22/11/2011 16:29
Sociedade de Medicina Tropical critica sacrifício de cães por leishmaniose
O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Carlos Henrique Nery Costa, apresentou estudos realizados no Espirito Santo, na Bahia e no Piauí que demonstram que não houve diminuição no número de pessoas infectadas por leishmaniose com o sacrifício de cães.
Ele recomendou a suspensão do programa de eliminação de cães por falta de evidências da sua efetividade. "Na Europa, por exemplo, não há o sacrifício de cães. Precisamos investir em pesquisas, no desenvolvimento de vacinas, inseticidas e coleiras com inseticidas", defendeu.
Mestre em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais, Claudio Nazaretian Rossi informou que há medicamentos usados para tratamento da Leishmaniose na Europa. Ele explicou, no entanto, que há diferenças grandes no clima, no número de infectados e nas condições socioeconômicas em relação ao Brasil. "Aqui, é um problema de saúde pública, enquanto lá é um problema veterinário". Em 2010, foram 3 mil pessoas infectadas no Brasil, enquanto na Europa foram apenas 100, segundo ele.
Os especialistas participam de audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose.
A reunião ocorre no Plenário 7.
Tempo real:
15:36 - Ministério garante que não há vacina que previna a leishmaniose em cães
09:25 - Audiência debaterá medidas de prevenção contra leishmaniose
Íntegra da proposta:
PL-1738/2011
Reportagem - Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção
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