Um encontro entre o prefeito de Votuporanga Junior Marão, a secretária municipal de Saúde, Fabiana Parma, o veterinário do CCZ, Élcio Sanches Jr., integrantes da Sucen e do Comitê Estadual de Leishmaniose liderado pelo especialista Dr. José Eduardo Tolezano do Insituto Adolfo Lutz (IAL/SP), discutiu dados recentes da evolução da leishmaniose no município.
O número de casos da doença em humanos entre 2011 e este ano já soma 19; quatro deles evoluíram para óbito. Para o Ministério da Saúde esses dados colocam o município em um nível de transmissão intenso.
Em junho de 2010 foi diagnosticado o primeiro caso da doença em um cão de Votuporanga. Depois disso, várias ações preventivas começaram a ser planejadas e aplicadas pelo Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) como a capacitação de médicos, veterinários, agentes de saúde e enfermeiros; confecção de material educativo para crianças e adultos, orientação aos moradores, divulgação da doença por meio dos veículos de comunicação, realização de exames gratuitos para diagnósticos da doença, eutanásia de cães positivos, além de outras medidas desenvolvidas com as parcerias da Secretaria de Serviços Urbanos, Saev Ambiental e do IAL/ SP.
Segundo Tolezano, algumas pesquisas realizadas nas cidades que possuem casos da doença há algum tempo, como Araçatuba/ SP e Teresina/ PI, demonstram que o rigor na elaboração de um planejamento de estratégias de prevenção à leishmaniose e a aplicação dessas ações junto à população resultam em um maior controle da transmissão. “É o que se prevê para Votuporanga, uma vez que as medidas já aplicadas só apresentarão resultado
mais à frente”, diz a secretária de saúde.
Tolezano confirma essa previsão. “Esse é um comportamento esperado que se justifica pela introdução recente do vetor aqui na cidade. O tempo de incubação da doença pode chegar a dois anos”.
Durante a reunião, o prefeito assumiu o compromisso de contratar novos agentes para reforçar as equipes de vetor e de pulverização, aumentando a eficiência dos trabalhos de orientação aos moradores e de dedetização das casas.
Prevenção
A secretária de saúde faz um apelo para que a população colabore com a causa. “Essa é uma doença muito séria, por isso, todas essas medidas, embora simples, devem se tornar rotina na vida das pessoas”.
As principais ações para o combate a leishmaniose, são: limpar quintais e retirar permanentemente material orgânico, como frutos, folhas e fezes de animais; podar as árvores para propiciar a entrada de raios solares na raiz; retirar galinhas e galinheiros da área urbana – servem como fontes para o desenvolvimento do mosquito; colocar coleiras em cães sadios (deltametrina 4%); comunicar a Secretaria de Saúde, em casos suspeitos em cães e humanos.Mais informações pelo telefone (17) 3405-9787. (A Cidade)
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