Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

domingo, 28 de agosto de 2011

Moradora de Pirajuí reclama de acúmulo de lixo em casa vizinha

27/08/2011

Lilian Grasiela
Pirajuí – Uma moradora de Santo Antônio da Estiva, distrito a cerca de 10 quilômetros de Pirajuí (58 quilômetros de Bauru), procurou o Jornal da Cidade para reclamar do acúmulo de lixo e da grande quantidade de animais de estimação em uma residência vizinha. Segundo ela, o cheiro nas imediações é insuportável. A denunciante alega que procurou a prefeitura e nada foi feito. Já o município revela que programou uma visita ao local para a próxima segunda-feira.

De acordo com Ilda Lopes da Silva, que mora na rua 7 de setembro, número 25, o problema envolvendo a casa vizinha, onde mora a funcionária pública N.V. (somente as iniciais serão divulgadas), é bastante antigo. “Há mais de cinco anos, nós vivemos uma luta contra essa vizinha”, afirma. “É muita sujeira, muita porquice, um monte de cachorro trancado dentro de casa com uma senhora de 84 anos (mãe da denunciada)”.

Ilda denuncia que, além dos cachorros, a vizinha também cria gatos, galinhas e gansos no imóvel. A preocupação dela é com o risco de doenças que essa grande quantidade de lixo acumulado no quintal e no interior da residência gera. “Minha preocupação é com o risco de doença. Ela trabalha em um posto de saúde e é perigoso contaminar as pessoas”, declara. “Além disso, o cheiro na rua também é insuportável”.

A moradora conta que, há cerca de dois anos, a prefeitura retirou somente do quintal de N.V. três caminhões carregados de lixo. Contudo, segundo ela, a vizinha não permite que nenhum funcionário da administração entre dentro de sua casa. “O prefeito não faz nada porque ela é funcionária da prefeitura”, reclama. “A gente entende que tem solução para isso. Nós não somos obrigados a suportar um capricho dos outros”.

Nos últimos meses, Ilda diz que ela e outros vizinhos procuraram diversas vezes a prefeitura para reclamar da situação, mas que nada foi feito até o momento. “Nós fomos na prefeitura de Pirajuí, na Vigilância (Sanitária), e fica aquele jogo de empurra-empurra. Eles mandam ir para um canto, o outro manda a gente ir para outro, a gente vai, e nada é feito”, denuncia. Além da prefeitura, ela diz que um vizinho já levou o caso ao Ministério Público (MP).


Fiscalização

Ao ser informada da denúncia feita pela moradora Ilda Lopes da Silva, Silvana Coelho de Oliveira, fiscal da Vigilância Sanitária Municipal de Pirajuí, explicou por meio de nota que o órgão recebeu ligação comunicando sobre o fato somente na última quarta-feira, dia 24.

De acordo com ela, foi agendada uma visita ao local para a próxima segunda-feira. “Se o terreno (quintal) estiver sujo, a moradora será notificada para que, no prazo de 10 dias, sane a irregularidade”, diz. “A moradora do terreno em questão, sempre que é notificada, atende as notificações”.

A fiscal conta que, desde 2007, os vizinhos de N.V. reclamam do mau cheiro na casa dela e da sujeira feita pelos animais. “A moradora tem mais ou menos 10 cachorros que convivem com ela dentro da residência, e esse é o maior problema para os vizinhos”, revela.

Segundo ela, o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Luis Eduardo Assi, já realizou exames específicos, como o da Leishmaniose, nos animais de estimação da funcionária pública. O material foi enviado para o Instituto Adolfo Lutz, em Bauru, mas o resultado deu negativo para a doença.

“Dentro de nossa esfera de atuação, limitamo-nos a notificar e multar a proprietária quando a mesma infringe alguma norma, não competindo a nós a remoção dos animais não portadores de zoonoses”, alega. “E a Vigilância Sanitária não pode adentrar na residência (dentro da casa) da proprietária, pois ela não abre as portas para ninguém”. A reportagem não conseguiu falar com a moradora acusada.

O Ministério Público informou que não tem conhecimento da situação relatada pela moradora do distrito de Santo Antônio da Estiva. Segundo o órgão, qualquer pessoa pode denunciar o caso diretamente na sede da Promotoria de Justiça, na Praça Dr. Pedro da Rocha, nº 43, no Centro da cidade.

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