A Alemanha nazista construiu aproximadamente 20 mil campos que serviam como prisões para suas vítimas entre 1933 e 1945, dentre os campos estavam o de extermínio, construídos com o único intuito de realizar assassinatos em massa, bastava ser considerado inimigo que já era encaminhado para o campo. Em Sergipe parece existir situação parecida, só que as vítimas da vez são os cachorros e o campo, segundo relato de veterinários, seria o Centro de Controle de Zoonoses de Aracaju.
Para que os animais sejam sacrificados precisam estar contaminados com a Leishmaniose, doença conhecida como calazar que não tem cura no animal e pode contaminar e matar humanos, deve existir um laudo médico constatando a doença assinado por dois médicos veterinários, no entanto, segundo denúncia do veterinário e presidente do sindicato da categoria, José de Souza Paixão, os animais estariam sendo sacrificados sem assinaturas, sem laudo e às vezes até sem a doença.
Segundo Souza, o exame custa apenas R$ 30,00 e até as clínicas particulares podem realizar gratuitamente pelo Hemolacen, no Parreiras Horta. “O problema dito pelo Zoonoses não tem uma posição muito concreta, coerente, correta é de que não tem o kit, mas tem horas que eles dizem que tem. Ninguém sabe realmente se tem ou não”, afirmou. O kit mencionado diz respeito à substância chamada antígeno utilizada para a realização do exame onde se constata a presença ou não da Leishmaniose.
Desse modo, para o veterinário, o principal intuito do Zoonoses não está sendo cumprido, que seria o de combater a proliferação e existência do calazar em Aracaju. “Animais poderiam estar sendo sacrificados sem necessidade, e o Zoonoses estaria sem cumprir a real função do combate à Leishmaniose. A maioria dos animais que eu vi sendo sacrificados não apresentava o exame e nem sintomas que indicassem a Leishmaniose. Se é como controle está totalmente inócua essa posição do Zoonoses”, pontuou Souza, ressaltando que alguns animais tinham até outras patologias como sarna, velhice, câncer, dentre outras doenças.
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