Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Leishmaniose ou Calazar, "Doença de Zumbis", como é conhecida em Portugal e nos EUA

CIÊNCIA & SAÚDEMUNDO   

A VERDADEIRA “DOENÇA DOS ZOMBIES” ESTÁ A PROPAGAR-SE NOS EUA

 
Os cientistas registaram, nos EUA, vários casos de leishmaniose, uma doença crónica provocada por protozoários que faz com que o corpo de uma pessoa apodreça e se desfaça.
De acordo com o artigo publicado na revista Clinical Infectious Diseases, a doença terá “viajado” do Iraque ou do Afeganistão para os Estados Unidos.
“Além dos militares no Iraque e Afeganistão, os eco-turistas que viajam à América Central e Latina também são altamente vulneráveis à doença”, disse Naomi Aronson, especialista da Universidade Militar e Médica de Bethesda, nos EUA.
“A forma cutânea desta doença provoca cicatrizes repugnantes e é mortal, pelo que o diagnóstico precoce e uma estratégia certa para o combate ao protozoário são vitais para nós”, acrescentou.
A leishmaniose é uma doença crónica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do género Leishmania, da família Trypanosomatidae.
Em abril do ano passado, os média internacionais começaram a divulgar informações sobre a “doença misteriosa dos jihadistas” que se multiplicava entre os habitantes das regiões síriascontroladas pelo Daesh.
Segundo várias testemunhas, esta doença faz com que a pessoa infetada literalmente se desfaça aos poucos, sendo que o processo começa no rosto.
Os médicos têm duas teorias quanto às origens desta epidemia – podem ser estreptococos do grupo A que provocam fasciíte necrosante – a “bactéria devoradora de carne” – ou protozoários de leishmania que se propagam através de micróbios.
As doenças têm o mesmo resultado e são igualmente mortais para os infetados, o que leva os médicos a procurarem métodos de proteger a população do Médio Oriente.
Úlcera cutânea causada pela Leishmaniose num adulto da América Central
Úlcera cutânea causada pela Leishmaniose num adulto da América Central
Segundo a revista PloS One, milhares de pessoas na zona do conflito têm leishmaniose e fasciíte.
Naomi Aronson e outros especialistas afirmam que, ao longo dos últimos meses, houve vários casos de contaminação no Texas e em Oklahoma – com sintomas semelhantes aos de leishmaniose.
Esta situação fez com que os cientistas estudassem as vias prováveis de propagação da infeçãopela América do Norte.
O novo estudo revela que as células de leishmaniose extraídas dos tecidos e do sangue dos indivíduos infetados são semelhantes aos protozoários de dois locais do mundo: o género Leishmania tropica, do Médio Oriente, e a Leishmania braziliensis sul-americana.
Também há cerca de duas dezenas de tipos deste protozoário que habitam a África e a América do Sul.
Os grupos de pessoas que, por excelência, se tornam hospedeiros do protozoário no Médio Oriente são os militares do Exército norte-americano que têm contato com os cadáveres de pessoas já infetadas – enquanto que, na América do Sul, são na maioria turistas e apreciadores da natureza selvagem.
O tratamento e diagnóstico da doença difere consoante o tipo de leishmaniose, algo que os médicos devem ter em consideração ao interrogar os pacientes sobre as viagens que realizaram ou sobre o serviço militar.
Os especialistas recomendam que as agências de turismo aconselhem os clientes a usar repelentes durante viagens ao Brasil e a outras regiões da América do Sul e a visitar um médico se sentirem quaisquer sintomas da doença.
ZAP / Sputnik News

Leishmaniose é tema de conscientização em Florianópolis.

Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis faz campanha de combate à leishmaniose

Há registros de casos em 28 bairros da Capital, a maioria nas regiões da Lagoa, Canto e Costa da Lagoa, Pantanal e Córrego Grande. Cães serão examinados e receberão repelente para prevenir a doença
O Centro de Controle de Zoonoses municipal lançou novo alerta sobre a situação da leishmaniose em cães de Florianópolis e promove ações de prevenção e tratamento nos bairros mais afetados. A população da Costa da Lagoa será a próxima a receber a visita dos técnicos, na quarta-feira (23), em mutirão que percorrerá a região dos pontos 4 ao 14, de barco, coletando exames e distribuindo pipetas repelentes.

O cão é o principal reservatório da Leishmania na área urbana. Neste animal o parasita se instala e permanece viável durante toda a sua vida, transmitindo a doença com a ajuda do mosquito vetor. Entre os possíveis sintomas de contaminação estão emagrecimento excessivo, queda de pelos na região dos olhos e das orelhas, acompanhada ou não de sangramento, conjuntivite, feridas e crescimento anormal das unhas. Quem tem cães que apresentam alguns desses sintomas deve procurar a equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis.

Nos seres humanos, os sintomas incluem febre, cansaço muscular, perda de apetite, emagrecimento e aumento do volume abdominal. A ocorrência da doença é crescente em vários estados do país, causando óbitos principalmente em crianças e adultos com baixa imunidade. Em Florianópolis, inicialmente, sua ocorrência estava limitada a casos localizados no entorno da Lagoa da Conceição. No entanto, atualmente encontra-se em franca expansão para outras áreas e bairros da cidade. Hoje a doença encontra-se distribuída em 28 bairros da Capital – a maioria na Lagoa, Canto da Lagoa, Costa da Lagoa, Pantanal e Córrego Grande.
O uso de coleiras repelentes, a vacinação e manter o espaço doméstico limpo são medidas que ajudam a evitar a doença. A leishmaniose é detectada por meio de testes laboratoriais. Desde 2010, o centro de zoonoses já investigou mais de 7.000 cães. Não há tratamento para a doença em animais. Nesse caso, a eutanásia é a única solução apontada pelo Ministério da Saúde para evitar a transmissão para seres humanos.
Até agora, não foram registrados casos autóctones em pessoas na Capital, mas a doença está amplamente distribuída no mundo, incluindo o Brasil, em especial na região Nordeste. A zoonose tem evolução crônica e, se não tratada em humanos, pode levar à morte.

O alerta e as informações completas sobre a doença estão disponíveis para consulta e download no site da prefeitura. Informações pelo telefone:(48) 3338-9004 ou pelo e-mail zoonoses.pmf@gmail.com

