Técnicos se capacitam para monitorar doença causada por protozoário
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1 de agosto de 2011 às 17:50
Técnicos de entomologia das 18 Unidades Regionais de Saúde participam esta semana de um treinamento para implantação do monitoramento entomológico nos pólos de produção de Leishmaniose Tegumentar Americana. A capacitação - que é uma realização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) - teve início nesta segunda-feira (1º) e se estenderá até sexta-feira (5), no auditório da Funasa, em São Luís.
A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas de flebotomíneos infectadas. O SUS oferece tratamento específico e gratuito da doença, feito com uso de medicamentos à base de antimônio, repouso e uma boa alimentação.
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde da SES, Alberto Carneiro, disse que a diversidade de agentes, de reservatórios, de vetores e a situação epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar Americana, aliada ao conhecimento ainda insuficiente sobre vários aspectos, evidenciam a complexidade do controle desta endemia.
"Este treinamento demonstra a preocupação que o secretário de Saúde, Ricardo Murad, tem com a valorização do trabalho dos técnicos e temos a certeza que irá contribuir com a qualidade e a sustentabilidade das ações do monitoramento durante os dois próximos anos de trabalho", afirmou Alberto Carneiro, durante a abertura do evento. Estavam presentes também o superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, Henrique Jorge, e a coordenadora do Departamento de Endemias, Orzinete Soares.
A capacitação tem como objetivo principal estudar a diversidade e a distribuição das espécies de flebotomíneos, ampliar os conhecimentos sobre sua ecologia e subsidiar os órgãos de saúde na elaboração de estratégias para intensificação de ações de controle desses vetores. Eles serão capacitados, entre outras coisas, sobre as novas estratégias de controle de vetores, uso de capturador elétrico e armadilhas.
Orzinete Soares disse que com base nos indicadores epidemiológicos, demográficos, agropecuários e ambientais foram identificadas as áreas de maior produção de casos e definidas as localidades, pólos e circuitos de produção da enfermidade. "Existem oito pólos de produção da doença e as ações serão intensificadas em alguns municípios objetos de estudo", acrescentou.
Os estudos serão feitos nos pólos de Governador Nunes Freire; Barreirinhas e Chapadinha; Caxias e Codó; Colinas e São Domingos do Maranhão, Açailândia e Imperatriz; Santa Luzia e Arame.
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