Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 31 de dezembro de 2011

2012 REPLETO DE BENÇÃOS E DE PESSOAS E CÃES SALVOS POR ESSA CAMPANHA


Agradeço de coração a todas as pessoas que apoiam a campanha, sem o apoio e a conscientização de todos não poderemos executar nem chegar ao nosso destino que é prevenir e salvar vidas dessa terrível doença.

Saiba mais em nosso facebook www.facebook.com.br/diganaoaleishmaniose e siga-nos no Twitter - @noleishmaniose

Informe ao seu vizinho, amigo, pois as pessoas em geral não sabem sobre essa grave doença, nem como ela é gerada..

QUE POSSAMOS NOS UNIR MAIS, POIS UNIDOS SOMOS MUITO MAIS FORTES.

Super beijo a todos

Marli Pó e Grande Otelo

Que venham apoiadores abençoados em 2012.

Agradecemos a MSD Saúde Animal, pelo crédito ao projeto, em especial as coleiras Scalibor pelo apoio.

Saúde alerta quanto aos perigos da leishmaniose

Agentes de Controle de Endemias recolhem lixo, incluindo material orgânico, propício à criação de vetores de doenças
A Prefeitura de Três Lagoas, através da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do setor de Vigilância em Saúde, vem alertando a população quanto aos perigos da leishmaniose e o aumento das condições favoráveis à proliferação do mosquito transmissor da doença.

Nesta época do ano, em que as chuvas de verão se tornam constantes, aumenta o perigo da proliferação do mosquito flebótomo, também conhecido como mosquito-palha, birigui. Este tipo de inseto tem condições favoráveis de criadouros em materiais orgânicos em decomposição, tais como folhas, galhos de árvores, madeiras velhas e todo o tipo de frutas, que caiem das árvores e apodrecem na superfície do solo.

Além das chuvas, nesta época do ano temos abundância de frutas, muito comuns na nossa Região e que merecem cuidados especiais. Em quase todos os quintais das nossas residências temos pé de manga, acerola, pitanga, goiaba ou jabuticaba. Essas frutas, quando caídas no solo e em decomposição, são extremamente favoráveis à proliferação do mosquito-palha.

A dica é que os proprietários desses imóveis rastelem seus quintais diariamente e recolham as frutas em decomposição, enterrando-as ou armazenando-as devidamente em sacos de lixo para serem recolhidos pelos coletores, seguindo as orientações dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Controle de Endemias.

Em Três Lagoas, eles visitam periodicamente as residências e orientam as famílias quanto aos procedimentos corretos que devem adotar para evitar a dengue e a leishmaniose.

A doença é transmitida pelo mosquito-palha que, ao picar animais já contaminados (cães ou gatos), transmite a doença às pessoas, quando também picadas pelo inseto.

No animal esta doença se expressa através de um emagrecimento crescente, inchaço do baço e do fígado, crescimento excessivo das unhas e feridas na pele que não cicatrizam, sendo ás vezes até confundida com a sarna negra, em sua espécie cutânea. Esta enfermidade é, assim, melhor diagnosticada em exames laboratoriais.

No homem, a doença, quando diagnosticada a tempo, na maioria das vezes, é rapidamente controlada. O perigo é a evolução da doença ao estágio de leishmaniose visceral. Nesses casos, os parasitas atingem especialmente o baço, o fígado e a medula óssea, nos quais proliferam os macrófagos. Os indivíduos que apresentam sintomas demonstram febre, tremores virulentos, diarreia, suores, mal-estar, cansaço, anemia, leucopenia, úlceras na pele e campos escuros na epiderme. Se a doença for diagnosticada rapidamente e tratada a tempo, há grandes probabilidades de cura. Caso contrário, pode causar a morte em um período muito curto.

Os cães não devem ficar soltos pelas ruas, especialmente no final da tarde, e deve-se evitar que eles permaneçam em locais onde o lixo é depositado e em terrenos sujos e abandonados.

Número de casos de leishmaniose permanece estável

Apesar do número de casos de leishmaniose ter permanecido estável nos últimos dois anos, continuam as ações educativas e preventivas contra a doença, para que ela não avance e não se transforme em surto ou até epidemia, ressaltou a diretora de Vigilância em Saúde, Neide Yuki.

“Nas mesmas ações e mutirões contra a dengue, orientamos os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Controle de Endemias a dar também atenção especial à leishmaniose”, informou.

Em 2010, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 17 casos confirmados de leishmaniose. Infelizmente, desse total, resultaram dois óbitos.

Neste ano, conforme dados divulgados até 9 de dezembro, o número de casos de leishmaniose havia chegado a 10 confirmados e duas pessoas haviam morrido.

O estado clínico do paciente de leishmaniose, na maioria dos casos, se agrava, em crianças e pessoas idosas.

Fonte: Assessoria de Comunicação

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Suspeita de casos de leishmaniose em Jales, preocupa Zoonose

O aparecimento de dois casos suspeitos de leishmaniose no bairro, chamou a atenção do Centro de Zoonoses

Atualizado em 26/12/2011

A equipe do Centro de Zoonoses de Jales iniciará amanhã, terça-feira, 27 de dezembro, a coleta de sangue em cerca de 50 cães, no Jardim Eldorado.

Esta é uma das medidas que esta sendo tomada pela Zoonose de Jales. O aparecimento de dois casos suspeitos de leishmaniose no bairro, envolvendo um bebê de 10 meses e um adolescente de 14 anos, chamou a atenção do Centro de Zoonoses.

O mesmo aconteceu na semana passada no Jardim Paraíso, onde 40 cães tiveram o sangue coletado, depois de um rapaz de 24 anos, morador do bairro, apresentar vários sintomas da doença.

Verão favorece a proliferação de pulgas e carrapatos em animais de estimação

Fonte 24h news -
por - Renan Magalhães

Eles estão por toda a parte, mas com a chegada do Verão, parasitas como pulgas e carrapatos se proliferam mais rapidamente. O aumento da temperatura aliada a condições ideais de umidade faz com que em um mês, dez pulgas depositem mais de 15 mil ovos no ambiente, sendo que entre oito e dez dias as pupas (casulos) eclodem e as pulgas jovens saem a procura dos animais.

Em ambientes desabitados como casas de veraneio, elas podem sobreviver até um ano, bem seguras em seus casulos, e só se manifestam quando sentem a presença dos animais ou de humanos. “Por isso, é importante que o proprietário aplique um antiparasitário preventivamente antes de embarcar com o animal para as férias”, afirma Maurício Giordano, médico veterinário clínico de pequenos animais.

Além de trazer incômodos como alergias e coceiras, a pulga também pode transmitir doenças graves aos animais e seres humanos. Cães e gatos infectados podem contrair o dipylidium caninum, parasita que ataca o intestino e causa diarreia, com consequente perda de peso. Ambos também podem ter processos alérgenos desencadeados como a dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP), além de anemia e estresse. Em se tratando de carrapatos, os animais podem apresentar doenças como a erliquiose, a babesiose e a hepatozoonose, patologias que, quando não tratadas, atacam os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, trazendo consequências mais graves ao pet.

“Todas estas doenças podem ser evitadas a partir de uma conduta preventiva, porém, se o animal já estiver infectado, é importante que ele receba um tratamento adequado até eliminar totalmente o problema, evitando assim consequências mais graves”, comenta Maurício.

E os cuidados com os animais não estão restritos apenas a pulgas e carrapatos. Em muitas regiões do Brasil o risco do animal contrair a leishmaniose visceral canina é real. A transmissão da doença ao cão e ao homem ocorre através da picada de um mosquito infectado, conhecido popularmente como Mosquito Palha, Cangalhinha ou Birigui, que quando infectado com o protozoário Leishmania, dissemina a doença para diversos hospedeiros.

