Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CCZ de Campinas inicia distribuição de coleiras contra leishmaniose



Cães do condomínio Colinas do Ermitage, em Sousas, serão encoleirados gratuitamente

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da COVISA (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), VISA (Vigilância em Saúde) Leste e Centros de Saúde de Sousas e Joaquim Egídio iniciam, no dia 01 de setembro, o encoleiramento contra a leishmaniose na população canina do Condomínio Colinas do Ermitage, em Sousas. Aproximadamente 230 cães dos 184 imóveis do condomínio receberão gratuitamente a coleira impregnada com deltametrina a 4%, principio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como umas das ferramentas de controle da doença.

Segundo o responsável pelo CCZ de Campinas, Dr Douglas Presotto, 50 agentes de saúde foram treinados e capacitados por profissionais da SMS e também da MSD Saúde Animal, empresa fabricante da coleira Scalibor®, para fazerem o encoleiramento. “O projeto será feito por 2 anos, com troca da coleira a cada 4 meses. Para termos o controle dos cães, do dia 01 a 03 de setembro, os agentes de saúde farão uma ficha cadastral de cada animal do condomínio, Médicos Veterinários da SMS coletarão amostras de sangue para exame sorológico e farão a microchipagem”, explica.

Em novembro de 2009, Sousas registrou o primeiro caso autóctone (contraído no município) de leishmaniose visceral canina. Apenas no condomínio, em 2009 tiveram 4 casos autóctones; em 2010 foram 10 casos e em 2011 já tem um caso notificado. Apesar dos casos caninos em Campinas, ainda não há registro da doença em humanos. “Desde 2009, o CCZ recomenda o uso da coleira. O problema é que uma parte dos proprietários comprou o produto, mas não fazia a troca periódica. Com isso, resolvemos assumir o encoleiramento dos cães”, enfatiza Presotto.

A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas anualmente.

domingo, 28 de agosto de 2011

Moradora de Pirajuí reclama de acúmulo de lixo em casa vizinha

27/08/2011

Lilian Grasiela
Pirajuí – Uma moradora de Santo Antônio da Estiva, distrito a cerca de 10 quilômetros de Pirajuí (58 quilômetros de Bauru), procurou o Jornal da Cidade para reclamar do acúmulo de lixo e da grande quantidade de animais de estimação em uma residência vizinha. Segundo ela, o cheiro nas imediações é insuportável. A denunciante alega que procurou a prefeitura e nada foi feito. Já o município revela que programou uma visita ao local para a próxima segunda-feira.

De acordo com Ilda Lopes da Silva, que mora na rua 7 de setembro, número 25, o problema envolvendo a casa vizinha, onde mora a funcionária pública N.V. (somente as iniciais serão divulgadas), é bastante antigo. “Há mais de cinco anos, nós vivemos uma luta contra essa vizinha”, afirma. “É muita sujeira, muita porquice, um monte de cachorro trancado dentro de casa com uma senhora de 84 anos (mãe da denunciada)”.

Ilda denuncia que, além dos cachorros, a vizinha também cria gatos, galinhas e gansos no imóvel. A preocupação dela é com o risco de doenças que essa grande quantidade de lixo acumulado no quintal e no interior da residência gera. “Minha preocupação é com o risco de doença. Ela trabalha em um posto de saúde e é perigoso contaminar as pessoas”, declara. “Além disso, o cheiro na rua também é insuportável”.

A moradora conta que, há cerca de dois anos, a prefeitura retirou somente do quintal de N.V. três caminhões carregados de lixo. Contudo, segundo ela, a vizinha não permite que nenhum funcionário da administração entre dentro de sua casa. “O prefeito não faz nada porque ela é funcionária da prefeitura”, reclama. “A gente entende que tem solução para isso. Nós não somos obrigados a suportar um capricho dos outros”.

Nos últimos meses, Ilda diz que ela e outros vizinhos procuraram diversas vezes a prefeitura para reclamar da situação, mas que nada foi feito até o momento. “Nós fomos na prefeitura de Pirajuí, na Vigilância (Sanitária), e fica aquele jogo de empurra-empurra. Eles mandam ir para um canto, o outro manda a gente ir para outro, a gente vai, e nada é feito”, denuncia. Além da prefeitura, ela diz que um vizinho já levou o caso ao Ministério Público (MP).


Fiscalização

Ao ser informada da denúncia feita pela moradora Ilda Lopes da Silva, Silvana Coelho de Oliveira, fiscal da Vigilância Sanitária Municipal de Pirajuí, explicou por meio de nota que o órgão recebeu ligação comunicando sobre o fato somente na última quarta-feira, dia 24.

De acordo com ela, foi agendada uma visita ao local para a próxima segunda-feira. “Se o terreno (quintal) estiver sujo, a moradora será notificada para que, no prazo de 10 dias, sane a irregularidade”, diz. “A moradora do terreno em questão, sempre que é notificada, atende as notificações”.

A fiscal conta que, desde 2007, os vizinhos de N.V. reclamam do mau cheiro na casa dela e da sujeira feita pelos animais. “A moradora tem mais ou menos 10 cachorros que convivem com ela dentro da residência, e esse é o maior problema para os vizinhos”, revela.

Segundo ela, o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Luis Eduardo Assi, já realizou exames específicos, como o da Leishmaniose, nos animais de estimação da funcionária pública. O material foi enviado para o Instituto Adolfo Lutz, em Bauru, mas o resultado deu negativo para a doença.

“Dentro de nossa esfera de atuação, limitamo-nos a notificar e multar a proprietária quando a mesma infringe alguma norma, não competindo a nós a remoção dos animais não portadores de zoonoses”, alega. “E a Vigilância Sanitária não pode adentrar na residência (dentro da casa) da proprietária, pois ela não abre as portas para ninguém”. A reportagem não conseguiu falar com a moradora acusada.

O Ministério Público informou que não tem conhecimento da situação relatada pela moradora do distrito de Santo Antônio da Estiva. Segundo o órgão, qualquer pessoa pode denunciar o caso diretamente na sede da Promotoria de Justiça, na Praça Dr. Pedro da Rocha, nº 43, no Centro da cidade.

Como proteger os cães contra a Leishmaniose


Daniela Albuquerque apoia a Campanha Diga Não A Leishmaniose

Por Mariana Viktor
site www.mdemulher.com.br


Participo de um grupo de discussão sobre cachorros e hoje li uma mensagem comovente de uma pessoa desesperada porque o exame de leishmaniose foi positivo para seus três cães. Como alguns de vocês devem saber, a leishmaniose é uma doença transmitida a pessoas e cães pela picada do mosquito-palha contaminado pelo protozoário leishmania. Mesmo depois de curados, os cachorros continuam sendo portadores da doença. Ou seja: podem transmitir o leishmania para mosquitos que os picarem.

A política do Ministério da Saúde é taxativa há décadas: sacrificar os cães que contraíram a doença. Porém, a União Internacional Protetora dos Animais (UIPA) apresentou diversos estudos demostrando que o extermínio de cães – até agora a única medida de controle e prevenção da doença no país – não tem embasamento científico nem está surtindo efeito algum para combater a leishmaniose, que segue em expansão no Brasil.

A ótima notícia: neste ano, o Ministério Público Federal entrou na briga, questionou o Ministério da Saúde sobre a matança de cães e cobrou políticas públicas mais eficientes no controle e prevenção da doença.

Graças a essa pressão, o Ministério da Saúde iniciou um estudo para testar as coleiras Scalibor em cães de 20 municípios. A coleira contêm princípio ativo repelente e inseticida sugerido pela UIPA e pela Organização Mundial da Saúde no combate ao mosquito. O estudo terá duração de 30 meses e deve dar bons resultados porque a medida já é adotada com sucesso em outros países onde não se sacrificam cães.

Para nós fica a dica: vamos proteger nossos peludos com coleira também! Prevenção sempre foi o melhor remédio.

União Internacional Protetora dos Animais

Prezados Associados e Colaboradores da centenária UIPA, União Internacional Protetora dos Animais,

Neste semestre, o Ministério da Saúde dará início a estudo, em vinte municípios, com duração de trinta meses, sobre a efetividade da utilização em massa da coleira impregnada com princípio ativo repelente e inseticida contra a Leishmaniose, o que indica a adoção da política sugerida pela UIPA, em representação oferecida ao Ministério Público Federal, em maio de 2010, que solicitou providências contra a matança de cães, como pretensa medida de controle da Leishmaniose, denunciando a ausência de uma política pública eficaz contra o avanço da doença.

Apresentando inúmeros argumentos e estudos, em um arrazoado de 63 laudas, cuja pesquisa de dados e estudos apresentados teve a colaboração da jornalista Regina Macedo, a entidade contestou a tese defendida pelo Ministério da Saúde, que insistia em recomendar a morte de dezenas de milhares de cães, há décadas, sem respaldo científico algum, contra todas as evidências de que a eliminação de cães soropositivos em nada repercute na incidência da doença, que mantém-se elevada e em expansão pelo país, a despeito de toda a matança promovida.

Após o acolhimento da representação, a UIPA enviou ao Ministério Público Federal inúmeros estudos realizados em outros países sobre a eficácia do encoleiramento, utilização em massa da coleira Scalibor, impregnada com deltametrina a 4%, que é o princípio ativo repelente e inseticida, recomendado pela Organização Mundial da Saúde contra a Leishmaniose.

A presidente da UIPA, com o apoio e acompanhamento do Deputado Federal Ricardo Trípoli, foi a Brasília, solicitar a inclusão do encoleiramento em massa ao Ministério da Saúde que, logo no início da audiência, anunciou que, em 2011, realizaria o encoleiramento em alguns municípios para fins de estudo de sua efetividade

O encoleiramento em grande escala produz o denominado “efeito rebanho”, que é a extensão de efeito protetor também aos não encoleirados, reduzindo-se a força de infecção pela barreira imposta pela coleira.

Tendo em vista que o poder de infectar os insetos pode persistir no animal tratado, o encoleiramento permitirá pleitear a liberação do tratamento terapêutico (a coleira evita a aproximação dos insetos; sem ser picado, o cão não transmite a infecção).

O encoleiramento em massa ainda reduz a pulverização de inseticidas, prejudiciais ao meio ambiente, além de representar gastos bem menores do que os despendidos com a censurável eliminação da vida de animais.

Saudações

Vanice T. Orlandi
Presidente
UIPA

sábado, 27 de agosto de 2011

Leishmaniose: O que podemos fazer por nosso cão?



VALÉRIA AROUCHE

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), conhecida também por “doença calazar”, é uma zoonose grave que atinge principalmente cães e raramente roedores e gatos (estes servem como hospedeiros intermediários), transmitida por um protozoário chamado Leishmania chagasi, que pode levar o cão a morte. A forma de transmissão de um animal para outro e para o homem se dá pela picada do mosquito da espécie Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como “mosquito palha”. O período mais crítico para o aparecimento do mosquito é ao amanhecer e no final do dia, sendo que os animais mais expostos são os de pelo escuro e curto.

Uma vez infectado, a doença pode se manifestar logo a partir de 2 semanas, ou pode permanecer assintomática por anos. Os principais sintomas são: perda de peso com ou sem falta de apetite, apatia, perda de pelos, feridas que demoram a cicatrizar (principalmente em região de orelhas, focinho, membros e cauda), descamação da pele, anemia, infecções oculares, crescimento exagerado das unhas, aumento do abdômen, e em alguns casos vômito e diarréia. O Ministério da Saúde proíbe o tratamento da leishmaniose canina com o uso de medicamentos humanos, mas a Organização Mundial de Saúde não recomenda o sacrifício dos cães como forma de controle, uma vez que existe tratamento para a doença, desde que haja o acompanhamento e responsabilidade do médico veterinário.

