – eles conseguiram comprovar que o animal tratado não continua transmitindo a doença. Essa dúvida afinal é um antigo tabu da sociedade, que ainda tem preconceito em adotar ou cuidar de animais que tenham a doença. “O tutor deve procurar o tratamento sabendo que vai lhe exigir responsabilidade, acompanhamento clínico, custos e que visa um tratamento individual e não como medida de saúde pública. Com a liberação de uma droga específica para o tratamento canino, o veterinário sai da clandestinidade e se for realizado de forma correta terá uma excelente possibilidade de tratamento do animal”.
O tratamento
O tratamento promove melhora clínica, redução da carga parasitária, recuperação imunológica e redução ou bloqueio da transmissão da doença. O Milteforan mata o parasito, ou seja, tem efeito leishmanicida. Sua administração deve ser feita durante 28 dias ininterruptos, por via oral, associado com Allopurinol e outros imunomoduladores. O animal sempre irá precisar de acompanhamento veterinário.
A doença é causada por um protozoário digenético – parasitas que só completam seu ciclo evolutivo se passarem pelo menos dois hospedeiros – o vetor (conhecido como flebotomíneo), ou mosquito palha, abriga a forma promastigota, e precisa de um vertebrado que funcione como um reservatório da doença. Esse reservatório pode ser em cães, gatos, gambás e no homem. “Esta é a principal e mais importante forma de transmissão. Se não tivermos estes dois atores, não teremos a doença. Não adianta eliminar o cão e deixar os mosquitos, que utilizarão outros reservatórios para manter a enfermidade. A leishmaniose é uma doença que depois que chega à cidade, é preciso aprender a conviver com ela. Descobrir no município quais são os fatores que favoreceram a multiplicação e adaptação do inseto é primordial e deve ser o papel do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)”.
O especialista ainda explicou que o medo que as pessoas sentem em ter um animal em tratamento dentro de casa é totalmente desnecessário, já que não é uma doença contagiosa, e apenas os flebotomíneos infectam as pessoas, que já tem algum potencial de infecção. “Infelizmente a doença é negligenciada e muitos profissionais da área médica (médicos, veterinários, biólogos) a desconhecem. Há um pré-conceito muito grande e ainda são usadas medias que eram adotadas em 1963. Hoje a medicina evoluiu e temos ferramentas de diagnóstico que nos permite identificar se um animal está infectado, se está doente, e se está transmitindo (potencial de infectividade). As pessoas ainda morrem ou por falta de diagnóstico do médico ou pelo potencial nefro e cardiotóxico das medicações que são utilizadas para o tratamento”, explicou.
Expectativa de vida do animal
A expectativa de vida de um animal vai depender da resposta perante o tratamento. O animal terá uma vida normal, no entanto deve ser acompanhado por um profissional qualificado com exames a cada quatro ou seis meses, além de usar coleiras e repelentes que impeçam uma nova reinfecção. O tratamento não o torna imune. Em áreas endêmicas a prevenção em animais tratados é essencial.
Nogueira explicou que o tratamento é individual e não será adotado como medida de saúde pública, por isso, o governo não utilizará para combater endemias. O medicamento é uma droga controlada, vendida apenas para médicos veterinários. Existe um número de série que o proprietário do animal utiliza para se cadastrar em uma ferramenta chamada Club Pet Virbac. Através desse clube, é possível obter benefícios e descontos, além de lembretes de quando procurar o médico veterinário novamente. No entanto, o doutor explicou que somente os produtos vendidos no Brasil apresentam este número de série. O fármaco começou a ser vendido em janeiro no país.
A membra da associação Protetoras TrêsLagoas, Emiliane Souza, já perdeu as contas de quantos animais contaminados com a doença já resgatou. Ela contou que há sete anos cuida de Fred, um de seus vários animais de estimação. “Resgatei o Fred das ruas com sete meses de vida, já com leishmaniose. Na época não tínhamos acesso ao Milteforan, só se entrasse ilegalmente no Brasil, mas existem remédios que auxiliam no tratamento do animal e o permite uma vida normal. Só não conseguimos recuperar animais em estado avançado, quando a doença já afetou o fígado e os rins”.
Emiliane realiza exames de seis em seis meses, e administra corretamente o único remédio que Fred toma, Allopurinol. Segundo ela, o pet nunca apresentou recaídas e vive muito bem.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Leishmaniose avança em Presidente prudente e região.

