Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Ibatiba - Espirito Santo

Ibatiba decreta situação de emergência devido a surto de Leishmaniose

18.05.2017
A Prefeitura Municipal de Ibatiba decretou situação de emergência no município em razão de um surto de Leishmaniose Tegumentar Americana, doença infecciosa infecciosa que acomete pele e mucosas. O decreto tem validade de 180 dias. Até o momento foram registrados 20 casos da doença no município.
A localidade de Córrego de São José de Miriti foi a mais afetada, com 12 casos da doença até o momento. No local, também foram identificados indícios da presença do mosquito transmissor, Dipteros Flebotomínios, conforme observado pelas equipes de vigilâncias do município e do Estado. A doença é transmitida pela fêmea do inseto.
A medida emergencial visa intensificar as ações que já vem sendo tomadas e abranger novas alternativas, como o fechamento de convênios ou contratos para a realização e exame parasitológicos e laboratoriais como amilase, lipase e fosfata alcalina e eletrocardiograma com laudo.
A Prefeitura Municipal informou que com o decreto terá mais condições de combater o surto. O município fica dispensado da realização de licitação, passando a ter autorização para requisitar bens e serviços específicos para a contenção da doença.
Segundo a enferemeira da vigilância de Saúde de Ibatiba, Adressa Bonela, várias ações estão ocorrendo visando o controle da doença. “Estamos realizando a capacitação de profissionais, visitas de técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e nas localidades acometidas pela doença com avaliação dos animais domésticos, avaliação das moradias, borrifação de casas e anexos das localidades mais acometidas e orientações à população”, explica a enfermeira.
No ano de 2016, o município notificou cinco casos da Leishmaniose Tegumentar Americana.
A doença
A leishmaniose tegumentar americana é uma doença infecciosa causada por diferentes espécies de protozoários denominadas Leishmania, que acomete pele e mucosas. Popularmente é conhecida como ferida brava, leish, úlcera de bauru e nariz de tapir.

É transmitida ao homem pela picada de um inseto denominado flebotomíneo, conhecido também como “mosquito palha”, birigui”, “cangalhinha ou “tatuquira”. O inseto se contamina após picar animais infectados, que podem ser alguns animais silvestres ou animais domésticos, como cães e gatos. A doença não passa de pessoa para pessoa.
Cuidados
Como é uma doença que não possui vacina, a Vigilância de Saúde de Ibatiba orienta ter muita atenção às medidas de prevenção e controle da doença. Quem tiver animais de estimação emc asa, como cães e gatos, devem observar a presença de feridas que não cicatrizam, principalmente no focinho, orelhas ou bolsa escrotal. Caso encontrar esse sintmoas no aminais deve-se comunicar ao serviço de zoonoses municipal.

Em humanos, caso apresente alguma ferida que não cicatriza, a orientação é procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível.

Leishmaniose em Porto Alegre, prefeitura toma precauções contra o aumento da doença.

 Porto Alegre traça plano para enfrentar leishmaniose 

Foto de Fredy Vieira - Jornal do Comércio


Parte dos cães com suspeita da doença está sob tutela da Seda e parte aos cuidados da Vigilância 

