Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 23 de julho de 2011

Combate à leishmaniose no Marajó deve beneficiar mais de mil pessoas



Os agentes de endemias visitam as residências em Salvaterra, orientando moradores e levando a borrifação

Pelos menos 1,3 mil pessoas, em 500 residências, devem ser beneficiadas com a ação de combate à leishmaniose, que o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), está intensificando no município de Salvaterra, no Arquipélago do Marajó. Neste final de semana, equipes de agentes de endemias e assistentes sociais visitam casas nas áreas com maior incidência da doença e realizam ações de educação em saúde e borrifação de inseticida.

A programação foi dividida em duas etapas. A primeira foi realizada de maio a junho, quando a Sespa iniciou no arquipélago o mapeamento da ação do mosquito vetor da doença. Nesta segunda fase, os domicílios estão sendo borrifados e os agentes de saúde reforçam o trabalho preventivo nas comunidades.

O pescador Rubivaldo da Purificação, 52 anos, mora há quatro meses na localidade de Pingo D’água, em Salvaterra. Ele recebeu a visita dos agentes de endemias e teve sua residência borrifada contra o mosquito. “Esse tipo de ação é importante porque, na maioria das vezes, a gente não conhece essas doenças. Assim, nós podemos nos cuidar melhor”, disse o pescador, que mora com a mulher e um filho na pequena casa de barro.

De acordo com a técnica em Educação em Saúde da secretaria, Eliene Trindade, o trabalho abrange nove municípios do Marajó: Afuá, Chaves, Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Soure, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Santa Cruz do Arari. Desses, quatro são prioritários nas ações de combate à doença (Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Soure e Salvaterra) por apresentam maior número de casos.

Incidência - Em 2010, o município de Cachoeira do Arari teve seis casos confirmados; Ponta de Pedras, sete; Salvaterra, cinco, e Soure, um. Neste ano, em Cachoeira do Arari foram registrados apenas dois casos, e um em Ponta de Pedras. Salvaterra, onde o trabalho é intensificado, teve cinco casos e um óbito infantil, no primeiro semestre.

“Em Salvaterra, as localidades de Pingo D’Água, São Veríssimo e Joanes estão recebendo maior atenção, pois registraram maior número de casos da leishmaniose. Mas a Sespa vai atuar em outros municípios, a fim de combater a doença e informar a população sobre as medidas de prevenção”, explicou Eliene. O trabalho continuará na cidade até o dia 30, quando já deverão ter sido borrifadas cerca de 500 casas.

A leishmaniose visceral ou calazar é uma doença crônica grave. Se não tratada adequadamente, pode ser fatal para o ser humano. A principal forma de transmissão do parasita para o homem e outros hospedeiros mamíferos é por meio da picada de fêmeas do mosquito palha (Lutzomyia longipalpis).

Thiago Melo - Secom

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