Sergipe em alerta para o Calazar - leishmaniose

21/11/2016 09:53

SE realiza reunião para a prevenção da Leishmaniose Visceral

Representantes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), do Núcleo de Endemias, Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Centro de Zoonose do município e da Vigilância Epidemiológica Municipal de Aracaju, participaram de uma videoconferência com o Ministério da Saúde para discutir diretrizes a serem tomadas em relação ao combate à Leishmaniose Viscerais.
A reunião focou em sensibilizar os profissionais para a importância do diagnóstico precoce da doença, que está espalhada e é crescente por todo o território sergipano. O grupo discutiu estratégias para descentralizar os testes rápidos para Leishmaniose, tornando o resultado mais rápido e eficiente.
Atualmente, esses testes só são ofertados no Lacen, no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) e no Hospital Universitário (HU). “O diagnóstico precoce é fundamental para que exista a cura, fazendo todo o tratamento que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que dura seis meses”, relata a coordenadora do Núcleo Estadual de Endemias, Sidney Sá.
Segundo o coordenador do Lacen, Cliomar Alves dos Santos, o serviço realiza uma média mensal de 40 exames e o tempo do resultado é de sete dias. Ele alerta que poucos médicos solicitam esse exame.
“Fazemos muitos exames para Dengue e Zika, que na maioria das vezes não dá resultado reagente e que poderia ser um resultado para Leishmaniose, pois os sintomas são facilmente confundidos”, alerta.
Os sintomas nos seres humanos são: febre, emagrecimento, aumento do tamanho do baço e do fígado, palidez, fraqueza, edemas, icterícia (cor amarelada da pele e dos olhos), hemorragias, quadros infecciosos e tosse.
A Leishmaniose Visceral (ou Calazar) é causada por um protozoário transmitido pelo Flebotomíneos (Mosquito Palha ou Birigui), que tem como um dos principais hospedeiros o cão doméstico. No homem, quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores serão as chances de cura. No cão, não há indicação de tratamento, pois não há comprovação cientifica de cura.
Controle da doença
Segundo Sidney Sá, a execução do programa de controle e eliminação da Leishmaniose Visceral é de responsabilidade dos próprios municípios. Eles contam o apoio técnico da SES e do Ministério da Saúde para o fornecimento de insumos estratégicos, como inseticidas e medicamentos para o tratamento humano.
“Para fazer o controle da doença, é necessário que as Secretarias Municipais de Saúde façam a investigação dos casos, inclusive nos animais, o controle do vetor através do uso de inseticida em áreas infestadas pelo mosquito transmissor, ações voltadas para educação em saúde da população. Ainda é preciso que haja o manejo ambiental. O proprietário do cão que desejar fazer exame sorológico para diagnóstico da Leishmaniose Visceral deve procurar um Centro de Zoonoses do seu município (caso possua) ou a Secretaria Municipal de Saúde para solicitar o exame”, explica a coordenadora.
“Os exames são realizados primeiro nos municípios, com o uso de um Teste Rápido para fazer uma triagem dos animais suspeitos. O sangue dos animais que derem resultado positivo, e 10% dos negativos, é enviado para o Lacen, da SES, para confirmação ou não do caso. Em caso de positivo, o animal deve ser submetido à eutanásia. Embora existam várias pesquisas sobre o tratamento dos animais positivos, seguimos protocolo do Ministério da Saúde que recomenda a retirada dele do meio ambiente”, explica Sidney Sá.
Leishmaniose em números
Neste ano, já foram confirmados 34 casos Leishmaniose Visceral em Sergipe. Desses, 25 que realizaram o tratamento correto ficaram curados e nove foram a óbitos.
Entre 2011 e 2015, foram 385 notificações, 256 confirmações, 214 pessoas curadas e 29 óbitos. As faixas etárias com maior incidência da doença são os adultos entre 20 e 39 anos, seguido das pessoas com idade entre 40 e 59 anos e, por último, as crianças de 0 a 4 anos.
De janeiro até a primeira semana de novembro, Aracaju foi o município que teve maior incidência da doença, com 24 casos. Nossa Senhora do Socorro apresentou três casos, dois deles com diagnósticos de cura. Já em Santana do São Francisco foram dois casos, ambos curados, e a Barra dos Coqueiros, juntamente com Ilha das Flores, Itabaiana, Neópolis e Santa Rosa de Lima, apresentaram uma confirmação cada.
por Agência Sergipe

Casos de Leishmaniose aumentam em Tupã, interior de São Paulo.

