Casos de Leishmaniose preocupam especialistas
Publicado em 07/12/2012
O número de cães que apresentam resultados positivos nos testes de leishmaniose põe em alerta os especialistas e autoridades de saúde em Bom Despacho. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, de abril a setembro deste ano foram examinados 2.043 cães. Destes, 216 apresentaram resultado positivo nos exames. Ou seja, em cada grupo de 10 cães um pode estar com a doença.
Em fevereiro deste ano houve um caso confirmado de leishmaniose visceral numa criança de 3 anos, que mora no centro da cidade. Em março, foi notificado outro caso de leishmaniose visceral numa mulher de 60 anos, moradora do bairro Ozanam.
"Depois do surgimento desses casos de leishmaniose nós começamos a colher e analisar o sangue de vários cachorros. Colocamos também armadilhas em vários pontos da cidade para pegar o mosquito palha, transmissor da doença. Em todas elas foi encontrado o mosquito palha, o que demonstra a existência de uma epidemia de leishmaniose canina e um surto de leishmaniose visceral humana em Bom Despacho", diz a secretária de Saúde Denise Gontijo.
Médico alerta para gravidade da doença
O vice-prefeito eleito Sérgio Cabral, médico e futuro secretário municipal de Saúde, alerta para a gravidade da situação e lembra que existem dois tipos de leishmaniose humana: a tegumentar e a visceral. A primeira causa lesões na pele que podem desfigurar a pessoa. A segunda afeta órgãos internos como fígado, baço e medula óssea.
Em ambos os casos a transmissão da doença ocorre através da picada de um mosquitinho chamado mosquito palha. Esse mosquito pica o cachorro doente e depois pica o ser humano, transmitindo assim a doença.
"Por isto é importante avisar a Secretaria de Saúde sobre todos os cachorros doentes e pessoas que apresentem lesões de pele, para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos".
O futuro secretário da Saúde ressaltou que "existem medicamentos que podem curar a leishmaniose em humanos mas o tratamento deve ser feito através de injeções prescritas por médicos". Ainda segundo Sérgio, deve-se prevenir contra a doença "utilizando repelentes de insetos, redes nas janelas, identificando animais contaminados, fazendo o sacrifício dos cachorros doentes e o tratamento dos seres humanos contaminados".
Diagnóstico exige 3 exames, diz Fábio
O médico veterinário Fábio Fidelis Campos Costa alerta que o diagnóstico da leishmaniose em cães deve ser feito através de exames clínicos detalhados para garantir resultado confiável. Segundo ele, existem três exames para determinar se um cão está infectado pela leishmaniose: parasitológico, molecular e sorológico.
"Primeiro é necessário determinar se o animal está infectado ou doente. Depois disso, fixar qual o estágio da doença". Isto feito, são aplicadas as medidas necessárias. No tratamento deve-se usar drogas autorizadas pelo Ministério da Saúde e "verificar periodicamente a carga parasitaria e a saúde geral do animal".
Segundo Fábio, o uso de repelentes é indispensável. Desta forma "a possibilidade de transmissão da leishmaniose de um animal bem monitorado é irrisória em relação ao ambiente e regiões em que vivemos, onde a leishmaniose é uma endemia".
O sacrifício é indicado para o cão infectado e num estágio avançado da doença.
Fábio diz que "a eliminação de cães sem critérios técnicos pouco adiantará em relação à ocorrência da leishmaniose humana, pois temos muitos outros reservatórios de leishmaniose como ratos, raposas, gambás e cães".
Sintomas da Leishmaniose
A leishmaniose visceral é uma doença crônica que ataca todo o organismo. Seus principais sintomas são a febre de longa duração, perda de peso, diminuição ou perda da força física, cansaço e anemia. Quando não tratada, pode causar a morte em mais de 90% dos casos.
(http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1561)
O que fazer
Em caso de suspeita de leishmaniose ligue para a Vigilância Epidemiológica da sua cidade.
