Criança vítima de leishmaniose continua internada em Marília
A criança de 6 meses contaminada por leishmaniose, continua em tratamento no Hospital Materno Infantil de Marília, do Hospital das Clínicas. Esse é o segundo caso registrado em humano em Tupã.De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica, Nincéia Guandaline, a Secretaria Municipal de Saúde já está tomando as medidas descritas no protocolo de leishmaniose. As equipes da Secretaria estão percorrendo a vizinhança da criança, que mora na colônia da Fepasa, para a busca de sintomáticos, em um raio 200 metros dos arredores da residência da vítima.
Assim como no primeiro caso da doença registrada em julho, a equipe do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) vai colher mostras de sangue dos cães naquele setor da cidade. Somente no setor 3, proximidades da Vila São Paulo, onde morava a primeira vítima, foram colhidos cerca de 800 mostras de sangue de cães, no intuito de diagnosticar a doença. “Espero que a população compreenda e atenda os funcionários da prefeitura para obtermos bom resultado”, comentou.
Tupã registra o segundo de leishmaniose em humanos na história da cidade. A doença foi confirmada no início da semana. O primeiro caso de leishmaniose ocorreu em julho, quando no último dia daquele mês, dia 31, fez vítima Derci Lopes de Souza, 48 anos, que não resistiu ao tratamento de uma leishmaniose visceral.
Ele ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital São Francisco por mais de uma semana e veio a falecer. A doença é transmitida pelo mosquito palha. Por serem pequenos, esses mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas.
Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata, é importante também saber que este parasita pode estar presente em animais silvestres e em cachorros de estimação.
Os sintomas variam com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta.
Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço.
A melhor forma de se prevenir é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata e sempre usar repelentes. Essa doença deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, ou diagnosticada tardiamente, pode levar a óbito.
Fonte: Folha do Povo (Tupã)
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