O cachorro é considerado o principal hospedeiro em ambientes urbanos, entretanto, animais silvestres, gatos e até mesmo o homem podem ser infectados. “Nos animais sintomáticos podem ser observadas desde lesões na pele, como descamação e feridas em região do focinho, cotovelo, orelhas e rabo, até sintomas sistêmicos, como apatia, perda de peso, crescimento anormal das unhas, alterações oculares como (conjuntivites, inflamações da córnea e pálpebras), artrites, diarreias, vômitos e sangramento intestinal. Nos casos mais graves, pode ocorrer o comprometimento de rins, baço e fígado. É importante ressaltar ainda, que há animais que não apresentam nenhuma manifestação clínica aparente, porém são transmissores da leishmaniose”, finaliza Maurício.

Para proteger os pets contra pulgas, carrapatos e mosquitos transmissores da leishmaniose, a Saúde Animal da Bayer HealthCare disponibiliza no mercado o produto Advantage® Max3, que quando aplicado mensalmente, trata a infestação, previne doenças e protege a saúde do cão e de toda a família. Para realizar um tratamento integrado contra pulgas, é importante que o proprietário também realize o controle ambiental dos parasitas com o uso de produtos adequados como Fleegard®, que pode ser aplicado em todos os cômodos e nos locais de repouso do animal, como tapetes, estofados, almofadas, poltronas, fendas de assoalhos, rodapés, cobertas e cama, incluindo a do animal, além dos bancos dos carros, garagem e sótão.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Saúde ainda registra 500 mil casos de Leishmaniose todos os anos no mundo

Autor: Comunicação Data: 21/12/2011 10:40

Tão rápidas quanto a transmissão da leishmaniose, considerada uma das piores epidemias mundiais dos tempos atuais, são as campanhas de socorro que se espalham pela internet na tentativa de sensibilizar governantes brasileiros a encontrar o fim para esse mal. Depoimentos de famílias que perderam parentes e cães para a doença “pipocam” na rede. Não é à toa. De um canto a outro do país, o mal provoca barulho, tendo contaminado quase 30 mil brasileiros somente em 2009. Se, então, é tão ameaçador e antigo no mundo, por que até hoje uma vacina não foi desenvolvida? Na verdade, ela já foi criada, e está sendo usada no interior de Minas Gerais, onde 16 mil pessoas receberam a imunização e ficaram protegidas. “Mas pergunto: existe interesse farmacêutico por doença de pobre?”, provoca Wilsom Mayrink, médico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que há 40 anos se empenha na busca pela cura da leishmaniose e é responsável pelo projeto, desenvolvido no Departamento de Parasitologia da universidade.

Na penúltima reportagem da série sobre doenças negligenciadas, a estrela é a leishmaniose — que já invadiu o meio urbano, fez vítimas de diferentes classes sociais e ainda enfrenta preconceitos, como lamenta Mayrink. Ele e sua equipe estão atrás da cura desde a década de 1970. É para o tipo de leishmaniose tegumentar e cutânea, que acomete a pele e as mucosas do contaminado, que eles inventaram a vacina. Somente em 2009, a doença atingiu 21 mil brasileiros e, em Minas Gerais, onde ela é mais comum, foram 1.021 infectados, segundo dados do Ministério da Saúde.

A pesquisa coordenada pelo médico foi baseada em estudos do pesquisador paulista Sales Gomes realizados em 1939. Em 2001, depois de 30 anos de trabalho, a imunização foi liberada pelo governo federal para uso terapêutico. Na época, a injeção apresentava resultados positivos, mas mesmo assim não foi aprovada para o uso de efeitos de resistência à doença. Em 2002, a equipe a aplicou em 16 mil pessoas em Caratinga, no Vale do Rio Doce. “Até este ano, nenhum deles pegou a doença”, revela Wilsom, destacando alguns ocorridos que comprovam a eficácia da dose. “Teve um senhor que nos procurou e disse que estava doente, e estranhava, pois ninguém da sua família estava. Aí, ele lembrou que sua esposa e filhos tinham se vacinado, e ele não” , conta, animado.

Além de uso humano, os pesquisadores também desenvolveram um antígeno para uso canino. “A Fundação Ezequiel Dias (Funed) sinalizou interesse em fabricar em larga produção, mas, enquanto isso não ocorre, continuamos a aplicá-la em Caratinga. Temos resultados altamente satisfatórios, mas a indústria farmacêutica não quer investir”, lamenta o pesquisador, garantindo que isso não impede os cientistas de continuarem o trabalho. “Acreditamos no que criamos e temos bons resultados para isso.”

Para o tipo visceral da leishmaniose, que acomete as vísceras, como o fígado e o baço, e é considerada a forma mais grave, tendo contaminado 3 mil brasileiros em 2009, também há avanços. Foi comprovada em agosto a eficácia de 96,4% da vacina canina Leish Tec, criada por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e produzida pelo laboratório Hertape Calier Saúde Animal SA. Os mesmos cientistas encaram agora outro desafio: o de criar a vacina para os humanos, que, se aprovada, deve chegar ao mercado em cinco anos, estima-se.

A vacina recombinante foi produzida pela Hertape Calier, por meio de acordo de transferência de tecnologia. Em 2008, ela chegou ao mercado. Aprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a imunização desde então é indicada por veterinários para cães — cujos donos chegam a pagar R$ 100 por cada uma das três doses necessárias na primeira vez que o animal é vacinado. Depois, é dada uma dose anualmente.

Como preconizado pelo ministério, a empresa responsável pela Leish Tec fez a análise da eficácia das doses em campo, na cidade de Porteirinha, no norte de Minas Gerais. Metade da população inicial de 1,2 mil cães saudáveis recebeu a vacina. “Depois de dois anos, 96,41% dos animais imunizados não apresentaram a doença. Isso é o primeiro passo para a proteção entrar no calendário nacional”, aposta o veterinário e gerente de marketing da empresa, Luciano Resende.

De acordo com ele, além da eficácia da dose foi avaliada a possibilidade de transmissão da doença. “O cão, ao entrar em contato com o protozoário, se vacinado, reduz em 50% sua capacidade de transmitir a doença para o ser humano.”

Os pesquisadores mineiros querem agora dar um passo maior. Segundo conta um dos responsáveis pela vacina, Ricardo Gazinelli, coordenador-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCT), professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFMG) e pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou da Fiocruz Minas, já foram dados os primeiros passos para desenvolver a mesma vacina em humanos. A fase é de escolha do adjuvante imunológico.

“Estamos testando em camundongos os vários tipos existentes. Vai demorar. Não é rápido, pois está em teste a capacidade de induzir a resposta imunológica do ser humano. Quando criamos a vacina, há 10 anos, usamos um adjuvante aprovado para o uso em animais, e não em pessoas”, diz, reconhecendo que não será preciso outra década para encontrar a fórmula certa. A expectativa é de que a novidade esteja pronta em cinco anos. “Para o financiamento da proposta, haverá a parceria com uma grande indústria farmacêutica, com quem já estão em andamento os últimos acertos”, revela.

Diagnóstico

Enquanto Minas Gerais se mexe para encontrar a vacina certa contra a leishmaniose, em São Paulo pesquisadores se debruçam para encontrar um meio menos invasivo para diagnosticar a doença. Segundo explica a pesquisadora do Laboratório de Parasitologia do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) Lúcia Maria Almeida Braz, hoje, para saber se a pessoa está ou não doente, é feita uma pulsão da medula. “É uma forma muito invasiva, a pessoa que se submete fica com dor, precisa ser internada”, diz.

