Projeto para implantar coleira repelentes contra o mosquito da leishmaniose começa em junho
FONTE: REPORTAGEM - PRIMEIRA HORA COM ASSESSORIA
Vila Olinda, Pedra 90 e Jardim Ana Carla foram as três localidades escolhidas para o projeto piloto de implantação de coleiras repelentes ao mosquito vetor da leishmaniose. Nos três bairros, 1.500 cachorros serão encoleirados e terão o sangue coletado. As amostras serão comparadas a mais 1.500 cachorros monitorados no Tancredo Neves e Rui Barbosa, que terão o material igualmente colhido, porém, não receberão coleiras. Na quinta-feira (10), agentes de saúde e ambientais (endemia), foram capacitados a lidar com a nova realidade.
Em uma palestre proferida por Lucas Edel Nonato, da coordenação nacional contra leishmaniose do Ministério da Saúde e pelo pesquisador de Saúde Pública da FioCruz, Fabiano Borges Figueiredo, cerca de 150 agentes tiveram a oportunidade de questionar e saber como proceder com o público específico dos 3 mil cachorros. “É interessante destacar que nada muda. Os procedimentos padrões que são usados no Município não alteram em nada. A pesquisa é apenas uma aliada, não serve como um instrumento de substituição”, reforçou Fabiano.
Conforme explicou Fátima Melo, gerente da Vigilância Ambiental e do Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, apesar dos agentes que participaram das capacitações não serem exatamente os que procederão com a implantação das coleiras, elas são os principais difusores de informações e serão os responsáveis por divulgar para a população sobre a nova medida. “Quem fará o encoleiramento e as coletas vão ser os agentes de controle químico e de zoonoses. Os agentes de endemias são responsáveis pela questão preventiva, mas vão ser questionados pelos moradores e precisam saber divulgar bem a proposta”, pontuou.
Já para a escolha das áreas que serão alvos da pesquisa com as coleiras repelentes, Edgar Prates, que é coordenador no CCZ explicou que foram elencadas as principais regiões endêmicas da cidade e após isto foi feito um sorteio. Ele ainda lembra que a primeira intervenção é para fins de pesquisa, sem ter a obrigação de dar resultados efetivos. Mas que mediante uma resposta positiva, a ideia é expandir o recurso para outras localidades. “O que nós temos é que cumprir um estudo em 18 meses que vai resultar em um relatório sobre as características peculiares das coleiras em Rondonópolis e sua efetividade. Só depois vamos saber como proceder”, disse.
As coleiras devem chegar nas próximas semanas. O cronograma de trabalho em rua, no entanto, foi planejado para iniciar apenas em dois de junho.
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