A morte por leishmaniose de Enzo Gabriel Silva de Sá, de apenas 1 ano, foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz nessa segunda-feira (12). A vítima morava no Jardim Primavera, em Junqueirópolis, e morreu no último domingo (11).
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, já são 30 casos de leishmaniose em humanos registrados este ano na região de Presidente Prudente.
O menino foi a quarta pessoa contaminada com o vírus em Junqueirópolis em 2011. A última morte provocada pela doença na cidade havia sido em 2007.
“Levei ao posto. Foi passado remédio e falaram que era gripe. Levei na Santa Casa e eles falaram que era garganta inflamada”, conta a mãe do garoto, Alessandra Rocha da Silva.
Ainda segundo ela, depois de 15 dias dos primeiros sintomas, o quadro do menino se agravou até que ele não resistiu e morreu. “O médico internou porque a febre não abaixava com os remédios. Foi feito exame e mostrou que ele estava com suspeita de leishmaniose e que ia mandar para Prudente”, relata a mãe.
O médico pediatra Aroldo Angelo Guidini, que chegou a atender o menino, diz que os sintomas da doença podem não ter sido diagnosticados no início por causa de uma inflamação de garganta. “A criança estava com amigdalite e sempre tratada assim por vários médicos”, afirma o especialista.
O diretor de Saúde de Junqueirópolis, Jorge Shirara, informou por telefone que o menino foi atendido três vezes por uma unidade do Programa de Saúde da Família e uma vez pelo Pronto Atendimento da cidade, até ser internado na Santa Casa e transferido para o Hospital Regional em Presidente Prudente.
Ainda segundo o diretor, a dificuldade para diagnosticar a doença foi a inflamação na garganta. Outro fator que teria atrapalhado é que o garoto não apresentou inchaço no fígado quando foi realizado o ultrassom.
O transmissor da doença é o mosquito palha, que se contamina ao picar animais hospedeiros do vírus, como os cães. A Vigilância Epidemiológica de Junqueirópolis estima que existam de 2 mil cães na cidade e, desse total, 20% estejam com leishmaniose.
Segundo a Vigilância, um animal do bairro onde o menino morava foi diagnosticado como portador do vírus, mas o dono não o entregou para ser sacrificado. “Infelizmente nós ainda temos moradores que não se conscientizaram de que o cão é um reservatório da doença e que, uma vez positivo, ele tem que ser entregue para eutanásia”, destaca a educadora de saúde Marcia Gomes.
Link - http://www.tvfronteira.com.br/site/?noticia_id=17861
Nenhum comentário:
Postar um comentário