A intenção da USP é mostrar, segundo ela, que é possível fazer o teste usando amostra de sangue. “Estamos na fase dos experimentos e a expectativa é de que em 2012 já tenhamos uma resposta em mãos”, aposta, explicando que o atual teste leva o que é recolhido de medula óssea na lâmina para ser analisado em microscópio. “O mesmo pode ser feito com o sangue, pois a sensibilidade é igual. É o que queremos provar”, destaca Lúcia, revelando que serão coletados 3ml de sangue de 40 pacientes. “Em meados de março, teremos o resultado disso”, promete.

Fonte: UOL

Moradores devem ter cuidados com casas fechadas durante as férias

22/12/2011 17h37


Confira as dicas para evitar a proliferação de insetos que causam doenças.
As orientações são da Secretaria de Saúde de Bauru, no interior de SP.
Do G1 Bauru e Marília


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Quem vai deixar a casa fechada durante o período das festas de final de ano precisa estar atento a certos cuidados para evitar a proliferação de insetos que podem causar doenças, como o aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Por causa desses riscos, a Secretaria de Saúde de Bauru, no interior de São Paulo, orienta a população sobre as medidas preventivas a serem tomadas contra a dengue e leishmaniose nesses casos.
Com o calor e as chuvas características do verão cresce o número de criadouros das larvas dos mosquitos aedes aegypti (transmissor da dengue) e do mosquito palha (transmissor da leishmaniose).
De acordo com a coordenação da Divisão de Vigilância Sanitária da secretaria, ao sair de casa por vários dias, os responsáveis devem atentar para os seguintes cuidados:
• Evitar vasos de plantas com pratos de plásticos
• Manter ralos internos e externos tampados, bem como vasos sanitários
• Manter as piscinas limpas, tampadas ou desmontadas, quando possível
• Descartar todo material inservível com potencial para criadouro de larvas do mosquito aedes aegypti (garrafas, latas, embalagens vazias, pneus e outros)
• Manter a limpeza das calhas antes de sair de casa por vários dias
No caso de prevenção contra leishmaniose, a Vigilância recomenda que todo o lixo orgânico seja eliminado, manter um responsável pela eliminação diária das fezes acumuladas dos animais e recolhimento de frutas caídas de possíveis árvores do imóvel. Antes de sair de viagem, procurar informações sobre a situação da doença da região de destino, para evitar que as mesmas sejam contraídas.
Até o momento, foram registrados 4.348 casos de dengue, sendo 4.342 autóctones e 6 importados, e seis pessoas morreram em decorrência da doença em Bauru. Já em relação à leishmaniose foram registrados 31 casos neste ano, com ocorrência de 3 mortes. A Secretaria de Saúde destaca que a colaboração da população é fator fundamental para a prevenção das doenças.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bebê de 9 meses é internado com leishmaniose em Campo Grande • MS Record.com.br - O melhor jornalismo do Estado na internet

Bebê de 9 meses é internado com leishmaniose em Campo Grande • MS Record.com.br - O melhor jornalismo do Estado na internet

Vacina reforça ações de combate à leishmaniose visceral canina

Regional
SAÚDE PET

20.12.2011


MARÍLIA CAMELO
Veterinário Ricardo Henz lidera criação de núcleo do Brasileish no Ceará

A vacina Leishmune foi lançada em 2004, com aprovação do Ministério da Agricultura. Mais de 150 mil cães já foram imunizados no País
Núcleo de estudos sobre a Leishmaniose será organizado no Ceará para apoiar veterinários no tratamento de cães

Fortaleza Mais de 150 mil cães já foram imunizados com a vacina Leishmune em todo o País, desde seu lançamento em 2004. Pioneiro no mercado, o medicamento é um forte aliado no combate à Leishmaniose Visceral Canina (LVC), o calazar, doença que continua avançando no Brasil e América do Sul, com registros de casos em Estados e países onde não havia incidência, como Sul do Brasil, Paraguai e Argentina. "A doença constitui-se em sério problema de saúde pública e vem se intensificando nos centros urbanos, portanto, sua prevenção é fundamental", afirma a coordenadora técnica para animais de companhia da Pfizer Saúde Animal, veterinária Fabiana Grecco.

Da Clínica São Francisco, em Fortaleza, o veterinário Ricardo Henz, confirma a preocupação. Não é à toa o crescente interesse de profissionais por novos estudos sobre a LVC. O VIII Simpósio Internacional sobre a doença, realizado recentemente em Belo Horizonte (MG) é uma prova disso. Como um dos participantes, Henz está organizando no Ceará um núcleo do Brasileish, associação científica de médicos veterinários, que concentra os estudos sobre a doença no País, organizadora do simpósio.

Nova abordagem

A expansão do Brasileish reflete a mudança na abordagem de enfrentamento da LVC no País. O sacrifício de animais doentes não é mais a única possibilidade de controle da enfermidade. Dependendo do caso, aliás, dos muitos casos, os cães podem ser tratados, deixando de ser fonte de transmissão para seres humanos e outros animais. Segundo Ricardo Henz, estudos com credibilidade internacional, como do pesquisador Victor Márcio Ribeiro (MG), comprovam que o uso da vacina bloqueia a transmissão da LVC no ambiente, e tem eficácia no tratamento de animais doentes, apresentando excelentes resultados.

Ainda assim, há veterinários que não recomendam a vacinação, ainda restrita às clínicas particulares, com doses que variam de R$ 80,00 a R$ 90,00. Para Henz, a desconfiança do médico resulta da desinformação do profissional. Fabiana Grecco atesta que o produto é aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

"A Leishmune possui estudos que comprovam sua eficiência e eficácia no combate à Leishmaniose visceral canina. A Pfizer se preocupa com a utilização adequada de seus produtos e investe em educação continuada, tanto dos veterinários quanto de sua força de vendas", afirma ela.

Durante o ano, a empresa realizou diversos eventos, objetivando levar conhecimento aos veterinários. Já foram promovidas 18 palestras sobre a prevenção da LVC em todo o País. Quanto ao uso da vacina no tratamento da doença, a Pfizer esclarece que o produto deve ser utilizado na imunização do animal. Recomenda a aplicação apenas nos cães sadios e soronegativos para a enfermidade. "Além de proteger o animal vacinado contra a LVC, a vacina age como bloqueadora da transmissão da doença. A Pfizer não indica a Leishmune para o tratamento de cães com LVC. Os profissionais que utilizam a vacina para esta finalidade baseiam-se em estudos científicos, publicados em revistas internacionais, e não em indicação prevista na bula ou recomendação da empresa", afirma Fabiana Grecco.

Mesmo assim, as pesquisas sobre a doença vem evoluindo em todo o mundo, apontando novos caminhos de enfrentamento do grave problema de saúde pública. Ricardo Henz aponta que, já se fala, inclusive, na cura parasitológica do cão afetado, a partir do desenvolvimento do Glucantime lipossomol. 50% da amostra estudada apresentou cura parasitológica e 100%, cura clínica - antes só se falava na cura clínica. Essa substância é altamente potente. Um décimo da dose é 200 vezes mais potente, sem causar mal ao restante do organismo do cão.

