Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

WSPA contra a Leishmaniose Informações Importantíssimas.

Link Matéria original.

http://www.wspabrasil.org/wspaswork/Caesegatos/controlededoencas/leishmaniose/Default.aspx



Leishmaniose visceral canina



A Leishmaniose visceral canina é uma doença grave que acomete vários mamíferos, transmitida por um protozoário que tem o nome científico de Leishmania chagasi (infantum). O seu principal transmissor (vetor) é um inseto (flebotomíneo), da espécie Lutzomyia longipalpis, também conhecido como “mosquito palha”. O contágio em cães e no homem ocorre através da picada do inseto infectado.

O cão é considerado um importante reservatório do parasita pela sua proximidade com o homem e constitui o principal elo na cadeia de transmissão de Leishmaniose visceral nas zonas urbanas. Há outros animais silvestres que podem servir de hospedeiros intermediários desta doença, mas é impossível pegar a doença por contato direto com esses animais.

A Leishmaniose não é transmitida através de lambidas, mordidas ou afagos. O contágio ocorre somente através da picada da fêmea infectada do “mosquito palha”.

Mapa da leishmaniose visceral humana no Brasil



Abaixo podemos ver as principais áreas de risco da Leishmaniose visceral humana. E no caso da Leishmaniose visceral canina as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, são as mais prevalentes, porem a doença tem avançado também nos Estados da região Sudeste.





Principais sintomas

O aparecimento dos primeiros sintomas da Leishmaniose, após a transmissão pela picada do “mosquito palha”, pode demorar semanas ou até alguns anos; cerca de 20% dos animais infectados podem nunca manifestar sintomas. A maioria dos animais aparenta estar saudáveis na época do diagnóstico clínico, mas quando desenvolvem a doença podem apresentar os seguintes sintomas:

Apatia (desânimo, fraqueza, sonolência);

Perda de apetite;

Emagrecimento rápido;

Feridas na pele, principalmente no focinho, orelhas, articulações e cauda (que demoram a cicatrizar);

Pelos opacos, descamação e perda de pelos;

Crescimento anormal das unhas (onicogrifose) com o avanço da doença;

Aumento abdominal (“barriga inchada” pelo aumento do fígado e do baço);

Problemas oculares (olho vermelho, secreção ocular);

Diarreia, vômito e sangramento intestinal.



Diagnóstico

Ainda não existe um método de diagnóstico que seja 100% específico para identificação da Leishmaniose visceral canina. Porém, a associação dos vários métodos disponíveis permite a obtenção de diagnósticos com boa sensibilidade e especificidade. Ao observar que seu animal está com sintomas que podem ser indicativos de Leishmaniose, é importante que você consulte um veterinário de sua confiança o mais rápido possível.

O diagnóstico da Leishmaniose é complexo e requer a realização de vários exames laboratoriais associados ao exame clínico para se chegar a um resultado definitivo. Geralmente, são realizados exames iniciais de triagem, chamados exames sorológicos (ELISA e RIFI) e depois devem ser solicitados os exames parasitológicos ou moleculares para confirmar a infecção. Não existem métodos de diagnóstico que sejam 100% confiáveis.

Portanto, recomenda-se:

Utilizar sempre mais de um método diagnóstico durante o exame de um animal suspeito de estar com Leishmaniose visceral canina, pois o uso isolado de determinada técnica pode dar margem à ocorrência de falsos negativos ou falsos positivos.

Peça ao veterinário que acompanhe a etapa de coleta do material para garantir que a mostra seja adequadamente coletada e conservada, e que seja enviada a um laboratório credenciado e de confiança.

Sempre realizar um exame parasitológico ou molecular para confirmar a infecção.

Como você pode ajudar?
Como a Leishmaniose visceral canina é uma doença grave e seu tratamento é complexo, a prevenção é a estratégia mais recomendada para o controle dessa doença.

O controle do inseto transmissor é considerado a melhor opção na luta contra a doença, segundo a Fundação Nacional da Saúde.

Cuidado com áreas de potencial contágio
Os donos dos cães devem observar alguns cuidados em áreas úmidas ou de decomposição de lixo:

Evitar acúmulos de lixo no quintal e descartar o lixo adequadamente: é uma maneira de contribuir para a saúde do meio ambiente e ao mesmo tempo evitar a proliferação dos mosquitos.

Manter o ambiente do cão, o quintal ou a varanda sempre limpos, livre de fezes e acúmulo de restos de alimentos e folhagens.

Manter a grama e o mato sempre cortados, com retirada de entulhos e lixo, evitando a formação de uma fonte de umidade e de matéria orgânica em decomposição.

Utilizar spray repelentes ou inseticidas ou cultivar plantas com ação repelente, como a citronela ou neem, no ambiente.

