Cidade define diretrizes para Chagas e leishmaniose
Começa hoje e segue até o dia 28 a 27ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas e a 15ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmaniose, no Centro Educacional e Administrativo da UFTM. Em 2011, as reuniões, que congregam a comunidade científica nacional e internacional, homenageiam o médico e pesquisador uberabense Aluízio Rosa Prata, que em vida criou a reunião e viajou pelo mundo difundindo pesquisas para solução de doenças infectoparasitárias.
Segundo a coordenadora das reuniões, a cardiologista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rosália Morais Torres, Uberaba sedia o encontro científico há mais de 20 anos, funcionando como reduto de novas pesquisas e diretrizes de prevenção, diagnóstico e tratamento de Doença de Chagas e Leishmanioses pelo mundo. “Antes da reunião de pesquisa aplicada, principais pesquisadores da área se reúnem com a esfera governamental para a realização de oficinas para decidir quais medidas serão tomadas no Brasil em relação às doenças. As diretrizes do Ministério da Saúde nascem todos os anos desta reunião”.
Além disso, este ano, especialistas presentes na reunião vão fechar a revisão do Consenso Brasileiro de Doença de Chagas, criado em 2005 também em Uberaba. “Isto significa que todos os médicos e profissionais de saúde do Brasil devem seguir as orientações para tratamento e diagnóstico que saem dessa reunião, que geralmente são copiadas pelo resto dos países. Por isso, o mundo inteiro está de olho nesta reunião”, destaca a especialista. Ela lembra, ainda, que a reunião gera a discussão sobre o atual problema que o Brasil enfrenta com o crescimento de casos de leishmanioses em áreas urbanas. Hoje é o país com maior número de casos da doença em cidades.
Tratamento. O Triângulo Mineiro já foi região endêmica para doença de Chagas no passado, mas, como ainda existem dezenas de pessoas infectadas há mais de 20 anos, Rosália Morais destaca que a reunião irá realizar debates dando ênfase à implantação de novas tecnologias no tratamento da doença agregada ao medicamento. “Estamos buscando dentro da tecnologia a resposta para um tratamento mais eficaz. Uma das mesas-redondas, por exemplo, irá discutir nanofármacos, que são medicamentos em partículas bem pequenas, mas que podem ser mais eficientes e sem efeito colateral”, frisa a cardiologista.
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