Nível de proteção

Sobre a ocorrência da LVC, mesmo em animais vacinados, a Pfizer esclarece que a Leishmune confere uma proteção de até 95%, ou seja, de cada 100 cães vacinados, até cinco podem não ficar protegidos e se infectarem. "Neste caso, alguns pontos importantes devem ser considerados: o cão pode ter sido vacinado já infectado, pode ter se contaminado durante o esquema vacinal, uma vez que a proteção ocorre 21 dias após a terceira dose ou pode não ter respondido adequadamente à vacinação", explica Fabiana Grecco.

O Núcleo do Brasileish no Ceará deverá concentrar o que há de mais inovador em pesquisar abordando a LVC no Brasil e no mundo. "O Núcleo será aberto a todos os interessados nos estudos e pesquisas sobre a doença. Será um espaço para troca de experiências", afirma Henz, convidando todos os veterinários à participação, inclusive aqueles contrários ao tratamento do animal infectado.

Proposta

Em janeiro, Ricardo Henz pretende apresentar a proposta de criação do Brasileish - Núcleo Ceará ao Conselho Regional de Medicina Veterinária e à Associação Nacional de Clínicas de Pequenos Animais - Seção Ceará (Anclivepa-CE). A ideia é mobilizar bom número de profissionais interessados em conhecer e discutir novos trabalhos.

Blog Bem-Estar Pet
Veja mais sobre animais de estimação no http://blogs.diariodonordeste.com.br/bemestarpet - Facebook

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Prefeitura de Jaciara alerta sobre cuidados contra a leishmaniose

19/12/2011 - 12h42

José Marques

Jaciara


A prefeitura de Jaciara alerta a população sobre os riscos de se manter criadouros de galinhas e porcos dentro da área urbana. As vigilâncias Sanitária e Ambiental alegam que as condições de insalubridade, como são criados estes animais, afetam a saúde pública e podem desencadear doenças graves, dentre elas a leishmaniose visceral (LV).


Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental, Cenita Maria de Oliveira, esta foi a conclusão de uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizada durante três anos, com um grupo de crianças e cães. Ela explica que o estudo revela que o risco de contrair LV é de duas a quatro vezes maior entre crianças que vivem em casas com criações desses animais.

Outra informação prestada é a de que pesquisas, que vem sendo realizadas pelos técnicos da Secretaria de Estado de Saúde, mostram grande incidência do Lutzomyia Cruzi (transmissor da LV) e do Lutzomyia Whitmani (transmissor da leishmaniose tegumentar) em domicílios de Jaciara. “A preocupação em nosso município aumenta devido aos casos de leishmaniose visceral registrados esse ano”, alertou Cenita.

A coordenadora lembra a população sobre suas responsabilidades para a eficácia no combate a LV e cita a Lei Municipal n.º 1059/07, que evidencia em seu artigo 109 a obrigatoriedade dos proprietários e responsáveis por residências, terrenos, etc., em adotar as medidas necessárias para manutenção em perfeitas condições de higiene isentas de animais da fauna sinantrópica e outros prejudiciais à saúde e ao bem estar do homem.

Durante o mês de outubro a Secretaria Municipal de Saúde organizou uma ação de sensibilização e prevenção contra a leishmaniose, onde foi realizado um mutirão de orientação foi realizado nos bairros Santa Luzia e Santa Rita, região que teve um caso notificado.

Para isso foi selada uma parceria com o Posto de Saúde Familiar 7 (PSF) que abrange as adjacências. “Visitamos um total de 195 residências, onde fizemos essa sensibilização quanto a prevenção da leishmaniose visceral”, garantiu Cenita.

Segundo a coordenadora, foram encontrados diversos locais propícios a proliferação do inseto flebótomo, popularmente conhecido como mosquito palha, hospedeiro intermediário da doença. “Encontramos muitos ambientes favoráveis ao mosquito, como criações de aviários, locais sombreados e com matéria orgânica. É importante que as famílias se conscientizem em realizar a limpeza desses lugares”, alertou.

O secretário Municipal de Saúde, Régis de Oliveira Campos, chama a atenção para os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde é apontado que, anualmente, cerca de dois milhões de pessoas contraem leishmaniose. As informações indicam ainda que a enfermidade faz parte das chamadas doenças negligenciadas, ou seja, aquelas que atingem principalmente populações pobres.

A leishmaniose é caracterizada pela OMS como uma das seis doenças infecciosas mais importantes do mundo e divide-se principalmente em Visceral/Muco cutânea, que tem como principais sintomas a febre por período prolongado, emagrecimento progressivo e crescimento do abdômen e Tegumentar, que além da febre, se caracteriza pelo aparecimento de feridas indolores que não cicatrizam.

Bauru registra mais um caso de leishmanioseA vítima é um homem de 28 anos, morador do Mary Dota; 3 pessoas já morreram por conta da doença em 2011

19/12/2011

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta segunda-feira (19) mais um caso de pessoa infectada por leishmaniose visceral americana em Bauru, o que totaliza 31 casos da doença, sendo que três pessoas morreram em decorrência da doença neste ano.

Trata-se de um home de 28 anos, morador do Núcleo Mary Dota, que está sendo tratado no Hospital Beneficência Portuguesa.

A leishmaniose é transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, conhecidos comumente como mosquitos “palha”, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros).

Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmití-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel.

Os animais infectados pelo mosquito palha apresentam como principais sintomas, o emagrecimento, crescimento das unhas e queda dos pelos.

Febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez são alguns dos sintomas apresentados pelos humanos, quando infectados. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.

Assim sendo, a manutenção da limpeza nos quintais, o acondicionamento correto do lixo orgânico (restos de comida, cascas de frutas, verduras e outros) são medidas preventivas contra a doença que devem ser tomadas pelos responsáveis pelos imóveis com edificações ou não no município.

Prefeitura confirma o 31º caso de leishmaniose em Bauru

19/12/11 17:05 - Saúde
Da redação JCNet

A Secretaria Municipal de Saúde informou, nesta segunda-feira (19), a confirmação de mais um caso de leishmaniose visceral americana em Bauru, o que totaliza 31 casos da doença com três óbitos neste ano.

O infectado trata-se de um adulto do sexo masculino, de 28 anos, morador do Núcleo Habitacional Mary Dota, tratado no Hospital Beneficência Portuguesa.
A leishmaniose é transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, conhecidos comumente como mosquitos “palha”, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico.
Os principais sintomas da doença são febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez. O período de incubação pode variar de dez dias a dois anos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Cuiabá - Moradora do Jardim Aurora morre com Leishmaniose

Alexandra Araújo
Cuiabá

DivulgaçãoOs agentes dedetizaram a região próxima à casa de Denise, no Jardim Aurora
O caso mais recente registrado de Leishmaniose pela Secretaria Municipal de Saúde de Jaciara, veio a óbito nesta madrugada (15). A moradora do Jardim Aurora, conhecida pelos vizinhos como “Denise”, de aproximadamente 27 anos, faleceu em Cuiabá, após mais de um mês de internação na UTI, em estado de coma. Ela estava gestante e a criança nasceu, ficando por alguns dias em observação no hospital, e passa bem.

Pela manhã, o veículo da Vigilância Sanitária estava nas imediações. Conforme a coordenadora da Vigilância Ambiental do município, Cenita Maria de Oliveira, os agentes estiveram no local por conta de denúncia de que alguns cães estariam nas proximidades da casa de Denise. Os profissionais da saúde vieram para a coleta de sangue dos animais, como já tem sido feito em várias regiões durante o ano.

Maria do Carmo, 51 anos, chora ao lembrar da vizinha, e demonstra preocupação com os quatro filhos de “Denise”, que ficaram órfãos de mãe. As informações anteriores à sua morte eram de que “o médico já tinha feito tudo o que podia”, contudo, seus órgãos estavam todos afetados. “Estourou tudo por dentro”, informou dona Maria dias antes do falecimento.

