Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

terça-feira, 12 de março de 2019

Brumadinho X Leishmaniose

Cães resgatados em Brumadinho passam por acompanhamento

Após triagem, animais recebem tratamentos e cirurgias no Hospital Veterinário

Reencontro da cadela com a família
Reencontro da cadela 31 com a famíliaAssessoria da Escola de Veterinária / UFMG
Sob responsabilidade dos professoras Suzane Beier, Christina Malm e Marcelo Pires Nogueira de Carvalho, a equipe da Escola de Veterinária que tem atuado em Brumadinho para tratar de animais de pequeno porte e silvestres já realizou cerca de 150 resgates.
Como procedimento padrão, as equipes fazem triagem no local e, quando necessário, encaminham os animais para tratamento no Hospital Veterinário da UFMG, em Belo Horizonte. “Para cada um, é preenchida ficha com os parâmetros vitais e exame clínico. Além disso, eles recebem medicação para endo e ectoparasitas e uma coleira repelente, para prevenir leishmaniose”, explica Raiane Araujo de Moura, residente do Hospital.
Raiane atendeu, por exemplo, uma cadela que foi identificada numericamente como 31, resgatada pela Brigada Animal e reencontrada pela família no dia 3 de fevereiro. “Ela foi recolhida nas proximidades de onde ficava o restaurante da Vale, a cerca de 500 metros de distância de sua casa. Como não tinha alteração de parâmetro vital, não precisou de nenhum tratamento específico. Só recebeu banho e escovagem, porque estava muito suja e com nós no pelo”, relata.
EmoçãoSobre o reencontro com a família, a residente conta que a tutora descobriu que a cadela havia sido resgatada e foi até a base veterinária da Brigada Animal, à sua procura. “Quando ela descreveu o animal, abrimos o local e a cadela já saiu correndo para pular em cima dela. Reconheceu a tutora na hora. Foi bem emocionante”.
Os tutores da cadela contaram que o canil onde ela ficava foi soterrado pela lama, e o animal só sobreviveu porque estava solta no instante do rompimento da barragem. “Eles nos agradeceram bastante. Falaram que perderam familiares e amigos, e a única felicidade que tinham no momento era encontrá-la viva”, completa Raiane.
Entre os mais de 100 cães resgatados e atendidos pelas equipes da Escola de Veterinária até o momento foram encaminhados para o Hospital Veterinário os animais Duke, Amarelo, Fumaça, Jack e outros sem reconhecimento de nome.
A cadela 06 foi resgatada com duas fraturas
A cadela 06 foi resgatada com duas fraturasAssessoria da Escola de Veterinária / UFMG
A cadela 06 foi resgatada com duas fraturas, na pelve e no fêmur, sendo a primeira uma lesão antiga, de acordo com a equipe que a examinou. A cadela foi encontrada em um quintal com vários outros cães. Após passar pela triagem em Brumadinho, passou por uma cirurgia ortopédica, no Hospital Veterinário, no dia 5 de fevereiro. Ainda sem família localizada, 06 está em estado pós-operatório no canil do Hospital.
Duke e Amarelo chegaram ao Hospital Veterinário diagnosticados com miíase, doença que se desenvolve a partir de ferimentos na pele, e receberam o tratamento sem necessidade de cirurgia. Por meio de exame de raio-X, foi descoberta no animal identificado como 09 uma fratura antiga, que já não causa dor, e por isso também não passou por cirurgia. 
Magricela (ou 25), também diagnosticada com miíase, perdeu uma orelha devido à doença e atualmente está no Hospital Veterinário aguardando para passar por uma cirurgia de reconstrução do canal auditivo. Fumaça, que foi resgatada com infecção no útero, passou por uma cirurgia de piometra e atualmente está em período pós-operatório, no canil do Hospital. E Jack, encontrado com injúria renal aguda, recebeu transfusão de sangue e agora se encontra na UTI do Hospital.
A Escola de Veterinária está atuando em Brumadinho através da Brigada Animal desde o dia 28 de janeiro (leia mais). As equipes de médicos veterinários, residentes e alunos de pós-graduação estão divididas em quatro frentes: Grandes animais, Animais de pequeno porte e animais silvestres, Saúde pública e Monitoramento dos animais terrestres e aquáticos ao longo do Rio Paraopeba e na Represa de Três Marias.
Com Assessoria de Imprensa da Escola de Veterinária da UFMG

sexta-feira, 8 de março de 2019

Três Lagoas - MS

Saúde de Três Lagoas investiga segunda morte por Dengue em 2019

Oficialmente, só tem um caso confirmado de morte e um segundo, ocorrido em Marília (SP), está sendo investigado 
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, por meio do Setor de Vigilância Epidemiológica da Diretoria de Vigilância em Saúde e Saneamento, informa oficialmente à população que, em 2019, houve um caso de óbito por Dengue. Trata-se de uma mulher de 76 anos, residente no Bairro Interlagos, falecida em 13 de fevereiro.
Um segundo caso, com suspeita de morte por Dengue, está sendo investigado pela equipe da Vigilância Epidemiológica. Trata-se também de uma mulher, de 57 anos de idade, residente no Bairro São Jorge, internada em hospital de Marília (SP), onde veio a falecer em 10 de fevereiro.
A paciente havia se submetido a transplante de rim, há pouco mais de dois anos, também havia contraído Dengue e o óbito somente chegou ao conhecimento da SMS, há pouco mais de uma semana.
Devido aos demais agravantes de saúde que, certamente, causaram a morte da paciente, a equipe de Vigilância Epidemiológica de Três Lagoas está investigando o caso, antes de comunicar oficialmente a ocorrência de óbito por Dengue.
MONITORAMENTO SEMANAL
A equipe de Vigilância Epidemiológica, coordenada pela enfermeira Adriana Spazzapan, divulgou o Monitoramento Semanal de Dengue e da Leishmaniose, no final da tarde desta quarta-feira (06).
Segundo consta no referido Boletim, em Três Lagoas, o acumulado de 2019 de casos suspeitos é de 2.179. Desse total acumulado, 512 já foram confirmados como casos positivos e 221 casos obtiveram resultado negativo.
Na 9ª semana epidemiológica, houve notificação de 264 casos notificados suspeitos de Dengue. Na semana anterior, o número de casos notificados suspeitos era de 271.
Em janeiro, eram 1.250 casos notificados suspeitos; em fevereiro, houve 850 casos e em março, Três Lagoas já possui registro de 79 casos notificados suspeitos da doença.
Quanto à Leishmaniose, não houve alteração. No acumulado de 2019, houve registro de 24 casos notificados suspeitos, mas todos eles foram descartados como negativos.