Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Secretaria de Saúde do DF combate mosquito que transmite leishmaniose

29.06.2011 | 04h04


Já foram confirmados 122 casos em cães e 9 em pessoas no DF neste ano. Agentes de saúde visitam as casas para orientar os moradores

Do G1 DF, com informações do DFTV

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal está intensificando o trabalho de combate ao mosquito que transmite a leishmaniose na região do Fercal, Lago Norte, Varjão e Asa Norte. Esses são os locais onde a secretaria identificou aumento dos focos da doença.

A leishmaniose pode passar para o homem por picadas do mosquito contaminado com sangue de um cachorro doente e levar a pessoa à morte se ela não receber o tratamento adequado.

A secretaria já registrou dois casos de leishmaniose na Fercal. Uma menina de 2 anos ficou internada durante 15 dias depois de apresentar os sintomas da doença. De janeiro até o dia 8 deste mês, já foram confirmados 122 casos em cães e 9 em pessoas em todo o DF.

Na Fercal, os agentes de saúde ambiental visitam as casas onde fazem a dedetização e também colhem sangue dos cachorros que transmitem a doença para o homem. Eles também ensinam aos moradores a instalar armadilhas para capturar os mosquitos.

Para prevenir a doença é preciso controlar a proliferação do mosquito-palha, espécie transmissora da leishmaniose, que se desenvolve em restos de alimentos e plantas além de fezes dos animais. O mosquito prefere os locais escuros e úmidos.

domingo, 26 de junho de 2011

Mudanças climáticas podem aumentar incidência de doenças infecciosas

Mudanças climáticas podem aumentar incidência de doenças infecciosas
Pesquisadores alertam que doença com sintomas parecidos com o da malária estaria migrando para o Brasil

Jornal do Brasil
Luisa Bustamante

As mudanças climáticas globais podem ser responsáveis pelo crescimento de doenças infecciosas no Brasil e em países vizinhos – sem falar nas crescentes migrações populacionais e construções de estradas. A hipótese é de um grupo de pesquisadores brasileiros, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os especialistas estudam as alterações do mapa epidemiológico de duas doenças infecciosas emergentes na Amazônia Ocidental, a Leishmaniose cutânea, que provoca lesões na pele, e a Bartonelose, enfermidade que tem sintomas parecidos com a malária e está avançando em direção ao Brasil. Em entrevista ao Jornal do Brasil, o médico sanitarista e coordenador do projeto, Manuel Cesário, conta que o objetivo é desenvolver um sistema de alerta precoce para as doenças, a fim de que, assim, a sociedade dê conta de se adaptar aos impactos negativos das mudanças ambientais na saúde.

Seu projeto começou no final do ano passado. O que você observou até agora?

Vimos uma mudança na situação sócio-ambiental da região da fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia, ao mesmo tempo em que o comportamento da distribuição de doenças infecciosas como a Leishmaniose cutânea e a Bartonelose também mudou. O que queremos investigar é se essas mudanças sócio-ambientais estão influenciando no comportamento dessas doenças.

Saúde - Votuporanga

Secez pede colaboração de moradores para prevenção da leishmaniose

25/06/2011 - 10:00:00

A Secretaria Municipal de Saúde por meio do Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) chama a atenção dos moradores de Votuporanga para o combate a leishmaniose visceral.

De janeiro até agora, entre os 653 exames realizados pelo IAL – Instituto Adolph Lutz de São Paulo, foram registrados na cidade, 96 casos positivos de leishmaniose canina. No ano passado, de junho a dezembro, 64 cães estavam infectados, o que já totaliza 160 animais com diagnóstico positivo.

O veterinário do Secez, Élcio Sanches, explica que medidas simples de prevenção, “podem afastar as chances de transmissão pela picada do mosquito palha, principalmente em cães e no homem, que se não for tratada, pode ser mortal”.
Medidas

As medidas de combate a serem adotadas pela população:
- limpe quintais e retire permanentemente material orgânico, como frutos, folhas e fezes de animais;
- pode as árvores para propiciar a entrada de raios solares na raiz;
- retire galinhas e galinheiros da área urbana - fontes de alimento e desenvolvimento do mosquito;
- não deixe cães dentro das casas, principalmente no crepúsculo e à noite;
- coloque coleiras e outros repelentes em cães sadios;
- comunique a Secretaria de Saúde, em casos suspeitos em cães e humanos.

