Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 8 de outubro de 2011

CCZ sacrificou 7.493 cachorros e gatos neste ano em Fortaleza

O coordenador do Programa do Calazar do CCZ, Sérgio Franco, garantiu que o órgão só faz capturas de animais quando solicitado e apenas se o cachorro ou gato estiver doente
JOSÉ LEOMAR

Destes, 50% eram casos confirmados de calazar; decisão judicial impede a morte de animais saudáveis

O Centro de Controle de Zoonose de Fortaleza (CCZ) informou já ter sacrificado 7.493 animais (cachorros e gatos) nesses nove primeiros meses de 2011. Deste total, 50% (3.746,5) tinham comprovadamente a leishmaniose visceral- LV (Calazar).

A outra metade compõe a população de animais que se encontra em fase terminal (câncer), ou com doenças incuráveis e a de animais considerados agressivos.

Sobre a origem desses animais, o coordenador do Programa do Calazar do CCZ, Sérgio Franco, explica que muitos deles, em fase terminal, foram entregues ao CCZ pela população; outro quantitativo foi recolhido pelo Centro, após a comprovação positiva da LV, quando da realização de campanhas e o restante foi recolhido após solicitação da população.

Ele descartou a existência de qualquer tipo de captura de animal por parte do CCZ, a não ser quando solicitado e se os mesmos já estiverem dentro dos perfis citados.

"Conhecemos a determinação judicial existente desde 2008, que nos proíbe de sacrificar animais sadios. Então, somente podemos sacrificar animais comprovadamente irrecuperáveis - com laudo veterinário que comprove a situação deles. Os que são sacrificados são animais com calazar, que não têm cura, ou portadores de doença terminal, como cinomose", explicou Franco. O dirigente também descartou receber, no Centro, um animais sadios cujos donos não os querem mais. Apesar de faltarem ainda três meses para o fim de 2011 e com os casos que ainda estão pendentes em análises laboratoriais, a incidência do calazar tem diminuído na Capital e no Estado se comparada ao mesmo período de 2010.

Em Fortaleza, no ano passado, foram registrados, nos 12 meses, 262 casos confirmados, com dez óbitos. Neste ano, até ao mês de setembro, foram 136, com dez óbitos.

De acordo com o responsável pelo serviço de controle da LV, do CCZ, existem 50 outros casos suspeitos em análise. Outros cinco óbitos acontecidos também estão sendo analisados se a causa morte é ou não o calazar.

Já segundo dados estatísticos da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), em 2010, foram confirmados 581 casos, com um total de 26 óbitos. Este ano, até o mês de setembro, 249 casos já foram confirmados com 22 óbitos. De acordo ainda com informações da assessoria de comunicação da Sesa, existem muitas ocorrências que estão com pendência de comprovação laboratorial para ser atestada ou não.

Raiva

Com relação à raiva animal e humana, a situação é considerada tranquila, já que em Fortaleza não se registra caso confirmado há sete anos. O último aconteceu em 2004. A raiva animal (urbanizada) está sob controle.

Apesar de praticamente erradicada no Brasil, a raiva ainda representa ameaça à vida humana e animal no mundo. Dados da OMS apontam que, a cada ano, pelo menos 55 mil pessoas morrem após serem mordidas por um animal infectado, e 20 milhões de animais são sacrificados na tentativa de algumas nações conterem a disseminação desta zoonose. A raiva pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado. A taxa de letalidade entre humanos é próxima de 100%.

Recolhimento

2.071 Cães portadores de doenças incuráveis foram recolhidos nas residências das pessoas que solicitaram, a presença dos técnicos do CCZ

ADALMIR PONTE
REPÓRTER

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