Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

COLEIRA É A MELHOR MANEIRA DE PREVENIR A DOENÇA E SALVAR SEU CÃO

Fonte - O estado de São Paulo.

Governo pode distribuir coleira contra leishmaniose
Cão é reservatório do parasita causador da doença e, quando contaminado, tem de ser levado para eutanásia; projeto aguarda previsão orçamentária
19 de outubro de 2010 | 0h 00
BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Uma nova estratégia para combater o avanço da leishmaniose no País passa a ser avaliada pelo Ministério da Saúde: a distribuição de coleiras caninas com repelente para o mosquito transmissor da doença. A ideia é fazer um estudo-piloto e, se a medida for de fato eficiente, uma ação de maiores proporções poderia ser desencadeada.

Anunciado por representantes do ministério durante o 16.º Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária, na semana passada, o projeto aguarda previsão orçamentária. Mesmo sem recursos definidos, a empresa produtora da coleira disse ter sido sondada por representantes da pasta para verificar se há condições de atender um aumento repentino na demanda.

Transmitida por meio da picada de um inseto conhecido como mosquito-palha contaminado, a leishmaniose, que até alguns anos tinha como cenário principal ambientes rurais, passou a atingir também centros urbanos. De 2000 a 2009 foram registrados 34.583 casos no País, com 1.771 mortes.

O combate a esse avanço apresenta um grande complicador. Cães são reservatórios do parasita causador da doença. Quando o animal está infectado e é picado, ele pode contaminar o mosquito. Quando a infecção do animal é confirmada, o Ministério da Saúde afirma que a única alternativa é encaminhar o animal para eutanásia. Recomendação que não é acatada por boa parte dos proprietários. Muitos até importam medicamentos para fazer tratamento nos cães, prática condenada pelo governo.

"A eutanásia se mostrou uma medida ineficaz. As pessoas acabam transferindo seus bichos para outras cidades, para outros bairros, o que aumenta ainda mais o risco de expansão do problema", diz a presidente da União Internacional Protetora dos Animais, Vanice Orlandi.

Em Brasília, a leishmaniose em cães começou a aumentar a partir de 2008. Um inquérito feito no Lago Norte, área nobre da capital, mostrou que 18% dos 5 mil cães analisados estavam doentes. Na época, moradores que não queriam entregar seus animais para a Vigilância procuraram advogados, levaram seus bichos para outros lugares ou mentiram sobre suas mortes.

Outra estratégia é borrifar inseticida em áreas infestadas. O problema é que a identificação dos criadouros não é tarefa fácil. "As coleiras impedem que o cachorro seja picado, o que ajuda a interromper o ciclo da transmissão da doença", diz o gerente da empresa fabricante, Marco Castro. Mas o produto é caro, tem de ser trocado a cada seis meses e não há nenhum estudo no Brasil que comprove a eficácia da distribuição em massa. Segundo Castro, um trabalho para avaliar o impacto da distribuição de coleiras foi desenvolvido em Campo Grande. Os resultados, porém, ainda não estão disponíveis.


Sintomas
Transmitida pelo mosquito-palha, a leishmaniose é uma doença infecciosa que pode causar feridas na pele, febre, palidez, aumento do fígado e do baço e até afetar a medula óssea.

EXTRATO DE PLANTA PODE SER EFICAZ NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE

Paraense é destaque em prêmio científico


O extrato de uma planta amazônica pode ser eficaz para o tratamento da leishmaniose. Essa é a constatação da pesquisa de Raquel Raick, aluna do curso de Biomedicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) e bolsista do Programa de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Raquel e Edilene Oliveira da Silva, professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA e orientadora da pesquisa, foram vencedoras do 8º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, promovido pelo CNPq.Entre os 43 inscritos para o prêmio na área de Ciências da Vida, Raquel Raick foi a terceira colocada e será premiada com a quantia de R$ 3,3 mil, amanhã, em uma cerimônia a ser realizada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a abertura da Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas estejam, atualmente, infectadas pelo protozoário Leishmania, o agente causador da leishmaniose, que é transmitida pela picada de um inseto denominado flebotomíneo. A pesquisa de Raquel investigou a ação do extrato da planta típica da flora amazônica pertencente à espécie Physalis angulata no combate ao protozoário Leishmania amazonensis. Em geral, a leishmaniose provoca úlceras ou lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta. O tratamento da doença é extremamente tóxico, de modo que a descoberta da eficácia de uma planta, um elemento natural, para a reversão dos sintomas, tornaria o processo de cura menos traumático. A intenção é que as pesquisas possibilitem a futura confecção de um medicamento manipulado.

Esta é a primeira vez em oito anos que uma aluna da UFPA está entre os vencedores do prêmio. “Para mim, a premiação se traduz em reconhecimento e me sinto honrada em representar a Amazônia e a Região Norte”, diz a aluna. Concluinte do curso de Biomedicina, Raquel já pensa em seguir carreira acadêmica e sair da graduação direto para o mestrado. Para a orientadora Edilene Silva, o título traz status à iniciação científica da UFPA, muitas vezes afastada do eixo Sul-Sudeste de produção científica. “Este prêmio mostra que o Norte produz, sim, e produz pesquisas de qualidade, além de chamar atenção para a riqueza da biodiversidade da Amazônia, que guarda potenciais imensuráveis para o aproveitamento científico”, afirma.

PIBIC

Atualmente, a UFPA possui 815 estudantes de graduação participando do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica). O diretor de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, professor Antônio Carlos Vallinoto, diz que a premiação de Raquel Raick serve de estímulo para que outros estudantes sigam o mesmo exemplo. “O fato de a pesquisa receber um prêmio de amplitude nacional indica que o projeto tem mérito. Os resultados podem ser publicados facilmente em periódicos conceituados da área. A publicação e a divulgação dos resultados de uma pesquisa são metas importantes na ciência”, sintetiza Vallinoto. (Diário do Pará)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROTEJA SEU CÃO E NÃO LEVE A LEISHMANIOSE PARA VIAJAR COM VOCÊ!


Viaje com seu peludo, não com a leishmaniose!


Toda semana vou no site do Curtindo São Paulo Juntos para ver o Amigo da Semana porque é aquela coisa, quem gosta de cachorro, quer ver... cachorros! E o amigo desta semana me fez lembrar de um assunto bem pertinente em dias de leishmaniose visceral avançando a passos largos em todo o Brasil, continente, mundo: você pode estar ajudando a doença a viajar!

Sim, sim! Você tanto pode se mudar para regiões até então sem a doença levando um animal/pessoa doente, como também pode entrar em contato com ela ao viajar com seu peludo Brasil afora e, consequentemente, pode voltar para casa infectado ou trazendo seu amigão infectado. Lembrando que a leishmaniose visceral pode ficar quietinha em nossos organismos por muito tempo. Então... Prevenção é a palavra! E ao viajar por aí, use repelentes em você e em seu amigo de patas! Existem vários produtos específicos para cães, como a coleira Scalibor, os medicamentos pour-on Advantage Max3, Pulvex e Tiper C e o spray Defendog. Isso para citarmos as alternativas tóxicas (sim, todas são, sem exceção!).
Mas você também pode optar por uma proteção mais saudável com aplicações diárias de óleo de citronela ou óleo de neem (puros ou dissolvidos, daí depende da aceitação do animal) mais o uso diário do Estibion Plus Neem (aliás, lembrando que as ações contra a leishmaniose são mais eficazes quando feitas em conjunto já que nenhum método de prevenção é 100% eficaz, nem a vacina, ok?). Quer viajar? Ótimo! Mas seja consciente e responsável e proteja a saúde do seu cão e a sua: use repelentes contra o inseto transmissor da leishmaniose visceral! E faça uma ótima viagem! ;

FONTE WWW.MAEDECACHORRO.COM.BR

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

TEATRO EDUCATIVO SOBRE A LEISHMANIOSE

Teatro sobre Leishmaniose

População de São Paulo participa de sessões gratuitas de teatro sobre leishmaniose

Chega a São Paulo de 3 a 7 de outubro, a carreta-teatro do projeto cultural itinerante Circuito Estradafora, Caravana Intervet/Schering-Plough Animal Health, iniciativa em parceria com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. O projeto, que acontece no Parque do Trote (dias 3 e 4) e no Parque Ibirapuera (6 e 7), oferece sessões de teatro gratuitas para as crianças sobre um tema muito importante para a população: a leishmaniose visceral, doença de grande importância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose de alta letalidade. O objetivo da ação é promover o lazer, a educação e o acesso à cultura, além de levar informações e conscientizar a população sobre a doença.

Especialmente desenvolvida para estimular a imaginação dos pequenos, a peça teatral “O Fim da Picada” é apresentada de forma lúdica, por meio de bonecos. Antes mesmo de começar a sessão, a garotada já vivencia a experiência de um grande espetáculo: a peça se passa dentro de uma carreta-teatro gigante, com capacidade para acomodar 150 espectadores sentados, com todo o conforto tecnológico de uma sala cultural convencional, com ar-condicionado, palco, iluminação, sonorização, projetor e tela.

O Gerente de Produtos da Intervet/Schering-Plough Animal Health, Marco Antonio de Castro, explica que São Paulo foi uma das cidades escolhidas para a realização do evento, pois é considerada uma área vulnerável, ou seja, a cidade possui intenso fluxo migratório e eixos viários comuns com outras cidades consideradas endêmicas. “Há poucos casos de leishmaniose visceral registrados na capital paulista, mas diversas cidades do Estado já são consideradas endêmicas. Por ser considerada uma área de risco, queremos alertar a população, por meio do lazer, educação e acesso à cultura para a importância da prevenção, a fim de evitar com que a doença se instale na cidade. Nada melhor do que o teatro para falar com as crianças, que aprendem brincando e ainda agem como transformadores dentro da família, pois adquirem o conhecimento, repassam aos familiares e ainda fiscalizam se estão fazendo corretamente”.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2007 a 2010 já foram confirmados 913 casos de leishmaniose visceral em humanos no Estado de São Paulo. “Neste período a capital paulista notificou 80 casos da doença em humanos, mas a maioria é importada – a pessoa contraiu a doença em outro município do Estado de São Paulo e o diagnóstico e notificação ocorreram na capital”, explica Castro. Bauru, Araçatuba e Presidente Prudente são as cidades com mais casos registrados no Estado.