Pesquisa aponta avanço da leishmaniose na região de PP

Da Redação, às 19:08:00 de 15/02/2017
Homem ou o animal infectados se tornam reservatórios da doença; prevenção é o principal remédio
Homem ou o animal infectados se tornam reservatórios da doença; prevenção é o principal remédio 
(Foto: Arquivo/Gabriela Oliveira/AI Unoeste)
A leishmaniose vem se espalhando rapidamente pelo Oeste Paulista desde 2005, ano em que foi relatado o primeiro caso na região.
A constatação faz parte de uma pesquisa chamada “Características clínicas e distribuição espacial da leishmaniose visceral em crianças do Estado de São Paulo: um foco emergente de leishmaniose visceral no Brasil”, um estudo interinstitucional que conta com a participação de docentes de uma universidade de Presidente Prudente.

O trabalho analisou a evolução clínica, o tratamento e aspectos epidemiológicos de 63 crianças encaminhadas ao Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente, vindas de 45 municípios que compõem a Rede Regional de Assistência e Saúde 11 (RRAS11), diagnosticadas e tratadas entre 2006 e 2010.
A pesquisa mostra que a leishmaniose é emergente no Oeste do Estado de São Paulo e foi motivada pelo registro de 330 casos humanos na região entre 2005 e 2012, sendo 19 óbitos.

A leishmaniose visceral é uma zoonose, doença que precisa de um animal vertebrado para completar seu ciclo, para isso, costuma usar um cachorro doméstico. Isso porque depois de utilizar o cão como reservatório, o mosquito transmissor infectado, que vive normalmente em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico, pode numa simples picada levar a doença ao ser humano.

E o desafio de combater à leishmaniose ganhou destaque também em âmbito internacional, já que revista especializada em saúde e doenças tropicais “Pathogens and Global Health” publicou o estudo.

Resultados

O estudo mostra alguns fatores que contribuem para a redução no número de óbitos e evolução das crianças, como a agilidade no período entre diagnóstico e tratamento. Além disso, a internação em um hospital de referência – como o HR – com equipe multidisciplinar e suporte de UTI pediátrica é fundamental.

Durante a pesquisa, apenas um óbito foi registrado. Os municípios de Panorama e Tupi Paulista tiveram o maior número de pacientes em tratamento, com 21% e 16,5% respectivamente.
A idade média das crianças internadas foi de 3,3 anos, enquanto o espaço entre o diagnóstico e início de tratamento foi de 16 dias; já o tempo médio de internação hospitalar, 18 dias.

Um detalhe que merece atenção é que 9,6% das crianças sofreram com o reaparecimento da doença ou sintoma depois de tratadas, sendo que 19% foram levadas para a UTI pediátrica.

Leishmaniose - Ajude a prevenir.

Você pode fazer a sua parte, cuidando dos espaços onde vive e de sua vizinhança. Seja consciente e saiba que viver em comunidade e bem, muda tudo a sua volta.

Nosso real foco é #salvarvidas

Previna-se:

Manter a poda de árvores, folhagens e grama dos quintais;

Manter quintais, estábulos e galinheiros limpos e livres de folhas, frutos e fezes;

Manter galinheiros e abrigos de animais afastados da casa;

Se possível colocar telas finas nas portas e janelas;

Manter a saúde e a higiene de seus animais, usando coleira repelente de insetos e não permitindo que o cão fique solto nas ruas;

Embalar em sacos plásticos e colocar para coleta a matéria orgânica (folhas, frutos e fezes) retirados dos quintais, estábulos e galinheiros.

Plantar repelentes como citronela, neêm, e outras plantas que possa ajudar a repelir os insetos.

O Encoleiramento dos cães que vivem nas casas e ao redor, também ajuda a prevenir o meio ambiente, como a coleira scalibor, que além de prevenir o cão de ser picado, ajuda o meio ambiente, matando os insetos. Há mais de 10 anos prevenindo contra a leishmaniose. #coleirascalibor #leishmaniose #prevenção #leishmaniosemata #diganaoaleishmaniose 


Leishmaniose - Mais casos em Marília interior de São Paulo

15/02/2017 19h15 - Atualizado em 15/02/2017 19h15

Marília confirma terceiro caso de leishmaniose visceral em 2017

Paciente é uma mulher de 59 anos moradora do Parque das Primaveras.
Em 2016 foram registrados dez casos da doença na cidade.

