Agentes orientam população de Junqueirópolis sobre a leishmaniose
Com início do período das chuvas, volta a preocupação com a doença, que atingiu 324 cães no município
Este ano no Estado de São Paulo 57 pessoas contraíram leishmaniose. Até agora duas mortes foram registradas. A região oeste concentra cerca de 20% dos casos. Em Junqueirópolis, segundo a Diretoria Municipal de Saúde, 324 cães estavam contaminados e 80% já foram eutanasiados.
A preocupação dos agentes de saúde é com o período de chuvas com a chegada da primavera. “Com a umidade das chuvas e a matéria orgânica, em decomposição, são ambientes bastantes propícios para a proliferação do mosquito transmissor da doença”, explica a educadora de saúde do município Márcia Gomes.
E a população também tem sido parceira dos agentes, no sentido de comunicar e entregar os animais doentes em caso de leishmaniose. “Se for para a gente ficar doente não pode. Tudo para o bem da comunidade”, fala a dona de casa Sirlene Moraes.
A limpeza de quintais e calçadas é fundamental para eliminar a doença. “Mantenho tudo sempre bem limpinho. Gosto muito dos meus cachorros, morro de medo deles pegarem a doença”, relata a dona de casa Maria de Lurdes de Sá.
As folhas de árvores acumuladas em bueiros podem ser potenciais criadouros do mosquito transmissor. Situação que poder ser evitada se cada morador juntar esse tipo de matéria orgânica nos sacos transparentes que são adquiridos de graça nos postos de saúde na cidade.
“A leishmaniose só é transmitida através da picada do mosquito. Se nós não tivermos o mosquito, não teremos a doença. É humanamente impossível a Secretaria Municipal de Saúde estar controlando isso se não houver o engajamento de cada um em cuidar do seu ambiente”, enfatiza a educadora de saúde.
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