A carreta-teatro já passou pelas cidades de Campo Grande/MS, Brasília/DF e Bauru/SP. A próxima cidade a receber as atividades será Salvador/BA. No período de circulação da carreta nas seis cidades brasileiras, em torno de 8 mil pessoas participarão das 54 sessões.

Confira a programação completa

Dias 3 e 4 de outubro - Parque do Trote
Av. Nadir Dias de Figueiredo, s/n, Vila Guilherme
Horários das sessões: 10h e 14h30

Dias 6 e 7 de outubro - Parque do Ibirapuera
Horários das sessões: 10h, 13h30 e 16h


Fonte: Alfapress Comunicações, adaptado pela equipe Cães e Gatos

Notícias do Distrito Federal sobre a Leishmaniose

01/10/2010
Secretaria de Saúde alerta sobre doenças frequentes na época das chuvas no DF

A chegada das chuvas potencializa a disseminação de várias doenças. De imediato, a população fica mais suscetível a infecções intestinais e diarréias, por exemplo. “As primeiras chuvas carreiam fezes de animais para os mananciais, poços, cacimbas e outras fontes de água”, explica o médico chefe do Núcleo de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Dalcy Albuquerque Filho. “Por isso, é preciso ter cuidados redobrados com a qualidade da água que se bebe”.



Albuquerque alerta os brasilienses sobre o que fazer para evitar as principais doenças associadas ao início do período chuvoso no Distrito Federal. Uma das medidas essenciais é tratar a água, fervendo-a ou desinfetá-la com gotas de hipoclorito de sódio, a popular água sanitária. Outras boas medidas de prevenção são lavar as mãos antes e depois comer, após usar o banheiro e caprichar na higiene alimentar.



Segundo o médico, um dos problemas de saúde mais comuns nesta época são os rotavírus, agentes virais associados às doenças diarreicas agudas e relacionados também às condições de higiene e saneamento básico. “A infecção por rotavírus pode acontecer de forma subclínica, gerando episódios de diarreia que podem variar de um quadro leve, com diarreia líquida e duração limitada a quadros graves com febre, vômitos e desidratação”, explica Dalcy Albuquerque. “A transmissão é dada diretamente por via fecal-oral ou indiretamente por água, alimentos e objetos contaminados”.



Como se prevenir


Veja abaixo como se precaver das principais doenças desta época:



• Dengue: Como o mosquito da dengue (Aedes aegypti) se reproduz no ambiente aquático, é natural o aumento de casos da doença neste período. Por isso, a Secretaria de Saúde pede à população que redobre a atenção, adotando atitudes que possam eliminar os criadouros do mosquito. “O controle da dengue exige uma ação ampla, envolvendo diversas áreas e a soma de esforços do poder público, da sociedade civil organizada e da população”, diz o chefe do Núcleo de Controle de Endemias, Dalcy Albuquerque Filho. Tampar os depósitos de água, evitar água limpa e parada em recipientes como garrafas, pneus e tambores, além de fazer a destinação correta do lixo doméstico são algumas atitudes que as pessoas devem tomar e que vão contribuir para a redução da infestação do mosquito e, conseqüentemente, a transmissão da doença.



• Leishmaniose: Apesar de registrar incidência muito pequena no Distrito Federal, a leishmaniose visceral está associada à proliferação de mosquitos – conhecidos como mosquito palha ou birigui –, favorecida pelo período das chuvas. Em uma pessoa infectada, o parasita migra para órgãos como fígado, baço e medula óssea. Os sintomas incluem febre, perda de peso, anemia e inchaço significativo do fígado e baço. Além disso, uumanos e animais infectados – em ambiente urbano, a doença pode atingir cães – são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue infectado, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los.



• Leptospirose: O período chuvoso favorece o aumento de casos de leptospirose. Muitas vezes, a urina de ratos contaminados é diluída na água e levadas pela enxurrada. Ao entrar em contato com a pele humana, a bactéria pode ser transmitida. “Ao lavar áreas externas, logo após as primeiras chuvas, é importante usar botas ou galochas, para evitar molhar os pés com água contaminada pela bactéria causadora da leptospirose”, diz Dalcy Albuquerque. Os ratos de esgoto são os principais responsáveis pela infecção humana, pois existem em grande número e vivem próximos dos seres humanos. Os sintomas são febre alta, dor no corpo e pele amarelada. Em geral, o tratamento exige internação hospitalar e administração de antibióticos.



• Febre amarela e malária: São doenças muito raras no Distrito Federal. Mesmo assim, é necessário manter um nível de alerta. “Como estas doenças também são transmitidas pela picada de mosquitos, o ambiente chuvoso as favorece”, diz o médico Dalcy Albuquerque. Segundo ele, as pessoas que viajarem à região Norte do país ou, ainda, que costumam acampar ou praticar esportes de aventura, em meio a cachoeiras e matas, devem tomar mais cuidados. Nestes casos, é possível prevenir-se, tomando a vacina contra a febre amarela, que tem validade de dez anos e está disponível na rede pública de saúde.



• Rinite, asma e dermatites: Alguns sintomas surgem da combinação entre dias muito chuvosos e outros com baixíssima umidade do ar. As alergias respiratórias podem acontecer. Os sintomas mais comuns incluem coriza e coceira no nariz, assim como irritação nas vistas e sensação generalizada de mal-estar. A rinite alérgica é uma das principais doenças que se agravam na primavera. Essa inflamação na mucosa nasal atinge cerca de 30% da população e pode ser causada por vírus ou bactérias – ou, ainda, ter origem alérgica. Os asmáticos também sofrem com a mudança de estação. Coceiras e manchas na pele também podem aparecer com maior frequência neste período. “Quem tem alergia ao mofo também costuma sofrer”, lembra Dalcy Albuquerque Filho.



Fonte: Agência Brasília

Estudos da Leishmania

Genética da leishmania PDF E-mail
Sex, 01 de Outubro de 2010 04:24


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Um novo estudo realizado por um grupo de cientistas brasileiros, com colaboração de colegas de outros países, acaba de trazer um novo avanço para a compreensão dos mecanismos de controle da expressão gênica do parasita causador da leishmaniose. A expressão gênica é o processo pelo qual a informação hereditária contida em um gene é transcrita no RNA, ou em proteínas, por exemplo. No novo estudo, o grupo investigou as alterações moleculares, bioquímicas e morfológicas observadas em um parasita mutante que teve sua virulência atenuada devido à superexpressão dos chamados miniéxons – ou spliced leader RNA –, curtas sequências de nucleotídeos que são adicionadas aos RNA mensageiros, tornando-os "maduros" e funcionais. O trabalho foi publicado na edição de outubro do The International Journal of Biochemistry & Cell Biology e faz parte de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP e coordenado por Angela Kaysel Cruz, professora do Departamento de Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com Angela, o grupo envolvido com o Temático já havia demonstrado anteriormente que a presença de uma quantidade aumentada de transcritos dos miniéxons diminuía a virulência do parasita.

“Desta vez, investigamos como se dá o envolvimento dos miniéxons com a atenuação da virulência que foi observada. Verificamos que a superexpressão dos miniéxons não afeta a multiplicação de promastigotas –a forma infecciosa, flagelada, do parasita –, mas parece impossibilitar a multiplicação dos amastigotas, ou seja, o parasita em sua forma intracelular, que se estabelece no homem e em outros mamíferos”, disse à Agência FAPESP.

A ineficácia do parasita mutante para se multiplicar na forma de amastigotas parece estar relacionada com um esforço do parasita para manter sua homeostase celular – a propriedade da célula de regular seu ambiente interno para manter uma condição estável, por meio de múltiplos ajustes controlados por mecanismos de regulação.

“O esforço do parasita para reverter esse desequilíbrio da homeostase celular parece impedir que os amastigotas se multipliquem como eles fariam naturalmente no interior da célula do hospedeiro vertebrado – isso parece causar a perda de virulência observada”, indicou Angela.

A descoberta é importante porque o mecanismo descrito pode contribuir para elucidar diferentes níveis de controle da expressão gênica dos parasitas. Além disso, a revelação das moléculas envolvidas na atenuação de virulência observada pode representar uma rota para identificação de novos alvos para o desenvolvimento de drogas contra a leishmania.

“O estudo representa mais um passo no caminho que leva à compreensão dos processos de controle de expressão gênica em leishmania. Outro aspecto importante é que a identificação de um ou mais genes diminuídos nesse superexpressor poderá nos ajudar a gerar mutantes que possam ter esses genes desligados. Com isso, talvez possamos gerar um parasita que é incapaz de se multiplicar no meio intracelular”, explicou Angela.

Futura vacina viva

Segundo a professora da FMRP-USP, as pesquisas se voltaram para a questão do desequilíbrio homeostático por essa ser considerada uma peça- chave no processo de expressão gênica.

“Quando a homeostase está desbalanceada, a célula do parasita precisa fazer uma série de processos para se estabelecer intracelularmente – livrando-se de certas proteínas, por exemplo – e não consegue se multiplicar”, disse.

Entender a ligação entre o desequilíbrio da homeostase celular e a atenuação da virulência é fundamental, segundo Angela, para verificar se a atenuação poderá ser utilizada, no futuro, como uma ferramenta para gerar uma vacina viva.

“Acredita-se que as vacinas vivas são a única forma para prevenir leishmaniose, pois as vacinas de subunidades – que usam somente os fragmentos antigênicos de um microrganismo que mais estimulam a resposta imune – não estão se mostrando eficientes”, disse Angela.

“Nada do que foi feito até agora está funcionando, mesmo as experiências mais interessantes com combinação de diversos determinantes antigênicos. Seria interessante se pudéssemos localizar um ou mais genes que atenuem a ação do parasita – impossibilitando que ele se multiplique no hospedeiro”, destacou.