Do G1 Bauru e Marília
A Secretaria da Saúde de Marília (SP) confirmou nesta quarta-feira (15) o terceiro caso de leishmaniose visceral em humanos. A paciente é uma mulher de 59 anos moradora do Parque das Primaveras, na zona norte da cidade.
Segundo a Secretaria de Saúde, a mulher está recebendo medicação e está bem. Os outros dois casos do ano também foram registrados na zona norte. Um no bairro Jânio Quadros e outro no Santa Antonieta.
Em 2016 foram registrados dez casos da doença na cidade, sendo que seis deles foram registrados no bairro Jânio Quadros.
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha. O mosquito suga o sangue do animal infectado, no caso o cachorro, e depois pica uma pessoa saudável transmitindo a doença.
A doença é muito grave. Nos humanos prejudica órgãos vitais como fígado e medula óssea onde são produzidas as células do sangue. Com isso causa anemia e queda de imunidade. Também deixa o animal bem debilitado. Por isso é importante notar os sintomas logo no início para evitar a transmissão.
No ser humano o tratamento é doloroso e precisa até de internação. No cão, um tratamento foi aprovado recentemente pela Anvisa e os animais não precisam mais ser sacrificados.
O mosquito se reproduz em material orgânico: lixo exposto, folhas úmidas, frutas apodrecidas e fezes de animais. Tudo isso deve ser evitado, o quintal e terrenos desocupados precisam estar limpos e outro cuidado é imunizar o cãozinho, mas a vacina não é fornecida de graça. O preço da vacina de leishmaniose é R$ 120 cada dose e são necessárias três. A coleira varia conforme o peso do animal, entre R$ 80 a R$ 100.
CCZ faz mutirão contra a leishmaniose em Presidente Prudente (Foto: Reprodução/TV Fronteira)Cachorros precisam tomar a vacina contra a leishmaniose  (Foto: Reprodução/TV Fronteira)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Leishmaniose - CCZ - Campo Grande terá um dos mais mestres em leishmaniose

04/02/2017 10:43

Nova fase do CCZ pode mudar cultura de 'tirar o cão e deixar o mosquito'

André Luis Soares da Fonseca deve ser nomeado em breve e quando assumir o órgão quer conscientizar a população quanto ao uso de telas na janela; reduzir a população canina, implantar sistema de consultas e a carrocinha do bem

Christiane Reis
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André Luis da Fonseca estima que processo de cedência deva estar concluído em 15 dias. (Foto: Christiane Reis)André Luis da Fonseca estima que processo de cedência deva estar concluído em 15 dias. (Foto: Christiane Reis)
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) está prestes a uma mudança na forma de atuação, com o novo coordenador que vai responder pelo órgão. Como primeiras ações, está o Pronto-Atendimento veterinário para realizar consultas aos animais. Também é meta aumentar a campanha de castrações e conscientizar a população para que foque na eliminação do mosquito causador da leishmaniose e não no extermínio de cachorros.
Médico-veterinário, advogado e professor universitário, André Luís Soares da Fonseca, aguarda documentação de cedência para o município, o que na estimativa dele deve levar pelo menos mais uns 15 dias. Enquanto isso, o que não faltam são projetos.
André pretende atuar em um sistema que resume como engrenagem. “Temos de reduzir a população canina, que hoje está estimada em 162 mil cães e pretendemos chegar a 80 mil em três anos, realizando o trabalho de castração. Já existe o levantamento dos bairros com maior população de animais que estão na rua, não digo cães de rua, mas aqueles que pelo fato da casa não ter muro acabam ficando na rua”, disse André Luis da Fonseca.