Medidas para proteger o seu cão da leishmaniose visceral canina
Vacine o seu cão anualmente com vacinas específicas para a Leishmaniose. Atualmente existem duas vacinas licenciadas pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: a Leishtec® e a Leishmune®

Utilize coleiras impregnadas com inseticidas (Scalibor®: trocar a cada seis meses) ou produtos spot on (solução em gotas aplicadas topicamente) de ação prolongada, que devem ser reaplicados a cada mês, inclusive ao transportar os animais para outras regiões

Evite passeios com o seu cão no final da tarde e início da noite, que é o horário de maior atividade do mosquito palha

Use telas de malha bem fina no canil ou na casinha do cachorro, nas portas e janelas de sua casa

Utilize plantas com ação repelente a mosquitos (como citronela e neem)

Manter o abrigo do seu cão sempre limpo, sem fezes ou restos de alimento.

Conheça a legislação sobre Leishmanioses
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.426, DE 11 DE JULHO DE 2008, que proíbe o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

DECRETO Nº 51.838, DE 14 DE MARÇO DE 1963, que baixa normas técnicas especiais para o combate às leishmanioses.

Faça o download do folder e divulgue para os seus amigos todas as recomendações e esclarecimentos sobre a Leishmaniose visceral canina. >>

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

24/02/2011 - 08:42:55

Leishmaniose
Secretaria de Saúde realiza Fórum sobre Leishmaniose na sexta-feira
Evento terá parceria da Unimar e apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária


A Secretaria Municipal de Saúde, realiza nesta sexta-feira, o Fórum sobre Leishmaniose. O evento, que acontece a partir das 8 horas, no salão nobre das Faculdades Faccat, terá parceria da Universidade de Marília e apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo.

As inscrições para o evento, que é direcionado para os profissionais da saúde, já foram encerradas, totalizando cerca de 300 inscritos. Além dos profissionais da área, fórum contará com a presença de autoridades municipais e de representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária, incluindo o presidente da entidade, Francisco Cavalcanti de Almeida e o delegado regional e coordenador dos cursos de Zootecnia e Medicina Veterinária da Universidade de Marília (Unimar), Fábio Manhoso.

O Fórum é uma das ações previstas no Plano de Combate à Leishmaniose, definido no início de janeiro com objetivo de combater e evitar a disseminação da doença no município. No ano passado a Secretaria Municipal de Saúde registrou 20 casos de leishmaniose animal em Tupã.

De acordo com a programação divulgada no final da tarde de ontem, a abertura do evento está prevista para as 8 horas. Às 8h30, será realizada a primeira palestra do dia, com a professora Elma Pereira dos Santos Polegato (UNIMAR/CRMV-SP), que abordará o tema “Leishmaniose: A Doença no Homem e no Animal”.

Em seguida, às 9h30 serão discutidas “Técnicas de Diagnóstico na Leishmaniose Canina”, com o professor Alessandre Hataka (UNIMAR/CRMV-SP). Entre as 10h30 e 11 horas haverá intervalo e as atividades serão retomadas às 11 horas com a palestra “Epidemiologia da Leishmaniose Canina no Estado de São Paulo”, que será ministrada pela especialista Luciana Hardt Gomes (CRMV/SP).

Ainda de acordo com a programação, haverá pausa para almoço das 12 às 14 horas e em seguida o fórum será retomado com o professor Silvio Arruda Vasconcellos (USP/CRMV-SP), que falará sobre o tema “A importância da Medicina Veterinária no Controle da Leishmaniose e seus Aspectos Éticos”.

A série de palestras continua com “Ações do Município de Tupã no Controle da Leishmaniose”, que será apresentada por representante da Secretaria Municipal da Saúde. Às 16 horas acontecerá novo intervalo e em seguida, às 16h30 será aberto espaço para debates e discussões. O evento está previsto para ser encerrado às 17h30.

Outras ações

Além do Fórum de Leishmaniose, que pretende atualizar o conhecimento dos profissionais da saúde com relação ao perfil da doença, a epidemiologia da leishmaniose no Estado de São Paulo; a importância do médico veterinário e o aspecto ético que envolve o profissional; a Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo outras ações para combater a doença.

O Plano de Combate à Leishmaniose inclui ainda capacitação da equipe técnica. Através de parceria com a Unimar e o Conselho Regional de Medicina Veterinária, todos os agentes que atuam na área de zoonoses tiveram a oportunidade de atualizar os conhecimentos tanto na parte teórica quanto prática, envolvendo conceitos básicos, desde a maneira correta de se conter o animal, passando pela aplicação de medicamentos e coleta de sangue para análise.

As ações da Secretaria Municipal de Saúde devem incluir ainda a realização do mutirão de castração, que será realizado ainda neste primeiro semestre e a conscientização da população sobre a responsabilidade de cada morador no combate à leishmaniose, doença que pode ser fatal.
O objetivo do Plano de Combate à Leishmaniose é mobilizar toda a sociedade no combate à doença, mobilizando não só o poder público, mas também as associações de classe, iniciativa privada e principalmente a população.

A exemplo da dengue, a maior responsabilidade no combate à leishmaniose cabe à população, já que somente com o envolvimento dos moradores é que será possível acabar com o mosquito transmissor da doença. Sem o mosquito Palha ou Birigui, que já está sendo encontrado na cidade, não há possibilidade de contaminação dos animais e consequentemente contaminação em humanos.

