A falta do reagente usado para fazer a identificação da leishmaniose provocou a suspenção do exame em todo o Brasil. Em Prudente, a coleta de sangue só é feita em animais cujos donos já haviam recebido em casa uma notificação.
“São pessoas que anteriormente tinham se negado ou por algum motivo não receberam a notificação. Elas estão trazendo os animais ao Centro [de Zoonoses], num período de 30 dias, para a coleta de sangue”, explica o coordenador do Centro de Zoonoses, o veterinário Célio Nereu Soares.
As equipes de trabalho da zoonoses de Prudente agora fazem apenas o cadastramento dos animais. O laboratório que acabou de ser montado para fazer o exame que detecta a doença também está sem função.
Os exames são feitos no laboratório do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Sem o reagente, todos os testes deixaram de ser feitos. Muitas amostras de soro, extraído do sangue coletado dos animais antes da suspenção, nem foram enviadas para a Capital e agora estão congeladas.
Só este ano, Presidente Prudente já registrou 35 casos de leishmaniose em cães, 24 autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade, e 11 importados. “Quando saía o resultado, nós confirmávamos, buscávamos o animal e eutanasiávamos para retirar o foco que poderia contaminar outros mosquitos. Com a suspensão, ficamos de mãos atadas e não sabemos como ficará a situação daqui para frente”, comenta Soares.
A orientação às pessoas que suspeitarem que seu cão esteja com sintomas da doença é levar o animal ao Centro de Zoonoses. Dependendo da situação, será feita a coleta de sangue para outros tipos de exames. Outra opção é levar a um veterinário para que o profissional faça o diagnóstico da leishmaniose.
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