Dados
A coordenadora Cenita de Oliveira informou que em 2003 foram registrados quatro casos de LV; em 2004 três; no ano seguinte, um registro, vindo ocorrer mais três em 2008; e neste ano, o mesmo número até então, com esse caso que veio a óbito. "É preciso alertar a população que, ao sentir fraqueza, emagrecimento, palidez, ou outros sintomas da doença, procurar imediatamente o médico para avaliar o quadro de saúde", finalizou a coordenadora.


link:http://www.diaadianews.com.br/vale/noticias/33538/moradora-do-jardim-aurora-morre-com-leishmaniose

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ator Nico Puig, assessora de imprensa Marli Pó e o diretor de dramaturgia Rodolfo Silot celebram aniversários em apoio a Campanha




Celebrar em benefício do próximo, esse foi o tema da reunião do ator Nico Puig, do diretor Rodolfo Silot e da assessora de imprensa Marli Pó que receberam alguns amigos para celebrar seus aniversários e informá-los sobre a Campanha "Diga Não a Leishmaniose", campanha esta, que foca a prevenção e a conscientização sobre a doença informando as causas e como ela é nociva, não só a seres humanos, mas principalmente aos cães; que no Brasil devem ser entregues para a eutanásia, sem a chance da escolha pelo tratamento. Apenas cães que não apresentam a doença podem ser salvos com a prevenção, nos humanos, 90% dos casos vão a óbito.

A celebração aconteceu no apto de cobertura de 500 mt2 do ator Nico Puig (40), totalmente decorado e reciclado por ele, no bairro de Sta Cecília, zona central da cidade, e contou com várias atrações inusitadas.

Além da lua cheia que abrilhantou a noite após dias de chuva, também o artista plástico W. Veríssimo apoiou a causa com um casal de modelos pintados por ele com a camiseta da campanha. O Grafiteiro Crânio, muito conhecido por seus índios azuis espalhados pela cidade paulistana também doou cinco telas onde os índios vestiram a camiseta e conscientizaram sobre a leishmaniose através da logo da campanha e seu mascote o PUG negro Grande Otelo, cachorrinho presenteado pelo estilista Clodovil Hernandes à sua assessora e amiga Marli Pó em 2003.

Vários apoiadores estiveram presentes na festa, dentre eles o gerente de MKT Marco Castro(47), da MSD Saúde Animal, Sandro Lattari(39), representando Sr. Michelli Cavalcanti da empresa Insight impressão digital, o empresário José Carlos Muoio(50) e o assessor do Secretário do Meio Ambiente de São Paulo Fernando Guimarães(32); além dos atores Reinaldo Gonzaga(55), Roberto Skora(42), Daniel(35) e Carla Marinho(30), Gabriela Alves(35), Claudio Nigro(30), Gabriela Portieri, Nicole Puzzi(47), Dominique Braned(29), W. Veríssimo, Xico Abreu(25), Livia Izar(25), Geraldine Quaglia(40), a cantora e atriz Karin Hils(32), o cantor Lucas Bressan(19) e a pré-candidata a vereadora por São Caetano do Sul, Rosana Maiotto(47) entre mais de 100 convidados.

Os presentes para os aniversariantes foram cobertores antialérgicos para serem doados às crianças excepcionais do Lar do Betinho.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Leishmaniose Visceral....pessoas se mobilizam em favor do próximo!

A Leishmaniose Visceral Continua em Pauta

Edu Marcondes

Até dia 26 de Novembro de de 2011 - Dia do Semiário de Leishmanioses do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), havia prometido a mim mesmo que não debateria mais o tema leishmaniose visceral publicamente. Contudo não pude recusar o convite feito pela comissão estadual de Mato Grosso do Sul, em nome da presidente do CRMV-Ms, para apresentar a realidade que vivemos em Dourado-Ms.

Muito bem, certamente a apresentação estava cercada de espectativas de minha parte sobretudo pelo histórico recente dos níveis acalorados de debates sobre o tema. Contudo exatos 2 dias antes ainda em Dourados-Ms pude assistir a apresentação do coordenador da comissão estadual onde pude me certificar que tinhamos tudo para de fato começar a avançar, no que mais interessa - o controle da doença.

Ficou batante claro naquele momento que o a assunto, se observado pela ótica de quem quer de fato resolver o problema sem tirar proveito pessoal, que todos estavam falando a mesma coisa porém com visões especificas e sem conseguir compartilhar as experiencias para o avanço concreto no controle da doença. Isso me deixou bastante mais aliviado, visto que no passado recente acabei expondo em demasia minhas opiniões e portanto tinha receio de como seria a receptividade no evento.


Passados já alguns dias do evento posso sentir, que esse pode ser o momento para tentarmos criar uma mesa de fato redonda e democrática para que todos, sem distinção contribuam para o controle efetivo da leishmaniose, incluindo-se ai o controle dela nos cães.

Como fazer isso; Confesso que a cada dia que passa tenho mais convicção de que não existe um modelo único e que ninguem envolvido está totalmente correto. Todos falamos as mesmas coisas: Que o cão é tão vítima quanto os humanos, que o poder público não está preparado para o controle efetivo (assim como não está para Dengue, Febre do Nilo, e outros doenças vetoriais), que devemos focar nosso controle no vetor e no meio ambiente, que nenhuma das ações de controle e de diagnóstico é 100% eficiente (assim como não é em humanos), efim, uma série de verdades que todos os segmentos sabem, concordam, mas não conseguem propor ações conjuntas para solução.Todos sabem também que a doença, é diretamente relacionada com o meio ambiente e condição sócio economica da população.

Diante desse emaranhado de afirmações acabamos verificando, alguns segmentos agindo de forma desconectada e se defendendo como podem, senão vejamos: O poder público (e diga-se, especificamente CCZ´s) faz o que está ao seu alcance técnico e material, realizando inquéritos e eutanásias e acaba por não reconhecer o empenho dos outros; Os laboratórios também fazem o que está alcance e pesquisam cada vez mais profundamente formas de desenvolver vacinas e medicamentos para proteger os cães, mas não consegue sensibilizar o poder público; Alguns clínicos e pesquisadores, desenvolvem protocolos de tratamentos para cães como forma de não descumprirem a portaria do M.S que limita o uso de drogas humanas nos cães, mas também não conseguem o aval do ministério da saúde.

Felizmente na contra mão dessa realidade pude vivenciar no Seminário momentos em que pela primeira vez todos esses segmentos estiveram juntos. As diferente opiniões e pontos de vista foram manifestados, porém sem aquele inflame de outrora. Disse na oportunidade e posso dizer novamente, talves tenha sido o primeiro passo para que possamos entender que todos devem se ajudar, pois, quanto mais desenvolvida as vacinas estiverem melhor; Quanto mais testado e mais seguro forem os protocolos de tratamento melhor; Quanto mais seguros forem os métodos diaganóstico melhor; Quanto mais efetivo na melhora das condições ambientais e de infra-estrutura urbana o poder público for melhor. Ai sim estaremos protegendo de fato nossa população, e nossos cães da Leishmaniose.

Precisamos támbem criar a consciencia de que para os CCZ´s, carregar o fardo do controle das doenças vetoriais sozinho, em nome do poder público certamente é antes de tudo injusto. Ele é apenas um órgão de vigilância da ponta de uma grande hierarquia que vai até o Ministério da Saúde, e geralmente com quase nenhuma autonomia, com faltas regulares de equipamentos e insumos e com poder de ação bastante limitado, ao controle quimico e mecânico de focos de vetores (Setor de Controle de Vetores) e ao controle animal (Setor de Veterinária), de forma que outros agentes como serviços urbanos, planejamento, obras e os próprios gabinetes de gestores é quem deveriam assumir o controle das doenças vetorias como programas efetivos.

