Mudanças climáticas podem aumentar incidência de doenças infecciosas
Pesquisadores alertam que doença com sintomas parecidos com o da malária estaria migrando para o Brasil
Jornal do Brasil
Luisa Bustamante
As mudanças climáticas globais podem ser responsáveis pelo crescimento de doenças infecciosas no Brasil e em países vizinhos – sem falar nas crescentes migrações populacionais e construções de estradas. A hipótese é de um grupo de pesquisadores brasileiros, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os especialistas estudam as alterações do mapa epidemiológico de duas doenças infecciosas emergentes na Amazônia Ocidental, a Leishmaniose cutânea, que provoca lesões na pele, e a Bartonelose, enfermidade que tem sintomas parecidos com a malária e está avançando em direção ao Brasil. Em entrevista ao Jornal do Brasil, o médico sanitarista e coordenador do projeto, Manuel Cesário, conta que o objetivo é desenvolver um sistema de alerta precoce para as doenças, a fim de que, assim, a sociedade dê conta de se adaptar aos impactos negativos das mudanças ambientais na saúde.
Seu projeto começou no final do ano passado. O que você observou até agora?
Vimos uma mudança na situação sócio-ambiental da região da fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia, ao mesmo tempo em que o comportamento da distribuição de doenças infecciosas como a Leishmaniose cutânea e a Bartonelose também mudou. O que queremos investigar é se essas mudanças sócio-ambientais estão influenciando no comportamento dessas doenças.
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