Por -  Igor Natusch e Isabella Sander

Está programada para a próxima terça-feira uma reunião que deve definir as medidas que serão tomadas pela prefeitura de Porto Alegre para evitar novos casos de leishmaniose visceral humana no município. Convocado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o encontro terá a presença de conselhos de medicina humana e veterinária, além de especialistas em infectologia e representantes de universidades. Na ocasião, serão traçadas estratégias de médio e longo prazo para combater a doença, disseminada pelo mosquito-palha e que já causou três mortes na Capital. "No momento, temos uma variável climática em andamento, já que a queda de temperatura vai diminuir a presença do vetor (mosquito)", diz Anderson Araújo Lima, coordenador-geral de Vigilância em Saúde da SMS. De acordo com ele, o monitoramento feito pelo órgão não identificou, durante a última semana, a presença do inseto nas áreas atingidas por casos anteriores da doença. "Mas é importante que sejamos mais proativos, que estejamos desde já trabalhando para evitar novos casos quando a temperatura subir novamente", acentua. A principal ação contra o mosquito está sendo a remoção de resíduos orgânicos do Jardim Carvalho e do Morro Santana, onde ocorreu o contágio. O inseto se reproduz em meio aos detritos, ao contrário de outros de sua família, que fazem uso da água parada. O órgão já concluiu a identificação dos moradores da região, e garante estar preparado para a aplicação de testes rápidos em toda a população dos locais, caso seja necessário. Apesar de ser facilmente tratável se identificada em fase inicial, a leishmaniose é uma enfermidade assintomática em seus primeiros estágios, o que dificulta o diagnóstico. A terceira vítima fatal, uma mulher de 81 anos que faleceu nesta semana, chegou a ser entrevistada por agentes da Vigilância em Saúde em janeiro, mas não apresentava nenhum sintoma identificável da doença. Quando já está em estágio avançado, adverte Lima, a leishmaniose acaba sendo fatal em 95% dos casos. A equipe da SMS também monitora os cães da região, que podem transportar o parasita. De acordo com Lima, casos de leishmaniose em cães são registrados pela pasta pelo menos desde 2010. Coleiras repelentes estão sendo distribuídas para uso dentro da área de risco, mas a medida acaba tendo eficácia diminuída, na medida em que alguns moradores comercializam ou simplesmente descartam o equipamento. "São comunidades muito vulneráveis, que, às vezes, têm dificuldade de compreender os riscos ao qual se expõem", lamenta Lima. Foram instaladas placas de alerta em vários pontos da mata, onde escoteiros e esportistas costumam realizar trilhas e visitas em grupo. "É muito importante que as pessoas usem repelente e manga comprida nesses locais", adverte. 

 Mamíferos silvestres também são vetores da enfermidade 

Além dos 21 cães que estão sob tutela da Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda), há outros 12 aos cuidados da Vigilância em Saúde, que, há cerca de duas semanas, chegaram a ser levados para uma clínica para serem sacrificados. Devido a protestos de ativistas da causa animal em frente ao local, na zona Sul de Porto Alegre, no entanto, a prefeitura suspendeu o procedimento e determinou que a Seda entregasse um plano de ação alternativo para o tratamento desses animais. Fabiane pretende fazer exames mais precisos nesses cães e apresentá-los à administração municipal. Para os animais que, com um teste mais apurado, não tiverem detectada a leishmaniose, não é preciso nem fazer o tratamento, visto que não são infectantes. Será necessário monitorar a saúde deles, a fim de averiguar se tiveram algum contato com a doença. Porém, mesmo para os animais infectados, a secretária adjunta não acha admissível a realização de eutanásia. "Essa norma que o Ministério da Saúde preconiza não acompanhou os avanços da ciência. Há muitos estudos atuais que dão um diagnóstico mais preciso e tratamento para a enfermidade", destaca. Para Fabiane, um diagnóstico impreciso gera diversos transtornos à sociedade. O primeiro é tirar o animal de sua família para ser eutanasiado sem, muitas vezes, ter de fato leishmaniose. O segundo é um gasto desnecessário do Estado com a eutanásia. Por fim, a ineficácia do abate. "Se está enfatizando muito o cão como hospedeiro, mas há vários outros animais transmissores, inclusive os humanos. Em bairros de vulnerabilidade social há especialmente roedores", observa. Por isso, se forem sacrificados todos os cães da zona Leste, onde ocorre a endemia, mesmo assim a secretária adjunta não espera que o problema da leishmaniose cesse. Segundo a Fiocruz, os principais vetores são mamíferos silvestres, como preguiça, gambá, roedores e canídeos, e domésticos, como cão e cavalo. De acordo com a veterinária, o Brasil é o único país que usa a eutanásia como principal método de combate à doença, não adotando a vacinação canina como medida de controle. O foco costuma ser a prevenção, com políticas públicas para animais em situação de rua, como o controle da população animal e a oferta de melhores condições de vida para o cão. 