Existem vários protocolos de tratamento, sendo alguns realizados até mesmo na casa do proprietário, com o uso de medicamentos orais, mas vale ressaltar que na maioria dos casos não se obtém a cura, e sim a sobrevida com qualidade dos animais infectados. E como prevenir? As formas de prevenção mais eficazes incluem a proteção dos animais contra o mosquito transmissor da doença, com o uso de coleira repelente (que deve ser trocada a cada 6 meses) e vacinação contra a doença, que deve ser realizada em cães soronegativos, com 3 doses iniciais e reforço de uma dose anual. O uso de produtos anti-pulgas e carrapatos com ação repelente contra mosquitos também ajuda.

Devemos pensar também no ambiente, que deve estar sempre limpo, e em alguns casos usar no canil uma tela protetora de mosquitos. Quando o cão for diagnosticado soropositivo, e o proprietário decidir pelo tratamento, é importante tomar todas as medidas de segurança, especialmente com acompanhamento veterinário, uma vez que provavelmente o cão será sempre um portador da doença. Cuidar de nossos amigos de quatro patas, dando a eles principalmente atenção e carinho. Essa é a melhor prevenção contra a leishmaniose e outras doenças transmissíveis.

Até mais,

Valéria Arouche
valeria.arouche@ig.com.br

Simpósio Internacional de Leishmaniose discutirá situação no Brasil e no mundo | Notícias | EV-UFMG

Simpósio Internacional de Leishmaniose discutirá situação no Brasil e no mundo | Notícias | EV-UFMG

Professores manifestam preocupação com extinção de espécies

25/8/2011 18:58, Por Agencia Senado

Especialistas reunidos pela Subcomissão de Acompanhamento da Rio+20 e do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas, nesta quinta-feira (25), previram mais transformações nos ecossistemas devido a mudanças no clima, o que pode levar a uma aceleração no ritmo de extinção de espécies. O objetivo da audiência, presidida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), era discutir formas de se preservar a biodiversidade.
Miguel Ângelo Marini, professor da Universidade de Brasília, apresentou gráficos mostrando que as espécies que não forem perdidas viverão em regiões mais restritas e tenderão ao deslocamento para áreas mais favoráveis. No caso do Brasil, segundo o pesquisador, o aumento da temperatura causará migração das espécies para o sul, onde faltam unidades de conservação para abrigá-las.
A transformação poderá se tornar um problema de saúde pública, alertou Marini, citando como exemplo a expansão da área sujeita à leishmaniose. O cientista acredita que o Brasil deva ampliar seus estudos sobre o meio ambiente para colocar-se à altura da importância do país na biodiversidade mundial.
Thomas Lovejoy, professor de Política Ambiental da Universidade George Mason (EUA), exaltou a riqueza da biodiversidade brasileira e assinalou os benefícios na área farmacêutica e agrícola gerados pelas pesquisas da Embrapa. O professor lamentou, porém, as elevadas taxas de extinção de espécies no Brasil.
A situação pode se agravar, segundo Lovejoy, com o aumento previsto de 2 graus na temperatura mundial, o que seria excessivo para a sobrevivência de muitas espécies. Outra preocupação é com o número de áreas mortas, que estão duplicando a cada década, com conseqüências para a agricultura e a pesca.
Roberto Cavalcanti, também da Universidade de Brasília, afirmou que é preciso “dar uma chance” à biodiversidade. O professor fez uma longa exposição sobre as transformações de clima e de espécies no cerrado e defendeu a criação de mecanismos mais sofisticados de inter-relação entre as áreas social, econômica e ambiental. Em sua opinião, a crescente importação de matérias-primas pela Ásia destaca a necessidade de se manter no Brasil uma economia baseada na manutenção da diversidade.
Concluindo a reunião, Cristovam Buarque criticou o que chamou de pensamento majoritário dos economistas e destacou o conceito de “capital natural”. Ele se disse otimista com os resultados que serão obtidos a partir da conferência Rio+20, marcada para junho do próximo ano, no Rio de Janeiro.
Paulo Cezar Barreto / Agência Senado

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Solange Frazão adere à Campanha Diga Não à Leishmaniose | PetRede

Solange Frazão adere à Campanha Diga Não à Leishmaniose | PetRede

Leishmaniose deixa moradores de Governador Valadares em alerta


Em média, 20 cães com suspeita de Leishmaniose são recolhidos diariamente no município.


No bairro Palmeiras, as crianças dividem o espaço com os cães. São dezenas de animais, espalhados por todo lado. O Sr. Adão Alves, que é comerciante, fica incomodado com toda a situação. O medo maior, é quanto a Leishmaniose. Segundo o comerciante, a situação incomoda porque não sabe de onde são os cachorros que ficam pelas ruas do bairro.

O cão é hospedeiro do mosquito transmissor da doença. Os moradores do local reclamam do trabalho desenvolvido pelo centro de zoonoses da cidade. O comerciante Alexsandro Chácara reclama que os funcionários do CCZ só recolhem animais que os donos pedem para ser levados e que os de rua, não são recolhidos.

A prioridade dos agentes, é recolher apenas animais que já foram submetidos a exames e há a confirmação da doença. De acordo com o município, dos três veículos utilizados para o recolhimento de animais, apenas um está funcionando. Ainda de acordo com o a administração, não há verba para a realização do conserto desses carros.

A veterinária Aimara Costa, explica que outras ações são desenvolvidas no município para controlar a doença. Ela fala que somente o recolhimento de cães não resolve o problema e que o município realiza o controle químico, pare eliminar a forma adulta do inseto e o mais importante é a limpeza dos locais para a retirada das larvas.

Segundo o centro de controle de zoonoses, os cães de rua não são recolhidos neste momento, por questão de prioridade. Agora é necessário recolher todos os animais contaminados nas residências. Para só depois recolher os da rua.

Mapa da doença

Foram divulgados os bairros com maior índice de contaminação de Leishmaniose na cidade. São eles: Altinópolis, Santo Antônio, Mãe de Deus, Palmeiras, Vila Ozanan, Planalto, Santa Helena, Santa Efigênia, Carapina, Nossa Senhora das Graças, Monte Carmelo, Centro, Vila Mariana, bairro de Lourdes, Vila Bretas e São Paulo.

As pessoas que tiverem cachorro em casa com suspeita de Leishmaniose, podem levá-los ao centro de controle de zoonoses da cidade, para a coleta de sangue e realização do exame que é de graça. O CCZ fica na rua Soldado Edson Veloso, s/nº, bairro Santos Dumont II. Os telefones para contato são o (33) 3273-1014 e (33) 3271-7381.

Absurdo, imaginem se é assim, qdo eles NÃO denominam epidemia... imaginem

No CE, mulher denuncia demora do recolhimento de cão com calazar
Cozinheira diz ter feito 40 ligações para Centro de Controle de Zoonoses.
Órgão teria dito que "não tem previsão" para recolher animal contaminado.


A cozinheira Jaqueline Marília reclama que, desde que o cachorro foi diagnosticado com calazar, na última segunda-feira (22), liga todos os dias para o Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza para que o animal seja recolhido pela carrocinha, mas até esta quinta (25) nada foi feito. “Já fiz mais de 40 ligações desde segunda-feira”, diz. O órgão responsável pelo recolhimento teria informado à mulher que “não tem previsão” para pegar o cachorro contaminado.
Jaqueline conta que o cachorro da raça beagle começou a apresentar os sintomas de calazar há três semanas e que um exame foi realizado na segunda (22) em clínica veterinária para comprovar a doença. A mulher não tem carro para transportar o animal até o Centro de Controle de Zoonoses e está preocupada porque a filha de 11 anos convive com o cachorro contaminado.
A coordenação do controle de leishmaniose do Centro de Zoonoses de Fortaleza informou que o prazo de recolhimento de animais examinados pelo Centro e confirmados com calazar é de uma semana. No caso da Jaqueline Marília, que tem o laudo emitido por outro lugar, o prazo se estende por até 20 dias.
Segundo o órgão municipal, quando um animal estiver com suspeita de calazar deve ser levado e examinado na Regional do bairro, onde há espaços para recolher o material e levar para análise. O tempo total entre o primeiro exame e o recolhimento do animal é de cerca de um mês.
Ceará registra 22 óbitos por calazar este ano
A doença calazar ou leishmaniose visceral pode ser transmitida ao homem através da picada do mosquito flebotomíneo. Os animais infectados com maior grau de importância em relação aos humanos são os cães, os roedores e os próprios humanos. No Ceará, em 2011, foram registrados 249 casos de pessoas com calazar e 22 óbitos, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado.
A prática mais utilizada para reduzir o número de casos da leishmaniose é a eutanásia dos cães. Alguns especialistas são contra o procedimento, mas para os Ministérios da Agricultura e da Saúde ainda é o procedimento mais indicado. De acordo com o médico Manuel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde do Estado, uma liminar determina que somente animais diagnosticados como terminais e com laudo veterinário que comprove calazar possam ser sacrificados por meio da eutanásia.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

89% dos casos em Teresina são falsos


O médico infectologista Carlos Henrique Nery Costa, diretor do Hospital de Doenças Tropiciais Natan Portela, contesta os resultados dos exames para diagnóstico de calazar que estão sendo feitos no Centro de Zoonozes de Teresina. O médico estima que 89% dos resultados positivos estejam errados.


Na verdade, segundo o infectologista, o resultado positivo é um falso positivo. "O mais grave é que se está jogando a ciência no lixo. Eu recomendo que os donos de cães façam um exame de contra prova em laboratório particular ou no Hospital Veterinário da UFPI", afirmou.

A coordenadora do Centro de Zoonozes, Rosângela Cavalcante, afirmou na tarde de ontem (23) à equipe da TV Cidade Verde que nenhum funcionário da instituição iria comentar o assunto.

Porém, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (órgão a quem o Centro de Zoonozes é vinculado), Pedro Leopoldino, afirmou na manhã de hoje (24) que o médico Carlos Henrique Nery Costa sabe que o falso positivo é perfeitamente possível e esperado que aconteça.

Segundo Pedro Leopoldino, "o exame indireto significa dizer que a pessoa ou animal já teve contato com a contaminação, o que provocou a produção de anticorpos mas não desenvolveu a doença". Ele afirma que isso é possível tanto em animais como em seres humanos.

Simplício Júnior (da TV Cidade Verde)
Leilane Nunes (da Redação)
redacao@cidadeverde.com

Montes Claros - Mais informações sobre a Campanha contra a Leishmaniose na cidade

Mais Saúde

Prefeitura leva informações às
ruas no combate à Leishmaniose

Por: José Wilson Santos

A Leishmaniose Visceral, ou Calazar, é uma doença fatal para os cães e pode levar humanos à morte, em 90% dos casos, caso não seja diagnosticada e tratada a tempo. A doença é transmitida pela fêmea do mosquito Flebótomo, também conhecido como mosquito Palha e Cangalhinha. Ele pica cães contaminados, contrai o parasita Leishmania e o transmite ao homem. Não há cura para o cão contaminado, que precisa ser sacrificado pela Vigilância Sanitária. Entre 1990 e 1994, mais de 80 mil animais foram sacrificados no Brasil.

Essas e outras informações sobre a doença e as formas de controle e prevenção estão sendo levadas à população nas ruas, pela Prefeitura de Montes Claros, durante a Semana de Prevenção à Leishmaniose -- de 22 a 27 (sábado) de agosto. O trabalho informativo desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde, através de blitze educativas nas principais vias da cidade, chama atenção das pessoas para o perigo e para a responsabilidade de participarem do processo preventivo.

