Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 18 de agosto de 2012

Incidência de leishmaniose em gatos preocupa CCZ
Gisele MendesFoto: Cláudio Pereira


Gastos podem contrair a doença e passá-la para os humanos
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Três Lagoas registra, em média, 15 eutanásias em gatos com suspeita de leishmaniose na cidade. De acordo com o médico veterinário e coordenador do CCZ, Antônio Empke, apesar de muitas controvérsias, a doença atinge também os felinos. “Os casos de leishmaniose em gatos não são muito comentados, mas, assim como os cães, eles também estão vulneráveis ao mosquito palha, transmissor da doença”, explicou.
Apesar disso, os exames que comprovam a doença vêm sendo feitos após eles serem sacrificados. “Nos cães, realizamos o teste por meio do sangue, porém, nos gatos, não há como realizar o mesmo procedimento. Isso porque o sangue do gato é diferente do sangue dos felinos”, disse.
Segundo Empke, o CCZ passou a se preocupar com os casos de leishmaniose em gatos em outubro do ano passado, quando foram identificadas as suspeitas nesses animais. Na época, 42 gatos foram sacrificados e as orelhas do lado direito foram encaminhadas à Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu. “Uma aluna do curso de medicina veterinária defendia a tese de um trabalho justamente sobre os casos da doença em gatos”, destacou.
O estudo, segundo o veterinário, veio a calhar. Foram realizados exames parasitológicos, por meio de raspagens realizadas nas orelhas dos animais. “Surpreendentemente, a doença foi confirmada em 32 bichos”, disse. O trabalho da acadêmica foi apresentado no Instituto Biológico de São Paulo, em novembro do ano passado. “Três Lagoas acabou se tornando referência em todo o país quanto à importância dada aos gatos também”, salientou.
No próximo mês, Empke viaja a Botucatu para realizar novos testes junto à Unesp, para encontrar uma maneira de realizar o teste nos animais ainda vivos. “Eu acredito que daqui para frente o próprio Ministério da Saúde vai passar a olhar diferente para os casos da doença em gatos e deverá propor exames”, disse.
SINTOMAS
Os sintomas da leishmaniose em gatos são os mesmos dos encontrados nos cães. Escamação nas orelhas e focinho, emagrecimento, queda de pelo, vômitos, apatia, febre e aumento das unhas.
CÃES
Os casos de leishmaniose canina no município também são bastante expressivos. Segundo Empke, todos os meses chegam, em média, 350 desses animais no CCZ com os sintomas. Desses, pelos menos 245 são diagnosticados com a doença e sacrificados. No ano passado, mais de 3 mil cachorros passaram pela eutanásia no município.
Apesar de existir tratamento para a leishmaniose, não há cura. “Mesmo durante o tratamento, o animal pode transmitir a doença para o ser humano”, completou.

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