Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Parapuã realiza mutirão para Inquérito Canino contra Leishmaniose

Até o momento foram coletados mais de 1000 sangue de animais tendo um resultado de 113 casos positivos

Colaborou - Assessoria de Imprensa - Adriano Alves
No dia 01 de dezembro será a ultima data para serem coletados os sangues de cachorros para o teste de Leishmaniose, a campanha foi realizada por toda a cidade e terá 5 pontos espalhados na cidade para aqueles que ainda não foram coletados.
 
Mutirão – das 8h00 as 16h00 locais: Parapuã Piscina Clube, EMEI de Parapuã, Creche da Vila Santa Helena, PSF Central “Dr German Alcoba Salgado” Vista Alegre e praça da Matriz.
 
Levar os animais munidos de coleira e guia para evitar acidentes, como brigas e mordidas, este mutirão são para animais acima de 6 meses de idade e aqueles animais que já foram coletados não levarem.
 
Até o momento foram coletados mais de 1000 sangue de animais tendo um resultado de 113 casos positivos.

Leishmaniose Mata em Votuporanga, mais uma vítima da doença.


http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Saude/119234,,Exame+indica+morte+por+leishmaniose.aspx

São José do Rio Preto, 29 de Novembro, 2012 

Exame indica morte por leishmaniose
Elton Rodrigues
  
A Santa Casa de Votuporanga confirmou ontem que a morte do aposentado José Gonçalves de Oliveira, 89 anos, foi causada por leishmaniose. Ele ficou internado por uma semana e morreu na última segunda-feira. 

O exame clínico realizado pela infectologista do hospital Regina Silva atesta que a doença é a causa da morte e é isso que consta no atestado de óbito. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde realizou teste rápido de leishmaniose e o resultado deu negativo. Diante da dúvida, foram coletadas amostras viscerais da paciente para análise no Instituto Adolfo Lutz. O resultado sairá em 30 dias. 

Se for confirmada, essa será a segunda morte pela doença neste ano na cidade. Em setembro, a aposentada Otília Kurayama Fuzita, 76 anos, morreu depois de um mês internada. Além dela, outras 16 pessoas foram infectadas de janeiro até ontem, número quase cinco vezes maior que no ano passado, com quatro doentes e uma morte. A leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha, que pica o animal infectado e repassa o protozoário ao homem. 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Com sete casos de leishmaniose, moradores do Lago Sul entram em alerta - Cidades DF - Correio Braziliense

Com sete casos de leishmaniose, moradores do Lago Sul entram em alerta - Cidades DF - Correio Braziliense




Com sete casos de leishmaniose, moradores do Lago Sul entram em alerta

Publicação: 27/11/2012 06:02 Atualização:


Por onde passa, a professora de arquitetura Beatriz de Abreu e Lima distribui panfletos para alertar as pessoas sobre os perigos da leishmaniose. Entre as informações, consta que na quadra dela, a QL 20 do Lago Sul, pelo menos sete cães morreram por causa da doença. No Distrito Federal, até o fim de outubro, 406 cachorros foram diagnosticados com o parasita. Dos 26 casos humanos identificados, um foi na região em que Beatriz mora.

A preocupação veio no começo do mês, quando ela soube que um cão de uma vizinha tinha sido sacrificado em decorrência da doença. “Quando ela me falou, eu me assustei. Um caso? Escrevi o folheto e percorri as ruas vizinhas, falando com as pessoas. Aí, me informavam de episódios em outros lares. Fui entrando em contato, deixei folhetos em todas as caixas de correio”, lembra. Beatriz falou com todos os donos de animais e descobriu que pelo menos sete haviam sido infectados.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012



Vira latas ganham exposição no Conjunto Nacional
 
Além do trabalho fotográfico, a exposição conscientiza e
presta serviço à população da cidade

De 26 de novembro a 08 de dezembro, oConjunto Nacional receberá a exposiçãoCelebridade Vira-Lata 2013 que, além de fotos de simpáticos cães sem raça definida que ganharam uma vida digna, traz também, painéis educacionais.

Através das lentes do fotógrafo Ricardo De Vicq, uma das grandes estrelas do mercado publicitário brasileiro, a exposição traz doze fotos inéditas das estrelas do calendário, com suas histórias. 

Também serão abordados temas institucionais como a criação do primeiro hospital público veterinário de São Paulo, o primeiro Centro de Adoção de animais (Centro de Adoção Natureeza em Forma), voluntariado e castração -  onde cada cidadão tem direito a esterilizar  até dez animais por CPF, através do programa de castração gratuíta oferecido pelo Centro de Controle de Zoonozes de São Paulo, o CCZ.