A blitz educativa desta quarta-feira (24/08) foi nos semáforos da Ponte Preta, com abordagem de motoristas e passageiros e entrega de material didático contendo informações sobre a doença e as formas de prevenir. Faixas estrategicamente afixadas complementam o trabalho. Na quinta-feira, a blitz será na Avenida Francisco Gaetani, no Major Prates; sexta-feira, 26, na Rua Doutor Santos, Centro. Hoje, o estante itinerante reforça as informações para clientes do Restaurante Popular (mercado central); quinta-feira (25) estará no Quarteirão do Povo, sexta-feira no Shopping Popular e sábado na Praça Doutor Carlos Versiane. “É a maneira de levarmos informações a um número maior de pessoas, porque Leishmaniose é uma doença perigosa e a população precisa saber como ajudar na prevenção”, destacou Jeziel de Quadros, chefe do CCZ.

A semana de prevenção será encerrada na manhã de sábado, com passeata pelos ruais centrais.

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

- Leishmaniose Visceral (Calazar) é causada pela Leishmania, parasita encontrado no sangue de animais infectados, como o cão, e que chega ao homem através de picada do mosquito Flebótomo (Palha ou Cangalhinha).

- Maioria dos cães portadores de Leishmaniose Visceral é aparentemente saudável, não apresentando sinais externos. Para ajudar no diagnóstico da doença, é essencial o cidadão permitir que a Vigilância Sanitária faça exame de sangue do animal, porque só assim o Calazar será identificado e o animal sacrificado como forma de controle.

- Os sinais externos de Calazar no cão são os seguintes: apatia; lesões de pele; queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas; emagrecimento; lacrimejamento (conjuntivite); crescimento anormal das unhas. Mas os cães podem ficar infectados por anos sem ostentarem esses sinais.

- No homem, os principais sintomas da doença são: febre durante muitos dias; perda de apetite; emagrecimento; palidez; tosse seca; fraqueza; pode haver aumento do volume da barriga, por crescimento do fígado e do baço. É necessário detectar a doença logo no início, para evitar complicações que levam à morte.

- O que fazer com o paciente suspeito? Ao perceber os primeiros sinais do Calazar, procure rapidamente o serviço de saúde para avaliação médica e, se necessário, realize os exames específicos. Se confirmada a doença, o tratamento e o medicamento são gratuitos. As pessoas doentes devem receber o tratamento o mais rápido possível.

- Como é feito o controle da transmissão da Leishmaniose? O controle é coordenado pelas secretarias de saúde através de realização de exame laboratorial para detecção e eutanásia dos cães contaminados; estímulo à limpeza dos quintais e lotes pela população; uso de inseticidas em situações específicas (já existe coleira com inseticida para proteger diretamente o cão); evitar formação de locais úmidos, com sombreamento excessivo e acúmulo de folhas e frutos no chão, fezes de animais, restos de matéria orgânica em geral. O Flebótomo cria-se no solo, sendo importante promover a poda das árvores, capina dos lotes e limpeza dos quintais, diminuindo assim os ambientes favoráveis aos criadouros. Elimine o lixo de forma adequada e mantenha sua casa e seu quintal sempre limpos. Não jogue lixo em lotes vagos.

- Saiba que existem leis que regulamentam as ações sanitárias. Assim, o não cumprimento pelos profissionais de saúde, proprietários de animais e demais cidadãos, das leis federal nº 6.437/77 e estadual nº 13.317/99, que regem as ações sanitárias para o controle de doenças, pode implicar em advertências e multas.

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Coxim Urgente

Coxim tem 19 casos de leishmaniose humana confirmados, segundo Saúde
Até o final da manhã, município tinha 26 casos notificados e 19 confirmados

Os casos de leishmaniose em humanos, no município de Coxim, já são considerados epidemia. Até o final da manhã desta quarta-feira (24), a informação da secretaria de Saúde é que existiam 26 casos notificados e 19 confirmados.

Segundo a gerente de Vigilância Sanitária, Adriana Haidar, não existe uma região específica, os humanos infectados pela doença estão em toda a cidade, inclusive no assentamento Vale do Taquari.

Dois homens morreram por conta da leishmaniose em Coxim. Em setembro de 2010, a leishmaniose visceral matou o funcionário público municipal, João Gonçalves da Silva, de 55 anos. Já em março de 2011 morreu o aposentado Luiz Félix da Silva, de 88 anos.

O maior problema é que há 40 dias a prefeitura não realiza coletas de sangue para exames e eutanásia dos cães doentes, pois o contrato com o médico veterinário responsável por esses serviços venceu e ainda não foi renovado.

Por telefone, o secretário de Saúde, Gilberto Portela, desmentiu a informação e garantiu que Elton Villar de Jesus, o médico veterinário em questão, está trabalhando. Entretanto, Jesus afirmou que não trabalha para a prefeitura de Coxim desde o dia 15 de julho, ou seja, há 40 dias.

A informação do médico veterinário é que o contrato entre sua clínica e a prefeitura está sendo elaborado, “mas até o momento não assinei nada”, garantiu Jesus.

De acordo com o médico veterinário, eram feitos cerca de 10 exames por dia em cães, sendo que a maioria dava positivo. O número de cães sacrificados por mês era de aproximadamente 200. Esses números são referentes ao trabalho desenvolvido pelo município, sem contabilizar os exames e eutanásias de clínicas particulares.

Segundo a promotora de Justiça, Daniella Costa da Silva, o MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito civil para apurar a situação da doença em Coxim. As informações repassadas ao MPE eram de que a doença estava controlada. Porém, diante das novas informações, a promotora promete tomar novas providências, pois trata-se de uma questão de saúde pública.

Comentário sobre a postagem de Montes Claros pela leitora De Paula

Querida Depaula, infelizmente seu contato não ficou marcado no comentário e por isso não enviei e-mail para vc.
Agradeço imensamente sobre o seu comentário, que postarei abaixo mas gostaria de ressaltar algumas coisas, que talvez tenham sido interpretadas de forma errada. Não colocamos culpa em ninguém na entrevista a apresentadora Cecy Passos, muito menos nas árvores, tadinhas, elas e os cães são as maiores vitimas dessa grave negligência que acontece. O homem com a sua ganância e a falta de amor ao próximo é o maior culpado e O BRASIL INFELIZMENTE ESTÁ MESMO FORA DE FOCO NESTA QUESTÃO, É O ÚNICO PAIS QUE SACRIFICA SEUS CÃES E NADA TEM ADIANTADO, AS ESTATÍSTICA MOSTRAM.
A intenção da campanha, do blog e minha, é exatamente isso, unir forças e pessoas como você para que possamos somar,somar e somar, para assim podermos divulgar da forma mais eficaz e clara o que fazer. O CÃO NÃO TEM CULPA E POR ISSO TAMBÉM A MINHA PREOCUPAÇÃO DESENFREADA EM DIVULGAR E SOLICITAR AOS ARTISTAS O SEU APOIO EM FOTOGRAFAR COM SEU ANIMAL OU COM O GRANDE OTELO, MASCOTE E ANFITRIÃO DA CAMPANHA para chamar a atenção do grande público sobre a gravidade..
Gostaria muitíssimo que você continuasse enviando suas sugestões e colocações sim, e divulgue, pois queremos deixar todos a vontade em interagir conosco, essa é a grande sacada, união, interação divulgação, conscientização e prevenção. Nossa amiga recente Vivi Vieri da cidade de Jales é a nossa colaboradora, tem enviado várias questões de interesse público.

Obrigada e mande e-mail para o diganaoaleishmaniose@gmail.com, sugestões, notícias e dúvidas, tentaremos esclarecer com os médicos veterinários que estão sempre a nossa disposição para os esclarecimentos.
Que bom se todos fossem iguais a você, olha só, parece até a frase de uma musica não é!

Super beijo, sempre a sua disposição.

Marli Pó
marlipress@gmail.com

Abaixo o comentário na íntegra da Sra. Depaula.

A idéia é boa, porém falta o principal: tirar da cabeça das pessoas que o cachorro é o responsável. A campanha, pela forma que foi mostrada na intertv, apenas reforça o absurdo: que eles precisam ser eliminados. Para falar como estão falando, melhor que não houvesse essa lei. Que pena. Seria uma grande oportunidade para mostrar a verdade para a população. Mas, ainda é tempo. Que tal fazer alguns ajustes? é com que saibam: apenas no Brasil os animais são mortos. Eles podem ser tratados. É preciso cuidado também ao falar na prevenção. Sem essa de culparem as árvores. O homem é o principal causador do problema, com o desmatamento desenfreado. (De paula)
Ontem estivemos no programa PET LOVER, na clictv web, da querida Cecy Passos.



Cecy é a mãe humana da pet model Gata Nicole...
Estivemos eu e o meu parceiro, fotografo Lionel Falcon. Além de poder informar os internautas, pudemos bater um longo papo e já marcamos de voltar e falar mais sobre essa grave doença. Cecy aderiu ao movimento e nos apoiará na campanha. Já estamos marcando um nove encontro em um mês, onde estaremos novamente em seu programa fazendo fotos com alguns artistas aderindo a campanha.

www.gatanicole.com.br
www.cecypassos.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

REPELENTES DE FLEBÓTOMOS PARA GATOS


Por Vivi Vieri

Existem muitos repelentes para prevenção da Leishmaniose no cão, já com o gato é diferente.
Segundo especialistas em Leishmaniose, a coleira antiparasitária contra o "mosquito" da leishmaniose que é usada em cães, não pode ser usada em gatos, pois eles são hipersensíveis a piretróides. Ainda não têm repelentes eficientes para uso em gatos, estes precisam ser mais pesquisados e estudados, mas uma alternativa são os repelentes naturais como neem e citronela .
"A boa notícia é que a leishmaniose felina ainda pode ser considerada rara (em relação ao número de gatos expostos ao risco de infecção) e que os gatos aparentemente não estão entre as fontes de sangue preferidas dos flebotomíneos. Obviamente, na ausência de uma galinha ou de um cão,por exemplo, uma fêmea de flebotomíneo buscará fontes de alimentos alternativas, inclusive o gato." disse o Dr. Filipe Dantas-Torres.
Quem ama cuida!

Referência:
Dr. André Luis S. da Fonseca - Médico Veterinário e advogado, Mestre em Leishmaniose, Prof.da UFMS/Campo Grande e doutorando na USP/ São Paulo.
Dr. Vítor Márcio Ribeiro- Médico Veterinário, Mestre e Doutor em LVC, professor da PUC/MG.
Dr. Filipe Dantas- Torres, Médico Veterinário, Mestre em Ciências, Doutor em Saúde Pública,Residente do Colégio Europeu de Parasitologia Veterinária (EVPC), Universidade de Bari, Itália.

Gatos também já apresentam quadro de leishmaniose

Leishmaniose Felina



Leishmaniose em caninos já em bem conhecida,mesmo assim muito discutida.A Enfermidade em felinos é ainda pouco documentada,embora algumas características da espécie possam favorecer o contágio,como o estilo peridomiciliar,vespertino e crepuscular,mesmo assim são poucos casos registrados,entretanto, a maior parte é no Brasil.

Já está comprovado que os mosquitos do gênero Lutzomyia podem se alimentar do sangue de vários mamíferos domésticos e silvestres,dependendo do ambiente e disponibilidade.Cavalos,jumentos,marsupiais e roedores silvestres podem servir como fonte alimentar.

