A partir do próximo dia 21 de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde do município de Estância inicia o encoleiramento contra a leishmaniose na população canina da cidade. 120 coleiras impregnadas com deltametrina a 4% - princípio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde - OMS - como umas das ferramentas de controle da doença - serão distribuídas para a população de áreas que apresentaram números consideráveis de cães com sorologia positiva para Leishmaniose Visceral em inquérito sorológico canino.
Viviane Pedrosa, médica veterinária e coordenadora de território da MSD Saúde Animal, avalia que o objetivo da doação é abordar o maior número de proprietários de cães do município de Estância, ensinando-os sobre os riscos da doença, como se prevenir da Leishmaniose Visceral e os conceitos de posse responsável. “Nosso objetivo é estender a ação para todos os pontos da cidade. É imprescindível esclarecer os riscos da doença para a população e educá-la sobre como se prevenir, já que uma vez o cão infectado, o Ministério da Saúde recomenda a eutanásia”, ressalta.
Segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses de Aracaju, de 2007 a 2001 foram registrados 1765 casos positivos de cães e 97 casos humanos. A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente.
Segundo a OMS, a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90% dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas anualmente.
* Com informações da Ascom/Estância
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