TV Globo
Zoonoses faz alerta para possível epidemia de leishmaniose canina
Já foram registrados 94 casos de cachorros doentes. Doença é transmitida para humanos por picada de mosquito contaminado com o sangue do animal doente. Nove pessoas foram contaminadas este ano no DF.
O veterinário Victor Laércio conta que, de cada dez cachorros que atende, cinco apresentam a contaminação por leishmaniose – e que os donos sempre ficam em dúvida sobre tratar o animal ou sacrificar. Transmitida pelo mosquito Lutzomyia longipalpis, conhecido como mosquito-palha ou birigui, a leishmaniose visceral pode afetar o homem. A doença atinge vísceras como o fígado e o baço e pode levar à morte se não for tratada.
A leishmaniose pode passar para o homem por picadas do mosquito contaminado com sangue de um cachorro doente. Lago Norte, Sobradinho, Fercal, Varjäo e Asa Norte são as regiões do DF regiões com o maior número de casos confirmados e onde foram encontrados focos do mosquito transmissor.
Neste ano, a Zoonoses já recebeu 94 cachorros doentes e, apesar do número de pessoas contaminadas ser menor que nos últimos três anos, faz um alerta. “Não falo que seja um surto, nós já estamos com uma episotia de leishmaniose visceral”, avalia Péricles Massunaga, da Vigilância Ambiental.
De janeiro a março, foram registrados nove casos de leishmaniose em humanos no DF. Para evitar a doença, é preciso controlar a proliferação do mosquito palha, que se desenvolve em restos de matéria orgânica, como plantas e frutas, além de fezes de animais. Uma outra dica é podar as copas das árvores para aumentar a incidência de luz solar - o inseto prefere ambientes úmidos e escuros.
Alessandra de Castro / Josuel Ávila
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