Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Leishmaniose Causas, sintomas e tratamento em Humanos.



Usa-se o termo Leishmaniose para definir um conjunto de doenças (as Leishmanioses, para ser mais correto), causadas por parasitas do gênero Leishmania. Estes parasitas estão presentes em quase todos os continentes, com exceção da Austrália e Antártica, já tendo sido identificadas mais de 20 espécies.

A leishmaniose é caracterizada pela OMS (organização mundial de saúde) como uma das seis doenças infecciosas mais importantes do mundo. Estima-se que sejam acometidas todo ano cerca de 2 milhões de pessoas, no entanto a Leishmaniose é considerada uma doença negligenciada pela indústria farmacêutica, por acometer majoritariamente populações menos favorecidas, ou seja, com menor poder de compra e menor potencial de gerar lucros a essas empresas. No Brasil a leishmaniose está presente em todos os estados.

Apesar de infectarem primariamente animais, o homem pode ser contaminado se estiver presente em uma área endêmica, tanto como viajantes ou como residentes.
Leishmaniose - mosquito 
Mosquito transmissor da leishmaniose - Flebótomo
A transmissão da doença se dá através da picada de um inseto, o flebótomo do gênero Lutzomyia, que é pequeno o suficiente para atravessar malhas de mosquiteiros e telas. Ele recebe diversos nomes que variam com a região onde é encontrado, como mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalhinha, asa branca, asa dura e palhinha.

Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. A leishmaniose é uma zoonose. O mosquito só transmite a leishmania se tiver picado um animal infectado. 

As fontes de infecção são principalmente animais silvestres infectados, mas o cão doméstico pode servir também como hospedeiro (usamos este termo para designar o ser infectado). Quando o homem é picado pelo inseto que carrega a leishmania, pode desenvolver dois tipos de doença: a leishmaniose tegumentar (que acomete a pele e as mucosas) ou a leishmaniose visceral ou calazar (que acomete os órgãos internos). O que define se o paciente terá a forma cutânea ou a forma visceral é o tipo de leishmania que o contamina. 

Classificação e sintomas da leishmaniose (fotos retiradas do http://portal.saude.gov.br).

Após a picada do mosquito, o protozoário é inoculado em nosso corpo podendo se reproduzir localmente ou se espalhar pelo organismo.

Leishmaniose cutênea 1 -LEISHMANIOSE TEGUMENTAR OU FORMA CUTÂNEA - mais de 90% dos casos do mundo ocorrem na Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Peru e Brasil. É caracterizada pela presença de uma úlcera indolor, nas partes expostas do corpo, com formato arredondado ou ovalado, de tamanho variável (desde milímetros até alguns centímetros) e bordas elevadas. O período de incubação (tempo decorrido entre a picada do inseto e o aparecimento de sintomas) é em torno de 2 a 3 meses, mas pode variar de 2 semanas a dois anos.

Leishmaniose cutênea Leishmaniose cutênea 
1.1) Leishmaniose forma cutânea localizada: geralmente há resolução espontânea em um espaço de tempo que varia de acordo com a imunidade do hospedeiro e com o tipo de leishmania envolvido. Pode ocorrer mais de uma lesão ao mesmo tempo (até 20 lesões) e geralmente há boa resposta ao tratamento.

Leishmaniose cutênea difusa  1.2) Leishmaniose forma cutânea disseminada: é uma forma rara que ocorre em apenas 2% dos casos, caracterizada pelo aparecimento de múltiplas lesões papulares e acneiformes (semelhantes a acne), envolvendo várias partes do corpo, inclusive a face e o tronco, podendo chegar a centenas. Inicialmente há lesões semelhantes às da forma localizada, havendo posteriormente disseminação do parasita através do sangue, levando ao surgimento de lesões distantes da picada em poucos dias. Pode haver febre, dores musculares, mal-estar geral e emagrecimento. É uma forma que apesar de mais extensa também apresenta boa resposta ao tratamento.