Criança de nove meses morre com suspeita de leishmaniose

4/02/11 - 8h - Criança de nove meses morre com suspeita de leishmaniose em Montes Claros

Uma criança de nove meses morreu na madrugada de hoje com suspeita de leishmaniose. O menino estava internado no Hospital Universitário. A informação foi confirmada pela mãe da criança, Pamela Andressa.
Segundo a mãe, o menino foi internado na última sexta-feira e ficou em coma nesse período. Pamela suspeita que o filho tenha contraído a doença na casa onde eles moravam, porque lá existiam dois cães.


GOSTARIA DE LEMBRAR AOS LEITORES QUE O "CÃO" É A MAIOR VÍTIMA ELE NÃO É O "VILÃO".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Salve o seu fiel AMIGO, ENCOLEIRE O SEU CÃO!!


Os cães soro positivo, são levados para os centros de Zoonozes e são sacrificados. Nossos pobres e indefesos amigos tem que ser protegidos.
Cabe a nós termos essa consciência.

Levante essa bandeira. Diga não a leishmaniose e NÃO A MATANÇA DOS CÃES.

Já passei porisso, e enquanto o exame de sangue não chega e dá negativo vc perde totalmente o encanto pela vida, é como um filho. E os cães que estão a solta, sem donos. Temos que tomar providências, cobrar das autoridades.

Para mim a única e mais eficaz maneira, indolor e FUNCIONA MESMO.


PORQUE ENCOLEIRAR OS CÃES







SAIBA MAIS SOBRE A COLEIRA

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Leishmaniose já atingiu 460 animais em Venceslau

ESCRITO POR FÁBIO RODRIGO PEREIRA
Sáb, 19 de Fevereiro de 2011 13:17


O registro de contaminação de animais acontece deste o ano passadoCriança de 7 anos é caso suspeito de contaminação
A contaminação por leishmaniose já foi diagnosticada em 460 animais em Presidente Venceslau. Deste total, 181 foram eutanasiados. Um caso suspeito de contaminação em humano aguarda resultado de exames. O paciente é uma menina de sete anos de idade, que está em tratamento. Em 2010, o município teve confirmado um caso de leishmaniose em humano.

Segundo o médico veterinário da Vigilância Epidemiológica Municipal, Paulo Soares de Almeida, o registro de contaminação de animais acontece desde o ano passado. “Os trabalhos de combate e prevenção à leishmaniose começaram em 2008. A cada ano é realizada varredura em todos os domicílios da cidade para se averiguar casos suspeitos”, explica.

“Com este trabalho de varredura os casos suspeitos foram aparecendo. Na cidade, há presença do mosquito transmissor (palha) em todos os bairros, por isso é imprescindível a colaboração da população para se combater a proliferação deste inseto”, afirma.

Com o mais recente caso suspeito de contaminação em humano, localizado na Vila Luiza, foi realizada vistoria em todas as residências e manejo ambiental. Se confirmada a contaminação da doença, será executada a borrifação de produto para eliminação do mosquito transmissor em um raio de 200 metros da residência.

Almeida informa ainda que os trabalhos de prevenção a leishmaniose e outras doenças serão reforçados com a criação do Centro de Controle de Zoonoses no município. Um projeto de lei de autoria do Executivo deve ser encaminhado, com este objetivo, para apreciação da Câmara Municipal. “Dessa forma teremos maior atuação, como a apreensão de animais”, conta.

Retirado do Blog do Jornal Integração.

Link sobre matéria Leishmaniose em Minas

http://www.alterosa.com.br/html/noticia_interna,id_sessao=9&id_noticia=49233/noticia_interna.shtml

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Últimas Notícias

Regional - 18/02/2011 - 09:30
No interior, CCZ inicia triagem do transmissor de leishmaniose


Em Dourados, diante dos casos de leishmaniose visceral canina registrados em municipio, o Centro de Controle de Zoonoses, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, iniciou, na ultima terça-feira (15), o trabalho de triagem e identificação do vetor responsável pela transmissão da doença. Estão sendo instaladas armadilhas luminosas, tipo CDC, em residências com animais infectados. O objetivo é monitorar o desenvolvimento do inseto transmissor da doença, o mosquito conhecido como flebotomíneo.


As armadilhas são instaladas no início da noite e retiradas ao amanhecer, durante três dias consecutivos em cada residência. As casas são pré-estabelecidas. No final da tarde, a aparelhagem é instalada, e, no outro dia cedo, a equipe retira a armadilha, faz a raspagem e coleta os insetos capturados. A partir daí é feita a triagem e a identificação do inseto.


Sendo realizada em diversos pontos da cidade, a instalação das armadilhas deve durar pouco mais de um mês. Já o procedimento de triagem e identificação será feito no periodo de dois meses.