A capital já tem população canina em torno de 162 mil animais. A intenção é controlar a natalidade. (Foto: Arquivo)A capital já tem população canina em torno de 162 mil animais. A intenção é controlar a natalidade. (Foto: Arquivo)
Nesse caso, o trabalho será feito no âmbito da 'Carrocinha do Bem', que consiste em buscar os animais nos bairros apontados pelo levantamento, castrar no CCZ e devolver ao dono. “Queremos atingir a meta de realizar 100 castrações por dia”, disse. Para isso, além dos quatro veterinários que já atuam no órgão, mais quatro serão contratados. Ele não detalhou o levantamento, mas apontou o Jardim Noroeste como um dos bairros com grande número de animais.
Outra ação que deve iniciar assim que assumir é o Pronto-atendimento Veterinário, não será um hospital, segundo informou, por que não haverá condições de se fazer tratamentos mais complexos. A ideia é realizar um sistema de consultas e manter alinhada a conversa com as coordenações de saúde, quanto à questão de medicamentos.
Além disso, por meio do CCZ Legal, ele pretende estende o horário para adoção de animais. Hoje é possível adotar apenas no horário das 17 às 19 horas. A ideia de André Luis é fazer isso em período integral.
No Bairro Noroeste, cães costumam ficar nas calçadas e à noite são colocados para dentro. (Foto: Christiane Reis)No Bairro Noroeste, cães costumam ficar nas calçadas e à noite são colocados para dentro. (Foto: Christiane Reis)
Mais cachorro em uma das ruas do Jardim Noroeste, onde segundo André Luis há grande número de cães. (Foto: Christiane Reis)Mais cachorro em uma das ruas do Jardim Noroeste, onde segundo André Luis há grande número de cães. (Foto: Christiane Reis)
Conscientização – Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a metodologia estatística feita pelo CCZ aponta prevalência real da leishmanioses em 20,14% da população canina de Campo Grande, que hoje é de 162 mil animais.
Na leitura de André Luis da Fonseca é preciso que a população entenda que a leishmaniose é uma doença vetorial, “o que ocorre é que a população retira o cachorro e não elimina o mosquito que é o responsável pela transmissão da doença”, disse André Luis da Fonseca. Ele apontou também que estudos recentes apontaram que de cada dez pessoas infectadas pela leishmaniose oito não tinham cachorro em casa.
Outro detalhe é com relação à amplitude de voo do mosquito, que varia de 200 metros a 2 quilômetros, depois de infectado o mosquito leva de 5 a 7 dias para poder infectar alguém. Sabendo disso a população precisa se proteger e não é do cachorro e sim do mosquito. Como? A primeira recomendação é um hábito antigo, comum em fazendas, telas nas janelas.
“Nós estamos em uma cidade quente, então nas casas que não têm ar-condicionado, as pessoas tendem a deixar a janela aberta, se a janela estiver com tela, o mosquito não vai entrar”, recomenda.
Outra recomendação é criar o hábito de usar roupas compridas de tecidos leves, como forma de se proteger também.
Augusto Santana diz que na casa dele os mosquitos não entram por conta das telas nas janelas. (Foto: Christiane Reis)Augusto Santana diz que na casa dele os mosquitos não entram por conta das telas nas janelas. (Foto: Christiane Reis)
Em outra casa do bairro, as janelas também estão com telas. (Foto: Christiane Reis)Em outra casa do bairro, as janelas também estão com telas. (Foto: Christiane Reis)
Proteção – A reportagem visitou o Jardim Noroeste, um dos bairros apontados como sendo com grande número de animais. Em uma volta rápida pelo bairro foi possível verificar que alguns moradores já usam telas para se proteger dos mosquitos.
Na casa do auxiliar de açougueiro, Augusto Ribeiro Santana, 21 anos, as telas estão nas janelas do quarto e do banheiro. “ Eu moro aqui há dois meses e quando vim as telas já estavam instaladas. Gostei bastante porque posso deixar a janela aberta que não entra mosquito. Quanto a isso me sinto protegido”, disse.
Perto da casa dele a operadora de caixa, Simeia Oviedo, 30 anos, também mantém na cozinha industrial telas nas janelas e na porta. “Aqui fazemos salgados e colocamos as telas para não entrar insetos mesmo. Mas vamos reformar a nossa casa e vamos colocar em todas as janelas, porque realmente é algo que funciona”, disse.
Já a dona de casa Renata Cristina Vicente da Silva, 33 anos, gostou da ideia da Carrocinha do Bem. “ Acho uma ótima ideia, porque a minha cachorra em um ano já teve duas crias. Na última nasceram quatro cachorrinhos, sendo que dois morreram. Ainda bem que consegui encontrar gente responsável para ficar com os outros dois”, contou.
Ela tem dois cachorros , durante o dia, eles costumam ficar em frente de casa, na calçada. À noite ela guarda os cães.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Leishmaniose em criança de 8 meses, é confirmada em Ladário - MS