Além de Angela, participaram da elaboração do artigo Juliano Toledo, Tiago Ferreira e Tânia Defina, também da FMRP-USP, Fernando Dossin, atualmente no Centro de Deonças Negligenciadas do Instituto Pasteur Coreia, em Bundang-gu (Coreia do Sul), Sergio Schenkman, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Kenneth Beattie e Douglas Lamont, da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Dundee (Escócia), e Serge Cloutier e Barbara Papadopoulou, do Centro de Pesquisa em Infectologia da Universidade Laval, em Quebec (Canadá).

O artigo Cell homeostasis in a Leishmania major mutant overexpressing the spliced leader RNA is maintained by an increased proteolytic activity, de Angela Kaysel Cruz e outros, pode ser lido por assinantes da The International Journal of Biochemistry & Cell Biology em http://www.sciencedirect.com/science/journal/0020711X.

Agência FAPESP

Cartaz sobre a Leishmaniose

Leishmaniose visceral se aproxima da capital paulista

Estudos indicam que doença se expande 30 km por ano pelo país.
Cidade de SP nunca registrou caso da doença, diz Secretaria da Saúde.

Claudia Silveira Do G1 SP

Coleira antipulga ajuda a proteger cães do mosquito que transmite a leishmanioseColeira antiparasitária ajuda a proteger cães domosquito que transmite a leishmaniose


A leishmaniose visceral está se aproximando da cidade de São Paulo. Doença considerada fatal tanto para cães – o principal hospedeiro – quanto para humanos, ela é causada pelo protozoário leishmania e transmitida pela picada do inseto conhecido como mosquito-palha. A leishmaniose pode causar falência de órgãos como rins e fígado. Se não tratada, pode levar à morte em 90% dos casos.

Até 1998, segundo o veterinário Douglas Presotto, não havia nenhum registro de leishmaniose no estado de São Paulo. Mas esse quadro se alterou. “A doença está se expandindo e mudando de perfil. Antes, era concentrada na zona rural do Nordeste. Agora, está nas grandes cidades também”, observa Presotto, que é coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campinas, a 93 km de São Paulo.

Ele cita estudos feitos no Brasil que indicam que a doença se alastra cerca de 30 km por ano. Isso acontece principalmente pelo fluxo migratório de animais, como em viagens de férias. A construção de residências em áreas de mata, habitat do mosquito, também é uma das causas.

A primeira cidade paulista a registrar a doença foi Araçatuba, em 1998. “Em 1999, veio o primeiro caso em humanos”, relembra Presotto. Hoje em dia, a doença é considerada endêmica em cidades como Bauru, Cotia e Embu, sendo as duas últimas já parte da Grande São Paulo. O primeiro caso em Campinas, conta o veterinário, foi registrado no final do ano passado, em três cães. Todos eles moravam em casas construídas próximas à mata.

A cidade de São Paulo nunca registrou a doença, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Já no estado, até maio deste ano, foram confirmados 30 casos em cães, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. O órgão não divulga a lista das cidades com casos confirmados.

Sintomas

Emagrecimento evidente, febre e feridas na pele que não cicatrizam são algumas das características da doença tanto nos cães quanto nos humanos. O aumento de órgãos como fígado e baço também são característicos, mas somente médicos conseguem diagnosticar, conta o veterinário Andrei Nascimento.

No caso dos cães, o crescimento exagerado das unhas é um sintoma bem evidente. “A leishmania pode se instalar na matriz das unhas, causando essa alteração”, explica o veterinário. Nascimento ressalta que, uma vez infectado, nem o cão nem o ser humano conseguem se livrar da doença. A medicação faz o protozoário “hibernar”, mas não o mata.

“Qualquer alteração no sistema imunológico, como a causada por AIDS ou quimioterapia, por exemplo, pode tornar a leishmania ativa novamente”, esclarece.

Eutanásia

Uma vez infectado com a doença, o cão deve ser sacrificado. A determinação é do Ministério da Saúde, estabelecida em 2008, e está cercada de polêmica. Douglas Presotto, do CCZ de Campinas, conta que todo veterinário que diagnosticar a doença é obrigado a informar o Centro de Controle de Zoonoses da sua cidade.

Os técnicos da Vigilância Sanitária, por sua vez, avisam à família que o cão deverá ser recolhido e sacrificado. A eutanásia é obrigatória porque uma portaria conjunta entre os ministérios da Saúde e da Agricultura proíbe o tratamento de animais. Os medicamentos devem ser dados somente a humanos.

Mas nem todo mundo aceita passivamente essa determinação. A advogada Nádia Gimenes levou a causa do vira-lata Baby à Justiça. O cachorro mora com a irmã dela em Cafelândia, a 412 km de São Paulo, e teve o diagnóstico da doença confirmado em 2008. Abalada com a notícia de que o mascote tinha de ser sacrificado, a família decidiu lutar na Justiça para que o cão pudesse ser medicado.

“Ainda não é uma vitória definitiva porque o Baby sobrevive por força de liminar”, observa Nádia. “Ele responde muito bem ao tratamento e leva uma vida normal. A cada três meses, é submetido a exames e também trocamos a coleirinha”, conta a advogada.

A mesma sorte não teve o ator Luiz Humberto Siqueira, que perdeu um de seus dois cães por causa da doença, no final do ano passado, em Campinas. O vira-lata Balu amanheceu morto, antes mesmo do diagnóstico ser confirmado. “A gente desconfiava porque ele tinha todos os sintomas. Estava doente, as unhas estavam compridas”, relembra.

Um outro cachorro de Siqueira, o fox paulistinha Zepi, tinha morrido dias antes, mas a causa não chegou a ser esclarecida.

Prevenção

Especialistas ouvidos pelo G1 ressaltam a importância da prevenção da leishmaniose. O veterinário Andrei Nascimento sugere que o cuidado deve começar pelo cachorro de estimação.

“O uso de uma coleira impregnada com deltametrina a 4% repele e mata o mosquito transmissor da doença”, diz. Nascimento afirma que a substância não tem cheiro e não é tóxica a humanos, permitindo que o cachorro suba na cama dos donos, por exemplo. A coleira deve ser trocada a cada quatro meses ou de acordo com a indicação do fabricante.

A orientação do veterinário Douglas Presotto é evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, sobretudo no quintal. Ele conta que o mosquito procura por material orgânico em decomposição. Frutas caídas no quintal e fezes dos galinheiros, por exemplo, são um prato cheio para a fêmea do inseto colocar seus ovos.

Notícia do site G1 sobre a leishmaniose

Índice de mortes por leishmaniose em BH é maior que a média nacional
De cada cem casos registrados em BH, em média, 22 terminaram em morte.
O principal sintoma da doença é a febre.

Do G1 MG


O índice de pessoas que morrem por causa de leishmaniose em Belo Horizonte é maior que a média nacional, segundo dados da Sociedade Mineira de Infectologia. De cada cem casos registrados na cidade, 22 terminaram em mortes, em média. A informação é da infectologista Regina Lunardi.

Uma campanha da Sociedade Mineira de Infectologia alerta para o perigo da leishmaniose. A descoberta e o tratamento precoce podem reduzir os riscos, segundo a especialista.

A pior forma da doença, segundo a infectologista, é a leishmaniose visceral. Ela explica que, na maioria dos casos, o parasita fica hospedado em cães e é transmitido ao ser humano pela picada do mosquito-palha. Ela diz, ainda, que a doença atinge três órgãos principais do organismo: o fígado, o baço e a medula óssea.
saiba mais

* Surto de leishmaniose atinge Patos de Minas, diz Secretaria de Saúde
* Leishmaniose visceral se aproxima da capital paulista

Formas agudas da doença provocam lesões graves no paciente em cerca de 15 dias. O principal sintoma da doença é a febre.

De acordo com médicos, um dos motivos do alto índice de casos na capital mineira pode ser a demora em confirmar o diagnóstico. A campanha da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte foi criada para orientar os pacientes a procurar atendimento o mais rápido possível, segundo o secretário adjunto de saúde da cidade, Fabiano Pimenta Júnior. As pessoas com sintomas da doença podem fazer um exame gratuito.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Desmatamento aumenta surto de Leishmaniose

Pesquisa liga incidência de malária e leishmaniose à desmatamento

Segundo a pesquisa, o crescimento do número de residências próximas a áreas de floresta aumenta o risco de contração das doenças

Manaus, 29 de Setembro de 2010
Da Redação

Pesquisadores do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) confirmaram que os casos de doenças como malária e leishmaniose estão diretamente ligados a fatores climáticos e a desmatamentos recentes.

Conforme a pesquisa, na medida em que cresce o número de residências próximas a áreas de floresta, aumenta-se também o risco de contração das doenças.

Para a realização do trabalho foram utilizadas as bases de dados do Sipam, do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), contendo os polígonos dos limites da área urbana de Manaus de 1998 a 2008, e os dados das secretarias Estadual e Municipal de Saúde para a elaboração de gráficos.

A pesquisa usou como técnica o Sensoriamento Remoto, relacionando-o ao uso e ocupação da terra em três zonas administrativas estudadas (Norte, Leste e Oeste).

Uma base de dados foi montada com informações sobre o número de casos das doenças nos bairros, número de unidades básicas de saúde e a análise temporal das imagens de 1998, 2003, 2006 e 2008 da área urbana de Manaus, comparando as áreas desmatadas e áreas de vegetação relacionando com a incidência das doenças.

O estudo foi realizado pelas pesquisadoras Mônica da Costa e Valéria Araújo, que integram o Programa de Capacitação Científica e Tecnológica para o Desenvolvimento de Estudos e Projetos Aplicados ao CenSipam, do Sistema de Proteção da Amazônia.

Durante um ano as pesquisadoras estudaram a relação entre os casos registrados de malária e Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) com o uso e ocupação da terra na área urbana de Manaus.

A pesquisa iniciou no mês de abril de 2009 e foi finalizada neste mês. De acordo com o estudo, o índice crescente das endemias está relacionado ao desmatamento nas áreas urbanas de Manaus.