Publicado em 07/12/2012
O número de cães que apresentam resultados positivos nos testes de leishmaniose põe em alerta os especialistas e autoridades de saúde em Bom Despacho. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, de abril a setembro deste ano foram examinados 2.043 cães. Destes, 216 apresentaram resultado positivo nos exames. Ou seja, em cada grupo de 10 cães um pode estar com a doença.
Em fevereiro deste ano houve um caso confirmado de leishmaniose visceral numa criança de 3 anos, que mora no centro da cidade. Em março, foi notificado outro caso de leishmaniose visceral numa mulher de 60 anos, moradora do bairro Ozanam.
"Depois do surgimento desses casos de leishmaniose nós começamos a colher e analisar o sangue de vários cachorros. Colocamos também armadilhas em vários pontos da cidade para pegar o mosquito palha, transmissor da doença. Em todas elas foi encontrado o mosquito palha, o que demonstra a existência de uma epidemia de leishmaniose canina e um surto de leishmaniose visceral humana em Bom Despacho", diz a secretária de Saúde Denise Gontijo.
Médico alerta para gravidade da doença
O vice-prefeito eleito Sérgio Cabral, médico e futuro secretário municipal de Saúde, alerta para a gravidade da situação e lembra que existem dois tipos de leishmaniose humana: a tegumentar e a visceral. A primeira causa lesões na pele que podem desfigurar a pessoa. A segunda afeta órgãos internos como fígado, baço e medula óssea.
Em ambos os casos a transmissão da doença ocorre através da picada de um mosquitinho chamado mosquito palha. Esse mosquito pica o cachorro doente e depois pica o ser humano, transmitindo assim a doença.
"Por isto é importante avisar a Secretaria de Saúde sobre todos os cachorros doentes e pessoas que apresentem lesões de pele, para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos".
O futuro secretário da Saúde ressaltou que "existem medicamentos que podem curar a leishmaniose em humanos mas o tratamento deve ser feito através de injeções prescritas por médicos". Ainda segundo Sérgio, deve-se prevenir contra a doença "utilizando repelentes de insetos, redes nas janelas, identificando animais contaminados, fazendo o sacrifício dos cachorros doentes e o tratamento dos seres humanos contaminados".
Diagnóstico exige 3 exames, diz Fábio
O médico veterinário Fábio Fidelis Campos Costa alerta que o diagnóstico da leishmaniose em cães deve ser feito através de exames clínicos detalhados para garantir resultado confiável. Segundo ele, existem três exames para determinar se um cão está infectado pela leishmaniose: parasitológico, molecular e sorológico.
"Primeiro é necessário determinar se o animal está infectado ou doente. Depois disso, fixar qual o estágio da doença". Isto feito, são aplicadas as medidas necessárias. No tratamento deve-se usar drogas autorizadas pelo Ministério da Saúde e "verificar periodicamente a carga parasitaria e a saúde geral do animal".
Segundo Fábio, o uso de repelentes é indispensável. Desta forma "a possibilidade de transmissão da leishmaniose de um animal bem monitorado é irrisória em relação ao ambiente e regiões em que vivemos, onde a leishmaniose é uma endemia".
O sacrifício é indicado para o cão infectado e num estágio avançado da doença.
Fábio diz que "a eliminação de cães sem critérios técnicos pouco adiantará em relação à ocorrência da leishmaniose humana, pois temos muitos outros reservatórios de leishmaniose como ratos, raposas, gambás e cães".
Sintomas da Leishmaniose
A leishmaniose visceral é uma doença crônica que ataca todo o organismo. Seus principais sintomas são a febre de longa duração, perda de peso, diminuição ou perda da força física, cansaço e anemia. Quando não tratada, pode causar a morte em mais de 90% dos casos.
(http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1561)
O que fazer
Em caso de suspeita de leishmaniose ligue para a Vigilância Epidemiológica da sua cidade.
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