No primeiro semestre de 2012, mais de 1,6 mil casos de leishmaniose foram registrados no Amazonas. Desse total, 98% foi do tipo cutânea e 2% de mucosa, segundo dados da Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS-AM). Na próxima segunda-feira, a Coordenação do Programa Estadual de Controle das Leishmanioses do Amazonas (PECL/FVS/AM) inicia a ações da Semana Nacional das Leishmanioses no Amazonas.
A leishmaniose é uma das seis doenças tropicais de maior relevância mundial e ocupa o segundo lugar, depois da malária, entre as infecções por protozoários que acometem os seres humanos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). É transmitida pela picada de flebotomíneo fêmea (gênero Lutzomyia), infectada pelo protozoário do gênero Leishmania.
De acordo com a coordenadora estadual do PECL/AM, Marcilene Paes, os principais casos foram registrados na região metropolitana de Manaus, em municípios como Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Iranduba e Manacapuru. Marcilene explicou que no Amazonas, as cidades crescem em direção a floresta e são formadas as margens dos rios.
“Quando lidamos com a floresta sem proteção corremos risco por conta das transmissões de doenças. Tem determinados horários, por exemplo, ao cair da tarde, ao longo da noite e pela manhã. Ai pode ser picado pelo transmissor, se ele já sugou um animal contaminado ele pode transmitir a leishmanioses”, esclareceu Marcilene Paes.
Dados da FVS-AM revelam ainda que é 2011 foram registrados 2.399 casos e no ano anterior pouco mais que 1,5 mil. A coordenadora explicou que muitas vezes as pessoas não conseguem identificar a doença. “Acham que é apenas uma lesão, ai surge a coceira. A doença pode durar uns 15 dias, um mês e até um ano e se não houver tratamento pode causar a morte”.
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