Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Leishmaniose pode ser transmitida por outros vetores na Grande São Paulo.

A leishmaniose visceral pode ter outros vetores na Grande São Paulo

A IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES CAPAZES DE TRANSMITIR A DOENÇA SERVE DE ALERTA AOS SISTEMAS DE SAÚDE

Foto: Reprodução
Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP tem estudado a capacidade vetorial de algumas espécies de insetos – encontradas na Grande São Paulo – em transmitir a leishmaniose visceral. Esta forma da doença, causada pelo protozoário Leishmania infantum, afeta cães e humanos, geralmente, nessa ordem. Diante do crescente número de casos de leishmaniose canina em Embu e Cotia, na ausência do principal vetor, o Lutzomia longipalpis, fez-se necessária a investigação de outras espécies que pudessem estar capacitadas a transmitir a protozoose.
Estudar a capacidade vetorial de uma espécie envolve observar como ela se comporta no campo, em termos de se alimentar ou não nas fontes de infecção. Como no caso da leishmaniose visceral o cão doméstico é o principal reservatório, precisa-se medir a interação entre eles. Na região da Grande São Paulo, as principais suspeitas dos pesquisadores, Eunice Galati e Fredy Galvis-Ovallos, recaíram sobre a Pintomyia fischeri, que pode ser capaz de transmitir o protozoário.
“Nosso principal objetivo é checar. Nós vimos que a Pintomyia fischeri tem a capacidade e comportamento para transmitir o protozoário. Mas nós precisamos demonstrar a capacidade dela se infectar, desenvolver as formas infectantes e transmitir para um animal sadio, incluindo o homem. Essa última parte ainda não conseguimos demonstrar”, assinala Eunice.
A principal dificuldade está justamente na demonstração da competência vetorial em laboratório. Segundo a pesquisadora, é necessário criar o inseto, colocá-lo em contato com um cão comprovadamente infectado, garantindo que a espécie se alimentará do seu sangue, sobreviverá à oviposição para só depois infectar um animal sadio, no caso o hamster.
“A fêmea precisa do sangue como fonte de proteínas para desenvolver seus óvulos. Então, quando ovipõe ela esvazia seu abdômen e sente fome, buscando outra fonte. Nesta segunda picada, se ela foi capaz de desenvolver as formas infectantes, ela pode regurgitá-las na pele do hospedeiro, causando a infecção”, explica Eunice. “A gente chegou a ver que as fêmeas se infectam e que as formas infectantes estão onde deveriam estar e que há sobrevida, já que algumas sobrevivem à oviposição, estando aptas a transmitir”, conta. “Mas não conseguimos fazer com que elas transmitissem a infecção a um hamster vivo. É muito difícil demonstrar isso.”
Ainda assim, as pesquisas na área precisam continuar já que a demonstração da competência vetorial de novas espécies serve como um alerta aos sistemas de saúde para casos de leishmaniose onde, não necessariamente, se encontre o Lutzomia longipalpis.
“Quando a doença se manifesta em todas as suas formas – febre, emagrecimento, aumento do volume do baço e do fígado – se não tratada adequadamente, a chance de morte é alta”, coloca Eunice. “Em uma área que ela vem aparecendo pela primeira vez, com sintomas tão semelhantes a outras doenças, se o médico não souber que há a presença de um inseto que transmita ou que há cães já com a presença da doença, é muito difícil ele chegar ao diagnóstico.”
O primeiro caso humano diagnosticado no estado de São Paulo foi em Araçatuba, onde uma adolescente foi a óbito, porque quando houve a detecção da doença, já não foi possível reverter o quadro. Recentemente, dois irmãos morreram no Guarujá vítimas da doença.
“O que aconteceu no Guarujá é que não houve a suspeita de transmissão de Leishamania infantum e as crianças foram a óbito. O que se conhecia lá é que há o vetor da leishmaniose tegumentar, mas não da forma visceral da doença. Agora, é possível até que a mesma espécie esteja transmitindo ambas, então, é importante que a gente tente demonstrar isso”, afirma Eunice.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Leishmaniose em Valinhos assusta moradores

Valinhos recebe armadilhas contra mosquito transmissor da Leishmaniose

Outra orientação é instalar telas nas portas e janelas e, se possível, no abrigo dos cães.