O aumento da população felina,as características específicas supracitadas e um maior controle da Leishmaniose em cães, pode levar a um aumento de casos da doença em gatos.



A enfermidade em felinos é basicamente dermotrópica,com manifestações cutâneas como nódulos,descamações,pápulas e úlceras,principalmente na face,focinho e pinas,podendo ser os únicos sintomas.Alterações viscerais não são comuns ou não relatadas nos casos descritos,mas pode ocorrer linfadenomegalia.

O diagnóstico é bem semelhante ao dos caninos:sorologia,citologia aspirativa e biologia molecular.

O papel do gato na epidemiologia da doença ainda é obscuro,não se pode afirmar se ele serve de reservatório ou não.Em um importante estudo,através de inquérito parasitológico,demonstrou que a maioria dos gatos que tinham o protozoário não apresentavam nenhum sintoma de leishmaniose.Outro dado importante é que a maioria dos gatos infectados experimentalmente obtiveram cura espontânea em menos de um ano,mas que respondiam ainda positivamente na sorologia.

O caso acima trata-se de um felino macho,resgatado na rua,em Fortaleza-CE,com intensa dermatite crostosa na face e orelhas,alopecia e caquexia.Faixa etária de mais ou menos 4 anos.Lesões eritematosas podais,onicogrifose marcante,com unhas quebradiças.

Foi instituído pelo proprietário um tratamento à base de ivermectina,com aplicações semanais,com discreta melhora.

Coletou-se material para raspado dermatológico(pesquisa direta de ectoparasitas e fungos) e para cultura fungica,sendo ambos negativos.Retirou-se um amostra sanguínea para sorologia para leishmaniose,dando o resultado reagente.


Uma terapia à base de Itraconazol foi iniciada,ainda sob a suspeita de dermatofitose,enquanto esperava-se o resultado do exame sorológico para Leishmania.O quadro dermatológico melhorou bastante,com regressão das lesões,permanecendo somente a alopecia e hiperemia no focinho e orelhas.


A resposta ao anti-fúngico corrobora com a opinião de alguns autores,da acão leishmaniostática do fármaco,com "cura temporária" da enfermidade.


O próprio manejo que foi implantado,com alimentação de qualidade e abrigo pode ter favorecido a recuperação do felino em questão,já que também a cura espontânea já foi documentada.


A leishmaniose felina deve ser incluída no diagnóstico diferencial de dermatites faciais principalmente em áreas endêmicas da doença.

Medicina Felina: Leishmaniose Felina

Medicina Felina: Leishmaniose Felina: Leishmaniose em caninos já em bem conhecida,mesmo assim muito discutida.A Enfermidade em felinos é ainda pouco documentada,embora algum...

Saúde: Agentes de endemias são capacitados para controle da Leishmaniose e Chagas | Cada Minuto: O maior portal de notícias de Alagoas e Maceió

Saúde: Agentes de endemias são capacitados para controle da Leishmaniose e Chagas | Cada Minuto: O maior portal de notícias de Alagoas e Maceió

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Semana Municipal de Controle e Combate à Leishmaniose em Montes Claros

Cidade recebe atividades educativas para conscientizar a população sobre a doença
Durante a semana de 22 a 27 de agosto, Montes Claros recebe diversas atividades educativas em função da Semana Municipal de Controle e Combate à Leishmaniose. O projeto, de autoria do vereador Valcir Soares (PTB), foi aprovado por unanimidade pelos vereadores de Montes Claros e sancionado pelo Prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB). A Semana foi colocada em prática pela Prefeitura da cidade, por meio do CCZ – Centro de Controle de Zoonoses.

No decorrer da semana, Médicos Veterinários da MSD Saúde Animal oferecerão informações sobre essa grave doença de saúde pública, por se tratar de uma zoonose de alta letalidade, e estarão à disposição para dar explicações sobre as principais formas de prevenção, como, por exemplo, o uso nos cães da coleira impregnada com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida, recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

A Semana Municipal de Controle à Leishmaniose será celebrada anualmente na semana que incluir o dia 10 de agosto. O objetivo é estimular ações educativas e preventivas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose, apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil de prevenção e combate à leishmaniose e difundir os avanços técnicos relacionados à prevenção e ao combate à leishmaniose.

Programação:

Dia 22/08, segunda-feira:
Abertura na Praça Doutor Carlos Versiane, às 8 horas.
Blitz educativa na Avenida Deputado Esteves Rodrigues, em frente ao All Time, das 08:30 às 10 horas, com a equipe de servidores do CCZ e soldados do Exército.

23/08, terça-feira:
Blitz educativa no semáforo do Bairro Roxo Verde, das 07:30 às 10 horas.
Estande no Montes Claros Shopping Center funcionará das 14 às 22 horas.

24/08, quarta-feira:
Blitz educativa no semáforo da Ponte Preta, das 10 às 13 horas.
Estande no Restaurante Popular, das 9 às 14 horas.

25/08, quinta-feira:
Blitz educativa na Avenida Francisco Gaetane, Bairro Major Prates, das 07:30 às 10 horas.

26/08, sexta- feira:
Blitz educativa na Rua Dr. Santos, das 07:30 às 10 horas.
Estande no Shopping Popular, das 14 às 16 horas.

27/08, sábado:
Encerrando a semana de prevenção, passeata às 8 horas, no entorno da Praça Doutor Carlos Versiane, com estande funcionando até às 12 horas.

Sobre a MSD Saúde Animal
Hoje a Merck (conhecida como MSD fora dos Estados Unidos e do Canadá) é a líder mundial em assistência à saúde, trabalhando para ajudar o mundo a viver bem. A MSD Animal Health, conhecida no Brasil como MSD Saúde Animal e nos Estados Unidos e Canadá como Merck Animal Health, é a unidade de negócios global de saúde animal da Merck. A MSD Saúde Animal oferece a veterinários, fazendeiros, proprietários de animais de estimação e governos a mais ampla variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas e soluções e serviços de gerenciamento de saúde. A MSD Saúde Animal se dedica a preservar e melhorar a saúde, o bem estar e o desempenho dos animais, investindo extensivamente em recursos de pesquisa e desenvolvimento amplos e dinâmicos e em uma rede de suprimentos global e moderna. A MSD Saúde Animal está presente em mais de 50 países, enquanto seus produtos estão disponíveis em 150 mercados. Para mais informações, visite www.msd-saude-animal.com.br

Prefeitura Municipal de Montes Claros - Leishmaniose - Semana visa chamar a atenção da população

Por: Attilio Faggi Jr.

A Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria Municipal de Saúde, promove, entre os dias 22 (segunda-feira) e 27 de agosto a Semana de Prevenção à Leishmaniose. O intuito do evento é chamar a atenção da população para o perigo da leishmaniose, que também é conhecida como calazar, e mostrar as formas de prevenção da doença que afeta os animais e que pode contaminar os humanos.

Nesta terça-feira (23/08) pela manhã acontecerá blitz educativa onde funcionários do Centro de Controle de Zoonoses e soldados do 55º Batalhão do Exército estarão em parceria abordando motoristas e transeuntes com informações sobre a zoonose, no semáforo do Bairro Roxo Verde. A blitz educativa também estará no semáforo da Ponte Preta, no dia 24 (quarta-feira); na Avenida Francisco Gaetano, dia 25; e na Rua Doutor Santos, 26.

A Semana de Prevenção à Leishmaniose também contará com um estande itinerante que estará no Montes Claros Shopping Center, na terça-feira (23/08); no Restaurante Popular, na quarta-feira; no Quarteirão do Povo, na quinta-feira; no Shopping Popular, sexta-feira; e na Praça Doutor Carlos, no sábado (27/08). Na manhã de sábado acontecerá o encerramento do evento, com passeata pelas ruas do centro de Montes Claros.

ARTIGO: Expedição Roncador-Xingu IV - Por Hiram Reis e Silva

Neste texto, ele menciona que o pior são os insetos, não são onças nem jacarés...


Sois, portanto, a argamassa na construção de um risonho porvir. Sois os semeadores de cidades e vilas. (José Faria de Ribeiro)

Em Busca Da Nova Capital
Fonte: Valdir Sanches

O Brasil Central era um branco no mapa. E, em plena II Guerra Mundial, a capital do País, o Rio, no litoral, era muito vulnerável. Por isso, o Presidente Getúlio Vargas decidiu, em 1943, desbravar o Oeste.

Em plena Segunda Guerra Mundial, o Brasil iniciou a sua conquista do Oeste. Criou a Fundação Brasil Central (FBC) e sua ponta de lança a Expedição Roncador-Xingu destinada a escolher locais para o florescimento de futuras cidades. Três paulistas loucos por mato logo acabaram no comando da expedição: os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Boas. Graças a eles, a ocupação teve uma característica rara: os ocupantes primitivos - os índios - não foram agredidos, como aconteceu no Oeste dos Estados Unidos, mas foram atraídos pacificamente. O resultado foi a abertura de 1.500 quilômetros de picadas e mil quilômetros de rios navegados, ao longo dos quais surgiriam 34 vilas e cidades. Hoje, aos 87 anos, Orlando, último sobrevivente do trio, narra a epopeia.

Dizem as pessoas que me conhecem, que tenho uma memória prodigiosa. E, felizmente, tenho mesmo. Lembro que na década de 20, quando eu e meus irmãos éramos meninotes, e viemos para São Paulo, um número muito grande da nossa família, de Botucatu, comprou terra no Brasil Central, onde seria a futura capital da República. Isso depois da I Grande Guerra, lá por 1920...

Aí o mundo inteiro entrou em calma e não se falou mais nisso. Até que em 1939 começou a Segunda Guerra e novamente voltou a ideia de que a capital do País não podia ficar na faixa litorânea, por ser muito vulnerável.

Desta vez, foi o próprio governo que tomou a si a concretização da marcha para o Oeste. E o Presidente Getúlio Vargas, nos primeiros meses de 1943, faz 50 anos, fez o primeiro pronunciamento dizendo que ia criar um órgão para desbravar o branco das nossas cartas geográficas. Para chefiar a FBC, Getúlio escolheu o ministro João Alberto Lins de Barros, aquele que tinha sido interventor em São Paulo, em 1932. Aí o Getúlio disse assim (imita a voz):

“Como nós estamos em plena guerra, não podemos pesar o erário, vocês vão a São Paulo e peçam donativos àquela gente que aquela gente é fácil para dar as coisas”.

Eram o João Alberto e o Coronel Flaviano de Mattos Vanique, o Chefe da guarda pessoal do Getúlio, que ele indicou para chefiar a Expedição Roncador-Xingu. Eles vieram para cá e ficaram no hotel Esplanada, atrás do Teatro Municipal. Quando os jornais anunciaram que a expedição estava sendo organizada, com essas duas figuras no hotel Esplanada, eu fui lá. Conversei com o Coronel e disse que gostaria de participar da expedição. O Coronel foi taxativo: “Absolutamente, não vou contratar gente da cidade. Vou contratar analfabeto, que analfabeto tem mais resistência”. Em vez de falar sertanejo, ele falava analfabeto. E não deu certo.

E havia uma crise incrível, porque a idéia do Chefe da expedição (Coronel Vanique) era contratar analfabetos... Eles contrataram aqui em São Paulo um cidadão chamado Frederico Laine. O Frederico estava criando a base, mas numa bananosa incrível, porque não tinha ninguém para auxiliar. Um dia um piloto atolou o avião no campo e chamou os dois trabalhadores mais próximos para ajudar a desatolar. Coincidiu serem o Cláudio e o Leonardo. Conversa vai, desatola, desatola, viram que não éramos analfabetos. No dia seguinte fui nomeado secretário da base, o Cláudio Chefe do Pessoal e o Leonardo Chefe do Almoxarifado. Nem imaginávamos que ia acontecer tanta coisa.