O resultado final do estudo será apresentado no próximo mês para a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa).

Fonte http://www.acritica.com/amazonia/Amazonia-Amazonas-Manaus-Pesquisa_liga_incidencia_de_malaria_e_leishmaniose_a_desmatamento_em_areas_urbanas_0_343165808.html

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

TEATRO DE TABUAS APRESENTA "O FIM DA PICADA"


Mais e mais parceiros estão em ações contra essa "epidemia não divulgada"
Prevenir é necessário, antes que, de fato vire uma epidemia, assim como a dengue que divulga 800.000 casos, a leishmaniose tem 500.000, essa pequena diferença não tem importância quando se trata de uma vida.
Alguns métodos são aplicados para a prevenção, antes de contrair a doença, mas infelizmente e não se sabe porque, não é feito nenhuma ação com o governo, apenas um senador apresentou um projeto com referência a esse assunto. (veja em edições anteriores neste blog).

Enquanto isso, vamos seguindo e erguendo nossas bandeiras individuais, vai chegar o momento que elas cobrirão o chão e daí algo terá que ser feito. Para isso de forma lúdica, vamos educando nosso filhos para tomarem providência e é dessa forma que a ação foi criada pela ONG Teatro de Tábuas, por meio da Lei Rouanet, e tem como objetivo promover o lazer, a educação e o acesso à cultura, além de levar informações e conscientizar a população sobre a importância da prevenção à leishmaniose.

A campanha conta com uma carreta-teatro que ficará quatro dias em cada uma das cidades e vai oferecer gratuitamente duas sessões de teatro e duas de cinema por dia - para crianças de escolas públicas e privadas, com idade entre seis e 14 anos.

A peça teatral O Fim da Picada foi escolhida para apresentar de forma lúdica para as crianças, por meio de bonecos, a importância da saúde abordando especificamente a leishmaniose visceral, patrocinada pela empresa Intervet/Schering-Plough.

- As crianças são os agentes de transformação dentro da família. Elas adquirem o conhecimento, repassam para seus familiares e ainda fiscalizam se eles estão fazendo corretamente.

Ao final de cada atividade, as crianças levarão para casa um material explicativo sobre a doença e as formas de prevenção.


A leishmaniose visceral

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500.000 novos casos humanos no mundo com 59.000 óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90% dos casos acontecem no Brasil - lugar onde, em média, 3.500 pessoas são infectadas e o número de mortes é de aproximadamente 200, anualmente.

Atitudes simples, como a limpeza de quintais com a remoção de fezes e restos de folhas e frutos em decomposição, por exemplo, ajudam a combater a doença, uma vez que o mosquito que a transmite ao cão e ao homem coloca os ovos em locais ricos em matéria orgânica. Donos de cães também devem utilizar medidas que diminuam o risco do cão se infectar, como, por exemplo, o uso da coleira impregnada de deltametrina a 4%, recomendada pela OMS como forma de controle da doença.
Enquanto não pudermos vacinar, vamos encoleirar ou usar as pipetas.

A vacinação gratuita de animais domésticos constitui uma necessidade real da população, representando um problema de saúde pública.
Atualmente, a única vacina fornecida pelo Estado é a que previne contra a raiva. Entretanto, os donos de animais domésticos e os profissionais envolvidos nessa área sabem que essa doença não é relevante, em termos de epidemiologia, se a compararmos com outras enfermidades. Sendo assim, percebemos uma contradição: enquanto o Estado realiza campanhas de vacinação gratuita contra doenças que apresentam pequeno risco de contaminação no contexto urbano, a Leishmaniose vem avançando e permanece matando nossos animais de forma assustadora. Nas clínicas veterinárias, o número de animais sacrificados em função dessa doença aumenta diariamente, e a prefeitura se orgulha de realizar eutanásia em cães supostamente soropositivos, sem ao menos confirmar o diagnóstico - sabe-se que 50% dos animais sacrificados não estão doentes.
Vários são os motivos pelos quais os animais não são vacinados contra Leishmaniose. Dentre eles, podemos citar:
- ausência de uma política de saúde pública favorável à vacinação;
- desconhecimento da existência da vacina;
- dúvida quanto à qualidade da vacina;
- preço da vacina muito elevado, em função de sua pequena produção;
- desconhecimento da gravidade da doença (zoonose).

Hoje sabemos que o mosquito ao picar um animal vacinado, não consegue transmitir a doença a outro. Sendo assim a vacina é de
grande importância no controle da doença.

Tendo em vista o exposto, convidamos a todos que amam os animais a participarem de uma grande campanha nacional cujo objetivo é mobilizar o Estado para colocar à disposição da população a vacina contra a Leishmaniose visceral canina. Para atingir nossos objetivos, sugerimos que sejam realizados debates, palestras, passeatas, abaixo-assinados e outras ações, todas acompanhadas da mais ampla divulgação na mídia. Todas as sugestões de luta serão bem-vindas!

Pedimos que ao assinar este documento, informe, no quadro "comentário", sua cidade.Se for de seu conhecimento, informe também se em sua região há algum caso clínico comprovado de Leishmaniose. Pois, através destes dados poderemos fazer uma avaliação da situação desta doença em todo país.

O amor dos cães é incondicional.Somos nós quem colocamos condições para cuidar deles.

fonte:

Dados adicionais:

* Twitter: Twitar Isso!!
* Endereço para divulgação: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5542
* criado em 2010-01-16.
* 2327 assinaturas
* 9864 visualizações
* autor: Geraldo Sávio Ribeiro
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* categoria: Animais
* Site: http://geraldoveterinario.com.br

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Matéria sobre Leishmaniose na revista Cães e Cia Setembro de 2010





Site www.mae de cachorro.com.br aborda temas sobre a leishmaniose

Diário Catarinense- Mais sobre a leishmaniose

Profissionais da Fiocruz coletam animais silvestres para pesquisa de leishmaniose em Florianópolis
Pelo menos 200 armadilhas foram espalhadas no Canto dos Araçás, onde cães foram contaminados


Desde domingo, profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre cientistas, biólogos e veterinários estão em Florianópolis para coletar animais silvestres e descobrir a fonte de infecção dos mosquitos que passaram a leishmaniose para quatro cães entre julho e início de setembro no Canto dos Araçás, na Lagoa da Conceição, no Leste da Ilha de Santa Catarina.

A equipe, que também conta com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado e de Florianópolis, montou dois laboratórios na região onde houve a contaminação. Os animais silvestres são capturados, identificados e as amostras de sangue e tecidos são coletados para verificar se há a infecção.

De acordo com o zoólogo Paulo D'Andrea do Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, até o fim da tarde desta segunda-feira foram capturados nove bichos — número considerado alto pelos especialistas. Ele conta ainda que foram identificadas duas espécies de roedores e uma ou duas de cuíca.

— O nosso trabalho é descobrir a fonte de contaminação dos mosquitos, quantos e quais animais — explica o biólogo especialista em zoonoses.

Pelo menos 200 armadilhas foram montadas na floresta. Elas serão recolhidas na sexta-feira. As amostras de sangue serão encaminhadas para o RJ, onde passarão novamente por análise.

Os animais empalhados (taxidermizados) serão encaminhados para algum museu do país. Segundo Paulo, o prazo médio da conclusão do relatório após a coleta de material no campo é de um mês.

Contaminação

De julho até o início de setembro, quatro cães do Canto dos Araçás, precisaram ser exterminados por causa da doença.

A secretaria de Saúde da Capital divulgou o resultado das 206 amostras de sangue de cães encaminhados ao laboratório. Do total analisado, cinco foram confirmados, totalizando nove casos.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, foi descartada a contaminação em outros locais da Grande Florianópolis. Todos os registros positivos eram de animais do Cantos dos Araçás.

Para identificar um cachorro com leishmaniose, devem ser observados sintomas como emagrecimento, feridas na pele e anemia. Porém, como há outras doenças que não são graves e possuem os mesmos sinais, o indicado é levar o animal a um veterinário se houver qualquer suspeita.
DIÁRIO CATARINENSE

Saiba mais
O que é:
A leishmaniose é um doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania
Tipos:
• A leishmaniose tegumentar pode ser cutânea ou mucosa. A primeira tem como característica feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. A mucosa atinge as mucosas do nariz, da boca e da garganta.

• A leishmaniose visceral é considerada uma doença sistêmica: acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Ataca essencialmente crianças de até dez anos. Após esta idade se torna menos frequente. Pode durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
Transmissão:
• É transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos.

• Os mosquitos apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso.

• As fontes de infecção são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.
Sintomas:
• Visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

• Tegumentar: duas a três semanas após a picada aparece uma pequena elevação na pele avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
Prevenção:
• Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;

• Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;

• Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;

• Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;

• Usar mosquiteiros para dormir;

• Usar telas protetoras em janelas e portas;

• Eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.
Fonte: Ministério da Saúde

Mais Notícias sobre a Leishmaniose

Ação imuniza 50% de cães e gatos contra raiva em Coxim
Segunda-feira, dia 27 de Setembro de 2010 às 15:20hs



No último sábado (25), a prefeitura de Coxim participou do Dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica para cães e gatos. Em um dia, foi possível imunizar 50% da população desses animais, na cidade que está em estado de emergência por conta da leishmaniose.

Durante o dia D, foram aplicadas doses da vacina contra raiva em 5.740 cães e 840 gatos. Ao todo, a população é estimada em 7.794 cachorros e 1.559 felinos.

A campanha de vacinação continua até o final de novembro. Os donos de cães e gatos que ainda não vacinaram seus bichinhos de estimação podem procurar o setor de vigilância sanitária da prefeitura para vacinar seus animais, que funciona das 7 às 12 horas.

Os animais domésticos precisam ter, no mínimo, dois meses de vida para receber a vacina. Além disso, não podem apresentar sinais de doença nem estar em recuperação de acidentes ou cirurgias.

As fêmeas em período de gestação, no cio ou em fase de amamentação também podem ser imunizadas. Os donos devem levar o certificado de vacinação do seu animal. Quem não tiver, vão receber um comprovante, válido por um ano, com as informações do animal.