Durante as análises, o Secez verificou que em bairros onde até então, não havia registros da doença, foram diagnosticados casos positivos em casas, “sobretudo nas que continham quintais com galinhas e com restos de material orgânico em decomposição (fezes, folhas, frutas e galhos) em ambientes úmidos. Por isso, a necessidade da limpeza e retirada das aves da zona urbana”, destaca o veterinário.

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença transmitida pela picada do mosquito lutzomia longipalpis, infectando alguns mamíferos, principalmente o homem e o cão.

O período de incubação da doença é de duas semanas a dois anos, podendo ser mais longo. A taxa de mortalidade em humanos é em torno de 20%, nos cães, chega a 100%. No Brasil, o tratamento para o animal é proibido; mesmo tratado há uma melhora clínica temporária, mas, a doença continua a ser dissipada pelo resta da vida; sendo necessária a eutanásia.

Sintomas em humanos

Em humanos, os principais sintomas e sinais clínicos da doença são:
- febre irregular de longa duração (mais de 07 dias);
- falta de apetite, emagrecimento e fraqueza;
- barriga inchada (pelo aumento do fígado e do baço, com o passar do tempo).

Sintomas em humanos


Embora aparentemente sadio, o cão pode estar doente, uma vez que os sinais clínicos podem demorar a aparecer. Mesmo assim, é importante ficar atento caso o cão apresente sintomas da doença, como:
- apatia;
- lesões de pele;
- queda de pelos; (inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas)
- emagrecimento;
- lacrimejamento;
- conjutivite purulenta;
- crescimento anormal das unhas;
- anemia/aumento dos linfonodos.
Primeiros casos
Os primeiros mosquitos transmissores da leishmaniose foram identificados em 1997, na cidade de Araçatuba/SP.

Já em 1998 surgiram os primeiros casos de leishmaniose em cães. No ano seguinte foram registrados 15 casos em humanos com 04 óbitos; até o início de 2011 – esse número evoluiu para 314 casos humanos com 30 óbitos. No estado de São Paulo, em 10 anos, foram registrados 1.808 casos de leishmaniose e 179 óbitos.

O veterinário da Secretaria de Saúde de Votuporanga avalia a doença como traiçoeira, “no início seus sintomas são inespecíficos e podem passar despercebidos por médicos e pacientes, sendo diagnosticada tardiamente quando o quadro estiver avançado e grave”.


Vítimas


Crianças e idosos são as principais vítimas, sendo 45% dos casos em crianças entre 02 e 04 anos, por permanecerem brincando nos quintais são mais suscetíveis as picadas do mosquito.
Ações

O número de municípios afetados cresce anualmente em todo estado. Na região de Votuporanga a doença foi primeiramente diagnosticada na cidade de Jales, que desde 2008 teve o primeiro caso em humano, com a morte de uma criança. A partir daí a doença se alastrou para diversas cidades da região. Em junho de 2010, foi diagnosticado o primeiro caso da doença em um cão de Votuporanga. Várias ações preventivas já estão sendo tomadas:
- treinamento e orientações aos médicos, veterinários, agentes de saúde e enfermeiros para alerta e esclarecimento da doença;
- confecção de cartilhas infantis, cartazes e folders para prevenção da doença;
- divulgação da doença por meio de entrevistas em rádios, TV’s, jornais, concedidas pelo médico veterinário responsável pelo Secez;
- produção de materiais de divulgação e orientação nas contas de água, com o apoio da Saev Ambiental;
- realização permanente de exames gratuitos para diagnósticos da doença;
- visitas de enfermeiros nas casas, após diagnóstico positivo de exames em cão para orientação de toda família e diagnóstico do ambiente;
- eutanásia de cães positivos;
- apoio diagnóstico às clínicas veterinárias particulares;
- orientação aos moradores;
- programa de castração gratuita de animais voltado a famílias com baixa renda e cuidadores de animais de rua. Neste ano 1.000 castrações devem ser realizadas, evitando o nascimento de cerca de 2.500 cães e gatos (muitos deles iriam para as ruas).