O projeto Calendário Celebridade Vira-Lata está em sua quarta edição e tem 100% da renda revertida para a causa com o objetivo de apoiar a adoção, promover obras sociais, atuar na inclusão social de SRDs (Sem Raça Definida) incentivando os cuidados com esses animais além de ajudar diretamente no patrocínio de castrações coletivas de cães e gatos.


Ao longo desses três anos de existência, já beneficiou mais de 3.000 animais. Entre as várias ações realizadas, a edição de 2012 já promoveu cerca de 980 castrações. A primeira ação do ano, em conjunto com Ongs e protetores independentes, foi com os animais abandonados da área de desocupação da Favela do Pinheirinho (São José dos Campos) onde 300 animais (cães e gatos) foram esterilizados e preparados para adoção. Promove Mutirões de Castração mensais em conjunto com a Associação Centro de Adoção Natureza em Forma e o Espaço Matilha Cultural, onde já beneficiaram cerca de 500 animais.




“É importante destacar que a ideia do calendário é abordar a causa animal pelo lado feliz, o lado da transformação nas vidas de adotante e adotado”, diz Luciane Sarraf, sócia-diretora do Celebridade Vira Lata. “Durante 2012, foram 980 cirurgias de esterilização com sucesso absoluto. Jogado em projeção de natalidade para um período de três anos, isso representa cerca de 1 milhão e 200 mil animais a menos nas ruas por conta de iniciativa particular. ” – complementa.



O calendário pode ser adquirido na loja virtual para todo o Brasil e exterior. Para comprar é só acessar http://celebridadeviralata.com.br. Os calendários de mesa custam R$ 20,00 e o de parede R$ 30,00.



  
Sobre o Celebridade Vira-Lata – iniciou suas atividades em 2009 com o lançamento da primeira edição do calendário, atualmente, além do desenvolvimento do calendário produz exposições fotográficas para a conscientização e prestação de serviço à comunidade e palestras educacionais sobre o tema animais domésticos em empresas e escolas.

Serviço:
 

Exposição Celebridade Vira-Lata 2013
Data: de 26/11 a 08/12
Abertura: 25/11 (domingo) com a presença das estrelas do calendário
Horário: 18 horas
Local: Conjunto Nacional
End.: Av. Paulista, 2073 – Térreo
Curadoria: Luciane Sarraf
* a Exposição funciona de segunda a sábado das 07h às 22h.
domingos e feriados das 10h às 22h
Entrada franca
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/11/22/matar-cachorro-nao-evita-expansao-da-leishmaniose-dizem-especialistas.htm

Matar cachorro não evita expansão da leishmaniose, dizem especialistas
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Tatiana Pronin
Do UOL, em São Paulo
Quem tem cachorro em casa e vive em uma área onde a leishmaniose visceral é uma ameaça já conhece a rotina. De tempos em tempos, equipes da prefeitura vêm visitar o bairro e pedem para ver os animais. Se algum apresentar sinais de doença, logo é requisitado para fazer exame. Se o resultado for positivo, a sentença é o sacrifício.
Adotada desde a década de 1950 no Brasil, a eutanásia de cães tem sido questionada pela comunidade científica pela ineficácia em conter a leishmaniose visceral, também chamada de calazar. Mas a questão é complicada: apesar de afirmarem que a medida não evita a expansão da doença, especialistas ouvidos pelo UOL dizem que também optariam pelo sacrifício caso tivessem um animal doente em casa.
A falta de eficácia da medida como política de prevenção pode ser vista a olho nu: em 1990 foram registrados 1.944 casos da doença no país, número que subiu para uma média de 3.500 a partir de 2004 e se mantém nesse patamar até hoje.
A letalidade da doença (taxa que indica a proporção de mortes por número de casos) só aumenta: passou de 3,2, em 2000, para 6,2 no ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Isso significa que, a cada 100 pessoas infectadas, 6,2 devem morrer.
Para o médico e pesquisador Carlos Henrique Costa, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e professor da Universidade do Federal do Piauí, o Brasil é um dos poucos países que ainda adota o sacrifício de cães em larga escala como forma de controlar a leishmaniose visceral.

REVISÃO IGNORADA

Em um trabalho publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Costa conta que uma revisão de estudos feita pela OMS - que atestava a ineficiência da eutanásia de cães - foi apresentada em um encontro em setembro de 2009, no qual estiveram presentes autoridades brasileiras.