Seda entrega, na próxima semana, proposta para tratamento de cães

 Com opiniões divergentes sobre o que fazer com cães com suspeita de leishmaniose, a Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda) tem procurado convencer a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de que a eutanásia não é a única solução. Segundo a secretária adjunta da Seda, Fabiane Tomazi Borba, a pasta pretende entregar um plano de ação para atendimento aos cachorros com suspeita da doença até o início da semana que vem. Três pessoas morreram em Porto Alegre por Leishmaniose Visceral Humana, todos moradores da zona Leste. Sob a ótica de Fabiane, é constrangedor o impasse vivido hoje pela prefeitura. "Esse é um problema de saúde pública, tem que haver um plano de governo, e não de secretaria. Tentamos compor com os técnicos uma alternativa sem foco na eutanásia, mas não conseguimos ser ouvidos", lamenta. O plano de ação está sendo feito em conjunto com universidades, Organizações Não Governamentais (ONGs), protetores independentes e veterinários. O plano de ação envolverá propostas com base em parcerias com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que fará exames histológicos de laboratório a preços mais baixos, e a empresa Virbac, que oferecerá o medicamento Milteforan, de tratamento para leishmaniose, gratuitamente durante um mês. "O foco é tornar esse projeto um plano de governo", afirma a secretária adjunta. Concomitante à elaboração do plano, a Seda está fazendo ações de esterilização e recolhimento do material para exame dos cães das vilas Laranjeiras e Tijucas, as mais afetadas pela doença. "Com os testes atualmente feitos pelo município, não é possível confirmar realmente a doença, e, aí, muitos animais seriam mortos sem ter a enfermidade. Essa é a nossa proposta, estabelecer melhores diagnósticos", explica Fabiane. Hoje, a Vigilância em Saúde municipal realiza o teste rápido e o Elisa no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS), que são os exames solicitados pelo Ministério da Saúde nessas ocasiões. "Esses dois não servem para diagnóstico exato de leishmaniose, e temos a confirmação disso, porque fizemos os testes em 21 cães que estão sob nossa tutela e que, em tese, estariam aptos para eutanásia, mas fizemos outros exames e somente nove deram positivo. Temos aí uma prova de que mais da metade dos animais seriam mortos sem necessidade", revela. O teste Ri-Fi, por exemplo, não é feito, nem o PCR. - 

Por Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/05/geral/563365-porto-alegre-traca-plano-para-enfrentar-leishmaniose.html)

/mpó #diganaoaleishmaniose #leishmaniose #prevenção #vidas #cães #sacrificar #tratar

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Porto Alegre - RS mata animais com suspeita de leishmaniose

MORTE INDUZIDA

Em Porto Alegre (RS), prefeitura quer matar animais com suspeita de leishmaniose

07 de maio de 2017 às 12:30


sexta-feira, 5 de maio de 2017

Depoimento da mamãe de uma PUG, que perdeu sua BB para a leishmaniose. É preciso conscientizar e prevenir, encoleirando os cães. Por que encoleirar? Porque as coleiras além de repelir o inseto ela tb mata, ajudando muito o meio ambiente e à todos nós, seres humanos. O flebotomíneo fêmea é ÚNICO transmissor, nenhum outro inseto transmite ao picar o animal, como, carrapato, mosquitos da dengue, etc, é o responsável pela transmissão. Essa transmissão é feita através das glândulas salivarias da mosquinha de 3 mm que tem cor de palha e adora restos orgânicos e úmidos. Informar, conscientizar e propagar sobre a PREVENÇÃO É PRECISO E PRECIOSO. Não caminhar com os cães muito cedo e em jardins com muitas plantas, ou ao entardecer, em locais como parques com mata, é uma boa precaução. Faça como a nossa amiga @Roxanne Nishiwaki, conte a sua história para que possamos informar outras pessoas e salvar mais vidas....GOD BLESS US!!