A identificação é fundamental para determinar o controle da doença. A preocupação, é que, além dos cães, o ser humano também pode ser infectado.
Uma das ações de extermínio do mosquito é a pulverização de inseticidas em todas as áreas da residência. Esta medida é adotada apenas em último caso, pois diferente do fumacê, que é feito na rua, a aplicação de inseticida é dentro das casas.


Vale lembrar que a prevenção da doença depende também da população, já que o inseto se prolifera em lixos orgânicos. Para evitar a infestação do flebotomíneo, a população deve ficar atenta à higiene de quintal. É preciso manter limpo o local em que o cão é mantido e principalmente quem tem galinheiro e chiqueiro, pois o inseto se alimenta do sangue destes animais. Quintais com árvores frutíferas exigem muita atenção, pois frutas como manga, abacate, goiaba, que caem e ficam no chão apodrecendo, são atrativos para o transmissor da leishmaniose, assim como as folhas. Tudo o que é lixo orgânico é propício para o desenvolvimento do inseto.(Com informações do Dourados Agora).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ENCOLEIRAMENTO DE CÃES PARA PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE

Fonte site bulldog.com.br

ENCOLEIRAMENTO DE CÃES PARA PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE

Saúde

Autoridades do Ministério da Saúde anunciaram que, em 2011, avaliarão o encoleiramento em massa de cães como medida de controle da leishmaniose visceral. Inicialmente, serão selecionadas de 6 a 10 cidades endêmicas, onde os índices da doença são elevados tanto em cães quanto em humanos, para distribuição gratuita de coleiras impregnadas com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida, recomendado pela Organização Mundial da Saúde como forma de controle da doença.

A decisão foi anunciada em audiência agendada, no Ministério da Saúde, para a entrega de documento que reivindica a inclusão do encoleiramento em massa no programa federal contra a Leishmaniose Visceral Americana. Subscrito pela presidente da UIPA (União Internacional Protetora dos Animais) Vanice Orlandi; pelo coordenador do Projeto Focinhos Gelados Fowler Braga; e pelo deputado Federal Ricardo Tripoli (PSDB/SP), o documento foi dirigido ao Secretário da Vigilância Sanitária Gérson Penna, e entregue à diretora de Vigilância Epidemiológica, Dra. Carla Magda Domingues; e à coordenadora de Vigilância das Doenças Transmitidas por Vetores e Antropozoonoses, Dra. Ana Nilce Elkhoury.

Ao contrário da política adotada pelo Ministério da Saúde como única alternativa possível ao controle da doença - a eutanásia, a presidente da UIPA, Vanice Orlandi, explica que a prevenção é a principal arma existente. “A eutanásia é pouco aceitável e tem baixa eficiência devido à alta taxa de reposição dos cães. Está provado por estudos científicos que, com essa medida, a incidência de leishmaniose visceral humana se mantém elevada e em expansão pelo País. Portanto é ineficaz”, enfatiza. E acrescenta: “Além disso, a eliminação de animais ainda se presta a desviar o verdadeiro foco da questão, que é o combate ao vetor, responsável pela transmissão da doença”.

Para evitar que os cães sejam infectados, a solução é preveni-los. “Por isso, após diversos estudos, concluímos que o encoleiramento em massa dos cães é a melhor solução para evitar com que fiquem doentes. Com essa medida, haverá uma consequente diminuição da incidência de casos de leishmaniose canina e também no número de eutanásias”, ressalta Vanice.

Diversos estudos nacionais e internacionais comprovam a eficácia da coleira impegnada com deltametrina como uma das ferramentas que auxilia na prevenção da leishmaniose. Além deste benefício, a presidente da UIPA enumera que, com o encoleiramento, haverá uma melhor relação custo X benefício para o governo e à população, por ser uma medida mais barata aos cofres públicos. “Além de ter mais efetividade, o governo gastará menos dinheiro com a compra das coleiras do que matando os cães infectados, atitude que, além de cara é ineficaz”, argumenta.

Para finalizar, Vanice Orlandi informou que as autoridades do Ministério da Saúde anunciaram uma campanha publicitária abrangente de conscientização sobre prevenção à leishmaniose, que deve atingir todo o país. “De nada adianta fazermos um programa de encoleiramento se as pessoas não adotarem outras atitudes simples para ajudar a combater a doença, como, por exemplo, a limpeza de quintais com a remoção de fezes e restos de folhas e frutos em decomposição, uma vez que o mosquito que transmite a doença ao cão e ao homem coloca os ovos em locais ricos em matéria orgânica em decomposição”, informa a presidente da UIPA.

Primeiro passo: o encoleiramento em massa

Para tentar diminuir a incidência da doença nos seres humanos e a prevalência canina, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 1.426/2008, proíbe o tratamento de cães infectados com medicamentos humanos. Isso vem impossibilitando os cuidados com os animais, já que não existem medicamentos veterinários registrados no Brasil, que viabilizem o tratamento da leishmaniose canina. Com isso, a prevenção continua sendo a principal arma no controle e combate à leishmaniose.