“O sacrifício de cães parece ser a intervenção menos aceitável em nível comunitário, por razões óbvias, e tem baixa eficácia devido ao alto índice de reposição dos animais e outros obstáculos culturais”, concluía o texto. É o que acontece na prática: depois que perde o cachorro para a doença, o proprietário logo adquire outro. E, como o vetor continua na região, o novo animal é rapidamente infectado.

Cerca de 10 dias após o encontro, o Ministério da Saúde consultou um fórum de experts e decidiu reafirmar a política de sacrificar cães infectados. O relatório ignora completamente a revisão da OMS e reitera a importância de se eliminar os cães para controlar a enfermidade.

Segundo Costa, o Brasil “escolheu” usar como referência bibliográfica os estudos favoráveis à eutanásia de cães. Para dar uma ideia de como os dados podem ser enviesados, ele cita o exemplo da China, que praticamente conseguiu extinguir a leishmaniose visceral quando começou o regime comunista. A epidemia, na época, parecia incontrolável e os chineses decidiram atacar com uso extensivo de DDT, tratamento de humanos doentes e sacrifício de cães.

De acordo com o médico, a impressão geral foi de que a morte de animais teve impacto positivo na China, mas na verdade não houve uma análise do efeito da medida de forma isolada.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma revisão sistemática de estudos e a conclusão é que não existem evidências de que matar cachorro controla o calazar”, diz (veja quadro ao lado). “E o Código Sanitário Internacional diz que não se pode adotar uma política pública sem que haja comprovação científica”, alfineta.
Costa alerta que, além de ineficaz, matar os animais pode ter até efeito contrário ao que se espera. Isso porque, durante o rastreamento para eutanásia de cães infectados, muitas vezes são sacrificados também animais que têm o parasita, mas não desenvolvem sintomas. Mortos, eles deixam de se reproduzir e gerar indivíduos resistentes à doença. A longo prazo, sobram apenas cães sensíveis, o que poderia agravar ainda mais o cenário.
Por último, é preciso considerar que, embora seja o principal reservatório, o cão não é o único. Animais silvestres, como a raposa e o cachorro-do-mato, também transmitem a doença. Pesquisas também já encontraram o agente da leishmaniose visceral em gatos, embora se acredite que os felinos sejam mais resistentes ao protozoário.
Tratamento vetado
Muitos proprietários de cães e veterinários são contrários à eutanásia compulsória e procuram tratar os animais diagnosticados com a doença. Os recursos, no entanto, são limitados. A Portaria  nº 1.426, de 2008, publicada pelos ministérios da Saúde e da Agricultura, proíbe o uso de medicamentos contra a leishmaniose visceral de uso humano, ou seja, os mais eficientes.
A veterinária Fernanda Kerr, que atua na ONG Arca Brasil, de proteção a animais, conta que há tratamentos alternativos que trazem resultados bastante positivos quando o cão é jovem e a doença é descoberta cedo. “A eutanásia deve ser uma decisão do proprietário e do veterinário, mas é tirado deles o direito de decidir”, lamenta.
Ela acrescenta, também, que o teste de diagnóstico usado no rastreamento é impreciso e pode gerar falsos positivos. “O único exame definitivo é a punção da medula ou de outros órgãos, o que é inviável para o sistema público”, explica. Há, inclusive, um estudo publicado nos Cadernos de Saúde Pública, em 2004, que analisou rastreamentos realizados em Minas Gerais de 1993 a 1997 -  dentre 15.117 testes identificados como positivos, 12.925 eram falsos positivos.
Kerr defende que o dinheiro gasto para fazer exames e sacrificar animais poderia ser investido em prevenção. “Há diversos produtos disponíveis no mercado, como coleiras e repelentes, e para todos os bolsos”, comenta. Uma campanha lançada pela ONG também alerta para outras medidas para evitar que o cão seja picado, como mantê-lo dentro de casa entre 18h e 6h.
A veterinária também afirma que existe uma vacina contra a leishmaniose canina que diminui a chance de infecção e também é usada para controlar os sintomas. Ela só está disponível em clínicas particulares e cada dose custa de R$ 80 a R$ 120 (são necessárias três).
Costa e outros especialistas ouvidos pelo UOL, no entanto, avisam que faltam estudos com mais indivíduos para garantir a eficácia da vacina. O próprio Ministério da Saúde é contra o uso dos produtos, ainda que um deles tenha obtido aprovação do Ministério da Agricultura.
Autorização judicial
Casos recorrentes de proprietários que conseguem resultados positivos com medicamentos de segunda linha têm feito com que muita gente recorra à Justiça e consiga autorização para tratar o animal. O advogado e veterinário André Fonseca, de Campo Grande (MS), tem vários clientes que conseguiram.