O Relato da mãe de Miya

4 meses após a morte da minha filha pug Miya, reuni forças para contar a vocês, minha triste jornada...
QUE MEU RELATO SIRVA DE ALERTA A TODOS OS PAPAIS E MAMÃES DE ANIMAIZINHOS!
Sou de SP, mas comprei a Miya em Brasília. Ela chegou ao final de 2013, com 9 meses. Era muito saudável, calma, boazinha... Era muito difícil perceber mudanças em seu comportamento, pois era naturalmente tranquila.
Desde o início, percebi uma "alergia" em seu queixo. Troquei os pratos por vidro, mas só piorava. Aos poucos perdeu os pelinhos ao redor da boca.
Sentia dores nas patinhas, mas sem explicação. Fez uma infinidade de exames nos 3 anos que passou comigo.
Íamos a veterinários mensalmente! Fez ultrassom várias vezes, radiografias no corpo todo, exames de sangue de todos os tipos, urina, fezes e até ressonância magnética na cabeça.
Nada explicava a piora dela que acontecia de forma progressiva. Dores nas patas, falhas nos pêlos que se espalharam pelo corpo todo, conjutivites, fezes amolecidas, anemia, febre, fraqueza, desânimo... até que começou a perder o apetite. Ela sempre foi louca por comida.

Foram muitos bons veterinários, exames, mas nada se concluía. Muitos diagnósticos infundados, mesmo com tantos exames. Fez vários tipos de tratamentos para as mais variadas doenças... Tomou muitos remédios que causaram danos irreversíveis e que só dificultaram ainda mais o correto diagnóstico. Até que em dez/2016, internei-a num hospital, pois estava com anemia aguda e precisava urgentemente de uma transfusão de sangue. Nesse hospital, ouvimos falar sobre uma doença que jamais havia sido suspeitada por nenhum dos outros veterinários: LEISHMANIOSE.
Achei pouco provável, pois Miya nunca tinha saído de São Paulo, sempre usou os melhores anti pulgas e carrapatos e era assistida por ótimos veterinários desde que chegou em minha casa. Eu conhecia Leish, sabia como era transmitida, mas não sabia do tratamento, tampouco sobre os sintomas, pois jamais me passaria pela cabeça (assim como não passou pela de nenhum vet), que ela pudesse ter uma doença dessas em São Paulo! Mas ela veio de Brasília, e após uma pesquisa, descobrimos ser uma cidade endêmica. E sim, mesmo prestes a completar 4 anos de vida, ela poderia ter trazido a doença, de lá.

Uma bateria de exames específicos para diagnosticar a doença, foi iniciada. Mesmo sem diagnóstico e pela urgência de uma solução, solicitei que se iniciassem os tratamentos para Leish. Miya estava morrendo na minha frente, internada na UTI de um hospital e eu precisava fazer algo, desesperadamente.
Primeiro exame de sorologia, deu negativo. O que não excluía a possibilidade da doença.
Segundo exame de PCR, tb deu negativo. Terceiro de medula positivo. E quarto de biópsia de pele e órgãos, tb positivos...
Tarde demais. Resultados saíram 1 semana após a morte da Miya. Ela teve duas paradas cardíacas durante um procedimento inevitável. Não resistiu após ser entubada na terceira...

Se em algum momento eu tivesse lido a respeito da doença, eu mesma teria conseguido diagnosticá-la.
Não li muito sobre doenças em cachorros porque não queria nem pensar na possibilidade de perdê-la. Tinha medo de ler e ficar sofrendo por antecipação... Hoje penso que se tivesse me informado melhor, poderia tê-la salvado e poupado o sofrimento da perda que destruiu minha vida. Sempre fui neurótica nos cuidados com ela. A levava ao veterinário até mesmo qdo lhe aparecia uma espinha! Não hesitava quando o assunto era o bem estar da minha filha. Podia ser dia, noite, não importava o horário. Se eu percebesse algo incomum, saía correndo para o vet.