Ficar os segmentos envolvido discutindo entre si, não os levará a lugar algum, pois quem interessa de fato que é o gestor público, não fica nem sabendo e pior, maior parte das vezes sabe e torce para que discussão fique como está, pois não os dará o trabalho de resolver as questões estruturantes que envolvem essas epidemias - O desenvolvimento urbano e social de nossas cidades. E nesse ponto o CRMV-MS, de fato deu um passo adiante pois se seguirmos nesse rumo poderemos juntar os técnicos de saúde pública, os laboratórios, os clinicos e propormos juntos um grande programa nacional de controle em que todas as possibilidades possiveis e imagináveis de controle, sejam executadas (já nenhuma sozinha é totalmente eficaz, que usemos todas) dentro das margens de segurança e com todos os critérios de cuidados empregrados.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Grafiteiro Crânio doa cinco telas com o tema da Campanha Diga Não à Leishmaniose - Novidades - Notícias : Focinhos Gelados

Grafiteiro Crânio doa cinco telas com o tema da Campanha Diga Não à Leishmaniose - Novidades - Notícias : Focinhos Gelados

Morre criança de um ano de leishmaniose

A morte por leishmaniose de Enzo Gabriel Silva de Sá, de apenas 1 ano, foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz nessa segunda-feira (12). A vítima morava no Jardim Primavera, em Junqueirópolis, e morreu no último domingo (11).

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, já são 30 casos de leishmaniose em humanos registrados este ano na região de Presidente Prudente.

O menino foi a quarta pessoa contaminada com o vírus em Junqueirópolis em 2011. A última morte provocada pela doença na cidade havia sido em 2007.

“Levei ao posto. Foi passado remédio e falaram que era gripe. Levei na Santa Casa e eles falaram que era garganta inflamada”, conta a mãe do garoto, Alessandra Rocha da Silva.

Ainda segundo ela, depois de 15 dias dos primeiros sintomas, o quadro do menino se agravou até que ele não resistiu e morreu. “O médico internou porque a febre não abaixava com os remédios. Foi feito exame e mostrou que ele estava com suspeita de leishmaniose e que ia mandar para Prudente”, relata a mãe.

O médico pediatra Aroldo Angelo Guidini, que chegou a atender o menino, diz que os sintomas da doença podem não ter sido diagnosticados no início por causa de uma inflamação de garganta. “A criança estava com amigdalite e sempre tratada assim por vários médicos”, afirma o especialista.

O diretor de Saúde de Junqueirópolis, Jorge Shirara, informou por telefone que o menino foi atendido três vezes por uma unidade do Programa de Saúde da Família e uma vez pelo Pronto Atendimento da cidade, até ser internado na Santa Casa e transferido para o Hospital Regional em Presidente Prudente.

Ainda segundo o diretor, a dificuldade para diagnosticar a doença foi a inflamação na garganta. Outro fator que teria atrapalhado é que o garoto não apresentou inchaço no fígado quando foi realizado o ultrassom.

O transmissor da doença é o mosquito palha, que se contamina ao picar animais hospedeiros do vírus, como os cães. A Vigilância Epidemiológica de Junqueirópolis estima que existam de 2 mil cães na cidade e, desse total, 20% estejam com leishmaniose.

Segundo a Vigilância, um animal do bairro onde o menino morava foi diagnosticado como portador do vírus, mas o dono não o entregou para ser sacrificado. “Infelizmente nós ainda temos moradores que não se conscientizaram de que o cão é um reservatório da doença e que, uma vez positivo, ele tem que ser entregue para eutanásia”, destaca a educadora de saúde Marcia Gomes.

Link - http://www.tvfronteira.com.br/site/?noticia_id=17861
Equívoco: Brasilândia combate leishmaniose focando nos cães
Seg, 12 de Dezembro de 2011 13:55

O Prefeitura de Brasilândia quer acabar com a leishmaniose, EQUIVOCADA com a idéia que o problema está nos cães.
Alguém precisa avisar os profissionais da prefeitura que o que tem que ser combatido é a proliferação do mosquito, e para isto basta higiene.
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Combate à Leishmaniose não para em Brasilândia
Brasilândia, 9 de dezembro de 2011 - Para continuar sem casos de leishmaniose visceral em Brasilândia, a Administração Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que em conjunto com Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Três Lagoas, realiza constantemente o recolhimento de cães portadores da doença.
Somente neste ano, já foram recolhidos em todo o município, 134 cães com leishmaniose. Os animais são encaminhados ao CCZ de Três Lagoas onde realizam a eutanásia.
Antes do recolhimento, os agentes de endemias realizam o levantamento da saúde dos animais, fazendo a coleta de sangue em dois exames, se os resultados apontarem incidência da doença, o dono do animal deve entregá-lo tendo o direito, no prazo de 15 dias, de realizar a contraprova do exame. Caso for apontado o resultado negativo, o animal não é recolhido e recebe a coleira impregnada com alfacipermetrina.
O núcleo também realiza trabalhos de inspeção com mutirões de limpeza e a retirada de criadouros de aves e suínos do perímetro urbano, além de palestras sobre educação e saúde, e a capacitação de profissionais para o atendimento de pacientes portadores da doença.
O Prefeito de Brasilândia, Dr. Antônio de Pádua Thiago, orienta todos os donos de cães a sempre estarem atentos com a imunização de seus animais contra a doença. “Peço para que todos continuem fazendo os exames em seus cães e utilizem as coleiras em seus animais, assim manteremos a leishmaniose longe de Brasilândia”, finaliza.
http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/index.php/cs/78969-combate-a-leishmaniose-nao-para-em-brasilandia

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Projeto de senador Arruda cria Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

Está para ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff a lei que cria a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, projeto de autoria do senador Inácio Arruda (CE) e cujo último parecer favorável do deputado Delegado Protógenes (SP) foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara.
O objetivo é o de estimular ações educativas e preventivas; promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil de prevenção e combate à leishmaniose; e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao combate à leishmaniose, sempre na semana que incluir o dia 10 de agosto.

A data foi escolhida pelo senador Inácio Arruda para homenagear o médico sanitarista e cientista Evandro Lobo Chagas, que nasceu neste dia e realizou estudos sobre febre amarela e malária, mas, principalmente, sobre a Leishmaniose. Ele foi coordenador da Comissão de Estudos de Leishmaniose Visceral Americana, descobriu os primeiros casos humanos no Brasil, organizou o Serviço de Estudos das Grandes Endemias, criou o Instituto de Patologia Experimental do Norte(Ipen), que funciona em Belém e que recebeu posteriormente o nome de Instituto Evandro Chagas.

A leishmaniose é uma das seis doenças tropicais de maior relevância mundial e ocupa o segundo lugar, depois da malária, entre as infecções por protozoários que acometem os seres humanos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa doença é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do mosquito vetor (flebotomíneo) infectado, tendo como reservatórios os animais silvestres e os cães. É uma doença de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar ao óbito até 90% dos casos humanos.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cãominhada será atração no Domingo do Parque e terá sorteio de brindes

Mariana Lopes


A 4ª Cãominhada é a atração principal da edição especial do Domingo no Parque, que acontece no próximo domingo (11), no Parque Sóter, das 8h às 12h.Na programação, a Funesp leva ao

Parque do Sóter várias atrações para as crianças, como atividades recreativas, cama elástica, pula-pula, piscina de bolinhas e torneios de vôlei, basquete, futsal e futebol society.

