Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

domingo, 10 de abril de 2011

JC NET cidade de Bauru

9/04/2011

Denúncia: falha na fiscalização do CCZ
Glauber Oliveira obteve informação de que possível foco do mosquito palha só seria vistoriado depois de 30 dias da solicitação
Bruna Dias


Uma denúncia feita ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Bauru escancarou a falta de estrutura que os setores de fiscalização do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) estão sofrendo. Por um lado há a situação crítica da estrutura do órgão municipal, e por outro o grande número de denúncias de toda procedência que chegam por lá diariamente: aproximadamente 80.

A presença da leishmaniose em Bauru, somando apenas neste ano três casos confirmados - sendo que dois desses evoluíram para óbito -, chamou a atenção de Glauber Oliveira, 26 anos, morador do Parque Júlio Nóbrega, por dois motivos.

O primeiro deles é que, próximo à sua casa, um morador cria galinhas sem nenhum cuidado com a higiene, de acordo com o denunciante.

O fato é que ele chegou no bairro há quatro meses e anteontem teve que sacrificar sua cachorra de apenas 7 meses de idade, ainda filhote, por ter constatado que ela era portadora de leishmaniose.

Após ler a matéria veiculada pelo Jornal da Cidade que falava sobre as galinhas serem o “prato principal” do mosquito palha - transmissor da doença -, Glauber ficou com medo porque tem uma filha de 9 meses de idade, ligou para o Centro de Controle de Zoonoses e denunciou a criação de galinhas.

“Quando eu liguei fui muito bem atendido, mas a mulher que conversou comigo disse que levaria cerca de 30 dias para que a fiscalização de fato fosse até o local, porque muitos agentes estavam com dengue. Eu estou muito preocupado porque acho muito tempo. Tenho outra cachorra da raça pastor alemão e, além de ter que cuidar mais dela colocando coleira contra mosquitos, vou começar a passar mais produtos de limpeza no quintal para ver se espanta os insetos”, disse Glauber.




Doentes


O diretor substituto do DSC, Flávio Tadeu Salvador, garantiu à equipe de reportagem do JC que todos os agentes de controles de endemias, responsáveis pelo trabalho de visita nas residências, estão trabalhando normalmente.

“Quatro agentes tiveram dengue mesmo, até porque alguns deles moram em bairros onde há grande número de casos. Não é certo que eles adquiriram dengue trabalhando, mas pode ser também”, esclarece Flávio.

Ele conta que o caso desses agentes foi qualificado como acidente de trabalho e eles foram subsidiados por procedimentos administrativos. Flávio revela que o uso de repelente não está na lista de material obrigatório para trabalho.

“Antes eles usavam só o protetor solar que nós cedemos. Se usavam repelente era por conta própria, porque não estava na lista de produtos obrigatórios. Depois que tivemos esses casos de dengue já adquirirmos o protetor solar com repelente, mas ainda vai demorar um pouco para chegar”, disse.



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É proibido


Segundo Flávio Tadeu Salvador, diretor substituto do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) de Bauru, existe uma lei municipal que proíbe a criação de animais como galinhas, porcos e outros de tração como gado e cavalo em residências. Portanto, ter esses animais em casa é ilegal.



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Corpo efetivo


O diretor substituto do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) de Bauru, Flávio Tadeu Salvador, explica que, no total, 80 agentes - entre ambientais e sanitários - trabalham no DSC. No entanto, quem faz as vistorias que partem de denúncias como a desta matéria, são agentes de saneamento. São estes que possuem capacitação profissional para analisar o local com clareza e aplicar multas.

Mas esses agentes também percorrem a cidade para cumprir entre 60 e 80 denúncias que chegam ao CCZ diariamente. “Estes agentes também fazem as vistorias em terrenos. Só este ano, nos últimos três meses, foram vistoriados cerca de 6 mil terrenos”, diz Flávio.

Apesar da leishmaniose estar se mostrando presente neste ano em Bauru, contando que a cidade soma três casos com duas mortes de crianças em pouco mais de um mês, não há prioridade no agendamento das vistorias relacionadas às denúncias recebidas. “O que existe é um bom senso. Se denunciam que uma piscina está com larvas do Aedes aegypti em um bairro em que há muitos casos, é claro que vamos checar com mais rapidez. O mesmo acontece com a leishmaniose”, salienta.



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Megaoperação contra a dengue continua 2a


A megaoperação contra dengue em Bauru continua nesta segunda-feira no Jardim Petrópolis. As ações consistem na coleta de material inservível do interior dos imóveis, objetos que possivelmente sirvam de criadouros para o mosquito transmissor da dengue.

É de extrema importância que os moradores recebam os agentes de controle de endemias ou deixem alguém nas casas para que eles possam entrar e fazer as vistorias. Na última quinta-feira, dos 378 imóveis vistoriados nos bairros Ferradura Mirim e Jardim Country Club, 264 haviam sido encontrados fechados em visitas anteriores.

Até o momento a Secretaria Municipal de Saúde contabilizou 95,72 toneladas de material inservível recolhido desde o dia 14 de março, quando deu início à operação. Cerca de 15.101 imóveis foram vistoriados.

Em nota, a Saúde orienta que os moradores não depositem o material inservível nas calçadas ou nas vias. A população deverá receber os agentes em seus imóveis e eles é que irão retirar o material a ser recolhido pelos caminhões, evitando, assim, a proliferação de lixo nos bairros. Depois da visita, a organização e limpeza nos locais deve ser mantida

A nebulização feita pela equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) também está prevista para esta segunda-feira no Parque Jaraguá e Santa Edwirges, entre 19h30 e 23h.

Durante a nebulização, a Saúde orienta que os alimentos e utensílios de cozinha devem estar guardados em locais fechados ou cobertos, as roupas devem ser retiradas do varal, bebedouros de animais, gaiolas e aquários deverão permanecer cobertos, as portas e janelas terão que ficar abertas e com as cortinas afastadas e os veículos retirados das garagens.

Os agentes devem ser notificados sobre a existência de animais como pássaros e abelhas. Durante a aplicação a população deve permanecer na calçada com crianças e animais de pequeno porte, retornando ao interior do imóvel somente após 30 minutos.

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