No Brasil, esta forma é normalmente causada pela espécie leishmania amazonensis e leishmania braziliensis. 

1.3) Leishmaniose forma cutânea difusa: forma rara e grave, em que o indivíduo não consegue gerar uma resposta imunológica adequada para eliminar o parasito. No Brasil é causada pela espécie  leishmania amazonensis. 

Não há úlcera, mas sim lesões nodulares ou em placas, cobrindo grandes extensões do corpo, frequentemente associadas a deformidades e que respondem mal ao tratamento. Habitualmente existem grandes quantidades de leishmania nas lesões.

1.4) Leishmaniose forma mucosa ou muco-cutânea: corresponde a aproximadamente 3 a 5% dos casos de leishmaniose tegumentar. É caracterizada por resposta imunológica exacerbada e ineficaz, com destruição dos tecidos onde se localiza a infecção e má resposta ao tratamento. Acomete as mucosas das vias aéreas superiores (nariz, boca) e é indolor. Geralmente surge após cicatrização de uma lesão cutânea, (tanto espontaneamente como por terapêutica inadequada), através da disseminação do parasito pelo sangue ou vasos linfáticos. Entretanto, pode ocorrer sem evidência de lesão cutânea prévia ou concomitantemente a uma lesão cutânea a distância.

2) LEISHMANIOSE FORMA VISCERAL - forma crônica caracterizada pelo acometimento sistêmico (dos órgãos internos) pela leishmania, em oposição aos casos acima descritos, em que a doença é restrita à pele ou mucosas. No Brasil, a leishmania chagasi é o parasita que causa leishmaniose visceral.

Leishmaniose visceral 
O período de incubação varia de 2 a 6 meses. A infecção pode ser oligossintomática (quase ou nenhum sintoma) ou de moderada a grave, levando o paciente à morte.

Nos casos sintomáticos iniciais, há anemia, esplenomegalia (aumento do baço), hepatomegalia (aumento do fígado) e febre.

Se não for diagnosticada e tratada adequadamente, a doença evolui e pode ocorrer emagrecimento significativo, comprometimento da função hepática e renal, febre contínua e redução do número de plaquetas e de leucócitos, levando a sangramento, infecções bacterianas e óbito.

Na foto ao lado, vê-se um rapaz com leishmaniose visceral, onde foi marcado à caneta a área onde se consegue palpar o baço e o fígado. Repare como ambos encontram-se com tamanhos muito aumentados.

Diagnóstico da leishmaniose

- No caso da Leishmaniose Tegumentar, o aspecto clínico da lesão de pele associado a uma história epidemiológica compatível pode levar ao diagnóstico, mas o ideal é que se utilizem métodos parasitológicos (em que se faz a pesquisa do parasito em um pedaço de tecido) para confirmação.

No caso da Leishmaniose Visceral, o diagnóstico parasitológico pode ser realizado em amostras de medula óssea, fígado, baço e linfonodos.

Intradermoreação de Montenegro: teste realizado com injeção intradérmica de antígenos (proteínas) de leishmania. Caso o doente já tenha entrado em contato com o parasita (está infectado ou já esteve), ocorre uma reação inflamatória no local da injeção. Pode, portanto, ser positivo após tratamento bem sucedido e negativo na forma cutânea difusa, uma vez que depende da resposta imunológica do indivíduo. Nos casos de calazar, o teste é negativo, tornando-se positivo somente após a cura clínica.

Diagnóstico imunológico: utiliza-se a imunofluorescência indireta (RIFI) e o ELISA. Estes testes detectam os anticorpos anti-Leishmania circulantes no sangue de pessoas que já entraram em contato com o parasito. Por isso não devem ser utilizados como critério isolado para diagnóstico na ausência de outros dados clínicos e laboratoriais, 

Tratamento da leishmaniose

As drogas de primeira escolha para tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.

O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.

Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B, paromomicina e pentamidina 

Há vacinas em desenvolvimento no Brasil, já em fases avançadas.

Leia o texto original no site MD.Saúde: LEISHMANIOSE | Sintomas e tratamento http://www.mdsaude.com/2010/05/leishmaniose.html#ixzz1pp5AhtNm

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Leishmaniose ou Calazar, "Doença de Zumbis", como é conhecida em Portugal e nos EUA

CIÊNCIA & SAÚDEMUNDO   

A VERDADEIRA “DOENÇA DOS ZOMBIES” ESTÁ A PROPAGAR-SE NOS EUA

 
Os cientistas registaram, nos EUA, vários casos de leishmaniose, uma doença crónica provocada por protozoários que faz com que o corpo de uma pessoa apodreça e se desfaça.
De acordo com o artigo publicado na revista Clinical Infectious Diseases, a doença terá “viajado” do Iraque ou do Afeganistão para os Estados Unidos.
“Além dos militares no Iraque e Afeganistão, os eco-turistas que viajam à América Central e Latina também são altamente vulneráveis à doença”, disse Naomi Aronson, especialista da Universidade Militar e Médica de Bethesda, nos EUA.
“A forma cutânea desta doença provoca cicatrizes repugnantes e é mortal, pelo que o diagnóstico precoce e uma estratégia certa para o combate ao protozoário são vitais para nós”, acrescentou.
A leishmaniose é uma doença crónica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do género Leishmania, da família Trypanosomatidae.
Em abril do ano passado, os média internacionais começaram a divulgar informações sobre a “doença misteriosa dos jihadistas” que se multiplicava entre os habitantes das regiões síriascontroladas pelo Daesh.
Segundo várias testemunhas, esta doença faz com que a pessoa infetada literalmente se desfaça aos poucos, sendo que o processo começa no rosto.
Os médicos têm duas teorias quanto às origens desta epidemia – podem ser estreptococos do grupo A que provocam fasciíte necrosante – a “bactéria devoradora de carne” – ou protozoários de leishmania que se propagam através de micróbios.
As doenças têm o mesmo resultado e são igualmente mortais para os infetados, o que leva os médicos a procurarem métodos de proteger a população do Médio Oriente.
Úlcera cutânea causada pela Leishmaniose num adulto da América Central
Úlcera cutânea causada pela Leishmaniose num adulto da América Central
Segundo a revista PloS One, milhares de pessoas na zona do conflito têm leishmaniose e fasciíte.
Naomi Aronson e outros especialistas afirmam que, ao longo dos últimos meses, houve vários casos de contaminação no Texas e em Oklahoma – com sintomas semelhantes aos de leishmaniose.
Esta situação fez com que os cientistas estudassem as vias prováveis de propagação da infeçãopela América do Norte.
O novo estudo revela que as células de leishmaniose extraídas dos tecidos e do sangue dos indivíduos infetados são semelhantes aos protozoários de dois locais do mundo: o género Leishmania tropica, do Médio Oriente, e a Leishmania braziliensis sul-americana.
Também há cerca de duas dezenas de tipos deste protozoário que habitam a África e a América do Sul.
Os grupos de pessoas que, por excelência, se tornam hospedeiros do protozoário no Médio Oriente são os militares do Exército norte-americano que têm contato com os cadáveres de pessoas já infetadas – enquanto que, na América do Sul, são na maioria turistas e apreciadores da natureza selvagem.
O tratamento e diagnóstico da doença difere consoante o tipo de leishmaniose, algo que os médicos devem ter em consideração ao interrogar os pacientes sobre as viagens que realizaram ou sobre o serviço militar.
Os especialistas recomendam que as agências de turismo aconselhem os clientes a usar repelentes durante viagens ao Brasil e a outras regiões da América do Sul e a visitar um médico se sentirem quaisquer sintomas da doença.
ZAP / Sputnik News

Leishmaniose é tema de conscientização em Florianópolis.

Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis faz campanha de combate à leishmaniose

Há registros de casos em 28 bairros da Capital, a maioria nas regiões da Lagoa, Canto e Costa da Lagoa, Pantanal e Córrego Grande. Cães serão examinados e receberão repelente para prevenir a doença
O Centro de Controle de Zoonoses municipal lançou novo alerta sobre a situação da leishmaniose em cães de Florianópolis e promove ações de prevenção e tratamento nos bairros mais afetados. A população da Costa da Lagoa será a próxima a receber a visita dos técnicos, na quarta-feira (23), em mutirão que percorrerá a região dos pontos 4 ao 14, de barco, coletando exames e distribuindo pipetas repelentes.

O cão é o principal reservatório da Leishmania na área urbana. Neste animal o parasita se instala e permanece viável durante toda a sua vida, transmitindo a doença com a ajuda do mosquito vetor. Entre os possíveis sintomas de contaminação estão emagrecimento excessivo, queda de pelos na região dos olhos e das orelhas, acompanhada ou não de sangramento, conjuntivite, feridas e crescimento anormal das unhas. Quem tem cães que apresentam alguns desses sintomas deve procurar a equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis.

Nos seres humanos, os sintomas incluem febre, cansaço muscular, perda de apetite, emagrecimento e aumento do volume abdominal. A ocorrência da doença é crescente em vários estados do país, causando óbitos principalmente em crianças e adultos com baixa imunidade. Em Florianópolis, inicialmente, sua ocorrência estava limitada a casos localizados no entorno da Lagoa da Conceição. No entanto, atualmente encontra-se em franca expansão para outras áreas e bairros da cidade. Hoje a doença encontra-se distribuída em 28 bairros da Capital – a maioria na Lagoa, Canto da Lagoa, Costa da Lagoa, Pantanal e Córrego Grande.
O uso de coleiras repelentes, a vacinação e manter o espaço doméstico limpo são medidas que ajudam a evitar a doença. A leishmaniose é detectada por meio de testes laboratoriais. Desde 2010, o centro de zoonoses já investigou mais de 7.000 cães. Não há tratamento para a doença em animais. Nesse caso, a eutanásia é a única solução apontada pelo Ministério da Saúde para evitar a transmissão para seres humanos.
Até agora, não foram registrados casos autóctones em pessoas na Capital, mas a doença está amplamente distribuída no mundo, incluindo o Brasil, em especial na região Nordeste. A zoonose tem evolução crônica e, se não tratada em humanos, pode levar à morte.

O alerta e as informações completas sobre a doença estão disponíveis para consulta e download no site da prefeitura. Informações pelo telefone:(48) 3338-9004 ou pelo e-mail zoonoses.pmf@gmail.com