Como os cães são os principais reservatórios da doença, mesmo que donos burlem a lei e façam o tratamento, eles continuarão sendo transmissores. Vale ressaltar que o tratamento do cão elimina os sintomas, mas não o parasita.

Com o encoleiramento, os cães não serão infectados e, por possuir efeito inseticida, a coleira ainda ajudará a eliminar o vetor – o mosquito palha, transmissor da leishmaniose visceral. “O encoleiramento em grande escala produziria o denominado “efeito rebanho”, que é a extensão de efeito protetor também aos não encoleirados, reduzindo-se a força de infecção pela barreira imposta pela coleira”, finaliza a presidente da UIPA, Vanice Orlandi.

O início da proposta

Há 10 anos a UIPA trabalha contra a eliminação injustificada de animais. Desde 2005 à frente da presidência, Vanice Orlandi, ativista há 18 anos, fez uma pesquisa na literatura existente sobre o controle da leishmaniose visceral na América Latina e concluiu que o número crescente de casos verificados e sua expansão por regiões anteriormente não afetadas colocam em dúvida a eficácia das medidas de controle empregadas contra a doença como, a eutanásia dos cães soropositivos.

Com isso, em maio de 2010, Vanice protocolou representação no Ministério Público Federal solicitando providências contra a eliminação em massa de cães como medida de controle da Leishmaniose Visceral, além da implantação de ações eficazes de prevenção da doença. “Nos cães, a medida preventiva mais eficaz, segundo os estudos técnicos, é o encoleiramento em massa, com a coleira, impregnada com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida, recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Decerto que o encoleiramento importa em gastos bem menores do que os empregados com a matança, que é cruel, além de dispendiosa para os cofres públicos”, afirma Vanice Orlandi, advogada e presidente da UIPA.

Além disso, a eliminação de cães soropositivos não vem contendo o avanço da doença. O deputado Ricardo Tripoli ressalta que a falta de eficácia das atuais medidas preventivas está prejudicando e matando não somente animais, mas humanos em todo o País. “Não justifica continuar fazendo o que comprovadamente é caro, ineficaz e cruel. Vamos lutar, ao lado da UIPA e de todas as entidades que defendem e protegem os animais, para sensibilizar o Governo e pedir medidas mais eficazes, que atinjam todos os Estados; medidas que não incluam a dor e o sofrimento”, garante o parlamentar ambientalista.

Sobre a leishmaniose visceral

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma doença causada por um parasita – o protozoário Leishmania chagasi – que se multiplica nas células de defesa do organismo causando alterações importantes nos rins, fígado, baço e medula óssea. É uma doença que tem grande importância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose de alta letalidade. Ela é transmitida ao homem e ao cão, principalmente, através da picada de um mosquito conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas, mesmo estando doente.

Considerada um problema de saúde pública mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Hoje já são 12 milhões de pessoas infectadas no mundo. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. É a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, atrás da malária.
Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90% dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.500 pessoas são infectadas e o número de óbitos é de aproximadamente 200, anualmente.

A doença que até a década de 90 estava concentrada no Nordeste do país, hoje, está se expandindo para as outras regiões. Por exemplo, as regiões Norte, Sudeste e Centro Oeste, que na década de 90 representavam menos de 10% do total de casos, passaram a representar 26% do total de casos em 2001 e mais de 52% do total de casos em 2008.

Sobre a UIPA

A UIPA, União Internacional Protetora dos Animais, é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 1895, que instituiu o Movimento de Proteção Animal no País, lutando contra a crueldade e o abandono que vitimam os animais.

Além do trabalho jurídico e político que realiza na área de proteção animal, a UIPA abriga cerca de mil e quinhentos animais abandonados, muitos dos quais foram resgatados pela própria entidade por terem sofrido maus-tratos. Mais informações: www.uipa.org.br

Mais informações:
UIPA - União Internacional Protetora dos Animais
Juliana Miranda – uipasp@uol.com.br
(11) 3313-1475 (11) 3313-1475

CCZ de Dourados inicia triagem do transmissor de leishmaniose

Quinta, 17 de Fevereiro de 2011 - 16:33

Fonte: Da redação "A Crítica"

Diante dos casos de leishmaniose visceral canina registrados em Dourados, o Centro de Controle de Zoonoses de Dourados iniciou o trabalho de triagem e identificação do vetor responsável pela transmissão da leishmaniose visceral.

Para isso estão sendo instaladas armadilhas luminosas, tipo CDC, em residências com animais infectados. O objetivo é monitorar o desenvolvimento do inseto transmissor da doença, o mosquito flebotomíneo.

As armadilhas são instaladas no início da noite e retiradas ao amanhecer, durante três dias consecutivos na mesma residência. “Temos as casas pré-estabelecidas. No fim da tarde instalamos e no outro dia cedo retiramos a armadilha, fazemos a raspagem e coletamos os insetos capturados. A partir daí fazemos a triagem e a identificação do inseto”, esclarece Jalmir da Silva Ferreira Junior, biólogo do CCZ e responsável pelo trabalho no município.