Miya teve os dois tipos de Leishmaniose: cutânea e visceral.
Apresentou TODOS os principais sintomas: descamação da pele e perda de pêlos (especialmente na região das articulações, boca, orelha e rabo), dores nas articulações, febre, anemia, crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, conjutivite, fezes amolecidas e com sangue e por fim, aumento de baço e fígado.
Os primeiros indícios da doença foram anemia e proteína alta. Uma associação que somente veterinários especialistas nessa doença, conseguem fazer...
O grande problema é que somente em nov/2016, foi liberado o tratamento de Leishmaniose em cães, no Brasil. Até então, a eutanásia era a única solução imposta pelo governo. Muitos cães foram tratados de forma clandestina. A proibição do tratamento, formou poucos especialistas no assunto...
Pelo desconhecimento dessa doença, de minha parte e tb dos vets, perdi minha única filha.

Lendo agora todo esse texto, a Leishmaniose é muito clara! Mas os sintomas vieram aos poucos, e não de uma vez. Cada novo sintoma, um novo diagnóstico, um novo tratamento, e enquanto isso, a verdadeira doença só ficava cada vez mais, "mascarada"...

Brasília é uma cidade endêmica. Miya chegou doente pra mim, e desde sempre deu indícios. Os primeiros sintomas podem demorar anos para se manifestar, mas Miya já apresentava sinais em seu primeiro hemograma completo, realizado logo que chegou: anemia e proteína alta. Além da "alergia" no queixo.

Muitos veterinários e médicos da minha família, se envolveram no caso da Miya em seu último mês de vida, mas infelizmente, não foi possível salvá-la. Hoje, seu caso está sendo estudado por veterinários da USP, que estão elaborando um material para ajudar e treinar outros veterinários a conseguirem diagnosticar essa doença.
Penso que essa atitude possa salvar muitos outros cães, então estou contribuindo com meus relatos, imagens e todos os exames que ela realizou nos últimos 3 anos (cerca de 40)!!!!

Que isso sirva de alerta a todos!

Fiquem atentos! Leiam mais sobre doenças! Pesquisem! Não ignorem qualquer tipo de anormalidade! Procurem bons especialistas! Estejam preparados financeiramente para qualquer imprevisto! Internações e determinados exames e procedimentos, custam tão caro quanto para humanos! Um bom plano de saúde pode ser a solução.

Dói muito falar sobre a Miya. Ela era minha única filha, mas sinto que posso ajudar a salvar algum animal, com minha experiência traumática, por isso vim até aqui.

Espero ter podido ajudar, de alguma forma.

FIQUEM ALERTAS!!! E amem seus animaizinhos, incondicionalmente ❤️

OBS: a Leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito palha, que é comum em determinadas regiões do Brasil. As coleiras Scalibor e Seresto, são bastante eficazes para repelir o mosquito, e existe a vacina que é cerca de 90% eficaz.
Leishmaniose não tem cura, mas hoje, o tratamento está liberado para animais. Muitos bons remédios têm chegado ao país. Desde que acompanhados por bons vets e devidamente medicados, os animaizinhos podem levar uma vida normal.
Em caso de suspeita, peçam exames de sorologia e proteinograma. São simples, não custam tão caro e podem salvar a vida de seu bebê.


Existem muitos métodos preventivos para os cães, e agora gatos. Consulte o veterinário e previna o seu cão protegendo toda a sua família.

Coleiras : Scalibor, Serestto, (serve tb para gatos), Leevre. Scalibor e Leevre são a base de deltametrina.
Pour on - Max 3 Advantage (Bayer), Pulvex (MSD Saúde Animal), Effective (Hertape) e o Frontline para gatos tb
Vacina - Apenas uma no Brasil - A leish-tech (Hertape)

Para tratamento, o único medicamento aprovado pela ANVISA é o Milteforan do Laboratório Virbac.

