Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cidade de MS Selviria e a empresa Eldorado encoleira cães gratuitamente.


Coleira canina é recomendada pela Organização Mundial da Saúde para combater a doença
Em parceria com a Eldorado Brasil Selvíria distribui mil coleiras antileishmaniose gratuitamente à população canina da cidade

Assessoria de Comunicação


Parceria de Eldorado Brasil com a prefeitura de Selvíria vai distribuir mil coleiras para população canina da cidade (Foto: Divulgação)

A Prefeitura Municipal de Selvíria, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, inicia nesta quarta-feira, 21 de setembro, a Campanha de Controle da Leishmaniose e Posse Responsável, com o encoleiramento contra a leishmaniose na população canina da cidade. Mil cães receberão gratuitamente a coleira impregnada com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como umas das ferramentas de controle da doença, que foram doadas pela empresa Eldorado Brasil.

ENDÊMICO
O Mato Grosso do Sul é um estado considerado endêmico para a leishmaniose visceral, tendo várias cidades com transmissão intensa da doença, entre elas Três Lagoas, Campo Grande e outras. Selvíria está no eixo de Araçatuba/SP e Três Lagoas/MS, áreas endêmicas. “Esse fato sempre nos trouxe grande preocupação.

O mais grave na analise do gráfico acima é a rápida evolução dos casos de leishmaniose visceral canina, que em 2010 obteve um índice de 35% de positividade. Como é sabido que casos humanos são precedidos por casos caninos, o mesmo veio a se concretizar em nosso município: em 2010 tivemos dois casos humanos, sendo que um evoluiu a óbito”
— Jeane Alves de Jesus - Vigilância Sanitária em Saúde de Selvíria,
Em 2006 começamos a fazer inquéritos sorológicos nos animais da cidade e percebemos que a situação da leishmaniose no município começava a se agravar. Com uma população canina estimada em 1800 animais, o perigo de uma grande epidemia de leishmaniose teria grande impacto social e econômico no município, visto que a doença e o seu tratamento causam grande morbidade nos indivíduos, pois requer longo tempo afastado de suas atividades e de seu núcleo familiar”, explica a fiscal de Vigilância Sanitária em Saúde de Selvíria, Jeane Alves de Jesus.

PICO
Jeane explica que incidência do vetor da Leishmaniose Visceral teve um pico em 2008 e se estabilizou nos três últimos anos. “O mais grave na analise do gráfico acima é a rápida evolução dos casos de leishmaniose visceral canina, que em 2010 obteve um índice de 35% de positividade. Como é sabido que casos humanos são precedidos por casos caninos, o mesmo veio a se concretizar em nosso município: em 2010 tivemos dois casos humanos, sendo que um evoluiu a óbito”.

Para controlar o avanço da doença, a secretaria de Saúde de Selvíria tem realizado várias ações, como palestras na rede escolar do município, inquérito canino, eutanásia dos animais positivos, levantamento entomológico do vetor e parcerias com outros setores, como, por exemplo, a solicitação do apoio do município de Três Lagoas para realização da coleta de animais errantes no município. “Porém, tais ações não se refletiram em números e o que se percebe é o avanço da doença na cidade. Por isso, verificamos a necessidade de medidas de intervenção urgentes”, ressalta Jeane.

CENSO CANINO
Para tanto, a Vigilância de Sanitária e Controle de Vetores e Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Selvíria acaba de anunciar que para os próximos meses fará um censo canino; encoleiramento dos animais com a coleira impregnada com deltametrina a 4%, recolhimento dos animais de rua; limpeza pública e manejo ambiental; campanha educativa de posse responsável; aquisição de um veículo próprio para o transporte de animais; atividades de educação e saúde com a população; treinamento para profissionais de saúde; e controle químico por meio da utilização de inseticidas de ação residual.

TRANSMISSOR
A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas anualmente.

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