Como será realizada em diversos pontos de Dourados, a instalação das armadilhas deve durar pouco mais de um mês. Já o procedimento de triagem e identificação vai ser feito em dois meses. A identificação é fundamental para determinar o controle da doença. A preocupação, é que além dos cães, o ser humano também pode ser infectado.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mais casos em Brasília - DF

Leishmaniose se espalha no DF e assusta moradores
Mortes de pessoas e aumento das infecções em cães em cidades localizadas na parte sul do Distrito Federal alertam para a presença do mosquito transmissor em novas regiões

Flávia Maia
Publicação: 08/02/2011 07:57 Atualização:
Mesmo vivendo perto do Parque das Copaíbas, na QL 28 do Lago Sul e tendo um vizinho que cria galinhas, o caseiro Fernando Mateus Ribeiro, 30 anos, não esperava que a leishmaniose visceral pudesse bater no quintal da casa onde mora e trabalha. Ao perceber que os cachorros perdiam peso, Fernando procurou o veterinário e o diagnóstico não poderia ser pior: dos 20 cães, nove estavam com suspeita da doença e outros três já foram sacrificados por causa dela. “A gente pensava que os casos eram isolados no Lago Norte”, conta.

Relatos como o de Fernando mostram que a leishmaniose tem chegado a outros locais do DF — além do Lago Norte, de Sobradinho, da Fercal e do Varjão — e tem contaminado não só cães: dos seis casos confirmados em humanos no ano passado, quatro foram registrados em Taguatinga, no Riacho Fundo e no Gama, e os outros dois em Sobradinho. “A doença está ganhando território, avançando para lugares que não tinham incidência. É preciso ligar uma luz amarela de alerta e tomar cuidado”, afirma o médico do Núcleo de Controle de Endemias da Vigilância Sanitária do DF, Dalcy Albuquerque Filho.

Dos seis humanos infectados em 2010, três contraíram a doença no Distrito Federal. O elevado número de reservas e parques, a grande quantidade de material orgânico acondicionado de forma incorreta e o hábito de criar galinhas em quintais ajudam a fazer da capital território propício para proliferação do mosquito flebotomínio (conhecido como mosquito-palha), o vetor do protozoário que causa a doença.

Fernando está preocupado com a infestação nos cães e teme que uma das sete pessoas da casa seja contaminada. O Centro de Controle de Zoonoses de Brasília já esteve no local e confirmou o foco do inseto. Para proteger a família, o caseiro colocou coleira repelente nos outros animais e vacinou os saudáveis. “Estou fazendo minha parte, mas a Zoonoses nem foi à vizinhança alertar dos riscos. Resolvi fazer a minha campanha particular na redondeza.”

Apesar do crescimento de 445 para 506 cães infectados por leishmaniose visceral no DF e aumento de 13 para 18% no número de diagnósticos positivos em cachorros entre 2009 e 2010, a Vigilância Sanitária descarta a hipótese de surto, mas já estuda uma campanha publicitária para alertar a população. “O mosquito aparece principalmente entre o período de fim das chuvas e início da estiagem, que deve acontecer daqui a um mês. É preciso alertar a população”, comenta o gerente de controle de zoonoses, Rodrigo Menna.

Nenhuma suspeita da doença em humanos foi registrada em janeiro de 2011. Já para os cães, os dados do início do ano ainda não foram contabilizados pelo órgão porque muitos dos exames feitos gratuitamente pela Central de Zoonoses ainda não ficaram prontos.

Sacrifício
A recomendação do Ministério da Saúde para cães com diagnóstico positivo de leishmaniose é o sacríficio do animal para impedir que ele prolifere a doença. Porém, a Sociedade Protetora dos Animais do Distrito Federal (Proanima) é contra a eutanásia. Segundo a diretora-geral da Proanima, Simone Lima, a sorologia do GDF não é confiavél e vários problemas já foram detectados, como troca de exames. Além disso, a diretora afirma que o foco da campanha contra a leishmaniose está equivocado. “O culpado não é o cão, é o mosquito, é ele que temos que eliminar.”

Em portaria, o Ministério da Saúde explicou que os tratamentos e vacinas caninas não são indicados pelo temor da criação de um protozoário mais resistente aos poucos medicamentos disponíveis para o tratamento da doença em humanos. Além disso, o gerente de controle de zoonoses, Rodrigo Menna, explica que a vacina pode atrapalhar o resultado do exame. O uso, porém, não é proibido. “Elas servem para proteger o cão, mas não para o controle da leishmaniose, porque não é 100% de eficácia”, explica Menna. A vacina custa de R$ 90 a R$ 120 e deve ser aplicada após o quinto mês de vida do animal.


Atrativo
A galinha não é animal hospedeiro do protozoário como o cão, mas locais com as aves se tornam atrativos ao mosquito-palha por causa dos restos de comida e sujeira comuns em galinheiros.