Tupã ainda registra grande número de ocorrências de Leishmaniose

A transmissão da doença ocorre pela picada do inseto vetor, conhecido como “mosquito palha”, de cor clara que sempre pousa de asas abertas.
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Tupã continua registrando casos positivos de leishmaniose canina. Só em 2016, 139 animais e 02 humanos foram diagnosticados com a doença, o que torna necessário que a população esteja alerta para prevenir a transmissão da doença, considerada grave e muitas vezes letal.
Segundo enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Endemias e Zoonoses do município de Tupã, Isabel Nalon, é fundamental não permitir que entulhos, móveis velhos, fezes de animais e lixos se acumulem em quintais e terrenos, que os são ambientes mais propícios para que o mosquito palha – responsável pela transmissão da leishmaniose – se desenvolva. Quando o mosquito vetor pica o cão, a doença transmitida é fatal e se o mesmo mosquito pica o ser humano, ele também será contaminado. Também é necessário atenção quanto à criação de animais como porcos e galinhas em quintais. “O mosquito palha se alimenta do sangue destes animais. Essas orientações são importantes para evitar a o aumento da leishmaniose em Tupã”, ressalta Isabel.
A leishmaniose em humanos pode  provocar febre, anemia, aumento do fígado e baço, perda de apetite e peso, além de fraqueza. Em animais, os sintomas mais comuns são: descamação de pele e crescimento exagerado das unhas. Para seres humanos, o tratamento é oferecido gratuitamente na rede pública de Saúde. Já para os cães, ainda não existe tratamento e a orientação é o sacrifício do animal.
Em caso de suspeita de doença em animal, a pessoa deve procurar a Secretaria de Saúde para fazer o exame que irá comprovar a transmissão da doença. Já em caso de suspeita em humano, o paciente deve procurar uma unidade de saúde.
A secretaria de saúde de Tupã funciona das 7 às 13 horas e o telefone para contato é o (14) 3404-2200.

Leishmaniose no Guarujá - Litoral de São Paulo

25/11/2016 14h13 - Atualizado em 25/11/2016 14h13

SP investiga se leishmaniose visceral causou morte de irmãos em Guarujá

Carlos Gabriel, de 4 anos, estava com leishmanias e morreu na quarta-feira.
Casos estão sendo investigados pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.

Do G1 Santos
Hospital Santo Amaro, Guarujá, litoral de São Paulo (Foto: Pedro Rezende / Prefeitura Municipal de Guarujá)Hospital Santo Amaro, em Guarujá (Foto: Pedro
Rezende/Prefeitura Municipal de Guarujá)
Um menino de 4 anos morreu, na última quarta-feira (21), em Guarujá, no litoral de São Paulo. A suspeita é que ele estava com leishmaniose visceral. O irmão dele, de 1 anos e 7 meses, faleceu três meses antes. 
Segundo o Hospital Santo Amaro (HSA), Carlos Gabriel foi internado apresentando sintomas de diversas patologias, que foram investigadas. O menino estava infectado com leishmanias, segundo exame realizado no Centro Infantil Boldrini, localizado em Campinas, e seguiu o tratamento no hospital, em Guarujá. Porém, não resistiu e morreu na quarta-feira.
O irmão do menino, Carlos Eduardo, de 1 ano e 7 meses, morreu em 28 de agosto. De acordo com o HSA, o garoto deu entrada no hospital e morreu no dia seguinte. Por isso, não deu tempo de investigar se ele estava com leishmaniose. Ainda segundo o hospital, o menino teve uma parada cardiorrespiratória e o caso foi registrado como morte natural. Os dois moravam na Barreira do João Guarda, na comunidade Canta Galo.
O Hospital Santo Amaro ainda informou que Carlos Gabriel é o primeiro caso suspeito da doença registrado na unidade neste ano. Segundo o HSA, Guarujá não é uma área endêmica para leishmaniose.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que o caso das crianças está sob investigação, tanto pelo Município como Governo do Estado, por meio de órgãos como Centro de Controle de Zoonoses do Município e do Estado, Centro de Vigilância Epidemiológica Municipal e Estadual, Instituto Adolfo Lutz e Superintendência de Controle de Endemias Estadual. Desde o fim agosto, estes órgãos estão envolvidos e trabalhando de forma conjunta para identificar o caso, a partir de vários exames que poderão confirmar ou descartar os diagnósticos suspeitos.
Leishmaniose
A leishmaniose é transmitida a cães e humanos pelo mosquito palha, que se prolifera em locais úmidos e com lixo. A prevenção é feita com a limpeza das casas e com a higiene dos animais. No caso da doença em humanos, as pessoas devem ficar atentas aos principais sintomas, que são: febre, fraqueza, feridas na pele e falta de apetite.
Bem Estar - Infográfico sobre malásia, leishmaniose e Chagas (Foto: Arte/G1)