Da assessoria/PP
Em função dos casos de leishmaniose visceral e mortes no Estado do Mato Grosso do Sul, cerca de 100 profissionais de Saúde Pública dos municípios de Coxim, Alcinópolis, Rio Verde, São Gabriel do Oeste e Sonora, passarão por uma reciclagem e receberão informações sobre as atuais ferramentas disponíveis para o controle da leishmaniose visceral. O evento, que acontece no dia 7 de julho, em Coxim/MS, contará com a participação da Drª Vera Camargo, do Grupo de Estudos de Leishmaniose – SUCEN; Andrei Nascimento, Médico Veterinário e Gerente Técnico da MSD Saúde Animal; e Rose Fernandes, Coordenadora Técnica da BASF.
Apenas em Coxim, de 2010 até o momento, já foram confirmadas duas mortes humanas por conta da leishmaniose visceral. “O objetivo do encontro é apresentar aos profissionais da saúde das áreas mais críticas do Estado as mais recentes ferramentas disponíveis, que estão ao alcance das autoridades sanitárias para o controle desta endemia de grande impacto para a saúde da população. Além disso, vamos apresentar os métodos de controle que estão sendo praticados com sucesso por outras regiões do País”, esclarece o Médico Veterinário e Gerente Técnico da MSD Saúde Animal, Andrei Nascimento.
A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um mosquito conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.500 pessoas são infectadas e o número de óbitos é de aproximadamente 200, anualmente.
Segundo Nascimento, Mato Grosso do Sul é um Estado considerado endêmico pelo Ministério da Saúde. “Por isso, é de extrema importância que as pessoas adotem medidas preventivas, como, por exemplo, o uso das coleiras impregnadas com Deltametrina a 4% nos cães para evitar que os mesmos sejam picados e se tornem fontes de infecção, para o ser humano, no meio urbano”, ressalta.
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