Sergipe em alerta para o Calazar - leishmaniose

21/11/2016 09:53

SE realiza reunião para a prevenção da Leishmaniose Visceral

Representantes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), do Núcleo de Endemias, Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Centro de Zoonose do município e da Vigilância Epidemiológica Municipal de Aracaju, participaram de uma videoconferência com o Ministério da Saúde para discutir diretrizes a serem tomadas em relação ao combate à Leishmaniose Viscerais.
A reunião focou em sensibilizar os profissionais para a importância do diagnóstico precoce da doença, que está espalhada e é crescente por todo o território sergipano. O grupo discutiu estratégias para descentralizar os testes rápidos para Leishmaniose, tornando o resultado mais rápido e eficiente.
Atualmente, esses testes só são ofertados no Lacen, no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) e no Hospital Universitário (HU). “O diagnóstico precoce é fundamental para que exista a cura, fazendo todo o tratamento que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que dura seis meses”, relata a coordenadora do Núcleo Estadual de Endemias, Sidney Sá.
Segundo o coordenador do Lacen, Cliomar Alves dos Santos, o serviço realiza uma média mensal de 40 exames e o tempo do resultado é de sete dias. Ele alerta que poucos médicos solicitam esse exame.
“Fazemos muitos exames para Dengue e Zika, que na maioria das vezes não dá resultado reagente e que poderia ser um resultado para Leishmaniose, pois os sintomas são facilmente confundidos”, alerta.
Os sintomas nos seres humanos são: febre, emagrecimento, aumento do tamanho do baço e do fígado, palidez, fraqueza, edemas, icterícia (cor amarelada da pele e dos olhos), hemorragias, quadros infecciosos e tosse.
A Leishmaniose Visceral (ou Calazar) é causada por um protozoário transmitido pelo Flebotomíneos (Mosquito Palha ou Birigui), que tem como um dos principais hospedeiros o cão doméstico. No homem, quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores serão as chances de cura. No cão, não há indicação de tratamento, pois não há comprovação cientifica de cura.
Controle da doença
Segundo Sidney Sá, a execução do programa de controle e eliminação da Leishmaniose Visceral é de responsabilidade dos próprios municípios. Eles contam o apoio técnico da SES e do Ministério da Saúde para o fornecimento de insumos estratégicos, como inseticidas e medicamentos para o tratamento humano.
“Para fazer o controle da doença, é necessário que as Secretarias Municipais de Saúde façam a investigação dos casos, inclusive nos animais, o controle do vetor através do uso de inseticida em áreas infestadas pelo mosquito transmissor, ações voltadas para educação em saúde da população. Ainda é preciso que haja o manejo ambiental. O proprietário do cão que desejar fazer exame sorológico para diagnóstico da Leishmaniose Visceral deve procurar um Centro de Zoonoses do seu município (caso possua) ou a Secretaria Municipal de Saúde para solicitar o exame”, explica a coordenadora.
“Os exames são realizados primeiro nos municípios, com o uso de um Teste Rápido para fazer uma triagem dos animais suspeitos. O sangue dos animais que derem resultado positivo, e 10% dos negativos, é enviado para o Lacen, da SES, para confirmação ou não do caso. Em caso de positivo, o animal deve ser submetido à eutanásia. Embora existam várias pesquisas sobre o tratamento dos animais positivos, seguimos protocolo do Ministério da Saúde que recomenda a retirada dele do meio ambiente”, explica Sidney Sá.
Leishmaniose em números
Neste ano, já foram confirmados 34 casos Leishmaniose Visceral em Sergipe. Desses, 25 que realizaram o tratamento correto ficaram curados e nove foram a óbitos.
Entre 2011 e 2015, foram 385 notificações, 256 confirmações, 214 pessoas curadas e 29 óbitos. As faixas etárias com maior incidência da doença são os adultos entre 20 e 39 anos, seguido das pessoas com idade entre 40 e 59 anos e, por último, as crianças de 0 a 4 anos.
De janeiro até a primeira semana de novembro, Aracaju foi o município que teve maior incidência da doença, com 24 casos. Nossa Senhora do Socorro apresentou três casos, dois deles com diagnósticos de cura. Já em Santana do São Francisco foram dois casos, ambos curados, e a Barra dos Coqueiros, juntamente com Ilha das Flores, Itabaiana, Neópolis e Santa Rosa de Lima, apresentaram uma confirmação cada.
por Agência Sergipe

Casos de Leishmaniose aumentam em Tupã, interior de São Paulo.