PARA SABER MAIS
Infecção preocupa
A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada pelo protozoário Leishmania, que invade e se reproduz dentro das células do sistema imunológico da pessoa infectada. A doença pode se manifestar de duas formas: tegumentar ou cutânea e visceral ou calazar. A primeira é caracterizada por lesões na pele e pode afetar nariz, boca e garganta. A transmissão se dá por meio do mosquito felobomíneo, que se alimenta de sangue. Por serem muito pequenos, os insetos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas. O mosquito é o vetor e animais como cães e ratos podem ser os hospedeiros dos protozoários. Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose, que deve ser tratada com o uso de medicamentos. Se não for devidamente acompanhada, a doença pode levar à morte.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Leishmaniose assusta moradores do Distrito Federal

Matéria
08/02/2011 13h17
Fonte: Folha de S.Paulo

Mesmo vivendo perto do Parque das Copaíbas, na QL 28 do Lago Sul e tendo um vizinho que cria galinhas, o caseiro Fernando Mateus Ribeiro, 30 anos, não esperava que a leishmaniose visceral pudesse bater no quintal da casa onde mora e trabalha. Ao perceber que os cachorros perdiam peso, Fernando procurou o veterinário e o diagnóstico não poderia ser pior: dos 20 cães, nove estavam com suspeita da doença e outros três já foram sacrificados por causa dela. “A gente pensava que os casos eram isolados no Lago Norte”, conta.

Relatos como o de Fernando mostram que a leishmaniose tem chegado a outros locais do DF — além do Lago Norte, de Sobradinho, da Fercal e do Varjão — e tem contaminado não só cães: dos seis casos confirmados em humanos no ano passado, quatro foram registrados em Taguatinga, no Riacho Fundo e no Gama, e os outros dois em Sobradinho. “A doença está ganhando território, avançando para lugares que não tinham incidência. É preciso ligar uma luz amarela de alerta e tomar cuidado”, afirma o médico do Núcleo de Controle de Endemias da Vigilância Sanitária do DF, Dalcy Albuquerque Filho.

Dos seis humanos infectados em 2010, três contraíram a doença no Distrito Federal. O elevado número de reservas e parques, a grande quantidade de material orgânico acondicionado de forma incorreta e o hábito de criar galinhas em quintais ajudam a fazer da capital território propício para proliferação do mosquito flebotomínio (conhecido como mosquito-palha), o vetor do protozoário que causa a doença.

Fernando está preocupado com a infestação nos cães e teme que uma das sete pessoas da casa seja contaminada. O Centro de Controle de Zoonoses de Brasília já esteve no local e confirmou o foco do inseto. Para proteger a família, o caseiro colocou coleira repelente nos outros animais e vacinou os saudáveis. “Estou fazendo minha parte, mas a Zoonoses nem foi à vizinhança alertar dos riscos. Resolvi fazer a minha campanha particular na redondeza”.

Apesar do crescimento de 445 para 506 cães infectados por leishmaniose visceral no DF e aumento de 13 para 18% no número de diagnósticos positivos em cachorros entre 2009 e 2010, a Vigilância Sanitária descarta a hipótese de surto, mas já estuda uma campanha publicitária para alertar a população. “O mosquito aparece principalmente entre o período de fim das chuvas e início da estiagem, que deve acontecer daqui a um mês. É preciso alertar a população”, comenta o gerente de controle de zoonoses, Rodrigo Menna.

Nenhuma suspeita da doença em humanos foi registrada em janeiro de 2011. Já para os cães, os dados do início do ano ainda não foram contabilizados pelo órgão porque muitos dos exames feitos gratuitamente pela Central de Zoonoses ainda não ficaram prontos.

Sacrifício

A recomendação do Ministério da Saúde para cães com diagnóstico positivo de leishmaniose é o sacrifício do animal para impedir que ele prolifere a doença. Porém, a Sociedade Protetora dos Animais do Distrito Federal (Proanima) é contra a eutanásia. Segundo a diretora-geral da Proanima, Simone Lima, a sorologia do GDF não é confiável e vários problemas já foram detectados, como troca de exames. Além disso, a diretora afirma que o foco da campanha contra a leishmaniose está equivocado. “O culpado não é o cão, é o mosquito, é ele que temos que eliminar”.

Em portaria, o Ministério da Saúde explicou que os tratamentos e vacinas caninas não são indicados pelo temor da criação de um protozoário mais resistente aos poucos medicamentos disponíveis para o tratamento da doença em humanos. Além disso, o gerente de controle de zoonoses, Rodrigo Menna, explica que a vacina pode atrapalhar o resultado do exame. O uso, porém, não é proibido. “Elas servem para proteger o cão, mas não para o controle da leishmaniose, porque não é 100% de eficácia”, explica Menna. A vacina custa de R$ 90 a R$ 120 e deve ser aplicada após o quinto mês de vida do animal.

Atrativo

A galinha não é animal hospedeiro do protozoário como o cão, mas locais com as aves se tornam atrativos ao mosquito-palha por causa dos restos de comida e sujeira comuns em galinheiros.