A raiva aguda atinge homens e animais e é causada por um vírus que se multiplica pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central. A doença não tem cura.

Outro problema de saúde em Coxim é a leishmaniose. A prefeitura decretou estado de emergência no dia 20 de setembro, por conta do número de casos no município. Até a decretação de estado de emergência, foram registrados oito casos.

Fonte:http://www.aquidauananews.com/index.php?action=news_view&news_id=171086

domingo, 26 de setembro de 2010

Será dia 1 de outubro. Videoconferência sobre a leishmaniose.

Videoconferência sobre Leishmaniose Visceral e Tegumentar
A Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo tem o prazer de convidá-lo para participar da Videoconferência "Diagnóstico e tratamento de casos humanos de Leishmaniose Visceral Americana e Leishmaniose Tegumentar Americana" a ser realizada das 9 às 12 horas do dia 1° de outubro de 2010 conforme programação em anexo ou no site


www.cve.saude.sp.gov.br.
PROGRAMAÇÃO
9h às 9h30 - Abertura
Tema: Situação epidemiológica da Leishmaniose no Estado de São Paulo.
Palestrante: Lisete Lage Cruz - médica da Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica/CCD/SES-SP


Palestrantes:
Valdir Sabbaga Amato
médico infectologista do Hospital das Clínicas FMUSP e Instituto de Medicina Tropical da USP
José Angelo Lauletta Lindoso
médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Instituto Medicina Tropical da USP

9h30 às 10h Tema: Quando pensar em Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral Americana?
10h às 10h30 Tema: Como diagnosticar? Que exames solicitar? Como tratar?
10h30 às 10h40 - Intervalo
10h40 às 11h30 Tema: Discussão de Casos Clínicos
11h30 às 12h Tema: Pontos críticos em Leishmaniose Visceral e Tegumentar

Realização: Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica/CCD/SES-SP


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Bauru registra mais de 13 casos de leishmaniose

Cidade registra mais um caso de leishmaniose em 2009
No total, são 43 casos no ano passado, com uma morte; neste ano foram 13 casos registrados



Fonte :Agência BOM DIA

A secretaria de saúde de Bauru recebeu nesta sexta-feira, dia 24, a confirmação de um caso de leishmaniose visceral americana, ainda referente ao ano passado.

Segundo a secretaria, trata-se de uma mulher adulta, de 57 anos, moradora da Vila Gonçalves, e que está tratando no Hospital Manoel de Abreu.

Com essa confirmação Bauru registrou no ano passado 43 casos de leishmaniose, com uma morte. Neste ano já foram 13 casos, sem nenhuma morte confirmada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Notícia do Rio Grande do Norte

AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE LEISHMANIOSE EM ASSU É PREOCUPANTE



O número de casos de Leishmaniose registrados nos últimos meses no município do Assu, fato que já mereceu o alerta de parte do setor de endemias da prefeitura municipal, preocupa também, a secretaria estadual de saúde, que na semana passada enviou ao município, a técnica Iraci Duarte, para uma reunião com a equipe local. A Leishmaniose também conhecida como Calazar, é uma doença que costuma se desenvolver em cães e pode ser transmitida também ao homem.

No homem, a doença se manifesta através dos seguintes sintomas: lesões na pele, infecções em órgãos como fígado e medula óssea, febre, anemia, desidratação, desmaios, sangramentos, palidez e perda de peso. A melhor forma de não contrair Calazar é evitar os ambientes de mata fechada e usar repelentes para impedir as picadas do mosquito palha. Essa doença é visceral, o que significa agravamento do quadro quando os sintomas não são diagnosticados precocemente. A técnica de Secretaria Estadual de Saúde falou sobre o objetivo da sua vinda ao município do Assu, externando a preocupação da secretaria e os cuidados que a população deve ter para contribuir com o combate a proliferação da doença.

Fonte:http://gilicarte.blogspot.com/2010/09/aumento-do-numero-de-casos-de.html

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Senador Inácio Arruda e o Projeto de lei da Semana de Combate

Projeto de Inácio Arruda cria Semana de Combate à Leishmaniose
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou nesta quarta-feira (14) projeto de lei de autoria do Senador Inácio Arruda que institui a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose.
O objetivo da proposta é estimular ações educativas e preventivas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose, apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil de prevenção e combate à doença e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à sua prevenção e combate.

O relator da matéria, Senador Mão Santa, destacou em seu parecer que o projeto de Inácio vai dar mais visibilidade ao problema da leishmaniose, pois essa enfermidade ainda é considerada uma doença negligenciada, afetando milhares de pessoas em todo o mundo, que não dispõem de tratamentos adequados.

Inácio explica que ainda não há uma preocupação das indústrias em fabricar medicamentos para esse tipo de doença: “Há um grande número de trabalhos científicos sobre a leishmaniose e outras doenças negligenciadas, mas nada disso se reverte no desenvolvimento de medicamentos, porque envolvem grandes custos e o mercado consumidor desses medicamentos é composto por pessoas pobres, tornando-o pouco atrativo para a indústria”, explica o Senador. “ A instituição da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose será de grande importância para alertar a população sobre os riscos de contrair a doença”, afirma Inácio. A matéria vai à Comissão de Educação e em seguida para a Câmara dos Deputados.

Saiba mais

A leishmaniose, também chamada de calazar, é uma doença causada pelos parasitas do gênero Leishmania. São três as suas formas de manifestação – a visceral, que invade os órgãos internos, a cutânea, que se expressa na pele e a mucocutânea, que contamina as mucosas e a pele. A doença é transmitida pelo mosquito conhecido como mosquito-palha ou birigui.

Além dos seres humanos, a Leishmaniose também infecta cães, lobos e roedores silvestres. Os casos mais numerosos da doença no Brasil são encontrados no Norte e Nordeste do país, embora estejam se estendendo para outras áreas, o que causa preocupações, pois ela pode ser passada do animal para o homem e vice-versa.

Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mato Grosso do Sul - Casos de Leishmaniose Humana

MUITO PREOCUPANTE

Coxim tem oito casos confirmados de leishmaniose humana


Em menos de 30 dias, o número de casos de leishmaniose humana dobrou em Coxim, saltando de quatro para oito, segundo dados oficiais da prefeitura. Por conta disso, a prefeita Dinalva Mourão (PMDB) decretou estado de emergência.

No último dia 08, o funcionário público municipal, João Gonçalves da Silva, de 55 anos, morreu por conta de leishmaniose visceral. A vítima morava no bairro Flávio Garcia.

Dos cães examinados, foi constatada a doença em cerca de 50%, de acordo com a gerente de Vigilãncia Sanitária, Adriana Haidar. Os bairros com maior incidência da doença são Flávio Garcia, Senhor Divino e Vila Bela III.

No entanto, em todos os bairros, com excesso do assentamento Vale do Taquari, foram encontrados cães doentes.

No final de agosto, o gerente de Zoonozes da secretaria de Estado de Saúde, Paulo Mira, anunciou que no inácio de setembro o município iria intensificar o controle químico, através de borrifações em toda a cidade.

Mira também afirmou que seria realizado um mutirão de limpeza nos quintais e nos terrenos baldios. Porém, a prefeitura não colocou em prática nenhuma das ações.

As autoridades sanitárias fazem um apelo para que os proprietários providenciem exames para saber se seus cães estão com leishmaniose. Caso o resultado seja negativo, o ideal é investir numa coleira de deltametrina, única forma de prevenção reconhecida pelo Ministério da Saúde.

Se o resultado for positivo, as autoridades sanitárias sugerem a eutanásia do cão, que pode ser feita gratuitamente, dentro dos padrões, por uma clínica que presta serviço para a prefeitura de Coxim.

A eutanásia dos cães infectados é repudiada por associações de defesa dos animais. Para o Abrigo dos Bichos, de Campo Grande, matar o cão não é a solução. "Não existe lei que manda matar o cão, apenas recomenda. Sempre seremos contra a matança indiscriminada de animais", frisa Angelo Dal Vesco, do Abrigo dos Bichos.
"O médico veterinário André Luis Soares da Fonseca, professor de imunologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), afirma que leishmaniose canina tem tratamento. "O tratamento pode ser feito utilizando diferentes drogas, que são baratas e podem ser, inclusive, manipuladas em farmácias", explica Fonseca.

Extraído -http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=723481

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Florianópolis investiga casos de leishmaniose

Do Diário Catarinense

Fiocruz vai fazer expedição científica sobre caso de leishmaniose em Florianópolis
Objetivo é descobrir quais animais silvestres mantêm o ciclo de vida dos mosquitos transmissores
Melissa Bulegon | melissa.bulegon@diario.com.br


Profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, chegam à Capital, no próximo sábado, para participar de uma expedição científica em conjunto com as secretarias de saúde do Estado e de Florianópolis.

O objetivo é determinar quais os animais silvestres contribuem para a manutenção do ciclo de vida dos mosquitos transmissores da leishmaniose no Canto dos Araçás, na Lagoa da Conceição, no Leste da Ilha de Santa Catarina.

Segundo a gerente de Zoonoses da Diretoria de Vigilância epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, Suzana Zeccer, o estudo deve durar cerca de uma semana. As atividades estão previstas para começar no domingo. A equipe vai contar com a participação de 15 profissionais, entre cientistas, técnicos, biólogos e veterinários. A Fiocruz é considerada a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.

— O primeiro passo será o reconhecimento do local e em seguida as escolhas das áreas onde serão feitas as coletas de espécies silvestres para o estudo. Depois do trabalho de campo, o material recolhido vai ser levado para a Fiocruz para análise, mas não temos como prever quando o resultado ficará pronto — explica.

As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, animais silvestres. Os mosquitos (insetos flebotomíneos), ao picarem esses animais, acabam sendo contaminados e se tornam transmissores.

Porém, como há muitas pessoas que moram próximas a matas, os cães podem ser infectados e transmitir para o homem. A leishmaniose visceral é crônica. Se não for tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos humanos.

De julho até o início de setembro, quatro cães do Canto dos Araçás, na Lagoa, precisaram ser exterminados por causa da doença.