Saiba mais verificando as matérias deste blog. Todas elas de veículos renomados.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Novas pesquisas sobre a Leishmaniose - Universidade de São Paulo - USP

Biologia molecular avança na guerra contra a resistente Leishmania

Pesquisa da USP detecta proteínas que podem interferir na morte do parasita causador da leishmaniose
Beatriz Simonsen Stolf Carboni e Maurício Scavassini Peña, do ICB: conhecimento das proteínas metacaspase e ISP3 pode ser a chave para futuros tratamentos da leishmaniose – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A metacaspase é uma proteína que está diretamente envolvida com a morte de parasitas do gênero Leishmania, causadores da leishmaniose. Em um laboratório do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, cientistas trabalham na tentativa de elucidar os mecanismos que regulam a atividade desta proteína. Os estudos vêm sendo realizados sob a supervisão da professora Beatriz Simonsen Stolf, do Departamento de Parasitologia do instituto.
“A leishmaniose é considerada uma doença negligenciada, portanto conta com poucos recursos para pesquisas, mas atinge aproximadamente 12 milhões de pessoas no mundo”, explica Beatriz. Ela é uma das autoras de um artigo sobre o tema veiculado recentemente no jornal Cell Death and Disease, da Nature. O texto resulta da dissertação de mestrado do biólogo Mauricio Scavassini Peña, Identificação de ligantes da metacaspase de Leishmania (L.) amazonensis pela técnica de “phage display”, orientada por Beatriz.
Segundo a pesquisadora, o tratamento da doença é tóxico e nem sempre eficiente. “Alguns parasitas conseguem sobreviver e prosseguem com o processo de infecção”, descreve a professora. Na tentativa de melhor entender a proteína os cientistas a produziram sinteticamente. “Produzimos a metacaspase de Leishmania amazonensis, uma das espécies que causa a leishmaniose no Brasil”, conta. A partir daí, por meio de técnicas moleculares, utilizaram uma biblioteca contendo sequências de proteínas sintéticas. “Essas bibliotecas são adquiridas junto a empresas de biologia molecular”, explica Beatriz, ressaltando que “foi usado cerca de 1 bilhão de sequências na busca de proteínas que se ligassem e pudessem controlar a metacaspase”. A expectativa dos pesquisadores era encontrar uma proteína que aumentasse a atividade da metacaspase, gerando maiores possibilidades de morte do parasita.

Proteína protetora

Nos experimentos com as moléculas sintéticas, nenhuma foi capaz de aumentar a atividade da metacaspase. Ao contrário, os cientistas localizaram uma proteína que atua como “fortalecedora”, ajudando na sobrevivência do parasita: a ISP3. Tal atividade protetora da proteína foi testada em laboratório. “Aquecemos uma amostra de Leishmania a 37 graus centígrados, que é a temperatura aproximada do corpo humano, e colocamos a ISP3. Foi quando constatamos que a metacaspase teve sua capacidade reduzida em relação à morte do parasita”, descreve a pesquisadora.

De acordo com a pesquisadora, o conhecimento adquirido até o momento em relação a estas proteínas (metacaspase e ISP3) será uma base importante para novos estudos que visem à morte do parasita e à consequente cura para a leishmaniose. “Podemos estimar um prazo médio de dez anos para buscarmos inibidores para a ISP3. Além disso, ainda serão necessários vários estudos”, acredita Beatriz.
O objetivo dos cientistas agora, a partir dessas constatações, é produzir em laboratório a Leishmania sem a proteína ISP3. “Ou ao menos tentarmos bloquear a atividade desta proteína e aumentar a atividade da metacaspase. Isso aumentaria a possibilidade de morte do parasita”, afirma Beatriz.
.
.
Mais informações: e-mail bstolf@usp.br, com a professora Beatriz Simonsen Stolf