Infecção preocupa

A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada pelo protozoário Leishmania, que invade e se reproduz dentro das células do sistema imunológico da pessoa infectada. A doença pode se manifestar de duas formas: tegumentar ou cutânea e visceral ou calazar. A primeira é caracterizada por lesões na pele e pode afetar nariz, boca e garganta. A transmissão se dá por meio do mosquito felobomíneo, que se alimenta de sangue. Por serem muito pequenos, os insetos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas. O mosquito é o vetor e animais como cães e ratos podem ser os hospedeiros dos protozoários. Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose, que deve ser tratada com o uso de medicamentos. Se não for devidamente acompanhada, a doença pode levar à morte.

Quatro municípios mineiros vivem surto de leishmaniose

Ao menos duas pessoas já morreram neste ano; mais de 500 foram infectados em 2010

09 de fevereiro de 2011 | 19h 08

Marcelo Portela - O Estado de S. Paulo

BELO HORIZONTE - Quatro municípios mineiros vivem um surto de leishmaniose em humanos, doença que já matou ao menos duas pessoas no Estado este ano. Apesar de uma das mortes ter sido registrada em Divinópolis, na região centro-oeste, a situação mais preocupante é nas cidades de Governador Valadares, Ipanema, Resplendor e Conselheiro Pena, todas no Vale do Rio Doce mineiro. Em Valadares, um homem de 75 anos também morreu vítima de leishmaniose visceral em 2011.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que a doença infectou 502 pessoas e foi responsável por 49 mortes em Minas no ano passado. Desse total, 14 mortes e 107 diagnósticos positivos foram em Belo Horizonte. No entanto, os dados são parciais e os números podem ser ainda maiores.

Em 2009, foram registradas 75 mortes causadas pela doença no Estado, um crescimento de 134% em relação aos 32 óbitos ocorridos no ano anterior. Já o número de pessoas infectadas passou de 509 em 2008 para 601 em 2009, o que representa aumento de 18% nos casos. A morte mais recente foi a registrada em Governador Valadares, onde foram diagnosticados pelo menos mais cinco casos de pessoas com a doença.

De acordo com a SES, a localização geográfica e o clima na região do Vale do Rio Doce favorecem a propagação da doença, que é transmitida pelo mosquito Lutzomia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito palha. No fim de janeiro, uma mulher de 54 anos já havia morrido em Divinópolis. Ela foi internada no início de dezembro do ano passado, mas apresentou melhora e chegou a ter alta. No entanto, voltou a ser internada em meados de janeiro e não resistiu.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Notícias sobre casos da doença em MG

Valadares enfrenta epidemia de leishmaniose visceral

Somente neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde registrou uma morte e cinco casos da doença

Ana Lúcia Gonçalves - Da Sucursal Leste de Minas - 8/02/2011 - 16:52


GOVERNADOR VALADARES – Um homem de 75 anos morreu e outras cinco pessoas foram infectadas pela leishmaniose visceral em Governador Valadares, Leste do Estado, neste ano. Em 2010 foram 24 casos, sem nenhum registro de morte. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), admite que enfrenta um quadro de epidemia da doença em humanos, mas avisa que somente após cinco anos do início da doença na cidade – o primeiro caso foi registrado em 2008 - será possível traçar um perfil endêmico. Uma das ações tem sido eutanasiar cães doentes. A média é de 80 por mês.

Cerca de 3.800 cães tiveram exames confirmados para leishmaniose visceral em 2010. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ainda aguarda o resultado de exames para este ano. Em humanos, os números também são preocupantes. No ano em que houve o primeiro registro da doença na cidade, 14 casos de leishmaniose visceral foram registrados, com três óbitos em adultos.

Em 2009 foram 30 casos, com sete óbitos. Já no ano passado 24 pessoas contraíram a doença. A leishmaniose está presente em praticamente todos os bairros de Valadares, com destaque para Altinópolis, Lourdes, Planalto, Palmeiras, Santo Antônio, Nossa Senhora das Graças, Santa Helena e Carapina, onde morava o idoso que morreu mês passado vítima da leishmaniose visceral.

O combate ao mosquito transmissor da doença, conhecido como flebótomo ou mosquito palha, vem sendo feito por meio de borrifação, de casa em casa, numa área de 200 metros onde foram encontrados casos positivos da doença. A borrifação é feita nas paredes internas e externas das casas, e os moradores devem ficar fora dos imóveis no mínimo duas horas.

Ainda de acordo com a SMS, amostras de sangue dos animais são recolhidas para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed) e se o resultado der positivo, eles são submetidos a eutanásia. No entanto, o proprietário tem a oportunidade de fazer uma “contra-prova”, levando seu animal de estimação a um veterinário particular e fazendo novos exames complementares.

Outra ação vem alertando a população de que a prevenção é a maneira mais eficaz de eliminar os focos do mosquito. Manter o quintal da casa sempre limpo, sem acúmulo de folhas secas; evitar o uso de adubo orgânico nas plantas e hortas; vacinar o cão e usar a coleira contra leishmaniose são algumas medidas que evitam a proliferação dos focos da doença.