Na ocasião, serão sorteados brindes e terá distribuição de camisetas, bandanas e kit-kaka para as primeiras 250 pessoas. A ONG Abrigo dos Bichos estará orientando sobre posse responsável, adoção e o tratamento da leishmaniose canina.

O projeto é realizado pela Funesp (Fundação Municipal de Esporte) e também conta com a parceria do Abrigo dos Bichos, Petit Bichon, Merial, Farmina, Agener União - Saúde Animal, CIBAU, VETNIL, Agrofour, VSet, Fru Fru , SEMED, Sest Senat.

Em definitivo

Vacina brasileira contra a leishmaniose visceral em cães ganha licença permanente e se torna oficialmente a primeira do mundo a prevenir a doença. Além de impedir a contaminação dos animais, ela controla a transmissão para humanos.

Por: Sofia Moutinho

Publicado em 05/12/2011 | Atualizado em 05/12/2011


A leishmaniose visceral é mais comum em cães de zonas urbanas. A vacina brasileira Leishmune previne a doença nos animais imunizados e ainda impede a expansão para humanos. (foto: Sofia Moutinho)
A leishmaniose visceral, considerada pela Organização Mundial de Saúde uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo – presente em 12 países da América Latina, com 90% dos casos registrados no Brasil – conta agora com uma forma de controle reconhecida. A vacina brasileira Leishmune, que impede os cães de contraírem e transmitirem a doença para humanos, acaba de receber permissão definitiva para comercialização.

A vacina, lançada em 2003 pela empresa Fort Dodge, já era usada por veterinários por meio de uma licença provisória e, agora, recebeu o aval definitivo do Ministério da Agricultura, tornando-se a primeira registrada contra a leishmaniose visceral canina do mundo.

“Quanto maior for a quantidade de cães vacinados em uma área endêmica, mais difícil será a transmissão da doença”
A injeção não protege humanos, mas é eficaz para controlar a expansão da doença porque o cão é o principal reservatório do protozoário causador da leishmaniose, o Leishmania chagasi. O homem só se infecta ao ser picado por um mosquito birigui que tenha contraído o parasita ao picar um animal doente.

Testes feitos entre 2004 e 2006 em Belo Horizonte, Minas Gerais, e Araçatuba, São Paulo, demonstraram que houve redução de até 60% da incidência da doença em humanos depois da vacinação massiva de cães na região.

“Quanto maior for a quantidade de cães vacinados em uma área endêmica, mais difícil será a transmissão da doença”, afirma a pesquisadora responsável pela criação da Leishmune, a microbióloga Clarisa Palatnik, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


A leishmaniose visceral é transmitida ao cão e ao homem pelo mosquito birigui. (foto: Wikimedia Commons/ James Gathany)
A vacina mostrou ter eficiência de 95%, o que significa dizer que de cada 100 cães vacinados, 95 ficam protegidos contra a doença. Além de evitar que o cão desenvolva a leishmaniose, a nova vacina impede que o mosquito transmissor que pique o animal vacinado venha a alojar o protozoário e o retransmitir.

“Quando o inseto pica o cão vacinado, os anticorpos presentes no seu sangue por causa da vacina se alojam em seu organismo e esses anticorpos impedem que o parasita da leishmaniose complete o seu ciclo de vida”, explica Palatinik.


Fim dos sacrifícios
No Brasil, o tratamento para a leishmaniose canina é proibido e qualquer cão que contraia a doença tem que ser sacrificado, pois os tratamentos existentes não são 100% eficazes e deixam o animal infectante por alguns períodos, o que representa um risco para os humanos. Com a vacina, o risco do sacrifício cai quase a zero.

Apesar de já estar pronta e liberada para o uso por veterinários, Palatinik diz que ainda não recebeu proposta do governo ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fornecer doses para campanhas de vacinação.

A pesquisadora, que levou 23 anos para chegar à Leishmune, agora estuda uma forma de facilitar a sua produção. A vacina disponível no mercado usa uma proteína não infectante inteira do parasita para induzir a resposta do sistema imunológico. Palatinik trabalha para desenvolver uma vacina gênica, que use uma menor porção da proteína, de modo a tornar a produção em larga escala mais viável.

O estudo da vacina canina pode ajudar a obter informações relevantes para o desenvolvimento de uma para humanos
O estudo da vacina canina também pode ajudar a obter informações relevantes para o desenvolvimento de uma para humanos. “O ideal seria termos as duas vacinas, para humanos e para cães, mas temos que esperar ainda por resultados mais consistentes nos cães para passarmos para testes com humanos”, pontua Palatinik.

A pesquisadora afirma que os estudos para desenvolver uma vacina para humanos ainda são muito iniciais, mas avisa que duas empresas já a procuraram para aperfeiçoar a pesquisa com a vacina para cães e financiar estudos com vacinas para humanos.


Sofia Moutinho
Ciência Hoje On-line

Fonte:http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/12/em-definitivo/#

Deputado Mandetta substituirá Deputado Geraldo Resende no II Simpósio Sul-Mato-Grossense de Leishmaniose promovido pelo CRMV/MS

A presidente do CRMV/MS, Sibele Cação, conversou hoje, por telefone, com o Deputado Federal Geraldo Resende, que por compromissos de agenda, não poderá participar do II Simpósio Sul-Mato-Grossense de Leishmaniose, onde iria expor o Projeto de Lei 1.738/2011, que dispõe sobre a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose Animal.
Por indicação de Resende, Sibele Cação procurou a Deputado Federal Luiz Henrique Mandetta para substitui-lo, já que é o relator do projeto na Câmara do Deputados em Brasília.
“O Deputado Mandetta se colocou a disposição do CRMV/MS e confirmou sua participação em nosso Simpósio, no domingo de manhã, quando terá 1 hora e 30 minutos para discorrer sobre o andamento do projeto de lei e resultados da audiência pública ocorrida em Brasília, na última terça-feira”, afirmou Sibele.
Segundo Mandetta, será necessário promover mais audiências públicas, pois existem muitas dúvidas, por parte dos parlamentares, sobre a eficácia das vacinas e sua aplicabilidade como medida de controle da Leishmaniose pelo poder público. “Ainda queremos ouvir o Ministério da Agricultura, que tinha um compromisso firmado com o Ministério da Saúde de consulta-lo antes de conceder o registro definitivo à vacina contra Leishmaniose do laboratório Pfizer, e isso não ocorreu”, afirmou Mandetta agora a pouco, via celular, para a presidente do CRMV/MS.
Quanto à efetiva participação de Mandetta no Simpósio de Leishmaniose, todos estão na expectativa de seu comparecimento para esclarecer suas dúvidas relativas ao Projeto de Lei 1.738/2011.

Aprovada criação da Semana Nacional de Combate à Leishmaniose

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 7572/10, do Senado, que institui a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, em período que inclua o dia 10 de agosto.

Segundo o projeto, as celebrações terão os seguintes objetivos: estimular ações educativas e preventivas; promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmanionse; apoiar as atividades de prevenção e combate à leishmaniose organizadas pela sociedade civil; e, por fim, difundir os avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao combate à doença.

A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado (mosquito palha). O cão doméstico pode ser hospedeiro do parasita. Há dois tipos da doença: a cutânea, caracterizada por feridas na pele, e a visceral, que ataca vários órgãos internos.

O relator do projeto, deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), apresentou parecer pela aprovação.

