Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

domingo, 23 de outubro de 2011

MARILIA - Saúde inicia inquérito canino segunda-feira na Zona Norte

Veterinários da SMS (Secretaria Municipal da Saúde) iniciam nesta segunda-feira (24) a coleta de amostras de sangue de cães para a realização de inquérito canino, para avaliar a prevalência da leishmaniose nestes animais, que são o reservatório do parasita que provoca a doença na zona urbana.

A ação será realizada a partir da casa da criança de 6 anos, que foi confirmado o primeiro caso de LVA (Leishmaniose Visceral Americana), no bairro Santa Antonieta II, na zona norte de Marília. Devem ser coletadas amostras de 100 cachorros. O inquérito canino faz parte de um conjunto de ações deflagradas pela SMS para bloqueio de transmissão da leishmaniose. Desde que foi confirmado o caso de LVA, equipes de Saúde já fizeram visita nas casas da região realizando busca ativa de pessoas com sintomas da doença (febre por mais de 15 dias, aumento do volume abdominal, falta de apetite ou palidez cutânea), de cães com suspeição de terem a enfermidade, além de verificar as condições de limpeza dos quintais e terrenos adjacentes. Durante a semana carro de som passou no bairro pedindo aos moradores que fizessem a limpeza de quintais, retirando os materiais inservíveis, fazendo o acondicionamento correto de lixo orgânico (folhas, fezes de animais), e desde quarta-feira (19), equipes da Prefeitura realizam trabalho de remoção de materiais inservíveis naquela região, em quatro bairros: Santa Antonieta II, Parque das Nações, Nova Almeida e Jardim Primavera. De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, José Expedito Capacete, foram retirados em três dias 33 toneladas de materiais. “Vamos ainda fazer um trabalho de recolhimento neste sábado (22), pela manhã até as 13 horas, pois tem muito o que ser recolhido”, afirma. O descarte de materiais inservíveis e lixo orgânico é de fundamental importância para evitar a proliferação do mosquito-palha ou birigui (Lutzomiya longipalpis), vetor da leishmaniose. “O inseto se reproduz em material orgânico em decomposição, principalmente quando estes estão em locais com pouca insolação. Por isso, a limpeza das áreas e manutenção dos locais seguros são de fundamental importância para conter a proliferação do vetor”, diz o coordenador de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Lupercio Lopes Garrido Neto. A doença A leishmaniose é uma zoonose, ou seja, uma doença que afeta animais e seres humanos. O vetor, a Lutzomiya longipalpis (mosquito- -palha ou birigui), transfere o parasita Leishmania chagasii ao se alimentar de sangue de animais reservatórios infectados, para pessoas e animais sadios. Os principais reservatórios nas áreas silvestres são as raposas e cachorros do mato, e nas cidades, o cão doméstico. Uma forma da doença, a leishmaniose tegumentar, provoca lesões em pele e mucosas, e é endêmica em nossa região. Já a LVA, forma mais severa, se caracteriza por acometer vários órgãos internos, entre eles o fígado e o baço, porém é perfeitamente curável quando diagnosticada oportunamente. No cão, reservatório do parasita, são sintomas da doença: o crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, aumento do volume do abdome, queda de pelo em torno dos olhos e lesões ulcerativas nas extremidades das orelhas.

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