Conforme as pesquisas de hábitos e do ciclo do transmissor da doença realizadas pelo Secez, “notou-se que a retirada dos cães para eutanásia é uma ação incompleta, já que o mosquito continua nos quintais se o ambiente for favorável, o que coloca a saúde dos moradores em risco”, detalha Élcio Sanchez.

A Secretaria de Saúde conta com a participação da comunidade para combater a doença e seguirá com a realização de campanhas de conscientização. Mais informações sobre a doença ou notificação de algum caso suspeito de leishmaniose visceral pelo telefone do Secez (17) 3405-9787 - ramal 9716 ou 9786, localizado a Rua Santa Catarina nº 3890 – Patrimônio Velho.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Notícias alarmantes em Tangará

15/06/2011 - 17h59
Amostras de sangue mostram cães com leishmaniose visceral em Tangará

Fabíola Tormes
de Tangará da Serra


Após a morte de um cachorro na zona rural infectado com uma doença perigosa, a leishmaniose visceral (LV), a Vigilância Sanitária de Tangará da Serra, no médio norte de Mato Grosso, realizou um trabalho de coleta de amostras de sangue de 110 animais na localidade. Segundo a coordenadora Maria do Carmo de Lima, o trabalho foi realizado em maio deste ano e os resultados são preopantes: quatro já apresentaram resultado positivo para a doença. “Estamos aguardando os resultados dos demais exames”, informou.

Ela ressaltou, porém, que para os casos positivos as medidas de eliminação já foram tomadas. Os sintomas mais comuns nos animais são: feridas na pele que aparecem no focinho, orelha, cauda e patas, emagrecimento, queda de pelos, vômito, febre irregular, fezes com sangue, crescimento exagerado das unhas e lacrimejamento (conjuntivite). Confira tabela dos principais sintomas da LV no homem e no animal.

Esta zoonose tem evolução crônica e, se não for tratada, pode levar ao óbito em até 90% dos casos, de acordo o Ministério da Saúde. Por isso, a coordenadora alerta para a importância de se eliminar (sacrificar) esses animais doentes, pois são o principal reservatório de uma doença perigosa. Já ao ser humano, a enfermidade ocorre quando um inseto infectado – a fêmea do mosquito-palha, também conhecido como birigui – pica uma pessoa. Em Tangará da Serra, atualmente, quatro pessoas estão em tratamento para eliminação da doença.

Diferentemente da leishmaniose tegumentar americana (LTA), que atinge apenas pele e mucosa, a visceral tem um quadro sistêmico mais grave. Lima destaca que a zoonose tem uma característica eminentemente rural, entretanto casos urbanos vêm ocorrendo devido aos desmatamentos e a entrada do homem nestes territórios rurais. “Por isso, é importante ressaltar a importância de se usar repelente e roupas compridas, por exemplo, quando forem pescar ou mesmo a trabalho em áreas rurais”, recomenda.

Para os humanos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento específico e gratuito para casos de leishmaniose visceral. Além dos medicamentos, é necessário repouso. Vale ressaltar que quanto antes o paciente procurar ajuda, maiores são as chances de recuperação e cura.

Para os animais, o uso da coleira a base de deltametrina da Intervet, a Scalibor, Caso o cão já esteja infectado durante o período de imunização, não há como a doença deixar de se desenvolver.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aquecimento global pode aumentar incidência de doenças



Uma pesquisa mostra que as mudanças climáticas tendem a ampliar a abrangência geográfica das doenças infecciosas como a leishmaniose

A leishmaniose, transmitida por mosquitos do gênero Lutzomyia, é uma das doenças que se expanderm com a ajuda das mudanças climáticas
São Paulo -- Relacionadas entre si, as mudanças climáticas globais e as mudanças do uso do solo podem alterar a abrangência geográfica de determinadas doenças infecciosas. Nesse contexto, um grupo de pesquisadores brasileiros está estudando as alterações do mapa epidemiológico de duas doenças infecciosas emergentes na Amazônia Ocidental. O objetivo é desenvolver um sistema de alerta precoce para as doenças, viabilizando a adaptação aos impactos negativos das mudanças ambientais sobre a saúde humana.