A equipe da Superintendência de Controle de Endemias do Estado (Sucen) começou a instalar na manhã de segunda-feira (10) armadilhas para identificar a presença do mosquito palha, transmissor da Leishmaniose Visceral Canina, no Jardim Paraná, em Valinhos. Na região, casos da doença também foram registrados em Indaiatuba e em Campinas.
Serão instaladas em Valinhos 84 armadilhas em 42 casas. Todas ficam em um raio de 250 metros do local onde um cachorro foi contaminado.
O equipamento é simples. Possui uma lâmpada, um pequeno ventilador e um saco. O morador deve acionar a lâmpada às 18 horas, já que o mosquito tem hábito noturno, e deixar ligada a noite toda. Na manhã seguinte, os técnicos da Sucen retiram o saco e os mosquitos coletados são levados para avaliação.
A instalação dos equipamentos é acompanhada pela equipe da Secretaria de Saúde de Valinhos, que cidade ampliou as ações de fiscalização, controle, prevenção e orientações à população que vive nos locais onde há casos da doença.
Prevenção – A dona de casa Laura Martinez foi uma das que permitiram a instalação do equipamento. Para ela, o importante é a prevenção. “Tenho crianças e animais. A família toda passou a usar repelentes”, afirmou. “Recebi a visita de técnicos da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), que deram orientações sobre a prevenção.”
O pedreiro Walter de Jesus de Oliveira disse que o importante é unir forças para combater a doença. “Temos que ficar atentos e ajudar”, afirmou.
Controle – Para o controle da reprodução do vetor, a recomendação é manter as áreas ao redor da casa e o pé das árvores limpos e com espaço para a passagem da luz do sol no solo. O mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como montes de folhas, restos de grama e de poda de árvores deixados em lugares úmidos e sombreados.
Outra orientação é instalar telas nas portas e janelas e, se possível, no abrigo dos cães. Também é recomendado o uso de repelentes, de camisa de manga comprida e calça nos trabalhos ao redor de casa e a colocação de coleira repelente contra o mosquito palha nos cães.
Casos detectados – Segundo a Secretaria da Saúde, Valinhos registra sete mortes de cães e 44 casos positivos para a doença, distribuídos entre o Jardim Paraná (1 caso) e os bairros Parque Suíça e Clube de Campo do São Bento (localizados nas proximidades da Rodovia Dom Pedro).
O município aguarda ainda resultados de 128 exames e já coletou 455 amostras nos três bairros, encerrando o protocolo de controle nessas regiões.

Leishmaniose chega a Campinas e Indaiatuba

Campinas e Indaiatuba confirmam casos de leishmaniose

Postado por Redação Ônibus de Campinas em 11 de julho de 2017 às 13:48
Com informações do G1 Campinas

Foto: Reprodução RBSTV
Mais duas cidades da nossa região estão com casos confirmados de leishmaniose.
Em Indaiatuba, são sete casos confirmados de cachorros infectados pela forma visceral canina da doença, sendo que um dos animais morreu. Em Campinas, há um caso positivo em cão e outros três em investigação.
De acordo com a Prefeitura de Campinas, o cão infectado é da zona rural de Joaquim Egídio. A cidade é considerada área com transmissão controlada da doença em cães e faz vigilância constante da leishmaniose e desencadeia todas as medidas preconizadas para cada notificação”.
Não há casos em humanos e não há previsão sobre os resultados dos exames dos cachorros investigados.

Leishmaniose - Sorocaba em alerta

Sorocaba confirma primeiro caso de leishmaniose visceral humana

A criança de 1 ano e 7 meses está internada em hospital; o quadro de saúde inspira cuidados pela febre persistente, falta de apetite e perda de peso

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo
1
SOROCABA - A Secretaria da Saúde de Sorocaba, interior de São Paulo, recebeu nesta terça-feira, 11, a confirmação do primeiro caso de leishmaniose visceral humana. O caso é considerado importado. 
Sorocaba confirma primeiro caso de leishmaniose visceral humana
Instituto Adolfo Lutz  Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
A paciente, uma criança de 1 ano e 7 meses, mora na cidade, mas passou um mês no Estado de Sergipe, onde teria contraído a doença. 
Um laudo do Instituto Adolfo Lutz, instituição de saúde credenciada para a validação do diagnóstico, confirmou a doença. A criança está internada em hospital e recebe medicação desde a última sexta-feira, 7. O quadro inspira cuidados pela febre persistente, falta de apetite e perda de peso. 
     
A cidade de Indiaroba, em Sergipe, onde a criança permaneceu de março a abril deste ano, está classificada entre os 25 municípios com maior incidência de leishmaniose visceral no Estado. 
A leishmaniose é uma doença que pode acometer cães e humanos, causada por um protozoário transmitido pelo mosquito palha, vetor presente na região. 
Conforme a Divisão de Zoonoses, o bairro onde a menina residiu desde o nascimento não tem registros da presença do mosquito, nem casos de cães contaminados. 
Em Sorocaba, a forma cutânea da leishmaniose vem sendo registrada há alguns anos, mas a forma visceral, mais grave, embora detectada em cães desde 2015, ainda não tinha sido observada em pessoas. 
No Estado de São Paulo, em 2016, foram registrados 144 casos de leishmaniose visceral, com 9 mortes, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Mais de 90% dos casos aconteceram nas regiões oeste e noroeste do Estado, mas 4 mortes foram registradas na Baixada Santista.