Exames confirmam cinco

A secretaria de Saúde da Capital divulgou ontem o resultado das 206 amostras de sangue de cães encaminhados ao laboratório. Do total analisado, cinco foram confirmados, totalizando nove casos.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, foi descartada a contaminação em outros locais da Grande Florianópolis. Todos os registros positivos eram de animais do Cantos dos Araçás. Os cães devem ser exterminados.

Entretanto, a Dive informou que foram registrados 13 casos, sendo que oito foram confirmados no exame das 206 amostras e cinco foram exterminados. O chefe da Vigilância em Saúde de Florianópolis, Anselmo Granzotto, não foi encontrado pela reportagem para esclarecer a divergência nos dados informados.

Para identificar um cachorro com leishmaniose, devem ser observados sintomas como emagrecimento, feridas na pele e anemia. Porém, como há outras doenças que não são graves e possuem os mesmos sinais, o indicado é levar o animal a um veterinário se houver qualquer suspeita.

Matéria Diário Catarinense - Saiba mais sobre a Leishmaniose

Saiba mais sobre a leishmaniose e como ela pode se propagar
A doença ao ser transmitida para o homem, se não tratada, pode ser fatal

Muita gente se engana e pensa que a leishmaniose não atinge os humanos. A doença, causada pelo protozoário leishmania chagasi, propaga-se através da picada de um mosquito.

A doença não é contagiosa. Ela apresenta dois tipos: a leishmaniose tegumentar pode ser cutânea ou mucosa. A primeira tem como característica feridas na pele. A segunda, atinge o nariz, a boca e a garganta.
Já a leishmaniose visceral ataca os órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Atinge essencialmente crianças de até 10 anos. Pode durar alguns meses ou até ultrapassar um ano

Os sintomas são febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

Cachorro

Nas áreas urbanas, o principal hospedeiro da leishmaniose é o cachorro. O animal infectado pode demorar de seis meses a dois anos para ter os sintomas, o que prejudica o controle da zoonose, transmitida pelos animais ao homem.

O veterinário e gerente técnico da Intervet/Schering-Plough, de São Paulo, Andrei Nascimento, acredita que a doença deve ser controlada desde o agente transmissor, o mosquito.

— O inseto não é natural das áreas urbanas, mas por questões de desmatamento e aquecimento global, ele vem se adaptando às grandes cidades. Para combatermos o mosquito, é preciso deixar os quintais e áreas públicas livres de resíduos orgânicos, onde a fêmea do inseto deposita seus ovos e que serve de alimento para os filhotes — alerta.

Para identificar um cachorro com leishmaniose, alguns sintomas devem ser observados, como emagrecimento, feridas na pele e anemia. Porém, existem outras doenças que não são graves e possuem os mesmos sinais. Dessa forma, qualquer suspeita o animal deve ser levado a um veterinário.

— Se for leishamniose, o cão terá que ser sacrificado. A cura é somente clínica, mas ele continuará sendo portador do protozoário. Por isso, a importância de se procurar um veterinário — explica Andrei.

Medicamento

Para a prevenção dos animais, o método mais eficiente é uma coleira, à base de um medicamento chamado deltametrina a 4%, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela custa entre R$ 50 e R$ 60 nas pet shops, e deve ser trocada a cada seis meses.

Susi Padilha / Diário Catarinense



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sábado, 18 de setembro de 2010

Mais casos de leishmaniose em Santa Catarina

Cópia do link - Notícia sobre a leishmaniose no Diário Catarinense

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3044490.xml&template=3898.dwt&edition=15521§ion=213

18 de setembro de 2010 | N° 8932Alerta
LEISHMANIOSE
Mais cinco casos da doença

Mais cinco cães contaminados por leishmaniose na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, foram confirmados ontem, após exame solicitado pela Vigilância em Saúde da Capital.

Amostras de sangue de 206 cães, incluindo os casos identificados, da Grande Florianópolis, serão encaminhadas ao laboratório da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Se for comprovada a doença na segunda análise, os animais serão sacrificados. De julho até o início de setembro, quatro cães do Canto dos Araçás, na Lagoa, precisaram ser exterminados por causa do problema.

A leishmaniose se propaga pela picada de inseto e os cães podem transmiti-la para outros animais e até para o homem.

Segundo o chefe da Vigilância em Saúde de Florianópolis, Anselmo Granzotto, as análises são importantes para evitar a proliferação da doença.

A leishmaniose visceral é crônica. Se não for tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos humanos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

DNDI DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - LEISHMANIOSE



Estratégia da DNDi na América Latina

A DNDi inicia em 2010 um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia da combinação Ambisome© + Glucantine© para o tratamento da Leishmaniose Visceral (LV) no Brasil. Este estudo será implementado como parte do estudo clínico coordenado pelo pesquisador Gustavo Romero da Universidade de Brasília, para avaliar a eficácia dos atuais tratamentos recomendados para LV no país, no contexto da Rede Brasileira de Alternativas Terapêuticas para as Leishmanioses. O projeto tem financiamento da FINEP e DNDi procurou financiamento complementar junto ao DECIT/SCTIE/MS.

O projeto será conduzido com pacientes adultos e crianças atendidos nos Centros de Referência em Leishmanioses em Aracajú-SE, Belo Horizonte–MG, Campo Grande–MS, Montes Claros–MG, Palmas-TO e Teresina-PI. Cerca de 600 pacientes serão randomizados nos 4 grupos de tratamentos do estudo. O regime a ser usado no braço de combinação corresponderá a metade da dose total preconizada para cada um dos medicamentos quando usados em monoterapia.

A adição do braço de combinação ao estudo originalmente proposto foi resultado de uma série de atividades realizadas para o pré- projeto “Combinações Terapêuticas para Leishmaniose Visceral no Brasil: bases para a implementação de um estudo multicêntrico”, coordenado pelo Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz, DNDi e Universidade de Brasília, com a finalidade de formar uma rede efetiva de pesquisadores em leishmanioses, estabelecendo uma força de implementação de estudos clínicos no Brasil. A DNDi identificou as necessidades de infra-estrutura e de recursos humanos de 10 centros de pesquisa em leishmaniose em diferentes regiões do Brasil, e ofereceu treinamento para fortalecer a capacidade de condução de pesquisa clínica de acordo com normas internacionais de Boas Práticas Clínicas (BPC).

Representantes dos centros de pesquisa e do Programa de Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde foram convidados a participar de reuniões técnicas para se definir prioridades de pesquisa em LV no contexto da doença no Brasil. Houve consenso sobre a necessidade de se avaliar a combinação de medicamentos como estratégia de curto prazo para se melhorar o tratamento da LV. O racional da terapia em combinação é de se propor um tratamento de menor duração, reduzindo a sua toxicidade e custo, e melhorando a adesão ao tratamento, o que resulta potencialmente em melhor eficácia assim como reduz risco de desenvolvimento de resistência.

Na América Latina, a Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose causada por Leishmania chagasi e os cães são considerados o principal reservatório da doença. Estima-se que 90% dos casos de Leishmaniose Visceral (LV) registrados na América Latina ocorram no Brasil, sendo a maioria em crianças. Em 2007, foram relatados 3.505 novos casos no Brasil, com índice de mortalidade de 5,4%. Em outros países da América Latina, há uma significativa falta de dados, e no Brasil, apesar das séries regulares de dados, uma comparação feita entre três diferentes sistemas de informação mostrou uma subnotificação de 42% e 45% no número de casos e mortes por LV no sistema de vigilância epidemiológica (Maia-Elkhoury et. al, 2007).

A DNDi possui outros projetos de combinação de medicamentos, finalizados e em desenvolvimento clínico, que se tornarão nos próximos anos tratamentos eficazes contra a Leishmaniose Visceral (LV) na África e na Ásia.


Topo


Estratégia global da DNDi

Curto prazo: melhor utilização dos tratamentos existentes através de extensão geográfica e novas combinações.
Paromomicina e AmBisome ®: tratamentos para LV ainda não registrados na África e que podem ser utilizados em combinação com tratamentos existentes

* Combinação de medicamentos existentes para LV na Índia: importante passo para reduzir duração, toxicidade e custo de tratamentos


Longo prazo: novos medicamentos e melhor capacidade de pesquisa. Buparvaquona e polímero de anfotericina B: compostos que podem melhorar o mecanismo de ação e a duração dos tratamentos atuais

* Novos medicamentos desenvolvidos a partir de compostos identificados na fase de descoberta que avancem no processo de pesquisa por meio do consórcio de otimização de líderes para LV
* Plataforma LEAP com participação de diversos países e parceiros para fortalecer a capacidade regional de pesquisa


Até 2014, a DNDi pretende disponibilizar os seguintes tratamentos, a partir de seu portfólio para LV:

* 1 novo medicamento registrado
* 2 extensões geográficas em regiões endêmicas fora da Índia
* 2 novas coadministrações recomendadas pela OMS
* Um pipeline robusto

Todas as notícias sobre a Leishmaniose

O textos e links que seguirão, são de propriedade dos seus autores. Este blog tem a finalidade apenas de informar as pessoas que gostariam de saber e entendender a doença e principalmente SUA PREVENÇÃO.

FIQUEM ANTENADOS PARA AS PRÓXIMAS AÇÕES !!


http://www.maedecachorro.com.br/2010/09/coluna-de-hoje-especial-leishmaniose.html

http://matarnaoresolve.blogspot.com/2010/09/abrigo-dos-bichos-sobre-epidemia-de.html

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vídeo sobre a leishmaniose

Divulgação da coleira

Programa Dia a Dia


A PREVENÇÃO É A ÚNICA ARMA CONTRA A DOENÇA

Vários produtos foram lançados para combater a doença prevenindo, há inclusive uma vacina, mas na minha opinião, com a vacina o cão ficará soro positivo, ou seja ele terá a doença no sangue e numa epidemia com certeza terá de ser sacrificado. A coleira Scalibor, fabricada pela empresa Intervet, já foi testada em várias cidades do Brasil e em outros países também, vários estudos foram feitos. um número muito positivo e significativo foi alcançado ao final de cada campanha de prevenção.