Saúde confirma menino de 8 meses com leishmaniose em Ladário

A criança é a primeira vítima da leishmaniose este ano no município de Ladário, mas o fator preocupante está no alto índice de cães infectados, aponta Prefeitura

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01 FEV 2017Por REDAÇÃO11h08
Ao contrário do que havia divulgado, a Secretaria de Saúde de Ladário confirmou que a criança que está com leishmaniose, não é uma menina e sim, um menino- Foto: divulgação PML
Ao contrário do que havia divulgado, a Secretaria de Saúde de Ladário confirmou que a criança que está com leishmaniose, não é uma menina e sim, um menino- Foto: divulgação PML
Ao contrário do que havia divulgado, a Secretaria de Saúde de Ladário confirmou que a criança que está com leishmaniose, não é uma menina e sim, um menino que mora no bairro Alta Floresta I. Ele tem 8 meses de idade e está internado no Hospital de Caridade de Corumbá, onde está sendo tratado da doença.
A criança é a primeira vítima da leishmaniose este ano no município de Ladário, mas o fator preocupante está no alto índice de cães infectados. “Dos nove exames que coletamos, sete deram positivo”, disse Keila Brito da Silva, gerente de Atenção Básica em Saúde.
“Agora nós estamos fazendo um monitoramento na área para saber como essa criança pode ter pego a doença. Um perímetro de 9 quadras será visitado por nossos agentes”, garantiu Keila.
Nos próximos dias o bairro vai passar por uma varredura completa. Serão eliminados criatórios do mosquito Flebótomo, transmissor da Leishmaniose, os técnicos irão borrifar veneno e também será coletado o sangue dos cães. “Aqueles que estiverem infectados terão que ser sacrificados, isso para proteger a saúde das pessoas”, disse Keila.
O mosquito pica o cão que desenvolve o vírus. Esse animal acaba transmitindo a doença para outros cachorros e até para as pessoas. A leishmaniose é uma doença perigosa, infecta principalmente as pessoas que não estão bem nutridas e pode até levar à morte.

Leishmaniose em humano, mais casos na cidade de Oswaldo Cruz

31/01/2017 17h27 - Atualizado em 31/01/2017 17h27

Osvaldo Cruz confirma o primeiro caso de leishmaniose em humano

Doença foi diagnosticada em um 'adulto jovem', que não teve a idade revelada.
Confirmação foi nesta terça (31) e o paciente aguarda o início do tratamento.

Do G1 Presidente Prudente
Mosquito-palha (Foto: Reprodução / TV Globo)Mosquito-palha
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A Prefeitura de Osvaldo Cruz confirmou, nesta terça-feira (31), o primeiro caso de leishmaniose visceral em humano, no município, em 2017. Conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Epidemiológica, a doença foi diagnosticada em um “paciente adulto jovem”, que não teve a idade divulgada.
Ainda segundo a pasta, em 2016 não houve registros de leishmaniose em humanos na cidade, “mas desde 2007 já foram diagnosticados 54 casos”. “A Vigilância Epidemiológica lembra que a ocorrência de leishmaniose em humano está relacionada a um animal contaminado pela mesma doença na casa onde o paciente reside”, informou.
O Poder Executivo salientou que, através do setor do Controle de Vetores, “já realiza o manejo na região onde mora o paciente contaminado com visitas ativas”, retiradas de material de proliferação do mosquito-palha, vetor da doença, e ainda “inquérito canino para verificação de ocorrências de animais contaminados pela doença”.
“Já o paciente contaminado aguarda vaga para tratamento da doença e não foi necessária, por enquanto, sua internação”, salientou a Prefeitura.
As autoridades em saúde ainda alertaram para o “papel do cidadão na quebra do ciclo do mosquito da leishmaniose”. “Não adianta retirar os cães contaminados dos quintais se na casa da pessoa ou na vizinhança ocorrerem as condições propícias para a reprodução do mosquito que transmite a doença”, disse o integrante da equipe de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, Adalton Stocco.
A Prefeitura destacou que o mosquito que transmite a leishmaniose se reproduz e se alimenta a partir de material orgânico em decomposição, como restos de folhas, frutas podres, galhos, fezes de animais e adubo orgânico, entre outros materiais. Os insetos são mais encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas.
“Portanto, é necessário que a população também colabore eliminando essas condições de reprodução do mosquito. Não adianta retirarmos os animais doentes se o inseto encontra condições propícias para se reproduzir e continuar picando novos cães e pessoas. Temos de eliminar o material orgânico dos quintais”, disse o secretário municipal de Saúde, Luiz Sérgio Mazzoni.

