Casos de leishmaniose aumentam 266,6%
Votuporanga é a cidade que mais faz exames da doença; números deste ano chegam a 1.342 casos
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O número de casos de leishmaniose em Votuporanga aumentou 266,6% em um ano. O Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) informou ao jornal A Cidade, que no período de janeiro até 24 de agosto deste ano, foram registrados 1.342 casos de leishmaniose em cães no município. Já no comparativo do mesmo período do ano passado, considerando todo o mês de agosto, o número era de 366 casos positivos.
Segundo o médico veterinário responsável pelo Secez, Élcio Sanches, o aumento no número de casos positivos é devido ao maior esclarecimento da doença por parte da população. “Além de que a proporção de exames coletados para casos positivados se manteve praticamente igual nos dois períodos, tendo em vista que neste ano o número de exames coletados já passa dos sete mil e neste período do ano passado não chegou a três mil”, explicou.
Os números demonstram o avanço no trabalho de varredura desenvolvido pelas equipes do Secez. “Temos três equipes de trabalho: uma é do projeto científico de encoleiramento, outra atende as solicitações de moradores e uma terceira que faz o trabalho de varredura, onde os profissionais percorrem as residências nos diversos bairros da cidade e coletam amostras de sangue dos animais para análise”, detalhou o veterinário.
Sanches contou ainda que Votuporanga é a cidade que mais faz exames de leishmaniose, “então quanto maior a nossa procura, maior são os números de casos positivados e, com isso, tentamos controlar o avanço da doença”.
Prevenção
A transmissão da doença em humanos acontece quando a fêmea do mosquito, conhecido como palha ou birigui, pica o cão infectado e, posteriormente, o indivíduo. O veterinário ressalta que algumas recomendações devem ser cumpridas para combater o inseto: manter casa e quintal sempre limpos; não criar galinhas e porcos em área urbana;recolher constantemente folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira, pois esses materiais acumulam umidade e favorecem a criação do mosquito palha; embalar o lixo corretamente; recolher o lixo dos terrenos baldios perto da casa; instalar tela com malha 70 nas portas e janelas de casa;evitar que o cão durma dentro da residência, mantê-lo sempre no quintal;encoleirar o cão (impregnada com deltametrina 4%) e adotar a posse responsável do animal, não permitindo que o mesmo fique solto nas ruas.
“A utilização de coleiras com o princípio ativo de deltametrina 4% e sprays com 65% contribuem com forte ação de repelência sobre o agente transmissor”, enfatiza.
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