De acordo com Cesário, o projeto monitora as mudanças ocorridas no mapa epidemiológico da bartonelose e da leishmaniose cutânea na região da tríplice fronteira, entre Brasil, Bolívia e Peru. As duas doenças são transmitidas pelo mesmo vetor: os mosquitos flebotomíneos do gênero Lutzomyia.

Bartonelose

A bartonelose, doença emergente originária dos Andes, é causada pela bactéria Bartonella bacilliformis e provoca fraqueza, anemia, febres e calafrios. A doença, também conhecida como “verruga peruana”, pode se apresentar na forma conhecida como “bartonelose verrucosa”, produzindo lesões que se assemelham a tumores de pele.

A leishmaniose, zoonose comum a humanos e cães, é causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania e pode adquirir a forma visceral ou cutânea. Esta última, também conhecida como “úlcera de Bauru”, gera lesões na pele e pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

“O objetivo do estudo é desenvolver um sistema de alerta precoce para essas doenças diante das profundas mudanças socioambientais que essa região está enfrentando. Além dos impactos das mudanças climáticas globais e do desmatamento, há impactos causados por mudanças sociais profundas em virtude de grandes projetos de desenvolvimento e intensos fluxos migratórios na região”, disse Cesário à Agência FAPESP.

domingo, 12 de junho de 2011

Leishmaniose por Drauzio Varella

Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.

SintomasOs principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarréia, sangramentos na boca e nos intestinos.

Diagnóstico O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc.

Tratamento Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia.A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.

Recomendações* Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;* Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;* Cuide bem da saúde do seu cão. Ele pode se transformar num reservatório doméstico do parasita, que será transmitido para as pessoas próximas e outros animais;* Lembre-se de que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mato Grosso técnicos colhem amostras


PESQUISA

Técnicos da Saúde colhem amostras do mosquito transmissor da leishmaniose

A coleta segue até sábado, 11, e o resultado dessa fase do projeto deve ser conhecido em abril do próximo ano, quando as autoridades municipais serão orientadas sobre as medidas a serem adotadas


De acordo Sirlei Thies, mestranda da UFMT e servidora do Estado, em Nova Mutum há mosquito e tem transmissão da doença


Uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde – Escritório Regional de Sinop – está em Nova Mutum para desenvolvimento da 1ª Campanha de captura de flebotomíneos – mosquito palha – cuja fêmea é responsável pela transmissão de doenças, especialmente a leishmaniose. A iniciativa é parte do projeto de pesquisa “Estudo entomo-epidemiológico da transmissão da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) na área rural, realizado em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A coleta segue até sábado, 11, e o resultado dessa fase do projeto deve ser conhecido em abril do próximo ano, quando as autoridades municipais serão orientadas sobre as medidas a serem adotadas.

De acordo com o Manual de LTA, disponível no portal da saúde, link http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual2_lta_2ed.pdf, as leishmaniose são consideradas um grande problema de saúde pública e representam um complexo de doenças com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica. De acordo Sirlei Thies, mestranda da UFMT e servidora do Estado, em Nova Mutum há mosquito e tem transmissão da doença. Mas ela tranqüiliza: “Com tratamento correto a leishmaniose pode ser curada. São feridas que não cicatrizam, não criam casca, e têm borda externa e o meio sempre úmido”, explica. Sirlei observa ainda que, quanto antes detectar e tratar a doença, melhor, porque ela ataca principalmente mãos, braços e rosto, que ficam mais expostos à picada do mosquito. “Como são feridas, mesmo tratadas e curadas, a cicatriz permanece”, reitera.

No Brasil, ainda segundo o Manual de Vigilância da Leishmaniose, as principais espécies transmissoras da LTA são: Lutzomyia flaviscutellata, L. whitmani, L. umbratilis, L. intermedia, L. wellcome e, L. migonei. E, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco com registro aproximado de dois milhões de novos casos das diferentes formas clínicas ao ano.

Para a realização deste trabalho, a equipe montou um laboratório na sala de reuniões da Secretaria. No local, os mosquitos vivos são dissecados, para verificação de sua infecção natural e para o devido acondicionamento dos insetos. No trabalho de campo, os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde, contam com o suporte da equipe da Secretaria Municipal de Saúde.