Leishmaniose? Agora é possivel tratar no Brasil.


Fonte: A crítica.net

TRATAMENTO APROVADO | Terça, 31 de Janeiro de 2017 - 17:30

Único tratamento aprovado para leishmaniose visceral canina chega ao mercado

De venda controlada, o medicamento pode ser adquirido apenas com a prescrição do Médico Veterinário. Até então, os animais diagnosticados precisavam ser submetidos à eutanásia
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Leishmaniose Visceral Canina é uma zoonose classificada como uma das seis endemias prioritárias no mundo, com casos detectados em mais de dez países da América Latina, sendo 90% deles em solo brasileiro
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Leishmaniose Visceral Canina é uma zoonose classificada como uma das seis endemias prioritárias no mundo, com casos detectados em mais de dez países da América Latina, sendo 90% deles em solo brasileiro / Divulgação
O mercado brasileiro acaba de receber o primeiro e único tratamento aprovado pelos Ministérios da Agricultura e da Saúde para a Leishmaniose Visceral Canina. Até então, os animais acometidos pela zoonose eram submetidos à eutanásia, pois os cães infectados são considerados os principais reservatórios da doença, participando do ciclo de transmissão da leishmaniose em humanos. A transmissão da doença para o homem, assim como para o cão, acontece a partir da picada do flebótomo – mais conhecido por mosquito-palha.
Desenvolvido pela Virbac, maior companhia farmacêutica do mundo dedicada exclusivamente à saúde animal, o MilteforanTM tem como princípio ativo a miltefosina, que constitui o primeiro agente de administração oral eficaz no controle da Leishmania, em formulação específica para uso veterinário.
A miltefosina faz parte da lista de substâncias controladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Sendo assim, o MilteforanTM terá a venda controlada e feita somente através do médico veterinário, que, por sua vez, precisa efetuar um cadastro no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO) do MAPA, para adquirir e vender o produto.
Virbac Club Pet
Para facilitar a administração e manutenção do tratamento, a Virbac desenvolveu exclusivamente a ferramenta Virbac Club Pet, um aplicativo que atua como um canal de auxílio ao veterinário, para controle de todos os animais tratados, além de ser uma comunicação entre o veterinário e o tutor. O veterinário é o responsável por cadastrar o tutor e ambos recebem alertas e informações importantes sobre o acompanhamento e o tratamento. Assim, ambos podem se programar para o retorno do animal à clínica.
Atenção aos produtos vendidos ilegalmente!
Para garantir a qualidade e procedência do medicamento, as embalagens do MilteforanTM do Brasil possuem um código randômico coberto por uma tira cinza, que precisa ser raspada. Esse código garante a legalidade do produto e o respaldo do laboratório.
Fórmula eficiente para combater a Leishmaniose Visceral Canina
De acordo com os estudos realizados pela Virbac, o MilteforanTM proporciona visível melhora clínica dos animais com uma importante redução de sua carga parasitária, o que o torna uma ferramenta importante para a diminuição da transmissão da doença.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Leishmaniose Visceral Canina é uma zoonose classificada como uma das seis endemias prioritárias no mundo, com casos detectados em mais de dez países da América Latina, sendo 90% deles em solo brasileiro. A transmissão da doença ocorre de cão para cão através da picada de um flebótomo, mais conhecido como “mosquito-palha”, infectado. O homem também pode ser contaminado se estiver presente em uma área endêmica, como viajante ou residente, se for picado pelo vetor.
No Brasil, a Leishmaniose Canina está presente em áreas rurais e urbanas, sendo o Nordeste a região mais acometida, além das capitais Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande e outras cidades paulistas como Araçatuba, Bauru e Presidente Prudente.
Como funciona o tratamento?
Por ser uma condição crônica, a Leishmaniose Visceral Canina precisa ser tratada durante toda a vida do cachorro diagnosticado. O tratamento com o MilteforanTM é feito em ciclos de 28 dias a cada quatro meses, sempre após reavaliação e controle médico. Tanto o médico veterinário quanto o tutor do cão infectado devem se responsabilizar em reavaliá-lo e manter o tratamento para o controle da doença.