Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Encoleiramento de cães é estratégia para controle da leishmaniose em cidades endêmicas no Brasil.

Técnica com uso de coleiras impregnadas com deltametrina irá beneficiar, 133 municípios prioritários para doença Ministério da Saúde irá distribuir mais de 1 milhão de coleiras impregnadas com inseticida “deltametrina 4%” para controlar a disseminação da leishmaniose visceral (LV). A pasta investiu mais de R$ 16 milhões na aquisição das coleiras como parte do processo de incorporação do insumo no controle da doença no Sistema Único de Saúde (SUS). As coleiras serão distribuídas, neste primeiro momento, a 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa. A estratégia de uso das coleiras em cães se baseia na abordagem Saúde Única, que visa proteger a saúde dos animais e dos seres humanos. A ação foi lançada em Fortaleza/CE, onde foi apresentada a proposta metodológica de incorporação das coleiras impregnadas como nova ferramenta de controle da doença nos municípios prioritários. A incorporação motivou a inclusão inédita de uma meta de redução de casos de LV em humanos no Plano Nacional de Saúde (2020-2023). O Brasil é o primeiro país no mundo a incorporar essa tecnologia como medida de saúde pública para o controle da leishmaniose. Essa incorporação se baseia em evidências científicas, com dados de estudos de efetividade e custo-efetividade e foi amplamente discutida com grupos de especialistas e com representantes das três esferas de Governo - Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). De acordo com as evidências científicas espera-se que após a incorporação da estratégia seja observada a redução do coeficiente de incidência dos casos humanos e de prevalência canina. Campanha O objetivo é reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização das estratégias de controle no Brasil. Estão previstas ações nas redes sociais e peças gráficas, como, cartazes, folders, cartilhas voltadas para os profissionais de saúde e a população em geral. Como as coleiras funcionam? As coleiras são utilizadas em cães no Brasil desde 2007 como ferramenta individual de controle da leishmaniose visceral. Em contato com a pele, promove uma lenta liberação do princípio ativo (deltametrina 4%) repelindo a aproximação do vetor de transmissão da doença. Esta ação interrompe o ciclo de transmissão do parasita, e consequentemente o risco de infectar outro animal ou ser humano. Por se tratar de um insumo com liberação ativa de inseticida é recomendada a troca da coleira a cada 6 meses e seu uso é exclusivo para cães. Não é recomendado que a coleira impregnada com inseticida seja utilizada em cães já diagnosticados com a doença. Acesse aqui a nota técnica. Histórico Em 2010, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), financiou um estudo no valor de R$ 5 milhões para avaliar a efetividade das coleiras impregnadas com inseticida. Os resultados demonstraram que o risco de infecção dos cães foi 52% menor nas áreas onde foram usadas as coleiras, em comparação com as áreas onde a estratégia não foi aplicada. Depois, a pasta financiou uma avaliação de custo-efetividade comparando o uso das coleiras com as demais ações de controle preconizadas. Os resultados demonstraram que a coleira era custo-efetiva quando comparada às ações já recomendadas pelo programa. Hoje, a pasta distribui as coleiras conforme a solicitação realizada pelos municípios prioritários. A previsão é de que 80% dos municípios iniciem a incorporação da tecnologia até dezembro de 2021. A estratégia será monitorada pelo Ministério junto aos estados e municípios por meio de indicadores pactuados previamente. As coleiras impregnadas com deltametrina serão dispensadas quadrimestralmente aos municípios, pois há necessidade de substituição a cada seis meses. Após aderir ao programa, o município irá receber o insumo de forma ininterrupta durante 4 anos, desde que atenda os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Situação epidemiológica Em 2021, até 23 de julho (Semana Epidemiológica 1 a 29), foram registrados 790 casos de leishmaniose no país. Até o momento, foram confirmados 79 óbitos pela doença, sendo 13 no Pará; 2 em Tocantins; 16 no Maranhão; 3 no Piauí; 2 no Ceará; 3 no Rio Grande do Norte; 1 na Paraíba; 2 em Pernambuco; 2 em Alagoas; 11 na Bahia; 3 em Sergipe; 11 em Minas Gerais; 1 no Rio de Janeiro; 2 em São Paulo; 1 no Paraná; 1 no Rio Grande do Sul e 5 no Mato Grosso do Sul. Em 2019 o Brasil contabilizou 2.529 casos da doença, sendo 207 óbitos, e em 2020, 2.032 casos foram confirmados, sendo 165 óbitos. Cabe ressaltar que os dados de 2020 e 2021 ainda são preliminares e por isso podem sofrer alterações. Leishmaniose visceral Trata-se de uma doença infecciosa grave que acomete os órgãos internos, principalmente fígado, baço e medula óssea. É causada por um parasito chamado Leishmania. A transmissão se dá através da picada de insetos popularmente conhecidos como “mosquito palha”, “birigui”, “tatuquira”, entre outros. O cão é a principal fonte de infecção para o inseto transmissor e, para que a doença ocorra, o inseto deve picar um cão doente e depois picar a pessoa saudável. Os principais sintomas da doença são: febre de longa duração; aumento do fígado e baço; perda de peso; fraqueza; redução da força muscular; anemia. Fonte: gov.br

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