Duas pessoas morreram com leishmaniose visceral no DF este ano
Publicação: 15/04/2011 09:55 Atualização: 15/04/2011 10:17
Duas pessoas infectadas com leishmaniose visceral morreram este ano no Distrito Federal. Elas estão entre os nove casos confirmados da doença e relatados no informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde. Desses, apenas uma pessoa foi infectada na região do DF. Ela é moradora da Fercal, localizada na região de Sobradinho II. Já as duas vítimas fatais contraíram a doença em Minas Gerais (MG) e na Bahia (BA).
O número não chega a ser alarmante. Em relação aos três últimos anos, o índice de casos confirmados e os óbitos são pequenos. Este ano 25 pessoas foram colocadas na lista de casos suspeitos, deste, apenas nove foram confirmados. As suspeitas foram registradas nas regiões de Ceilândia, Guará, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho I e II e Varjão. Em 2010, o número atingiu 10 casos, em 2009 e 2008 alcançou 17.
A diretora de vigilância epidemiológica, Sônia Maria Geraldes, ressalta que a situação não é preocupante, mas demanda uma atenção especial. "Soltamos o informe com o objetivo de chamar atenção das unidades de saúde para casos de febre prolongada, aumento de baço e fígado, perda de peso. Brasília assumiu o risco já que foram encontrados mosquitos transmissores e há informações de cães infectados", explica.
O órgão foi informado que o mosquito transmissor da doença foi localizado em áreas na Asa Norte, entre elas, na 604 e no Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN).
Doença
A leishmaniose visceral é uma doença crônica causada por protozoários e é a forma mais severa do mal. É uma doença comum em cães. A transmissão é feita após um mosquito conhecido como "mosquito palha", "Cangalinha" ou "asa branca" picar o cachorro contaminado e, em seguida, picar um ser humano. De acordo com Sônia Geraldes, não há transmissão entre homens.
O tempo de diagnóstico é demorado, já que a leishmaniose demora a se alastrar. Entre os sintomas, a febre prolongada, aumento do fígado e baço, palidez, dosagem de proteínas acentuada, anorexia e perda de peso. "As pessoas pensam que porque foram picadas ontem, os sintomas aparecerem hoje, mas não é assim. É uma doença mais arrastada. Então uma febre que não começa a melhorar deve ser investigada", explica a diretora de vigilância epidemiológica.
Mosquito
O transmissor da doença costuma se proliferar em locais úmidos, sombreados, ricos em matéria orgânicas e próximo a matas. Também é característica do mosquito aparecer no fim da tarde e início da noite.
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