14h47, 17 de Julho de 2011
Ascom Sesau
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Gerência de Ciência e Tecnologia, promoveu a apresentação da pesquisa realizada pelo prof. Dr, Fernando Pedrosa, sobre Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) em alguns municípios alagoanos. No estudo, Fernando Pedrosa conseguiu relacionar alguns fatores de riscos encontrados na população alagoana.
Tais fatores foram encontrados em várias regiões, como: criação de pássaros dentro de casa, precária condições de moradia, plantações de bananeiras próximas às casas, sendo ambiente propicio para o vetor. A doença é considerada predominante no norte do Estado.
“As pessoas estão adoecendo no próprio domicílio. A população hoje tem mais hábitos de criar animais dentro de casa, e essas casas sempre bem próximas às matas, onde aumenta o risco de transmissão”, disse Fernando.
Ainda segundo ele, a doença é caracterizada por uma lesão na pele que dura de dez dias a três meses, onde o vetor inocula o parasita e forma-se uma ulcera indolor. A doença é endêmica da Amazônia, mas tem ocorrência em várias regiões do mundo, não se restringindo apenas às florestas, mas também presente em ambientes urbanos, em razão da destruição das coberturas vegetais nativas, a exemplo das plantações de bananas.
De acordo com a gerente de Ciência e Tecnologia, Betânia Cotrim, a divulgação das pesquisas é fundamental. “Estamos trabalhando no intuito da divulgação, para assim evitar as doenças ou diagnosticar o quanto mais cedo o problema”, afirmou.
Para diagnóstico pode ser feito exame de sangue, a fim de encontrar anticorpos específicos; biópsia ou raspadura da lesão, e também é realizado o parasitológico de fezes. O tratamento é feito não só visando a cura clínica, mas também o impedimento de que a doença evolua para as outras formas mais graves e, também, para evitar o seu reaparecimento.
Doença - A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas (protozoário Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada.
A forma de transmissão é feita através das fêmeas de mosquitos do gênero Lutzomyia, esses são de tamanho pequeno (menores que pernilongos), podem também ser chamados de mosquito-palha, birigui, cangalhinha, bererê, asa-branca ou asa-dura. Vivem em locais úmidos e escuros, preferindo regiões onde há acúmulo de lixo orgânico, e movem-se por meio de voos curtos e saltitantes.
Prevenção e tratamento - A melhor forma de prevenir a doença é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas. Deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, pode levar a óbito.
Fonte:Ascom Sesau
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