FINAIS DIFERENTES PARA QUEM TEVE O CÃO DIAGNOSTICADO COM A DOENÇA

  • Antonio da Silva, de Belo Horizonte (MG), conta que não precisou entrar na Justiça para tratar seu cachorro, um maltês chamado Luan (na foto), diagnosticado com leishmaniose visceral. “Aqui não são tão severos”, comenta.

    Luan está assintomático há cinco anos, graças a um medicamento veterinário de uso diário, o alopurinol. O maltês usa coleira com repelente e até já cruzou nesse período. “No ano passado, eu até deixei o pessoal da prefeitura fazer o exame nele e deu negativo para a doença”, comemora.

    Já a enfermeira Simone Ferreira, de Araçatuba (SP), perdeu dois animais de estimação por causa da leishmaniose visceral. A primeira, Pretinha, foi diagnosticada pela equipe da prefeitura em 2005. A proprietária chegou a fazer a contraprova em uma clínica particular, que confirmou a doença.

    Dois anos depois, outro cachorro de Simone pegou a doença. “As unhas cresceram, ele emagreceu e não conseguia se alimentar direito”, descreve, com tristeza. “Não gosto nem de lembrar.” Por saber que o tratamento não tem garantia de sucesso, ela deixou o animal ser recolhido para eutanásia. “Tem uma escola na frente de casa e crianças na vizinhança – por mais que a gente ame o cachorro, tem que pensar em tudo isso.”
Na capital, que apresenta altos índices de infecção, muitos proprietários tomam atitudes extremas para não perder o bicho de estimação.
Fonseca já ouviu casos, por exemplo, de gente que  tenta comprar remédios de uso humano por contrabando, da Europa (lá o tratamento dos cães com leishmaniose é permitido). E de proprietários que mandam o cachorro doente para uma cidade com menos vigilância.
Dilema difícil
À primeira vista, tantos argumentos contrários ao sacrifício de cães – inclusive referendados pela Justiça – levam à impressão de que o Ministério da Saúde é um vilão que não gosta de animais. Mas a questão não é tão simples.
O biólogo Paulo Ribolla, professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu, atesta que a eutanásia de cães é uma medida falha para evitar a expansão da doença, como indicam os estudos. “Mas se meu cão estiver infectado, não vou querer que ele conviva com os meus filhos”. Seu animal de estimação, por sinal, usa coleira com repelente.
O parasitologista Reginaldo Brazil, do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio, é da mesma opinião. Como pesquisador que inclusive já teve a doença, entende que a eutanásia de cães não funciona como política de prevenção. Mas admite, também, que se tivesse um animal com a doença em casa optaria pelo sacrifício.
Ambos os especialistas explicam que o animal doente, quando recebe tratamento, pode até ficar livre de sintomas, mas não se livra completamente do parasita. Por isso, existe a risco de, mesmo tratado, o cão infectar o vetor e alimentar o ciclo de transmissão da doença.
Um crítico mais irônico pode alegar que tratar humanos, portanto, também não faria sentido. “Aparentemente o ser humano não é um bom reservatório”, responde Brazil. Embora pesquisas indiquem que pessoas doentes possam contaminar o mosquito, um ser humano tratado não teria esse potencial.
Qual a saída, então?
Os estudos mostram que a leishmaniose visceral é uma doença difícil de ser combatida. Para piorar, o parasita e o vetor têm características diferentes em outros países que sofrem com a enfermidade  – o que funciona em outro continente pode não valer para o Brasil. Mas os pesquisadores concordam que, em vez de eliminar o reservatório (o cão), o combate ao vetor e as pesquisas com vacinas deveriam ser prioridade.
A reportagem do UOL pediu para conversar com um representante do Ministério da Saúde sobre as críticas à política de eutanásia de cães. A assessoria de imprensa informou que não havia ninguém da área técnica disponível para dar entrevista e limitou-se a enviar informações por e-mail.
A pasta argumenta que a eutanásia é uma forma de controle recomendada em diversos documentos da OMS. E reitera que o tratamento dos cães não combate a transmissão da doença e gera o risco de resistência do parasita aos medicamentos.
Há um estudo feito no Irã que demonstrou a eficácia do uso de coleiras repelentes – medida que foi mencionada pelos especialistas. O Ministério da Saúde informou que está financiando um estudo para avaliar o impacto dessa ferramenta no controle da doença em municípios com transmissão intensa. De qualquer forma, o produto apenas afasta o vetor, não acaba com ele.
Destinação correta do lixo e limpeza de terrenos baldios são outras medidas importantes que evitariam a doença, como aponta o professor da Unesp.
Mas, assim como ocorre com a dengue, o ministério enfatiza medidas que devem ser tomadas pela população: “É fundamental a limpeza de quintais através da retirada de matéria orgânica (folhas, troncos, restos de vegetação), lixo, limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos e, se possível, manter os abrigos afastados da casa. Recomenda-se, também, como forma de impedir que o vetor se instale no intradomicílio, o uso de telas de malha fina em janelas e portas”.