Contra os Xavantes, Tiros Para Cima.

No qual os Villas Boas descobrem que devem passar pelo território de várias tribos nativas e passam a doutrinar seus homens para que respeitem o índio.

O objetivo principal da expedição era determinar pontos ideais para futuros núcleos de povoamento. E o da Fundação Brasil Central, o órgão principal, seria o de implantar esses núcleos de povoamento nas áreas indicadas pela expedição.

Tocamos pela picada na mata. De Aragarças a Xavantina, meus dois irmãos foram por terra. Eu fiquei com o Coronel Vanique, para descer de barco o rio Araguaia. Descemos 100 léguas (600 quilômetros) do Araguaia, depois 80 léguas (480 quilômetros) do rio das Mortes. Xavantina era um ponto do rio das Mortes, alcançado pela expedição, no rumo de Manaus. Chamou-se São Pedro do Rio das Mortes, depois Xavantina.

Hoje é Nova Xavantina, uma cidade grande (25 mil habitantes). Nós criamos lá uma pequena base, que seria a base da Fundação Brasil Central. Na outra margem do rio das Mortes começavam os grandes brancos do Brasil Central. Os brancos das cartas geográficas. E nos preparamos: bom, então vamos começar a atravessar esses brancos. Era onde nós íamos estabelecer os pontos ideais de colonização. Mas começaram a surgir colunas de fumaça. Aí nos surpreendemos: então isso ai não é área desabitada, em branco. E o Coronel Vanique ficou muito preocupado. Ai começou-se a constatar, com vôos, de exploração aérea, que eram aldeias indígenas. Eram os Xavantes. Os afamados Xavantes...

Então a Fundação resolveu criar uma Vanguarda militar. Porque a expedição Roncador-Xingu era paramilitar. Tanto assim que nós recebíamos um mosquetão e 50 tiros. A Fundação conseguiu 12 soldados da polícia de Goiás, chefiados por um oficial. Iriam limpar o caminho da expedição. Afastar o índio de qualquer forma. Apavorados com o que poderia acontecer, escrevemos, em segredo, uma carta para o Marechal Rondon. O Marechal já estava aposentado, era o Presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios. Mas era o grande Marechal, um grande humanista. Rondon recebeu a nossa carta, chamou o João Alberto e disse. “Eu não gostaria que a expedição tivesse uma frente militar”. O João Alberto acatou imediatamente. Em Xavantina, reuniu toda a expedição - o Major da Polícia Militar já estava lá - e disse: “Não vai ter mais a frente militar. Aconselho que a frente da expedição seja entregue aos irmãos Villas-Boas”. Aí assumimos a expedição.

O perigo da Amazônia não é esse negócio de cobra, de onça. O perigo é o inseto, que e uma coisa fantástica. E o pium, é o maruim, é o borrachudo, o catuquira, uma infinidade de coisas. Inclusive um, o da leishmaniose, derrubou 14 homens nossos.

Na área dos Xavantes, abrimos uma picada na serra do Roncador. Levamos 11 meses atravessando lá. Tínhamos que fazer grandes desvios de morro, não por causa do homem, mas por causa da tropa de abastecimento. Andar três quilômetros por dia já era resultado excelente. Os Xavantes hostilizavam a tropa, espantavam os burros... Nós tivemos 18 escaramuças com os Xavantes, que eram os mais bravos que havia. Livramo-nos bem, não demos um tiro em índio. Quando a coisa era muito séria atirávamos para cima. E assim conseguimos atravessar o território xavante.

Saindo da área xavante, descemos o rio Sete de Setembro, pegamos o Kuluene, um afluente do Xingu. Chegamos a uma praia muito bonita, e começamos a ver uma barreira e alguns índios em cima dela. Era uma fileira de índios que gritava, gesticulava. Os Kalapalos. Foi uma relação difícil, nós gritávamos daqui, eles gritavam de lá. Alguns deles quiseram nos manter a distancia, ameaçando com arco e flecha. Recuamos para a praia, porque éramos só o Cláudio, o Leonardo, eu e mais dois trabalhadores.

Aí, de repente, surge a figura de um índio mais destemido, no meio do barranco. Nós chegamos, ele nos aguentou na barranca. Era o Izarare, um índio grande de tamanho e de moral. Aí nós mantivemos contato com o Izarare e vimos que nessa barreira, que eles chamavam de rina, dava um ótimo campo de aviação.

Nós nos demos bem com esses índios. Mas, por maiores cuidados que tivéssemos, levamos gripe a eles. Um dia a índia mulher do Izarare ficou muito mal, quase para morrer. E nós mandamos buscar penicilina. Os índios já começavam a pintá-la para enterrar, quando o avião chegou com a penicilina. Nós demos uma injeção, quando foi na terceira injeção ela sentou. Aí os índios deram um trabalho incrível, por qualquer probleminha queriam tomar injeção...

Ali todo mundo dormia em rede. A fonte da nossa alimentação era o peixe e a caça. A gente vivia da anta, capivara, porco do mato. Uma ocasião, uma vara de porco do mato entrou no nosso acampamento, quase destruiu tudo. Tal o tamanho, a velocidade e a voracidade da coisa. O Kuluene é um rio altamente piscoso. E comíamos também o beiju, que o índio faz da raspa da mandioca brava, fervida e decantada para tirar o ácido cianídrico. Quando o avião começou a vir sempre, passou a levar arroz, feijão... Mas o abastecimento era muito falho. O avião saía de Xavantina, para chegar no Kuluene levava uma hora e meia. Um saco de arroz, já lotou o avião.

Malária? Bom, eu e o Cláudio tivemos umas 200. Sim, 200 cada um... Nós tínhamos 18 trabalhadores, que pescavam e caçavam, abriam o campo de aviação, a instalação dos postos. No início a gente tinha muito receio, de que essa gente fosse nos criar problemas. Porque vivíamos em uma aldeia de índios nus e esses homens eram chamados “os homens sem lei do Brasil Central”, que eram os garimpeiros. Uns com 20 mortes, outros com 15... O mais humilhado era o Antenor, um dos trabalhadores, que tinha oito. Quase todas as mortes eram conflitos de garimpo.

Mas nós começamos a treiná-los. O sertanejo se revelou uma coisa fantástica. Explicamos a eles que iriam entrar em contato com gente que tinha outro tipo de vida, nós não tínhamos o direito de intervir na família do índio. Dizíamos: “Você, se alguém mexer com uma irmã sua, o que você faz?” “Ih, meu Deus do céu, eu mato na mesma hora”. “Então, por que você acha que o índio não pode matar você, se não respeitar a família dele?”. Nunca tivemos uma dor de cabeça com eles.

“Explicamos a eles que iriam entrar em contato com gente que tinha outro tipo de vida, nós não tínhamos o direito de intervir na família do índio”.

Não demorou muito houve um conflito do Coronel Vanique com o marechal Dutra, que era o ministro da Guerra. Quando o Dutra assumiu o governo da República, em 1947, o primeiro ato dele foi destituir o Coronel Vanique. E fui nomeado.

Nós já estávamos no Xingu. O lema da expedição, de marcar pontos ideais para futuros núcleos de povoamentos, caiu por terra, porque aquilo era uma área indígena. Aí o brigadeiro Eduardo Gomes, o dono das rotas aéreas, abriu o mapa do Brasil, chamou o general Fortes, que era amigo dele, e disse: “Eu quero um campo aqui, aqui e aqui”. Na direção de Manaus.

Na época, a ligação aérea era feita pela faixa litorânea. Demorava seis horas a mais para chegar em Manaus. E ele queria fazer pelo Centro do País. Do Xingu fomos seguindo. Nós tínhamos combinado com a aviação que a cada 150 quilômetros a gente abriria campos de pouso para novo reabastecimento. Encontrávamos índios e fazíamos a aproximação. Presentes, não dávamos, porque nós quase não tínhamos nada. Éramos uma expedição muito pobre. Uma manhã, os homens não quiseram sair da rede, estavam com saudade de comer arroz. Nós estávamos comendo só macaco.

A Expedição Avança

No qual os irmãos montam o principal acampamento e começam a substituir seus trabalhadores por índios.

Avançamos com a expedição e chegamos ao Jacaré. Fizemos uma grande base em Jacaré. Começaram a descer aviões grandes, Douglas. Foi o ponto de apoio para explorações aéreas para o interior. A Luz del Fuego (conhecida vedete da época) queria fazer um filme, A Virgem do Roncador. Arranjaram autorização e começou a chegar avião com material. Aí meti uma cartinha para o Rondon e ele mandou suspender.

O Leonardo ficou tomando conta do Jacaré. O Cláudio e eu descemos, no rumo remoto de Cachimbo. Começamos a substituir os trabalhadores por índios. Chegamos a um lugar chamado Iararu. Era um lugar onde tinha índio bravo, tinha um Suyá bravo, um juruna bravo, e já começamos a ter notícia dos Txukarramães. Encontramos a foz de um rio, à direita, que era o Suyá-Missú. Pouco abaixo vimos um descambado; bonito, bom para fazer um campo.

E fizemos ali o Diauarum, que quer dizer onça preta na língua do índio. Isso já era em fins de 1947. No ano seguinte, 1948, estávamos no Rio Teles Pires. Ali nós fizemos a atração dos índios Kayabi. Nós íamos seguir depois, por um certo ponto, mas os Kayabis disseram para não ir, que não passava. Tinha os Ipeuí, que depois nós fizemos a atração e chamamos de Kree-akores, ou Paranás. Os Kayabis disseram: “Lá vocês não passam por que é muito difícil. Eles fazem armadilha. Eles pegam um pedaço de buriti, que é que nem uma rolha, e metem um espinho lá no meio, deste tamanho, e jogam folha em cima”.

Além de ficar com receio, não podíamos prescindir da colaboração dos Kayabis. Então, mandamos todos os trabalhadores embora e ficamos só com os Kayabis. Queríamos chegar lá em cima, na Serra do Cachimbo, para fazer o campo. Havia um empenho grande da Aeronáutica, de urgência. Fizemos uma exploração de avião, com um Norduyn, e vimos um lugar onde os índios tinham posto Fogo. O piloto, João Carlos, disse: “Eu desço, eu desço com o avião aí!”. E fizemos um plano de descer com o avião lá.

Saímos do Jacaré num avião menor, um Stinson. Na frente saiu o Norduyn. Mas esse aviãozinho maldito (o Stinson), quando ele está alto - e lá é sempre cheio de morro - faz gelo no carburador. Ele começa a cair. Então você baixa o avião, vai rente com a mata, o gelo derrete, ele anda, mas você encontra um morrote não pode subir. Quando nós chegamos em certa altura, o avião entrou em pane.

O Leonardo ia sentado no banco de trás, com um caixote que ia até o pescoço. Não podia nem olhar para fora. O Cláudio, sentado ao seu lado. Eu na frente com o piloto. Aí o avião entrou em pane, começou a cair.

A gente falava com o Norduyn, pelo rádio: “Estamos caindo”. Para disfarçar um pouco o medo, fui transmitindo meu testamento: a distribuição das coisas que eu tinha no campo, em Jacaré. Com a perda de altura, junto da mata, perdemos o Norduyn de vista. Nós não tínhamos bússolas e eles é que estavam dando a direção. O nosso piloto conseguiu fazer a volta. Uma hora, depois de quase bater num morro, ele disse: “Vou placar, segura, que vou placar!”. E caímos, bem no campo do Jacaré.

