6º caso de leishmaniose é registrado; zoonoses intensifica trabalho
Ainda falta confirmação do instituto Adolf Lutz, assim como os outros cinco casos
O sexto caso de leishmaniose em animal foi detectado nas duas últimas semanas pelo setor de zoonoses do município. O caso aconteceu no bairro Palmital. Atendendo as recomendações do Ministério da saúde, o trabalho das equipes foi intensificado. Nos próximos dez dias, toda a área que abrange 200 metros de onde foi descoberto o caso através de teste rápido terá atendimento diferenciado.
Todos os outros bairros onde foram identificados os cinco casos de leishmaniose em animal também devem receber um trabalho específico, que são Altaneira, Bandeirante e Damasco. Medida é preventiva. Ainda falta confirmação do Instituto Adolf Lutz.
Lupércio Garrido, responsável pelo setor, explica que ação focada visa combater a possível transmissão para outro animal. “Nesse trabalho, que chamamos de inquérito, fazemos o cadastramento de todo animal visitado, coletamos sangue e avaliamos os riscos do imóvel, já que alguns pontos estão mais propícios, como é o caso de residência que tem muita matéria orgânica no solo”, explica.
A recomendação do coordenador é para que a população pode as árvores, evite a criação de galinhas e não deixe fezes de animais pelo chão. “Tudo isso visa controlar a proliferação do mosquito palha ou birigui, como é conhecido”, completa. Após obedecer a determinação do Ministério de Saúde, a equipe pretende continuar o trabalho para outras regiões, mesmo aquelas que não tiveram notificação. “O ideal é fazer toda a cidade”, comenta.
Lupércio diz que o trabalho começou em abril e não tem prazo para terminar. “A leishmaniose pode ser comparada à dengue. Mesmo que tenha um controle, não significa que o trabalho pode parar. Não existe solução para colocar um fim. Tem que continuar. Além de manter atualizado o registro dos animais, também é preciso continuar conscientizando as pessoas sobre os cuidados básicos para evitar”, ressalta.
Até agora, só foi registrado um caso humano de leishmaniose. Aconteceu em outubro do ano passado e a vítima foi um menino de seis anos na área de abrangência do bairro Santa Antonieta II, na zona norte. “Mas graças a Deus foi diagnosticado a tempo e tratado. A evolução foi para a cura. O grande problema da leishmaniose é a dificuldade do diagnóstico, que, quando descoberto tarde, pode gerar óbito”, diz.
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