Saiba mais entrando em contato conosco.

Veja vídeo da Campanha da Scalibor - Divulgados pela Intervet







DIGA NÃO A LEISHMANIOSE

MARLI PÓ CAMPOS
11-7896-2070
ID 9*91998

VÍDEOS SOBRE A lEISHMANIOSE EM CÃES E HUMANOS










LEISHMANIOSE - NÃO TAPE OS SEUS OLHOS ELA PODERÁ SER EVITADA NO SEU CÃO E EM VOCÊ...SAIBA COMO.

Leishmaniose ou Calazar: a culpa não é dos cães

ASSISTA AO VÍDEO ANTES DE LER O TEXTO




O texto a seguir foi copiado do site Nossos Cães e Gatos

Saiba mais sobre a doença e tratamentos

Todos devem ter acompanhado através dos jornais a disseminação da Leishmaniose em algumas partes do País, bem como a polêmica causada pelo extermínio de cães positivos e o fato de que, devido a uma erro do laboratório, mais de 400 cães que não eram positivos foram sacrificados, na cidade de Araçatuba - SP.

A verdade é que a Leishmania é a doença que causa mais polêmica e controvérsia principalmente entre os veterinários. Ainda mais quando o assunto é o tratamento ou não de cães positivos. Existem aqueles veterinários cuja conduta é exterminar sumariamente todo e qualquer cão cujo exame dê positivo, alguns são favoráveis ao tratamento daqueles positivos que não apresentam sinais da doença e alguns são favoráveis ao tratamento de cães que apresentem alguns sinais sem comprometimento ainda da função dos rins.

Aqui na Bahia, há anos essa doença tem chamado atenção principalmente nas áreas do litoral Norte. Mas já tive conhecimento de alguns resultados positivos em bairros da capital.

A leishmaniose é transmitida através da picada de um mosquito. Geralmente a doença acomete cães sadios, enquanto que nos humanos tem predileção por pessoas com imunidade diminuída (crianças, idosos, doentes).

O tratamento canino não obtém, em geral, a cura, mas pode oferecer uma boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais afetados. Esse procedimento exige dos proprietários dos cães um compromisso de cuidados especiais com os animais infectados e também com o ambiente onde vivem.

O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de 2 meses a 6 anos. Já li em alguns livros, 7 anos. Os sinais mais comuns da doença são problemas de pele e pelo (dermatite seborréica, falta de pelo ao redor dos olhos, feridas na ponta das orelhas e na ponta do focinho), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, apatia, febre, sangramento nasal ou oral, problemas nos olhos, pode haver aumento do abdômen por causa do aumento de órgãos (baço e fígado), problemas renais. No entanto mais da metade dos cães portadores não apresentam sinais.

Pouco está sendo feito para a prevenção da doença, já que ela é transmitida por um mosquito. No entanto, gostaria de divulgar que recentemente os fabricantes de um produto anti-pulgas e carrapatos chamado Pulvex Pour-On enviaram a alguns veterinários um trabalho onde se sugere a ação repelente contra o mosquito. Ele deve ser usado exclusivamente em cães, é venenoso para gatos. É uma ampola que após ser agitada deve ser aplicada no dorso do cão uma vez por mês, tomando-se o cuidado de afastar o pelo. \

Se o cão tiver mais de 15 Kg devem ser usadas duas ampolas: uma no dorso e uma na base da cauda. Cães de raças gigantes, acima de 50Kg, podem receber três ampolas: no dorso, no meio das costas e na base da cauda. Da mesma forma que cães de raças muito pequenas, abaixo dos 3 Kg, podem ser tratados apenas com meia ampola.

Outro produto que acredito deve chegar em breve ao mercado é uma coleira lançada pela Hoescht chamada Scalibor. Entrei em contato com o laboratório mas ainda não recebi maiores informações. Mas ela garante Ter ação anti-pulgas e carrapatos e ação repelente a mosquitos.

É política do site Caes & Gatos nunca divulgar nomes de medicamentos muito menos dose e modos de utilizar, pois somos contra a medicação de animais sem acompanhamento do médico veterinário. No entanto, a situação chegou a um ponto tal que decidi que esta seria uma exceção. Volto a salientar que não tenho dados de pesquisas que confirmem a eficácia do Pulvex nem da Scalibor sobre o mosquito. Há apenas um artigo lançado pelo próprio laboratório. Mas até hoje são os dois métodos que tenho conhecimento.

Além disso, há alguns cuidados a serem tomados. Se você mora numa área endêmica, você pode procurar um médico veterinário em sua cidade e saber se há áreas de perigo. Aqui (Bahia) notoriamente estão na área de risco animais daquela parte de Monte Gordo, Jauá, Guarajuba etc. Você deve fazer uso de repelentes nos cães (a exemplo do Pulvex, da Scalibor ou outro repelente que seja indicado por um profissional médico veterinário), telar o canil e manter os cães no canil protegido de mosquitos no período entre uma hora antes do sol se por até o nascer do sol no dia seguinte, que é quando o mosquito está mais ativo e a colocação mensal de um inseticida no ambiente (esta deve ser feita sob rigorosa orientação de um profissional para evitar riscos de envenenamento). Se você não mora numa área perigosa o melhor mesmo é não levar seu cão para áreas assim. Caso não tenha alternativa, utilize os meios citados anteriormente.


Aplicação do Pulvex

Bem, agora vem a parte mais polêmica que é o tratamento ou extermínio de animais positivos. Antes de mais nada, é recomendação dos órgãos da saúde p ública que se extermine os positivos. No entanto, pesquisas têm sido feitas e protocolos de tratamento têm sido utilizados com bons resultados. E apesar de procurar ser mais imparcial possível, acredito que além de um profissional de saúde pública o veterinário deve ser um profissional que ame, respeite e queira preservar a vida de seus pacientes. O sacrifício sumário de um animal de estimação traz grande dor.

Muitos veterinários resistem inclusive a esclarecer ao proprietário a possibilidade de tratamento. Não acredito que essa seja uma decisão só do veterinário. Se ele não se propõe a tratar a Leishmania seja por inexperiência, por causa da recomendação dos órgãos de saúde ou por crença própria, podia passar o caso para um colega que tenha experiência no tratamento. No entanto, é necessário saber e ter claro em mente que o tratamento não cura o cão, mas aumenta o tempo de vida do animal assim como ameniza os sinais da doença fazendo com que ele tenha uma qualidade de vida melhor. Mesmo aliando o tratamento aos cuidados para repelir mosquitos, há a possibilidade de transmissão.

O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua portador. Além disso, é um tratamento caro e prolongado e exige do responsável pelo animal um compromisso muito grande.

Existem uma série de protocolos que podem ser seguidos mas como regra geral, além das drogas utilizadas no tratamento propriamente dito, que são de alto custo, o animal deve ser clinicamente avaliado a cada dois meses, ou seja 6 consultas por ano e controle através de exames laboratoriais de três em três meses, o que significa 4 baterias de exame por ano.

O tratamento por si só já representa um risco para o animal pois as drogas utilizadas são fortes e podem até ser tóxicas para alguns órgãos. Por todos estes fatos e pela polêmica causada entre a própria classe veterinária, poucos são os cães elegíveis para tratamento. Primeiro deve-se avaliar o estado geral do animal para ver se ele tem condições de suportar o tratamento; depois o perfil do responsável que deve se mostrar colaborador e atender a todos os passos do tratamento, inclusive assinando um termo de responsabilidade; por último, geralmente só são tratados animais mais jovens com menos de 10 anos. Tudo isso, impõe uma barreira tão grande que pelo menos aqui em Salvador e nas áreas vizinhas só conheço 3 profissionais que trabalham com o tratamento até o momento.

Tenho visto que o extermínio de cães positivos tem sido mostrado como única forma de combate. Acredito que mesmo que se exterminasse todos os cães do País o problema não acabaria. Já vi referências que roedores podem, assim como o cão, servirem de hospedeiros. Porque não é o cão que transmite a doença para outros cães e o homem É O MOSQUITO! Sem o mosquito não haveria o ciclo. Funciona assim: O mosquito pica um cão sadio que se contamina. No organismo do cão a Leishmania se desenvolve. Então um mosquito pica este cão e se picar outro cão ou uma pessoa, pode contaminá-la. No entanto, o contato cão-cão ou cão-homem não dissemina a doença. Funciona assim: mosquito-cão-mosquito-cão ou mosquito-cão-mosquito-homem.

Dessa forma me parece bastante lógico que o combate ao mosquito é, ou poderia ser, muito mais eficaz. No entanto, a questão do combate ao mosquito é muito mais complexa que simplesmente extermínio de cães. Além disso, falta informação consistente à população. Após as primeiras reportagens serem veiculadas o que vi foi o inicio de um histeria coletiva comparável a histeria causada pelo assunto Pit Bull. Pessoas chegavam perguntando sobre "a doença de cães que mata gente", pessoas levavam seus cães para sacrifício porque os animais apresentavam comportamento estranho e elas achavam que era a doença que matava que eles viram na TV.

Em tempo, li recentemente que há um risco de transmissão da Leishmania em campanhas de vacinação se a agulha não for trocada a cada aplicação. Por isso recomendo àqueles que levam seus cães para tomar a anti-rábica em vacinação promovida pelo município, que comecem a levar suas seringas ou prestem atenção se a agulha foi trocada. E lembre-se de que além da vacina anti-rábica existe uma outra chamada óctupla que só é dada em clínicas. Veja mais informações no calendário de vacinas.

clique aqui para fazer o download, em formato word, dos critérios de tratamento para a Leishmaniose Canina, escrito pelo Médico Veterinário Dr.Vitor Márcio Ribeiro.

O texto a seguir foi copiado do site da Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Controle de Endemias

Leishmaniose

Definições

Este protozoário é um parasita intracelular de macrófagos, uma célula do sistema imunológico do organismo, que atinge homens, cães e muitos animais silvestres.Ocorrem 2 tipos de Leishmaniose: cutânea e visceral.Os vetores são flebotomíneos (insetos) hematófagos, mosquito palha e birigui.