Aí a coisa ficou ruim. Como é que nós vamos descer no Cachimbo? Nós tínhamos um outro avião chamado Fairchild, e que era a menina dos olhos da nossa aviação. Resolvemos tentar com ele. Esse tinha bússola, tinha tudo. Nós resolvemos consultar o brigadeiro Amorim, o responsável. Mandamos um rádio muito simples, pedindo licença para uma aterrissagem de emergência. O brigadeiro respondeu ao rádio: emergência, é uma coisa imprevista, você não pode pedir autorização para um imprevisto. Aí o Amorim passou um rádio pra gente, duro. Na ultima linha, disse: “Confio no discernimento de vocês”.

Lá fomos nós com a menina dos olhos da aviação. Chegamos na queimada, ele pum, desceu, foi, foi, foi, parou. Parou, nós pulamos fora e já com o facão limpamos todos os obstáculos que o piloto havia sentido. Dali a pouco chegou o Norduyn. Desceu, descarregou as coisas para o acampamento. Pouca coisa, que eles ficaram com medo por causa da aterrissagem. Depois todos foram embora. Ficamos o Cláudio, o Leonardo, eu, um índio adulto e um menino, o Piunin. Há uns 30, 40 metros tinha um córrego. E claro que nós fomos lá tomar água. O Leonardo pegou e pendurou o facão dele num arbusto. Quando voltamos não estava mais o facão. Tinha índio escondido ali. Eram os Kreen-akores.

“O Leonardo pegou e pendurou o facão dele num arbusto. Quando voltamos não estava mais o facão. Tinha índio escondido ali”.

Aí tínhamos que subir a serra, porque o campo seria lá em cima. A serra do Cachimbo é um descampado. Transportamos a carga, chegamos lá, fizemos o acampamento. Então começamos a fazer o campo. Nós três, porque o Piunin era menino, o outro índio ficava na cozinha tomando conta do rancho. Nós vimos aquele descampado e ficamos contentes. Eh, aqui nós fazemos um campo em dois dias! Aqui pusemos fogo no capim, apareceu aquele chão, parecia uma cara de catapora, tanta pedra. A sorte é que nós tínhamos levado marreta.

Começamos a quebrar pedra, na marreta. Mas durante o dia não era possível. A quantidade de pium (tipo de inseto) era tão grande que nós trabalhávamos com um saco de estopa na cabeça, com dois furos para poder enxergar. Mais aí acabou não dando mesmo, porque o calor no Cachimbo é uma loucura. Então trabalhávamos à noite, quando o pium não ataca.

E nós quebrávamos pedra, quebrávamos, quebrávamos. A comida começou a acabar. Aí terminou de vez. Eu falei: “Vamos tocar fogo naquele capinzal, daqui a três dias começa a vir broto e vem bicho para comer esse broto”. Um dia, cedinho, sete horas da manhã, de repente a gente olha tem um veado no meio do campo. O Leonardo saiu agachado, passou a mão na 22 e saiu margeando o campo. E a gente aqui torcendo. O Leonardo chegou pertinho do veado. Foi indo, indo e não atirava. E a gente: é um imbecil. Um imbecil, em vez de ele dar um tiro no veado, já está quase na bunda do veado. De repente o Leonardo levantou. O veado olhou para ele e deu no pé.

Saíram cinco índios de trás da moita atrás do veado. Ai o Leonardo voltou: “Eu não atirei no veado, por que estava com imbira (colar) no pescoço. Era um veado manso de índio”.

Deu para viver, catando côco, comendo tatu, um ou outro veadinho. De vez em quando, peixe. Os índios não queriam atacar, estavam só vigiando. O campo ficou com 800 metros. Depois que terminamos o Cachimbo, em seis meses, eu e o Cláudio voltamos para o rio Teles Pires. Encontramos umas áreas de mata muito bonita, perto de um rio. Ali nasceu Alta Floresta (hoje com 67 mil habitantes). Terminado o campo de Cachimbo, veio a grande reivindicação. Eles queriam uma estrada que ligasse o Cachimbo principalmente com o Norte. Cachimbo-Rio Tapajós, que ter navegação franca com bases militares. E queriam ligação com outro campo que iria surgir lá, Jacareacanga. A distância seria, por terra, uns 600 quilômetros até Jacareacanga.

Deram essa atribuição para o 9º Batalhão de Engenharia de Construção. Mas antes fixaram o plano de abrir ali uma picada, que seria o eixo da futura estrada. Talvez não fosse o mesmo lugar da estrada, mas seria o reconhecimento de toda a área. Essa picada começou no Cachimbo. O Cláudio, que tomou conta dela, foi tocando. Foi uma das fases mais duras da expedição, porque eram 600 quilômetros da base e não havia recursos. Terreno muito acidentado, muita mata.

Nessa altura, o Parque (Nacional do Xingu) já estava com uma dinâmica muito grande. Eu e o Leonardo já tínhamos saído para lá. Dez anos depois da picada pronta, o governo veio vindo com a estrada. Depois de Cachimbo, seguiu as informações que a picada tinha dado, até o Rio Tapajós. Era a Cuiabá-Santarém.

Parque Indígena do Xingu

No qual Orlando é nomeado diretor do Parque, Leonardo morre e em 1967, Orlando Villas Boas foi nomeado diretor do Parque Nacional do Xingu, criado pelo Presidente Jânio Quadros. Com a unificação do parque, ele e Cláudio passaram Para a Fundação Nacional do Índio, FUNAI. Leonardo morreu doente, em 1961, no Araguaia, onde vivia. Cláudio já em São Paulo, em 1998. Orlando é assessor especial da presidência da Funai, de onde já foi demitido (e readmitido) três vezes. Tem também uma pensão especial, dada pelo governo do Estado de São Paulo. Vive na Lapa, em uma casa com grande quintal. Mas morre de saudades do mato.

História um Sonho que Vinha da Colônia

A Marcha para o Oeste já era um forte sentimento no Brasil Colônia. E não se tratava só de ocupar essa banda remota do País. Mas de mudar a capital. Qualquer aprendiz de estrategista sabia que o Rio era uma cidade vulnerável, à beira-mar.

Às portas da República, na década de 1870, Luiz Cruz, um especialista, fez estudos profundos e deu por inteiramente viável a ocupação do Oeste. Situou a futura capital em Goiás, mais ou menos onde hoje está Brasília. Mas não havia dinheiro para a empreitada. Durante a Segunda Guerra, os japoneses tomaram as fontes de produção látex da Ásia, que abasteciam o Ocidente. A Amazônia brasileira, que desde a Primeira Guerra perdera a primazia do mercado, passou a ser o celeiro da borracha necessária às tropas aliadas. “Com isso, voltou-se a discutir a idéia de o Brasil se interiorizar” - ensina o professor Edgard Carone, do Departamento de História da USP. E Getúlio Vargas baixou as ordens que resultaram na Expedição Roncador-Xingu. “A expedição teve um valor histórico. A marcha prenunciou a ocupação posterior, que vai ser de Juscelino Kubitschek”.

Carone diz que o primeiro passo de projetos desse tipo é muito importante: “O problema de continuidade sempre depende das circunstâncias” Hoje, afirma, a ocupação é rápida. Mas antes era demorada, tudo era muito difícil, pois os recursos eram menores Carone considera que João Alberto Lins de Barros, nomeado por Getúlio Vargas para comandar a marcha para o Oeste, “tentou desenvolver na prática a idéia de ocupar o máximo possível essas regiões”. João Alberto era o ministro plenipotenciário da coordenação da mobilização econômica no tempo da guerra. A ocupação posterior, de Kubitschek, diz Carone, foi possível devido a vários fatores. “O Estado precisou esperar o desenvolvimento da indústria siderúrgica, de carros, e outras para ter condições de promover a ocupação”. O professor Carone considera importante a atuação dos Irmãos Villas
Boas na expedição: “Eles são notáveis”.

Casos do Centro-Oeste

1. Mané Baiano, um dos sertanejos, contava histórias de reis. Não repetia história. A princesa ficou doente e o rei prometeu dá-la em casamento a quem a curasse. Mas se o pretendente falhasse na cura, morria. Muitos tentaram e morreram. Um dia vem um príncipe como remédio certo. Quando chega na porta do palácio, a bruxa vem correndo: “Príncipe, dá esse remédio para mim. A princesa é moça, resiste. Eu sou velhinha”... O Umbelino, o ouvinte mais atento, agarra no braço do narrador: “Mané, fala pro príncipe dá um tiro de 44 no peito dessa véia”. Os outros: “Fica quieto, Umbelino, não tá vendo que é causo?”. Umbelino: “É causo, sei. Mas não tem quem guente”.

2. O Presidente Getúlio Vargas ia visitar o acampamento. Orlando foi incumbido de organizar as boas-vindas. Reuniu os homens e explicou que o Presidente ia chegar, precisavam ensaiar uma recepção. “Quando o Presidente aparecer eu grito: ‘Viva o Presidente’. e vocês respondem: Viva”. Foram ensaiar. Orlando gritou “Viva o Presidente”. Ninguém respondeu. “O que está acontecendo?” - perguntou Orlando. “A gente espiou e não viu ninguém chegando” - justificou um dos homens. “Mas é só um ensaio” - replicou Orlando. Tentou de novo. Outra vez ninguém respondeu. Orlando não desanimou. Explicou várias vezes. No dia da visita, diante de Getúlio Vargas, o sertanista enche os pulmões e grita: “Viva o Presidente!” Ninguém respondeu.

3. Os Villas Boas comemoraram as datas nacionais. Num Sete de Setembro, Orlando reuniu os sertanejos: “Hoje é Dia da Independência, ninguém trabalha”.

- Seu Villa, dá licença? - era o Umbelino.
- Diga - diz Orlando.
- É que eu conheci ela.
- Ela quem?
- A Dependença.
- Que dependência é essa?
- Melhor cadela pra correr paca que eu já vi.

No dia 1º de janeiro, Orlando anuncia que é “dia de todos os povos”.

- Licença, dia do que? - pergunta um trabalhador.
- Dos povos.
- Ah bom, tinha entendido dos ovos.

– Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede virtual da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link: http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.


Coronel de Engenharia Hiram Reis e SilvaProfessor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa NacionalSite: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E–mail: hiramrs@terra.com.br



Autor: Hiram Reis e Silva
Fonte: O NORTÃO

domingo, 21 de agosto de 2011

Estado já tem 22 mortes por calazar neste ano

O trabalho de informar a população sobre os riscos da doença e é uma das maneiras de combater os índices


De alguns anos para cá, o Centro de Zoonose de Fortaleza tem diminuído a eutanásia em cães por causa da liminar, de 2009, que determina a comprovação da doença via laudo veterinário
ALEX COSTA

O problema se tornou uma endemia em Fortaleza e preocupa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

O Ceará já tem, apenas no primeiro semestre de 2011, 22 mortes confirmadas por leishmaniose visceral, o equivalente a 88% dos óbitos de todo o ano de 2010, que foram 25. Do total deste ano, dez aconteceram em Fortaleza. O número de casos de 2011 no Estado é 244, desses 102 na Capital. Em 2010, 581 pessoas foram infectadas com a doença, das quais 262 em Fortaleza. Dados do Ministério da Saúde apontam que, no período de 2007 a 2010, foram notificados 1.958 casos.

Na Capital, a Regional I é a mais complicada. Bairros como Barra do Ceará e Álvaro Weyne, apresentaram seis e quatro casos da doença, respectivamente. O problema já se tornou de saúde pública em Fortaleza e preocupa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). "Hoje, trata-se de uma endemia que já se estabeleceu na cidade", ressalta o médico infectologista, Anastácio Queiroz.