Tupã ainda registra grande número de ocorrências de Leishmaniose

A transmissão da doença ocorre pela picada do inseto vetor, conhecido como “mosquito palha”, de cor clara que sempre pousa de asas abertas.
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Tupã continua registrando casos positivos de leishmaniose canina. Só em 2016, 139 animais e 02 humanos foram diagnosticados com a doença, o que torna necessário que a população esteja alerta para prevenir a transmissão da doença, considerada grave e muitas vezes letal.
Segundo enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Endemias e Zoonoses do município de Tupã, Isabel Nalon, é fundamental não permitir que entulhos, móveis velhos, fezes de animais e lixos se acumulem em quintais e terrenos, que os são ambientes mais propícios para que o mosquito palha – responsável pela transmissão da leishmaniose – se desenvolva. Quando o mosquito vetor pica o cão, a doença transmitida é fatal e se o mesmo mosquito pica o ser humano, ele também será contaminado. Também é necessário atenção quanto à criação de animais como porcos e galinhas em quintais. “O mosquito palha se alimenta do sangue destes animais. Essas orientações são importantes para evitar a o aumento da leishmaniose em Tupã”, ressalta Isabel.
A leishmaniose em humanos pode  provocar febre, anemia, aumento do fígado e baço, perda de apetite e peso, além de fraqueza. Em animais, os sintomas mais comuns são: descamação de pele e crescimento exagerado das unhas. Para seres humanos, o tratamento é oferecido gratuitamente na rede pública de Saúde. Já para os cães, ainda não existe tratamento e a orientação é o sacrifício do animal.
Em caso de suspeita de doença em animal, a pessoa deve procurar a Secretaria de Saúde para fazer o exame que irá comprovar a transmissão da doença. Já em caso de suspeita em humano, o paciente deve procurar uma unidade de saúde.
A secretaria de saúde de Tupã funciona das 7 às 13 horas e o telefone para contato é o (14) 3404-2200.

Leishmaniose no Guarujá - Litoral de São Paulo

25/11/2016 14h13 - Atualizado em 25/11/2016 14h13

SP investiga se leishmaniose visceral causou morte de irmãos em Guarujá

Carlos Gabriel, de 4 anos, estava com leishmanias e morreu na quarta-feira.
Casos estão sendo investigados pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.

Do G1 Santos
Hospital Santo Amaro, Guarujá, litoral de São Paulo (Foto: Pedro Rezende / Prefeitura Municipal de Guarujá)Hospital Santo Amaro, em Guarujá (Foto: Pedro
Rezende/Prefeitura Municipal de Guarujá)
Um menino de 4 anos morreu, na última quarta-feira (21), em Guarujá, no litoral de São Paulo. A suspeita é que ele estava com leishmaniose visceral. O irmão dele, de 1 anos e 7 meses, faleceu três meses antes. 
Segundo o Hospital Santo Amaro (HSA), Carlos Gabriel foi internado apresentando sintomas de diversas patologias, que foram investigadas. O menino estava infectado com leishmanias, segundo exame realizado no Centro Infantil Boldrini, localizado em Campinas, e seguiu o tratamento no hospital, em Guarujá. Porém, não resistiu e morreu na quarta-feira.
O irmão do menino, Carlos Eduardo, de 1 ano e 7 meses, morreu em 28 de agosto. De acordo com o HSA, o garoto deu entrada no hospital e morreu no dia seguinte. Por isso, não deu tempo de investigar se ele estava com leishmaniose. Ainda segundo o hospital, o menino teve uma parada cardiorrespiratória e o caso foi registrado como morte natural. Os dois moravam na Barreira do João Guarda, na comunidade Canta Galo.
O Hospital Santo Amaro ainda informou que Carlos Gabriel é o primeiro caso suspeito da doença registrado na unidade neste ano. Segundo o HSA, Guarujá não é uma área endêmica para leishmaniose.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que o caso das crianças está sob investigação, tanto pelo Município como Governo do Estado, por meio de órgãos como Centro de Controle de Zoonoses do Município e do Estado, Centro de Vigilância Epidemiológica Municipal e Estadual, Instituto Adolfo Lutz e Superintendência de Controle de Endemias Estadual. Desde o fim agosto, estes órgãos estão envolvidos e trabalhando de forma conjunta para identificar o caso, a partir de vários exames que poderão confirmar ou descartar os diagnósticos suspeitos.
Leishmaniose
A leishmaniose é transmitida a cães e humanos pelo mosquito palha, que se prolifera em locais úmidos e com lixo. A prevenção é feita com a limpeza das casas e com a higiene dos animais. No caso da doença em humanos, as pessoas devem ficar atentas aos principais sintomas, que são: febre, fraqueza, feridas na pele e falta de apetite.
Bem Estar - Infográfico sobre malásia, leishmaniose e Chagas (Foto: Arte/G1)