Ciclo

De uma forma bastante simplificada, o inseto pica o hospedeiro e ingere uma forma de protozoário. No interior do inseto, esta forma se desenvolve, migrando para a proboscida (boca) do inseto que inocula em um novo hospedeiro, havendo um desenvolvimento de outro tipo de forma no interior dos macrófagos.

Patogenia

Os macrófagos encontram-se em vários tecidos do organismo.O sistema imunológico do animal, através das células (linfócitos) vai tentar isolar e destruir as células infectadas, ocorrendo a recuperação e imunidade do animal. No entanto, ocorrem muitos casos em que o organismo não consegue debelar o microorganismo, ocorrendo infecção crônica.O animal passa a apresentar uma dilatação crônica em baço, fígado e linfonodos com lesões cutâneas permanentes.O grande problema é que os sintomas nos cães podem levar muitos meses para aparecerem.

Na forma cutânea apresentam-se úlceras superficiais nos lábios e pálpebras, cuja remissão costuma ser espontânea.

Na forma visceral, os animais apresentam alopecia (falta de pelo) ao redor dos olhos, com perda de pelo generalizada e eczema, além de febre intermitente, anemia, caquexia e aumento dos linfonodos.

Epidemiologia

A maioria das espécies de Leishmania infecta animais silvestres. O cão é um hospedeiro natural reservatório de algumas linhagens deste protozoário.

Diagnóstico

É realizado através de exame de sangue do cão e também através de esfregaços ou raspado de pele e biopsia de linfonodos ou de medula.

Tratamento

Os tratamentos realizados no homem não são efetivos em cães.Do ponto de vista de saúde pública, os cães infectados devem ser sacrificados, principalmente aqueles que possuem visceral, além de haver um controle dos insetos específicos.No entanto, há quem esteja procurando alternativas.

O texto e as fotos abaixo foram copiados do site Vet News seção Pequenos Animais

"O cão não é o vilão da históriae sim ,o mosquito"
(Manfredo Werkhauser,Presidente da Anclivepa-MG)

Alternativas Contra o Sacrifício

Os clínicos veterinários de Belo Horizonte decidiram lutar contra o sacrifício de animais com leishmaniose, doença que afeta a população canina da capital mineira. Em vez da eutanásia, propõem tratamento capaz de prolongar a vida. A campanha foi deflagrada pela Anclivepa-MG, cujo presidente, Manfredo Werkhauser, se mostra preocupado com o avanço da doença na região Sudeste.

- Nas regiões Norte e Nordeste, principalmente Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Recife e cidades do interior, a doença já se estabeleceu há algum tempo. O que se observa é a propagação para o Sudeste, pois o mosquito Lutzomia longipalpis existe em todas as regiões. Tendo um reservatório [animal] silvestre ou doméstico que migra, o ciclo se fecha. Em Belo Horizonte, não há mais bairros sem casos de calazar, e em alguns municípios de Minas Gerais, como Montes Claros, 30% da população canina estão acometidos. Colegas do Rio de Janeiro informam que já foram detectados vários casos em Itaguaí, Santa Cruz, Pedra de Guaratiba e Mangaratiba. Em São Paulo, o ambulatório da USP registrou dois casos autóctones na capital.

O sinal de alerta para Belo Horizonte veio em 96, quando aproximadamente cem mil amostras de sangue colhidas em cães da cidade revelaram 4,5 mil resultados positivos para calazar. De acordo com Manfredo Wekhauser, a taxa de 4,5% não significa necessariamente que todo animal parasitado deva ser eutanasiado. Ele defende uma política de tratamento, e argumenta que este é o caminho adotado em países com taxas semelhantes, como Espanha (5 a 10%), Itália (14 a 23%), França (3 a 17%) e Portugal (8 a 11%). ÒO cão não é o vilão da história, e sim o mosquito, define.

O presidente da Anclivepa-MG lembra que a partir de 92 a entidade tomou conhecimento da propagação da doença através do inquérito epidemiológico feito pela prefeitura de BH. Desde então, vem sendo realizada a eutanásia dos cães positivos, o que gerou a reação dos clínicos veterinários, como explica Werkhauser:

­ Na ocasião, mostramos ao então secretário de Saúde que não adiantava sacrificar o reservatório sem fazer o controle do mosquito. Em resposta à alegada falta de verbas e de homens treinados para aplicação de inseticida, a Anclivepa começou a orientar os proprietários de cães acometidos, ensinando a borrifar com piretróides a área em torno dos domicílios. Depois, analisando relatórios da Secretaria de Saúde desde 1993, pudemos comprovar nas estatísticas relativas à incidência de leishmaniose em Belo Horizonte que os casos só aumentavam, mesmo com o sacrifício dos cães positivos. E agora, recentemente, a partir de agosto de 97, os clínicos, impotentes e desgastados de tanto sacrificar cães sob orientação do Serviço Municipal de Controle de Zoonoses, resolveram adotar os mesmos procedimentos e protocolos de tratamento realizados na costa do Mediterrâneo. A saída era priorizar um trabalho de atualização em relação ao calazar. Conhecer a experiência do exterior foi uma das iniciativas adotadas pela Anclivepa-MG a fim de encontrar uma alternativa à eutanásia dos cães. Para isso, a entidade convidou a professora e pesquisadora Guadalupe Miró, da Faculdade de Madri, que trouxe novos conceitos nesta área.

- Com o protocolo utilizado em países como Espanha, Portugal, Itália e França, os médicos veterinários daqui têm conseguido bons resultados com a melhora clínica do cão e a satisfação dos proprietários dos animais. É um controle que permite iniciar o tratamento, evitando o sacrifício e prolongando a sobrevida do animal afetado em até seis anos. É claro que isso só será possível se o resultado dos exames mostrar que a lesão hepática ou renal não compromete o tratamento.

-Os exames são, segundo Werkhauser, fundamentais para o tratamento. O presidente da Anclivepa-MG lembra: a literatura cita que 50 a 60% dos cães positivos são assintomáticos. ÒEste é um dos pontos de estrangulamento do controleÓ, acrescenta.Os exames sorológicos são prioritários, e entre eles destacam-se a imunofluorescência, fixação de complemento e elisa. Somente os exames sorológicos nos permitem diagnosticar se o cão está parasitado. Há ainda os exames parasitológicos, punção de medula para histologia e biópsia de pele. Também estamos realizando prova de função hepática e renal, além do hemograma e proteinograma ­ finaliza.



Cão no início dos sintomas, com queda de pelo na região do focinho, ao redor dos olhos e orelha com descamação

Queda de pelo generalizada, com feridas, na fase mais adiantada do Calazar.
Crescimento das unhas devido à letargia. Macrófago estremamente parasitado

Medidas de Prevenção para o Homem

(Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Controle de Endemias)

Pelo fato de serem zoonoses primitivas das florestas, há dificuldades em aplicar contra as leishmanioses medidas preventivas utilizáveis em relação a outras doenças transmitidas por vetores. Na maior parte das áreas endêmicas, onde se observa o padrão clássico de transmissão, pouco pode ser feito no momento em relação à profilaxia da doença, dada a impossibilidade de se atuar sobre as fontes silvestres de infeção. No entanto,algumas medidas devem ser adotadas, tais como:

- medidas clínicas, diagnóstico precoce e tratamento. A partir dos sintomas, o homem deve ser submetido a exames e tratamento adequado.

- medidas de proteção individual. São meios mecânicos como uso de mosquiteiros simples, telas finas em portas e janelas, evitar a frequência na mata, principalmente no horário noturno, a partir do anoitecer (crepúsculo) sem o uso de roupas adequadas, boné, camisas de manga comprida, calças compridas e botas, além do uso de repelentes.

- medidas educativas. As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todos os serviços que desenvolvem ações de controle, requerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multiinstitucionais com vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades de prestação de serviço.

Medidas de Controle

Uma vez efetuada a delimitação da área de foco, definido como espaço de transmissão que poderá ser o local de residência, local de trabalho ou área para onde o paciente tenha se deslocado e em que existam fatores condicionantes de transmissão, isto é, o relacionamento da população humana local com flebotomíneos transmissores em áreas onde houve modificação do ambiente natural e onde haja sido detectado um ou mais casos autóctones, pode-se realizar o Controle Químico.
Para tanto, no Estado de São Paulo observa-se a ocorrência das seguintes condições:

*transmissão domiciliar - ocorrência de 2 ou mais casos na área de foco no período de 6 meses.

*Utilizam-se então inseticidas de ação residual: piretróides Deltametrina SC ou CE 2,5%
(200 ml produto para 8 litros de solvente) ou Deltametrina SC 5,0% (100 ml produto para 8 litros de solvente).1 ciclo de borrifação, em todas as unidades domiciliares da área delimitada, teto ao chão e beirais.repetição de novo ciclo a cada 6 meses (até completar 6 meses), na condição de ocorrência de novos casos.

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O que você pode fazer?

A Leishmaniose no ser humano tem tratamento, apesar de ser diferente daquele que é aplicado aos cães. Assim que algum cão for constatado ser portador da doença temos que informar o Centro de Controle de Zoonose .No entanto, ninguém nos tira o direito de ter um parecer de nosso veterinário de confiança. Se a eutanásia for inevitável, que seja feita de maneira humanitária, por injeçao intra-venosa, pelo Veterinário que nós escolhermos.

NAO ENTREGUE SEU CÃO PARA O CENTRO DE ZOONOSES!
LEVE-O AO VETERINÁRIO PARA QUE ELE DÊ O DIAGNÓSTICO FINAL!!

TEMOS QUE EXIGIR MEDIDAS PROFILÁTICAS!! QUE COMBATAM O MOSQUITO!! É UM ABSURDO O QUE VEM ACONTECENDO! SE A DOENÇA SE ALASTRAR O PRÓXIMO CÃO PODE SER O SEU OU MESMO VOCÊ!!

OS ANIMAIS E OS HUMANOS AGRADECEM