Dois cães são assassinados por estarem com leishmaniose
06 de agosto de 2012 às 17:40
Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Foto: Reprodução
Numa tentativa, que já se sabe frustrada, de deter a epidemia de leishmaniose visceral canina em Barra Mansa/RJ, a Vigilância em Saúde Ambiental do município matou dois cães, no bairro de Santa Rosa, por estarem acometidos com a doença. As duas vítimas tinham tutores.
E é possível que mais animais sejam exterminados em breve. Cerca de oitenta animais foram submetidos a exames em diversos bairros de Barra Mansa. E os exames, segundo denúncias, vêm sendo feitos sem qualquer orientação dos agentes de saúde aos tutores dos cães.
Segundo o Diário do Vale, a auxiliar administrativa Dayane Salvio contou que tem uma poodle que foi constatada com a leishmaniose. “Já têm uns dois meses que está ocorrendo esse surto aqui no bairro. Só na Rua Dario Junqueira de Andrade, onde eu moro, a doença foi confirmada em pelo menos dez cães. O pessoal da Vigilância esteve aqui colheu o sangue dos animais, mas não prestou nenhuma informação e nem sequer nos orientou. Isso é um descaso”, disse ela.
Segundo a moradora, ela mesma precisou ligar para saber o resultado do exame de sua cadela. – Percebi que alguns vizinhos já tinham confirmado a contaminação de seus cães, então resolvi ligar para a Vigilância e me informaram que o exame da minha cachorrinha também teve resultado positivo. Fiquei sem saber o que fazer, pois tenho uma filha de 4 anos. Eu mesma desconhecia essa doença e não percebi nenhum sintoma na minha cadela. Acho que eles deveriam ter alertado a população e orientado sobre a prevenção da leishmaniose – afirmou Dayane, acrescentando que adquiriu a coleira Scalibor por R$ 80 para colocar na cadela.
A leishmaniose visceral não vai parar de ameaçar os animais humanos e não humanos se a política de extermínio continuar sendo levada adiante. Além disso, apenas o especismo “justifica” os seres humanos terem direito ao tratamento da doença enquanto os cães só têm como destino legalmente
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