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ACISA - 9ª Cãominhada em Santo André - ABC Paulista

Neste próximo domingo, esperamos vcs para a 9ªCÃOminhada da ACISA. Traga seu tutor e venha cãominhar conosco.A Campanha terá um espaço especial para conscientizar sobre a leishmaniose.
Lambeijos!!! #ACISA #Cãominhada #nonacaominhadadaacisa#SantoAndré #Cães #Pets #lovepets #lovedogs #lovepugs #conscientizar#prevenir




sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Leishmaniose, dizemos não e mais uma conquista


Parabéns à esses corajosos, empenhados e competentes amigos que nunca desistiram diante de tantos nãos, tantos enganos e absurdos.....Uma Honra ter vocês por perto. Deus os abençoe ricamente!!





Tratamento de cães com LVC fica autorizado com o Milteforan®

Membros da Braileish

Durante os quase 103 anos da história da Leishmaniose Visceral nas Américas, a Medicina Veterinária evoluiu bastante, principalmente no diagnóstico e na prevenção. O encontro de uma medicação de uso exclusivamente veterinário, com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com eficácia clínica, laboratorial e, sobretudo que bloqueia a transmissão representa um marco importante para encerrar uma discussão que já dura mais de 60 anos. O medicamento será comercializado a partir de janeiro de 2017.

A Miltefosina é um fármaco que vem sendo utilizado na Europa para o tratamento Leishmaniose Visceral Canina (LVC) desde 2007, com o nome comercial de MilteforanÒ (Laboratório Virbac). No início de 2010, o laboratório solicitou junto ao MAPA e ao Ministério da Saúde (MS), autorização para a realização de um estudo experimental para avaliar a sua eficácia em cães do Brasil. No entanto esta solicitação foi negada e o projeto foi momentaneamente suspenso. No início de 2013, outro protocolo de estudo foi apresentado, e após o deferimento do Ministério da Agricultura, teve início a construção de um canil experimental com todas as normas de segurança que foram exigidas para o seu início, e finalizando o experimento no ano de 2014. O relatório foi submetido para a aprovação em 2015, e somente em agosto de 2016 o medicamento foi liberado.

“A portaria Interministerial ANVISA-MAPA 1.426 de 11/07/2008, proíbe o tratamento da Leishmaniose Visceral em cães com drogas de uso humano (Anfotericina B, Anfotericina Lipossomal e Antimoniato) ou outras drogas não registradas no MAPA”, assinala o Dr. Fábio dos Santos Nogueira, Médico-Veterinário, que esteve à frente das pesquisas, juntamente com a Drª. Ingrid Menz e o Dr. Marcio Moreira.

Dr. Fábio dos Santos Nogueira e Dra. Ingrid Menz são membros do BRASILEISH – Grupo de estudos em Leishmaniose Animal, junto com os doutores: Vitor Márcio Ribeiro, André Luis Soares da Fonseca, Manfredo Werkhauser, Paulo Tabanez, Sydnei Magno da Silva, Filipe Dantas-Torres, Octavio Estevez e Antônio. Este grupo, que se reúne regularmente para discussão de trabalhos e pesquisas acerca da Leishmaniose Animal no continente Americano, busca de forma constante assessorar seus membros nas pesquisas que contribuam no avanço do controle e do manejo da doença. O resultado da pesquisa ora apresentado tem o total apoio do BRASILEISH e confirma as orientações dadas sobre o controle da LVC no Brasil.