Fonte: Rosamar Silva

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coleira ainda é a melhor forma de prevenção no Brasil

Cães: Portugal comercializa vacina contra leishmaniose
Ter, 24 de Maio de 2011 16:24
Portugal é o primeiro país a receber a vacina preventiva da leishmaniose canina, doença prolongada que pode ser fatal e que se pode transmitir aos humanos. A vacina é lançada esta terça-feira, no CCB, em Lisboa, avança a agência Lusa.
Febre, queda do pêlo (em especial à volta dos olhos), perda de peso, lesões cutâneas e problemas nas unhas são apenas alguns dos sintomas da leishmaniose canina, uma doença transmitida através de um mosquito que injeta o parasita nos animais. A doença não tem cura e é muitas vezes fatal para os animais.
Segundo a bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Laurentina Pedro, a comercialização desta vacina é um passo “muito importante” na proteção da saúde pública: “Uma vacina contra uma doença tão grave (...)evita tratamentos dispendiosos, o sofrimento do animal, dos seus donos e o risco que estes correm de serem infetados”.
Segundo o laboratório que comercializa a vacina, esta foi desenvolvida pela empresa francesa Bio Veto Test (BVT), em conjunto com o Instituto de Pesquisa e o Desenvolvimento (IRD) e as equipas de investigação e desenvolvimento do grupo francês Virbac.
“Este projeto é baseado numa invenção patenteada da IRD relativa à cultura da leishmania, tendo o IRD concedido uma licença exclusiva à BVT para o mercado veterinário”, prossegue a empresa.
A vacina poderá ser administrada a partir dos seis meses de idade, sendo que o ciclo de vacinação completo consiste em três injeções, com intervalos de três semanas, e proporciona uma defesa interna prolongada contra os sintomas da infeção, segundo informação do laboratório que a comercializa.
A proteção implica ainda uma dose de reforço anual da vacina para manter a imunidade. Questionado pela agência Lusa quanto ao preço da vacina, o laboratório Virbac explicou que não pode, por lei, divulgar esta informação.
Esta comercialização foi possível porque o Comité para os Medicamentos Veterinários (CVMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) emitiu, a 13 de janeiro deste ano, um parecer positivo para a vacina.
A 14 de março, a Comissão Europeia confirmou este parecer ao atribuir ao laboratório Virbac a Autorização de Introdução no Mercado (AIM) europeu para esta vacina.
A vacina será lançada numa primeira fase na Europa do Sul, até ao final do primeiro semestre de 2011, uma implantação que “tem em consideração a prevalência geográfica da doença e o período necessário para a produção em maior escala da vacina”.

[Notícia sugerida por Ana Isa Fernandes, Olga Ribeiro e Rita Gago da Câmara]
http://www.boasnoticias.pt/noticias_C%C3%A3es-Portugal-comercializa-vacina-contra-leishmaniose_6702.html

Brasil começa a testar vacina contra leishmaniose


O Brasil começa hoje (5) os ensaios clínicos da vacina contra a leishmaniose, doença que ataca os seres humanos e os animais por meio de parasitas que se alojam nas vísceras, como o fígado e o baço. Inicialmente, as vacinas serão aplicadas nas áreas endêmicas, mais concentradas na Região Nordeste, com l.810 notificações em 2006, de um total de 3.433 casos em todo o país.

O anúncio foi feito no Instituto Butatan, em São Paulo, pelo presidente da Fundação Butatan, Isaias Raw, e pelo pesquisador Steven Reed, do Infetology Disease Res, Institute (Irdi), sediado em Seattle, nos Estados Unidos, que está disponibilizado os lotes iniciais produzidos naquele país. Os ensaios serão realizados com a combinação de duas vacinas e outros adjuvantes, segundo nota divulgada pelo Instituto Butantan.
Esses trabalhos envolvem investimento de R$ 2 milhões em sistema de parcerias, que incluem, além do laboratório norte-americano, o Instituto Butatan, programa Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A expectativa é de vacinar 30 milhões de cães durante a campanha anual de vacinação contra a raiva. O Instituto Butatan pretende investir R$ 5 milhões na nova fábrica.
Segundo comunicado do Instituto Butatan, a vacina deverá ser submetida ao controle do Ministério da Agricultura, depois de respondida questões como: quantas doses do medicamento serão necessárias para imunizar cada cão, por quanto tempo a vacina será ativa e qual a forma mais econômica de produzi-la levando em conta o universo a receber as doses.
A doença é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das seis maiores endemias, infectando cerca de 2 milhões de pessoas no mundo todo.