Apesar de classificada como uma doença de caráter rural, desde 2006, a leishmaniose se urbanizou por causa da boa adaptação do mosquito ao ambiente das grandes cidades. Hoje, o flebototímeno é encontrado em 90% dos bairros de Fortaleza e se prolifera em matéria orgânica em decomposição. A migração das pessoas e dos cães para as cidades é uma das causas, segundo o infectologista. Os desmatamentos, os processos migratórios e o crescimento desordenado também contribuem para a expansão e alteração do perfil epidemiológico do calazar. E Fortaleza vem sofrendo as consequências dessa mudança de maneira intensa.

O problema é que os humanos e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. De acordo com o coordenador da leishmaniose do Centro de Zoonose de Fortaleza, Sérgio Franco, a preocupação é com os cães, cuja doença é grave, de curso lento, de difícil diagnóstico e de fácil transmissão, tanto para os animais quanto para os homens.

Prevenção

Hoje, ações de combate ao calazar giram em torno apenas da prevenção por meio da eliminação dos reservatórios. Os cães contaminados que possuam exames de comprovação laboratorial são submetidos à eutanásia, já que não tem como eliminar o transmissor, o mosquito, cujo habitat são plantas e territórios úmidos, locais de difícil acesso para o fumacê - usado para eliminar o mosquito da dengue.

O coordenador explica que os animais de rua são um risco, mas que o Centro de Zoonose não tem como recolhê-los, abrigá-los e realizar eutanásia nos que estão infectados, como era feito antigamente. "Hoje, a gente só faz isso com os animais domésticos que os donos nos procuram".

A maior dificuldade enfrentada é a falta de diagnóstico precoce. "Alguns profissionais não têm contato com os doentes, por isso acabamos tendo problemas com a detecção do calazar". Porém, Sérgio Franco destaca que o Município tem trabalhado com o soro K39 para realização do diagnóstico, o que agiliza e facilita o processo. Além disso, os sintomas são comuns a outras doenças: febre, dor de cabeça e apatia. O tratamento é feito com medicamentos. "Em algumas pessoas, parece uma infecção viral", alerta o médico Anastácio Queiroz.

Saneamento

Outra ação é o saneamento ambiental e a conscientização da população para não acumular lixo. "A ideia é que todos os agentes de saúde que trabalham no combate à dengue possam ter a informação sobre o calazar e repassem", frisa Sérgio Franco. As políticas ainda não surtiram efeito no combate à doença. "Mas, pelo menos, os números estão estáveis. Não houve um aumento. Estamos mantendo um patamar para que, daqui a dois anos, Fortaleza comece a reduzir o número de casos", destaca.

Os hospitais São José, Valdemar de Alcântara e Albert Sabin são as unidades de referência em leishmaniose da Capital. Para detectar a doença, é preciso fazer exames específicos. Segundo Anastácio Queiroz, é necessário dar mais ênfase às unidades básicas de saúde para uma atenção maior ao calazar. "A doença aumenta a cada dia e, com ela, a dificuldade de controlar".

FIQUE POR DENTRO
O que é a doença?

A leishmaniose visceral, conhecida como calazar, é transmitida ao homem, principalmente, por meio da picada do mosquito flebotomíneo. É uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, que atacam as células de defesa do organismo, afetando a imunidade. Zoonose comum ao cão e humanos, apresenta risco de morte quando compromete órgãos como baço e fígado. A cura é de 95% no homem.

EUTANÁSIA EM ANIMAIS
Política de combate é questionada

Uma prática que vem sendo adotada pelo Município de Fortaleza para reduzir o número de casos da leishmaniose, que é a eutanásia dos cães, não tem surtido efeito. O número de casos não reduz. Até porque existe uma liminar, de 2009, que determina que o procedimento só pode ser realizado em animais comprovadamente terminais, com laudo veterinário que confirme a doença. Contudo, especialistas defendem que os cães podem, sim, ser tratados e curados, apesar de o Ministério da Agricultura e da Saúde se posicionarem contra.

Para a presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), Geuza Leitão, o tratamento com medicamento existe e é eficaz, mas falta interesse político para investir. "Ainda há a vacina que tem 92% de comprovação, mas que ainda não foi liberada pelo Ministério da Saúde", afirma.

O problema é que, segundo o coordenador da leishmaniose do Centro de Zoonose de Fortaleza, Sérgio Franco, os animais continuam sendo reservatórios, mesmo após o tratamento.

"Aqueles cães que podem, devem fazer o tratamento porque a eutanásia não é uma política eficaz no combate à doença", enfatiza Geuza. Até porque não houve redução dos números, ao contrário, eles só aumentaram. No que diz respeito aos animais sem dono, a presidente da Uipa recomenda que eles sejam eliminados, mas sem sofrimento.

De alguns anos para cá, o Centro de Zoonose tem diminuído a eutanásia por causa da liminar. Em 2011, 6.276 animais foram mortos, dos quais 60% estavam infectados por calazar. Já no ano passado, esse número era de 4.319. Em 2009, foram 5.905 animais. De acordo com Sérgio Franco, o cão é o principal autor da doença. "Quando se faz o tratamento contra a doença, estamos permitindo que o animal seja cobaia porque não é algo comprovado. O cachorro pode ficar bom, mas também pode ser que não fique. O tratamento é perigoso porque os cães continuam com o protozoário, mas que poderia ser feito em nível de universidade".

Ele destaca, ainda, que o problema é que o processo de cura é proibido porque envolve medicamentos voltados para os humanos e, portanto, podem causar resistência ao parasita. Além disso, existe o contrabando e o desvio de remédios dos hospitais, no caso das pessoas que não têm condições de importá-los. "São utilizados produtos que não têm autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)".

O Brasil é o único país que opta pela eutanásia. De acordo com estudos realizados na Europa, o tratamento contra a leishmaniose não põe em risco a saúde pública, que é uma das alegações do Ministério da Saúde brasileiro para proibir o processo de cura. Pelo contrário, as pesquisas identificaram que quando se mata cães, mais aparece o calazar porque o mosquito transmissor (flebotomídeo) passa a picar o homem porque não tem mais seu vetor preferido. Existem dois tipos de cura: a parasitológica e a clínica. Esta última é que é possível nos humanos e animais.

Solução

Apesar de ser uma medida dispendiosa, a distribuição de coleiras pelos governos seria a solução mais eficaz, conforme especialistas no assunto, o que já foi comprovado em várias cidades de São Paulo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca a eutanásia em terceiro lugar nas soluções para combater a leishmaniose. Como prioridade, está o saneamento básico, ambiental e o controle da higiene. Em segundo plano vem o combate ao mosquito transmissor.

Eutanásia

6,2 Mil animais foram mortos, este ano, pelo Centro de Zoonose de Fortaleza como forma de combater o calazar que tem números elevados na Capital

LINA MOSCOSO
REPÓRTER

sábado, 20 de agosto de 2011

Laboratório lança primeira pomada para leishmaniose cutânea

por Secom em 19/08/2011 19:48hs
Farmacêuticos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, desenvolveram uma pomada para tratar as lacerações causadas pela leishmaniose cutânea, após receber R$ 1,4 milhão em subvenção da Finep. O medicamento inovador, feito com fruto da biodiversidade brasileira, é uma alternativa ao tratamento atual, que apresenta mais efeitos colaterais.
Todos os anos, mais de dois milhões de pessoas de 88 países contraem leishmaniose. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia parasitária está entre as seis maiores da atualidade. A forma cutânea representa mais de 75% dos casos e provoca graves feridas e deformidades na pele e nas cartilagens. São 350 milhões de pessoas expostas ao mosquito transmissor, das quais 12 milhões são brasileiros.
A leishmaniose é uma das “doenças negligenciadas” pela indústria farmacêutica internacional, que atingem as populações pobres da África, Ásia e América Latina. Para combater essa tendência, a Finep destinou R$ 450 milhões em 2008 para projetos de medicamentos contra essas doenças “esquecidas”.
A leishmaniose cutânea é menos grave do que a visceral, mas o tratamento tradicional de ambas pode levar o paciente à morte.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entrevista DR. ANDRÉ LUIS DA FONSECA - os Mitos e as verdades da leishmaniose

1) Dr. André, o senhor é bem conhecido pelo seu envolvimento com as questões da leishmaniose. Como tudo começou?


Começou quando estava fazendo um projeto de castração envolvendo universidades e o CCZ em Campo Grande, e eu vi um homem entrar no CCZ com um cachorro boxer lindo, maravilhoso chorando aos prantos e pedindo para não matar o cachorro dele por que o cachorro dele estava bonito e não podia causar doença e a veterinária na porta falou que devia entregar o animal dele, que se não entregasse o vizinho dele podia morrer e ele ia ser preso por causa disso, então como tinha tanta ignorância em volta disso eu comecei a questionar o pessoal dos CCZs, eles falavam uma coisa, mas o que eu via na realidade era outra, aí resolvi então separar e decidir o lado que queria fazer, que queria acompanhar que era poder fazer a defesa da verdade do justo e depois disso comecei a mexer com a ajuda a estas pessoas que tinham esse tipo de situação e você acaba se envolvendo e se tornando um amante dos cães.


2) Quais as causas da expansão da Leishmaniose no Brasil?

A causa principal da expansão da Leishmaniose no Brasil é a falta de técnica em controle do vetor. O país infelizmente é muito grande, por uma questão assim, não dá para entender, a qualidade dos profissionais envolvidos, tanto ética, como tecnicamente envolvido no controle da leishmaniose é muito duvidosa, temos muitos profissionais em doutorado e mestrado, mas sem uma capacidade crítica importante, infelizmente isso até mostra uma falha no sistema de gerenciamento de cursos de pós-graduação.

3) A Portaria Interministerial 1429/2008, proíbe o tratamento do cão infectado e condena o cão à morte. O que o senhor pensa sobre isso?

Na verdade a Portaria não proíbe o tratamento do animal, ela proíbe o uso de medicamento de uso humano específico para tratamento da leishmaniose. Isso acontece justamente por uma questão de falta de visão técnica clara dos responsáveis por isso, por que na verdade não existe remédio veterinário, remédio humano, o remédio existe para tratar uma doença, ele age, por exemplo, sobre o DNA do parasita e não sobre o DNA do ser humano, então não tem lógica querer proibir. A Portaria simplesmente veta em termos o uso dos medicamentos tradicionais para uso no controle de leishmaniose, que na verdade é um grande engano.

4) Há risco para o ser humano conviver com o cão infectado?

Não há risco nenhum para ser humano conviver com o animal infectado. A Leishmaniose como acontece no caso da dengue, é uma doença vetorial e a presença do animal doente em casa simplesmente indica que há presença do vetor naquele ambiente. Então, o controle de uma doença vetorial se faz o controle de vetor, é o que acontece exemplificativamente no caso da dengue, então risco não há.


5) Existem as verdades e mitos da Leishmaniose Visceral Canina, inclusive é tema de uma de suas palestras, entre eles o tratamento. Se existe tratamento, por que tanta polêmica quanto ao uso de medicamentos?

Na verdade, o que acontece, é que no Brasil especificamente, existe uma política, quer se implantar uma política de controle da leishmaniose através de eutanásia canina. Essa política foi implantada há mais de 15 anos, os resultados não apareceram, acho até que por uma questão de moral desses técnicos envolvidos, voltar atrás agora seria reconhecer incompetência, então por uma questão até de falta de brilho ético, por uma questão até de vaidade e de orgulho eles não querem voltar atrás nessa decisão e eles sabem que isso é ineficaz.

