Ao menos duas pessoas já morreram neste ano; mais de 500 foram infectados em 2010
09 de fevereiro de 2011 | 19h 08
Marcelo Portela - O Estado de S. Paulo
BELO HORIZONTE - Quatro municípios mineiros vivem um surto de leishmaniose em humanos, doença que já matou ao menos duas pessoas no Estado este ano. Apesar de uma das mortes ter sido registrada em Divinópolis, na região centro-oeste, a situação mais preocupante é nas cidades de Governador Valadares, Ipanema, Resplendor e Conselheiro Pena, todas no Vale do Rio Doce mineiro. Em Valadares, um homem de 75 anos também morreu vítima de leishmaniose visceral em 2011.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que a doença infectou 502 pessoas e foi responsável por 49 mortes em Minas no ano passado. Desse total, 14 mortes e 107 diagnósticos positivos foram em Belo Horizonte. No entanto, os dados são parciais e os números podem ser ainda maiores.
Em 2009, foram registradas 75 mortes causadas pela doença no Estado, um crescimento de 134% em relação aos 32 óbitos ocorridos no ano anterior. Já o número de pessoas infectadas passou de 509 em 2008 para 601 em 2009, o que representa aumento de 18% nos casos. A morte mais recente foi a registrada em Governador Valadares, onde foram diagnosticados pelo menos mais cinco casos de pessoas com a doença.
De acordo com a SES, a localização geográfica e o clima na região do Vale do Rio Doce favorecem a propagação da doença, que é transmitida pelo mosquito Lutzomia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito palha. No fim de janeiro, uma mulher de 54 anos já havia morrido em Divinópolis. Ela foi internada no início de dezembro do ano passado, mas apresentou melhora e chegou a ter alta. No entanto, voltou a ser internada em meados de janeiro e não resistiu.
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