AGÊNCIA BRASIL

Corumbá preocupada e com ações de Prevenção a Leishmaniose

01/06/2011 09:36

Dengue: Corumbá reduz risco para nível moderado

Diário Online/PP


Com 236 notificações, Corumbá é classificada pela Secretaria Estadual de Saúde, como cidade com risco moderado para o avanço da dengue. A definição consta no boletim divulgado pela Secretaria de Estado e leva em consideração as semanas epidemiológicas 1 a 20, o que significa - em linhas gerais - levantamento referente ao ano todo. A classificação Moderada é a segunda na escala que considera os seguintes níveis de risco: baixo; moderado; alto e muito alto.

Segundo a Secretaria, outras 37 cidades sul-mato-grossenses estão enquadradas na mesma classificação de Corumbá, entre elas, Dourados; Ponta Porã; Ladário e Aquidauana. Oito municípios se enquadram no que a Secretaria Estadual classifica como risco muito alto de avanço da dengue. São Gabriel do Oeste, com 1.058 notificações, e Paranaíba com 1.011 casos são duas destas cidades. São considerados de baixo risco Caracol; Deodápolis; Sete Quedas e outros cinco municípios. Estas três apresentam índice zero de notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.

A situação de Corumbá é bastante animadora. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade apresenta redução de 150% em relação ao mesmo período de 2010, quando, nesta época, estava com 1.573 casos. A queda se deve às ações contínuas de prevenção e combate à doença, iniciadas ainda em 2010, antes mesmo do início do verão, época propícia à proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Este ano, o maior número de notificações foi registrado na 13ª semana, 28 casos, sendo o período com maior intensidade. Começou com 27 na 11ª, 26 na 12ª e 27 na 15ª semana epidemiológica. Na última semana, a 20ª, foram somente quatro casos notificados. A diminuição se deve também às ações desenvolvidas nos últimos dias, após a realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), terceiro ciclo, realizado nos dias 02 e 03 de maio, que apontou uma incidência de 1,29%, abaixo dos dois primeiros do ano que registraram 1,9% em janeiro e 2,5% em março.

Ações simples

Entre as ações que a própria população pode fazer para garantir o combate e a prevenção da doença são sugeridos hábitos simples como: não deixar água acumulada sobre a laje; manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; manter a caixa d'água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito; manter bem tampados tonéis e barris d'água; encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta; lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água; remover folhas e galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas; jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios e lavar principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes.

Fique alerta aos sintomas da dengue, que são: febre alta; dor de cabeça; dor atrás dos olhos; dor no corpo e nas juntas; manchas vermelhas no corpo. Em caso de suspeita de dengue, sempre procurar, o mais rápido possível, o serviço de saúde mais próximo. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.

Leishmaniose

Por outro lado, a Secretaria de Saúde de Corumbá está desencadeando uma ação de prevenção e combate à leishmaniose na área urbana, com foco nas regiões do Guanã II, Kadwéu, Loteamento Pantanal e no bairro Aeroporto. O trabalho faz parte de uma estratégia para combater doença na cidade. Estão programadas coleta de amostras de sangue dos animais (cães), campanha de educação sanitária ambiental no combate à doença, além de captura de cães não domiciliados bem como e aqueles entregues pelos moradores. O trabalho será desenvolvido por equipes do Centro de Controle de Zoonoses, auxiliados por servidores da Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos; da Coordenação Municipal da Atenção Básica; além das unidades de saúde das áreas específicas.

Dias atrás, equipes da Secretaria de Saúde realizaram um trabalho de bloqueio e de educação sanitária ambiental na região do Universitário, onde ocorreu um caso de leishmaniose humana. Agora, os trabalhos serão mais abrangentes atingindo outras regiões da cidade. Em 2011, Corumbá já registrou oito casos da doença e os números preocupam.