O produto será vendido como medicamento controlado, de acordo com a IN25 do MAPA. Para comprá-lo, toda a cadeia de comercialização do produto deverá estar devidamente regularizada no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO), do Ministério da Agricultura. Esta obrigatoriedade não atinge o proprietário dos animais em tratamento, que serão cadastrados em um sistema web, com aplicativos para smartphones, para que se possa controlar o uso do medicamento.

Nota Técnica Conjunta n° 001/2016 – MAPA/MS foi a que permitiu que o Ministério da Agricultura emitisse o registro final do produto para a Virbac, de acordo com a mensagem abaixo, endereçada ao responsável pela empresa:

A sua solicitação para REGISTRO DE PRODUTO foi DEFERIDA.
Comunico registro do produto denominado MILTEFORAN 2% SOLUÇÃO ORAL PARA CÃES informando que a emissão do registro além de baseada nos Pareceres de Fiscais Federais Agropecuários foi corroborada pelo Ministério da Saúde em cumprimento ao que determina o Art. 3° da Portaria Interministerial 1426, de 11 de julho de 2008, através da Nota Técnica Conjunta n° 001/2016 – MAPA/MS.

Brasil era o único país que proibia o tratamento de cães com LVC


Dr. Nogueira, que ofereceu 18 anos de sua vida profissional com dedicação exclusiva na tentativa de dar uma qualidade de vida para os cães com Leishmaniose Visceral, explica que a demora para aprovar esse tipo de medicamento ocorre porque a maior preocupação do Ministério da Saúde ainda é com a resistência parasitária, por ser uma doença reemergente, em franca expansão, e que apresenta poucas formulações disponíveis para o tratamento da Leishmaniose Visceral Humana.

“Era imprescindível também determinar o papel dos cães tratados na epidemiologia da doença. Poucos estudos no Brasil foram conduzidos buscando avaliar a infectividade destes animais tratados com a utilização do Xenodiagnóstico. Neste estudo, além do Xenodiagnóstico que foi realizado em todos os animais do estudo, foi utilizado também a técnica de reação em cadeia pela polimerase em tempo real (rt-PCR) de fragmento de pele com quantificação e avaliação da carga parasitária”, complementa.

Para o pesquisador, a liberação desta formulação específica para ser utilizada nos animais, além de encerrar uma discussão jurídica importante, proporciona uma melhor qualidade de vida para os seus pacientes. “Vale lembrar que o tratamento com esta medicação não fere a portaria citada, que proíbe o tratamento com produtos usados em humanos”, ressalta.

Certamente os donos de animais estão muito felizes em saber que as pesquisas e os resultados referentes ao tratamento canino estão caminhando.

Dr. Marcio Moreira - Médico veterinário, dedicado ao diagnóstico laboratorial das doenças; graduado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP – Araçatuba); Mestrado em Fisiopatologia pelo Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), pesquisando o diagnóstico da leishmaniose visceral canina; Responsável pelo Laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi (HOVET-UAM); Pesquisador do Laboratório de Patologia Animal da UNESP – Araçatuba.


Dra. Ingrid Menz - Possui graduação em medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (1975) e doutorado em Virologia - Tierarztliche Hochschule Hannover - Alemanha(1979). Atualmente é consultor para ensaios clínicos de vacinas contra a Leishmaniose Visceral Canina. Atua na área de diagnósticos e controle de qualidade, com ênfase em vacinas, nos seguintes temas: vacinas, canine visceral leishmaniasis, Leishmune, Canileish, giardia, parasitologia, enfermidades infecciosas.




Dr. Fabio Nogueira - Possui graduação em Medicina Veterinária pelo Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (1993), Mestrado em Clínica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Botucatu (2003) e Doutorado em Clínica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Botucatu (2007). Atualmente é sócio proprietário - Hospital Veterinário Mundo Animal e professor da Fundação Educacional de Andradina (FEA) no curso de Medicina Veterinária - na disciplina de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Veterinária, atuando principalmente no seguinte tema: atendimento clínico e imunoprofilaxia de animais com leishmaniose visceral em áreas endêmicas e Oftalmologia.