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/11/22/sem-tratamento-leishmaniose-visceral-leva-a-morte.htm

Sem tratamento, leishmaniose visceral mata; conheça os sintomas
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Do UOL
Em São Paulo
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gêneroLeishmania, transmitidos para os mamíferos por insetos vetores. De um modo geral, podem ser divididas em leishmaniose tegumentar (ou cutânea), quando a pele e as mucosas são atacadas, e leishmaniose visceral (ou calazar), quando órgãos internos são atacados. Esta última costuma ser mais grave e pode levar à morte.
Os parasitas causadores das leishmanioses são transmitidos ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores, conhecidos como flebotomíneos. Pessoas com imunidade comprometida pela Aids e outras doenças, assim como idosos e crianças, são as principais vítimas.
Leishmaniose tegumentar
Caracterizada por lesões na pele e nas mucosas, a leishmaniose tegumentar é causada por onze espécies diferentes de parasitas, sendo que as três principais são a Leishmania braziliensis, a L. guyanensis e a L. amazonensis. Já foram registrados, como hospedeiros e possíveis reservatórios naturais no país algumas espécies de roedores e marsupiais.
As principais espécies de vetores envolvidassão: Lutzomyia flaviscutellataL. whitmaniL. umbratilisL. intermedia, L. wellcome e, L. migonei. Não há transmissão de pessoa para pessoa. O período de incubação em humanos pode variar de duas semanas a dois anos (em média, de dois a três meses).

PAÍSES COM MAIS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL

 Casos relatados/ano
(2004-2008)
Incidência anual estimada
Índia34.918146.700 a 282.800
Bangladesh6.22412.400 a 24.900
Sudão3.74215.700 a 30.300
Brasil3.4814.200 a 6.300
Sudão do Sul1.7567.400 a 14.200
Iraque1.7113.400 a 6.800
Nepal1.4773.000 a 5.900
  • Fonte: "Leishmaniasis Worldwide and Estimates of Incidence", PLoS ONE, maio de 2012
Leishmaniose visceral
A leishmaniose visceral é uma doença crônica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, aumento do volume do fígado e do baço, infecções bacterianas e anemia, dentre outros sintomas. Quanto não tratada, leva à morte em mais de 90% dos casos.
O protozoário causador da doença que predomina no Brasil é a Leishmania chagasi, muito parecido com o L. infantum, presente na Europa, o que reforça a tese de que a doença veio para o país com os colonizadores.
No país, o vetor predominante relacionado à doença é o Lutzomyia longipalpis, conhecido como mosquito-palha ou birigui, de hábitos vespertinos e noturnos.
Na área urbana, o cão é considerado a principal fonte de infecção. No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas e os marsupiais. Os vetores picam esses animais e depois transmitem o parasita para o ser humano.
O período de incubação é bastante variável tanto para o homem, como para o cão. No homem, é de 10 dias a 24 meses (em média, de 2 a 6 meses).
L.donovani
Em países como a Índia, onde o protozoário envolvido é a Leishmania donovani, a leishmaniose pode ser transmitida de homem para homem (ou seja, o vetor pica uma pessoa contaminada e transmite o parasita para outra).
No Brasil, há um único caso descrito na literatura de infecção por L.donovani. O parasita foi detectado em um homem de 39 anos nascido no Rio Grande do Sul que residia no Rio de Janeiro. Ele foi avaliado por uma equipe do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas/Fiocruz em 2006.
O paciente era portador do HIV e tinha tuberculose. Tinha viajado por várias regiões da América do Sul, mas nunca para fora da região.
Fontes: IOC/Fiocruz, Ministério da Saúde, Alda Maria Da-Cruz (Fiocruz), Carlos Henrique Nery Costa (Sociedade Brasileira de Medicina Tropical), Eduardo Ribolla (Unesp) e Reginaldo Brazil (Instituto Oswaldo Cruz)