6) É possível o ser humano transmitir a doença?

Tanto o animal como o ser humano podem transmitir a doença. Existem duas formas de leishmaniose, a chamada zoonótica e antroponótica. A zoonótica é quando a transmissão é feita entre o ser humano e animais e animal com ser humano, quer dizer, uma via de mão dupla.
Existe a antroponótica que é aquela em que o hospedeiro, principal transmissor é o ser humano, é o que acontece, por exemplo, na Índia.
No mundo nós temos 400 mil casos de leishmaniose aproximadamente por ano.
No Brasil, nós temos 4.000, ou seja, 1 % desse total.
A Índia tem sozinha aproximadamente 260mil casos de leishmaniose visceral por ano. Na Índia a leishmaniose não é zoonótica, ou seja, não há participação do cachorro, simplesmente do ser humano, ela é antroponótica.


7) O ser humano pode transmitir a doença?

Pode sim. Tanto o ser humano como o animal, quanto mais infectado maior a possibilidade de transmitir a doença. Por isso o tratamento tem essa eficácia de controle, ele reduz a carga parasitária, diminui o número de parasitas no animal, mas não pode ser usado como única terapia, tem que ser usado também o uso de repelentes constantes no animal e a dedetização e controle ambiental dos mosquitos no local onde tem o animal doente ou a pessoa doente.

8) O cão tratado é um transmissor ou portador?

São conceitos diferentes. O transmissor é aquele que é capaz de transmitir a doença, quanto mais sintoma tem animal, maior o risco dele transmitir. Posso ter um animal que é um transmissor e ter um animal que pode simplesmente ser um portador e não um transmissor.
Acontece que, q
uanto menos sintomas há menor o índice o índice de transmissão desse animal. Voltamos à história, o tratamento se justifica por que diminui a carga parasitária, diminui o risco de transmissão e se você alia às técnicas sabidamente conhecidas e eficazes como o uso de coleira e repelentes, o índice de picadas diminui até 95%. Então voltamos de novo à mesma história, tratar o animal, usar repelente no animal e desinsetização do ambiente.



9) O senhor além de médico veterinário é também advogado.
O que acha que os tutores dos animais infectados devem fazer para resguardar a vida do animal e tratá-lo?


Os tutores deveriam TRATÁ-LOS. A princípio está tendo uma super interpretação da lei. A lei não proíbe tratamento. Primeiro que há um decreto de 1963 que naquela época foi feito por que no Brasil não tinha medicamento específico para tratamento da leishmaniose, não se fazia tratamento de cães, depois apareceram então os medicamentos que são usados na Europa há mais de 50 anos.
Outra questão, a lei de 1963, a interpretação que se deve dar a ela, é que foi feita para casos de leishmaniose rural, em ambientes rurais, não se aplica o mesmo método de controle em ambientes urbanos, tanto não se aplica que o que se tem feito é usado os mesmos métodos sem resultado nenhum, isso causa prejuízo para o proprietário, não elimina o problema e a saúde pública fica desmoralizada com tudo isso.



10) O que o senhor recomenda como prevenção?

Primeira coisa, todo cuidado em comprar animais e adquirir animais. Quando adquirir um animal, quando resgatar um animal de rua, fazer os exames principalmente nas áreas endêmicas.
Fazer uso constante de repelentes ou da coleira, preferencialmente eu prefiro os repelentes líquidos à coleira, por causa de efetividades de aplicação. Fazer desinsetização do ambiente.
O que deveria ser feito e não é feito, é o controle entomológico, o CCZ fazer levantamento das áreas onde tem a presença do mosquito periódico e fazer o combate ao mosquito, que é como se combate qualquer doença vetorial.


11) Retornando ao tema tratamento para que fique bem esclarecido ao leitor. Na Europa e em outros países os cães são tratados. Por que é proibido no Brasil?

Tratamento não é proibido no Brasil, o problema é que quer se dar interpretação da proibição. Primeiro proibição de tratamento tem que ser mediante lei. O que existe é uma portaria restringindo o uso de medicamentos. No caso, por exemplo, da tuberculose, existe uma lei de 1942, que proíbe o tratamento de animais com tuberculose, mas em 1942 não existia ainda comercialmente a penicilina, então não tinha mesmo como tratar.
Precisamos fazer uma interpretação mais moderna dessas leis antigas. Essas leis não foram recepcionadas pela constituição, então não existe proibição ainda.

12) Dr. André, chegamos ao fim desta entrevista e qual a sua mensagem sobre leishmaniose?

Esse problema sério da questão da leishmaniose, ela não tem só haver com incompetência técnina do pessoal do Ministério da Saúde, que está sendo absolutamente incompetente em tratar isso. Falta também aquele espírito cidadão que o brasileiro não tem de colaboração, falta o envolvimento maior das entidades responsáveis como acontece com os conselhos de medicina veterinária, sociedade de medicina veterinária que são omissos nessa parte, eles não tomam uma posição e colocam a medicina veterinária como uma profissão secundária no campo da saúde e falta na verdade também envolvimento inclusive do proprietário em lutar pelo próprio direito que é de ter o animal dele vivo, sadio e tratado, que é absolutamente possível.
O que não pode acontecer, é vivermos duas realidades tão diferentes, um país como o Brasil, teoricamente evoluído e eticamente atrasado onde se mata cachorro, e o resto do mundo todo onde se pode tratar o animal.
Vivian Curitiba
Jornalista

Entrevista com o médico veterinário André Luiz Soares da Fonseca. Advogado, membro da Comissão de Leishmanioses do CRMV/MS, membro da Comissão do Meio Ambiente da OAB/MS, professor de Imunologia da UFMS, sócio fundador do BRASILEISH - Grupo de Estudos sobre Leishmaniose Animal e doutorando em Doenças Tropicais no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

Amigos dos Animais de Tatuí: Leishmaniose - Matança generalizada CCZ Goiânia - ...

Amigos dos Animais de Tatuí: Leishmaniose - Matança generalizada CCZ Goiânia - ...: CCZ Goiânia Assassinato de inocentes


Pessoal, precisamos fazer alguma coisa, afinal, somos protetores ou não? Estão matando t...

Cães contaminados por leishmaniose

Goiânia em Alerta, População precisa da conscientização sobre a doença.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Notícias de Tupã

18/08/2011 - Leishmaniose: CCZ divulga resultado de novos exames em Tupã



Secretaria Municipal de Saúde divulgou ontem o resultado de 416 exames de leishmaniose realizados pelo Laboratório Municipal de Análises.

Segundo o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Marco Antônio de Barros, das 416 amostras coletadas em animais de proprietários residentes em bairros da Zona Sul, sete deram resultado reagente.

Os demais, como não deram resultado reagente, são considerados negativos por um período de seis meses.
Segundo Barros, o exame realizado em Tupã para diagnosticar a leishmaniose é o Elisa (Ensaio Imuno Enzimático).

No caso dos sete exames que deram resultado reagente à leishmaniose, as amostras foram encaminhadas ao Laboratório Adolpho Lutz, para uma contraprova. “Em Marília, as amostras passarão por um outro exame, denominado Rifi (Reação de Imuno Fluorescência Indireta), que é mais específico. Se o resultado deste exame não for reagente, o mesmo será considerado inconclusivo. Neste caso, um novo exame terá de ser realizado com prazo de no mínimo 15 e no máximo de 30 dias, após a coleta.

Se o resultado acusar não reagente, será considerado negativo e, se for reagente, dá-se por confirmada a doença”, disse.
Diante da confirmação de casos positivos de leishmaniose, a Secretaria Municipal de Saúde providencia o exame parasitológico para identificar a espécie de leishmânia e, depois disso, o animal precisa ser sacrificado.

De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, o número de casos de leishmaniose em Tupã pode aumentar ainda mais.

Só neste ano já foram confirmados cinco casos positivos de leishmaniose, número que pode se tornar ainda maior.
Embora a leishmaniose represente uma grande ameaça ao município, a Secretaria Municipal de Saúde está tomando muito cuidado em relação aos casos, e somente depois de certificar a doença através de exames específicos, é que é feita a eutanásia.

Os exames que acabaram de ser divulgados pelo Laboratório de Análises Clínicas são de animais cujos proprietários residem nos seguintes bairros: parte da Vila Indústria, Parque Guanabara, Parque Tabajaras, Vila Santa Rita de Cássia e Jardim Europa. Para poder realizar os exames de leishmaniose em Tupã, a Prefeitura dividiu a cidade em 12 setores, e estipulou a meta de realizar a coleta de 400 amostras de sangue por mês. Por semana, são coletadas em torno de 100 amostras. Em um ano, o município deverá realizar 4.800 exames.

Leishmaniose

A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é uma infecção zoonótica que afeta animais e o homem. No Brasil, o inseto vetor responsável pela transmissão é o flebotomíneo da espécie “L. longipalpis”. O cão é o principal reservatório doméstico do parasita, infectando o vetor ao ser picado.

Para evitar a doença é preciso que as pessoas mantenham seus quintais limpos diariamente, evitando, inclusive, o acúmulo de material orgânico.

“Ao contrário do mosquito ‘Aedes aegypti’, que necessita de água limpa e parada para se proliferar, o mosquito palha, transmissor da leishmaniose, se prolifera em meio ao acúmulo de matéria orgânica, em fezes de animais, e frutos caídos no chão. Por esse motivo, a limpeza dos quintais é fundamental no combate a esse mosquito”, disse o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Marco Antônio de Barros.

Diário de Tupã

Leishmaniose - Trabalhos Escolares sobre Doenças - Pesquisa Escolar

Leishmaniose - Trabalhos Escolares sobre Doenças - Pesquisa Escolar

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

São Caetano promove mais uma feira de cães e gatos



São Caetano do Sul terá mais uma edição da feira de adoção de cães e gatos que integra a campanha “AdoCão, uma atitude que é o bicho”. O evento será realizado neste sábado (20/8), das 10 às 16 horas, na sede do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizado na Rua Justino Paixão, 141, no Bairro Mauá. Os interessados em levar os animaizinhos para casa devem ter mais de 18 anos e apresentar RG, CPF e comprovante de residência.

A medida que objetiva conscientizar e incentivar a população a adotar animais na cidade é realizada pela Prefeitura, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e conta com o apoio das ONGs NIPA Arca de Noé e Associação Protetora dos Animais de São Caetano Sul (APASCS).

Hotsite – A Prefeitura de São Caetano do Sul conta com um hotsite (http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/adocaodeanimais/) que contém fotos e características dos animais que estão abrigados no Centro de Controle de Zoonoses da cidade, prontos para serem adotados – todos já receberam as vacinas polivalentes e antirrábica, além da vermifugação. Os machos, na sua maioria, já foram castrados. O internauta também pode encontrar diversas informações relacionadas à causa animal como posse responsável, feiras de adoção, vacinação, primeiros socorros, legislações relacionadas ao bem-estar dos animais e a possibilidade de realizar denúncias sobre maus-tratos, além de sugestões.

A população de São Caetano conta também com uma Unidade Móvel de Ações Veterinárias – “Pet Bus”. Com uma moderna estrutura e finalidade preventiva e educativa, o equipamento, que está semanalmente em diversos pontos da cidade, objetiva promover ações como vacinação antirrábica, fornecer orientações, além de estimular a posse responsável de animais. O Pet Bus tem em sua estrutura todo o material necessário para a realização de campanhas de vacinação, um lavatório e uma maca para atendimento dos animais.

Da Redação