Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

domingo, 26 de junho de 2011

Saúde - Votuporanga

Secez pede colaboração de moradores para prevenção da leishmaniose

25/06/2011 - 10:00:00

A Secretaria Municipal de Saúde por meio do Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) chama a atenção dos moradores de Votuporanga para o combate a leishmaniose visceral.

De janeiro até agora, entre os 653 exames realizados pelo IAL – Instituto Adolph Lutz de São Paulo, foram registrados na cidade, 96 casos positivos de leishmaniose canina. No ano passado, de junho a dezembro, 64 cães estavam infectados, o que já totaliza 160 animais com diagnóstico positivo.

O veterinário do Secez, Élcio Sanches, explica que medidas simples de prevenção, “podem afastar as chances de transmissão pela picada do mosquito palha, principalmente em cães e no homem, que se não for tratada, pode ser mortal”.
Medidas

As medidas de combate a serem adotadas pela população:
- limpe quintais e retire permanentemente material orgânico, como frutos, folhas e fezes de animais;
- pode as árvores para propiciar a entrada de raios solares na raiz;
- retire galinhas e galinheiros da área urbana - fontes de alimento e desenvolvimento do mosquito;
- não deixe cães dentro das casas, principalmente no crepúsculo e à noite;
- coloque coleiras e outros repelentes em cães sadios;
- comunique a Secretaria de Saúde, em casos suspeitos em cães e humanos.

Durante as análises, o Secez verificou que em bairros onde até então, não havia registros da doença, foram diagnosticados casos positivos em casas, “sobretudo nas que continham quintais com galinhas e com restos de material orgânico em decomposição (fezes, folhas, frutas e galhos) em ambientes úmidos. Por isso, a necessidade da limpeza e retirada das aves da zona urbana”, destaca o veterinário.

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença transmitida pela picada do mosquito lutzomia longipalpis, infectando alguns mamíferos, principalmente o homem e o cão.

O período de incubação da doença é de duas semanas a dois anos, podendo ser mais longo. A taxa de mortalidade em humanos é em torno de 20%, nos cães, chega a 100%. No Brasil, o tratamento para o animal é proibido; mesmo tratado há uma melhora clínica temporária, mas, a doença continua a ser dissipada pelo resta da vida; sendo necessária a eutanásia.

Sintomas em humanos

Em humanos, os principais sintomas e sinais clínicos da doença são:
- febre irregular de longa duração (mais de 07 dias);
- falta de apetite, emagrecimento e fraqueza;
- barriga inchada (pelo aumento do fígado e do baço, com o passar do tempo).

Sintomas em humanos


Embora aparentemente sadio, o cão pode estar doente, uma vez que os sinais clínicos podem demorar a aparecer. Mesmo assim, é importante ficar atento caso o cão apresente sintomas da doença, como:
- apatia;
- lesões de pele;
- queda de pelos; (inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas)
- emagrecimento;
- lacrimejamento;
- conjutivite purulenta;
- crescimento anormal das unhas;
- anemia/aumento dos linfonodos.
Primeiros casos
Os primeiros mosquitos transmissores da leishmaniose foram identificados em 1997, na cidade de Araçatuba/SP.

Já em 1998 surgiram os primeiros casos de leishmaniose em cães. No ano seguinte foram registrados 15 casos em humanos com 04 óbitos; até o início de 2011 – esse número evoluiu para 314 casos humanos com 30 óbitos. No estado de São Paulo, em 10 anos, foram registrados 1.808 casos de leishmaniose e 179 óbitos.

O veterinário da Secretaria de Saúde de Votuporanga avalia a doença como traiçoeira, “no início seus sintomas são inespecíficos e podem passar despercebidos por médicos e pacientes, sendo diagnosticada tardiamente quando o quadro estiver avançado e grave”.


Vítimas


Crianças e idosos são as principais vítimas, sendo 45% dos casos em crianças entre 02 e 04 anos, por permanecerem brincando nos quintais são mais suscetíveis as picadas do mosquito.
Ações

O número de municípios afetados cresce anualmente em todo estado. Na região de Votuporanga a doença foi primeiramente diagnosticada na cidade de Jales, que desde 2008 teve o primeiro caso em humano, com a morte de uma criança. A partir daí a doença se alastrou para diversas cidades da região. Em junho de 2010, foi diagnosticado o primeiro caso da doença em um cão de Votuporanga. Várias ações preventivas já estão sendo tomadas:
- treinamento e orientações aos médicos, veterinários, agentes de saúde e enfermeiros para alerta e esclarecimento da doença;
- confecção de cartilhas infantis, cartazes e folders para prevenção da doença;
- divulgação da doença por meio de entrevistas em rádios, TV’s, jornais, concedidas pelo médico veterinário responsável pelo Secez;
- produção de materiais de divulgação e orientação nas contas de água, com o apoio da Saev Ambiental;
- realização permanente de exames gratuitos para diagnósticos da doença;
- visitas de enfermeiros nas casas, após diagnóstico positivo de exames em cão para orientação de toda família e diagnóstico do ambiente;
- eutanásia de cães positivos;
- apoio diagnóstico às clínicas veterinárias particulares;
- orientação aos moradores;
- programa de castração gratuita de animais voltado a famílias com baixa renda e cuidadores de animais de rua. Neste ano 1.000 castrações devem ser realizadas, evitando o nascimento de cerca de 2.500 cães e gatos (muitos deles iriam para as ruas).

Conforme as pesquisas de hábitos e do ciclo do transmissor da doença realizadas pelo Secez, “notou-se que a retirada dos cães para eutanásia é uma ação incompleta, já que o mosquito continua nos quintais se o ambiente for favorável, o que coloca a saúde dos moradores em risco”, detalha Élcio Sanchez.

A Secretaria de Saúde conta com a participação da comunidade para combater a doença e seguirá com a realização de campanhas de conscientização. Mais informações sobre a doença ou notificação de algum caso suspeito de leishmaniose visceral pelo telefone do Secez (17) 3405-9787 - ramal 9716 ou 9786, localizado a Rua Santa Catarina nº 3890 – Patrimônio Velho.

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