Buraco serviu como bacia de contenção, mas, atualmente, representa transtorno
ANAHI ZURUTUZA 26/10/2011 00h06
Foto: VALDENIR REZENDE/CORREIO DO ESTADO
Buraco transformou-se em transtorno (e risco) para os moradores
Água empoçada e lixo acumulado em uma cratera situada em área descampada na Vila Marli, região noroeste de Campo Grande, preocupa moradores do entorno. O buraco aberto artificilmente (por escavação) em terreno localizado no cruzamento da Rua Marluce com a Rua Diamantina, segundo moradores serviria como uma bacia de contenção da enxurrada vinda de outros bairros e que recorrentemente provocava alagamentos na Vila Marli. Contudo, o local transformou-se em depósito de lixo.
O padeiro Paulo Coelho, 33 anos, mora a sete ano na Vila Marluce e conta que assistiu a construção da cratera. "O pessoal que fez o loteamento (Água Limpa Park, localizado ao lado da Vila Marli) que cavou esse buraco. Eles disseram que era para acabar com os alagamentos, até porque não iam conseguir vender os lotes se tivesse alagamento".
Coelho relata que por certo tempo a cratera realmente funcionou como bacia de contenção, mas, atualmente, representa risco aos moradores. "Na época eles mostraram as fotos do projeto. Eles iam fazer tipo uma lagoa, bem bonitinha. Agora, é só um buraco abandonado".
Já nas margens da cratera, é possível encontrar restos de materiais de construção, móveis velhos e uma carcaça de televisão. No interior do buraco, além da água da chuva acumulada, vária garrafas e sacos plásticos estão jogadas e também um sofá velho foi abandonado. "Até um tempo atrás tinha criança que vinha tomar banho nessa água. Mas, agora até bicho morto jogam aí".
A preocupação de Delsio Domingues, 30 anos, filho de um casal que mora na região é com a saúde dos pais. "Tem a dengue, a leishmaniose e vai saber que outro tipo de doença as pessoas podem pegar por causa de lixão".
Já Renato Rodrigues, 30 anos, que a três meses mudou-se para condomínio cujo muro dos fundos fica próximo ao buraco, teme que as margens da cratera comecem a desmoronar e que o desabamentos avancem até atingir o residencial. "Na próxima chuva essa as beiradas desse buraco não vão aguentar". Segundo moradores a enxurrada que vem do Bairro Santa Luzia é tão forte, que no período crítico das chuvas a água contida na espécie lago artificial chega a transbordar.
Outro problema
No cruzamento das ruas Oscar Ferreira Bugre e Ovídeo de Paula Correia, moradores da Vila Marli tem de conviver com outro buraco. Segundo residentes, na tarde de segunda-feira, um caminhão que fazia entregas no bairro passou no local e o asfalto ce deu.
"O vizinhos já ligaram para a Águas Guariroba e eles disserram que era com a Sesop. Dizem que ligaram para a Sesop e disseram que o problema é com a Água, a gente não sabe até quando esse buraco vai ficar aí", afirma a dona de casa, Vanessa Centurion, 36 anos. Ela ressalto o perigo de acidentes. "O pessoal colocou esses galhos e essa faixa aí para sinaliza, mas à noite se um motoqueiro passar e não ver, pode ter acidente sério".
Prefeitura
Por meio da assessoria de imprensa, a administração municipal informou que nas intervenções feitas na Vila Marli com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Segredo não havia estava prevista a construção de lago artificial ou bacia de contenção, o que poderia justificar a escavação de um buraco. Contudo, um fiscal e equipe de limpeza serão enviados ao local para verificar a situação.
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