Leishmaniose cresce nas grandes cidades e é
tema de debate em Congresso no Rio. Entenda e
saiba prevenir
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É nas asas de um pequeno mosquito conhecido como palha ou birigui que uma doença de difícil tratamento vem se disseminando no país. Até poucas décadas tipicamente rural, a leishmaniose — tanto na sua forma cutânea quanto na visceral — vem ganhando terreno nas cidades. O problema, que até 2000 tinha 88% dos casos registrados no Nordeste, hoje já preocupa as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste, que somam 48% das notificações. A migração da doença para grandes cidades foi tema ontem de palestras no 18 Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, que acontece esta semana no Rio.
— Essa doença rural passou a ser urbana e aparece majoritariamente nas periferias, porque está ligada a condições precárias de moradia — explica o infectologista Gustavo Romero, professor da Universidade de Brasília e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
No Rio, a Secretaria estadual de Saúde monitora a região do Caju e os municípios de Volta Redonda e Barra Mansa, onde foram notificados casos da doença. Em 2011, foram registrados no estado 90 casos da forma cutânea e seis da visceral. No primeiro semestre deste ano, foram 29 registros da cutânea e dois da visceral.
— À medida que temos o homem se aproximando de matas e do mosquito e a presença de cachorros infectados, forma-se um quadro propício à instalação da leishmaniose — diz Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria estadual de Saúde.
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