O texto foi aprovado em caráter conclusivo e seguirá para sanção da Presidência da República, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário. O projeto também já foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura.

Íntegra da proposta:

PL-7572/2010

Fonte: O blog do Protógenes Queiroz / Agência Câmara de Notícias

domingo, 4 de dezembro de 2011

Votuporanga tem primeira morte por leishmaniose

Outra pessoa, também com a doença, segue internada na Santa Casa de Votuporanga

Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
A Secretaria Municipal de Votuporanga anunciou na tarde de ontem que foi confirmada a primeira morte de humano da história de Votuporanga por leishmaniose. Um homem, de 56 anos de idade, morador do Cecap II, caminhoneiro, faleceu no dia 29 de maio deste ano, após ficar por sete dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP. O diagnóstico da doença saiu apenas depois de sua autópsia e a Secretaria de Votuporanga foi comunicada na última segunda-feira.
Outro homem, também com leishmaniose, de 81 anos de idade, morador do Cecap I, caminhoneiro, segue internado na Santa Casa de Votuporanga e passa bem.
Mais quatro pessoas, duas crianças e dois adultos, aguardam os resultados dos exames para a confirmação da doença em Votuporanga.
Fabiana Parma, secretária de Saúde do município, disse que o aparecimento da doença em humanos na cidade já era prevista, porque municípios da região já registraram casos.

A matéria completa você confere na edição de hoje do Jornal A Cidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal A Cidade de Votuporanga. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O Jornal A Cidade De Votuporanga poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

sábado, 3 de dezembro de 2011

ASPECTOS CLÍNICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Diagnóstico Clínico
Lesões Cutâneas

Na apresentação cutânea da LTA as lesões de pele podem caracterizar a forma localizada (única ou múltipla), a forma disseminada (lesões muito numerosas em várias áreas do corpo) e a forma difusa. Na maioria das vezes a doença apresenta-se como uma lesão ulcerada única. Nas formas localizada e disseminada, a lesão ulcerada franca é a mais comum e se caracteriza por úlcera com bordas elevadas, em moldura.
O fundo é granuloso, com ou sem exsudação.
Em geral, as úlceras são indolores. Observam-se também outros tipos de lesão como úlcero-crostosa, impetigóide, ectimatóide, úlcero-vegetante, verrucosa, tuberosa, linquenóide e outras. Nestas formas, na fase inicial, é freqüente a linfangite e/ou adenopatia satélite, que poderia preceder a lesão de pele. Às vezes no cordão linfático podem se desenvolver nódulos, que se ulceram, lembrando a esporotricose.
As formas localizada e disseminada costumam responder bem à terapêutica tradicional. Na forma difusa, rara, as lesões são papulosas ou nodulares, deformantes e muito graves, distribuindo-se amplamente na superfície corporal, podendo assemelhar-se à hanseníase Virchowiana. Evolui mal por não responder adequadamente à terapêutica.
Lesões Mucosas

A apresentação mucosa da LTA é na maioria das vezes secundária às lesões cutâneas, surgindo geralmente meses ou anos após a resolução das lesões de pele. Às vezes, porém, não se identifica a porta de entrada supondo-se que as lesões sejam originadas de infecção subclínica. São mais freqüentemente acometidas as cavidades nasais, seguidas da faringe, laringe e cavidade oral. Portanto, as queixas mais comuns no acometimento nasal são obstrução, epistaxes, rinorréia e crostas; da faringe, odinofagia; da laringe, rouquidão e tosse; da cavidade oral, ferida na boca.
As lesões podem ser discretas com poucos sintomas, daí a necessidade de sempre se buscar a identificação de doença em mucosas. Ao exame clínico, pode-se observar nas mucosas atingidas infiltração, ulceração, perfuração do septo nasal, lesões ulcero vegetantes, ulcero crostosas em cavidades nasal, ulcero destrutivas. Poderá ocorrer destruição parcial ou total da pirâmide nasal e outras estruturas acometidas na boca. Outras mucosas, como língua e órgãos genitais, são raramente atingidas.
A presença de uma ou várias cicatrizes atróficas em pele ou história de úlcera cutânea com evolução prolongada, ao lado das queixas acima referidas, reforçam o diagnóstico clínico de leishmaniose mucosa. A ausência de cicatrizes não afasta a suspeita clínica de acometimento mucoso por leishmaniose.
A apresentação mucocutânea da LTA em que se verifica a presença de lesões associadas na pele e na mucosa, pode ser concomitante (o acometimento mucoso à distância da lesão ativa em pele), ou contígua (o comprometimento mucoso ocorre por extensão da lesão de pele situada próxima de mucosas).
O diagnóstico precoce de lesão mucosa é essencial para que a resposta terapêutica seja mais efetiva e sejam evitadas as seqüelas deformantes e/ou funcionais.
Comprometimento ganglionar

O comprometimento ganglionar pode ser primário (enfartamento de gânglios precedendo a lesão de pele) ou secundário (enfartamento de cadeia ganglionar na região da lesão de pele, após a identificação desta).
Diagnósticos Diferenciais

Nas lesões cutâneas, devem ser excluídas as úlceras traumáticas, as úlceras de estase, a úlcera tropical, úlceras de membros inferiores por anemia falciforme, piodermites, paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea. A hanseníase virchowiana deverá ser excluída, principalmente no diagnóstico diferencial da leishmaniose cutânea difusa.
Nas lesões mucosas, o diagnóstico diferencial deve ser feito com a paracoccidioidomicose, hanseníase virchowiana, rinoscleroma, bouba, sífilis terciária, granuloma médio facial e neoplasias.
Métodos Auxiliares de Diagnóstico

Baseiam-se na evidenciação do parasita e em provas imunológicas. O material para evidenciação do parasita nos diversos exames direto ou indiretos pode ser a pele, mucosa ou gânglios acometidos.
Exame parasitológico

A evidenciação do parasita é feita através de exames direto e indireto. Para a pesquisa direta são utilizados os seguintes procedimentos: escarificação, punção aspirativa e biópsia com impressão por aposição (*). O sucesso no encontro dos parasitas é inversamente proporcional ao tempo de evolução da lesão cutânea, sendo raro após 1 ano.
A escarificação pode ser realizada na borda da lesão ulcerada mais recente sem secreção purulenta ou na superfície da lesão não ulcerada, utilizando-se um estilete descartável, lâmina de bisturi estéril ou palito de madeira, com extremidade em bisel, previamente esterilizado. Com o material coletado, realiza-se um esfregaço em lâmina. Na medida do possível coletar material abundante para aumentar a chance de positividade.
A punção aspirativa pode ser realizada utilizando-se uma seringa de 5 ml e agulha de 25 x 8, com 3 ml de solução salina estéril. Em centros de referência este procedimento pode ser realizado na investigação de comprometimento ganglionar primário.
A impressão por aposição é realizada através da compressão do fragmento de tecido, obtido por biópsia, sobre uma lâmina microscópica, após retirada do exsudato em uma superfície absorvente. Tanto o esfregaço como a impressão devem ser realizados sobre lâmina de vidro previamente desengordurada e seca. O material coletado deve ser fixado em metanol durante 3 minutos e corado pelas técnicas de Giemsa ou Leishman.
Histopatologia

A biópsia pode ser feita com "punch" de 4 a 7 mm de diâmetro, ou em cunha, com o uso de bisturi. Nas lesões ulceradas deve-se preferir a borda da lesão que, em geral, mostra aspecto tumefeito e hiperêmico. O local a ser biopsiado deve ser limpo com água e sabão, álcool iodado ou álcool a 95%. Os parasitas, quando presentes, são encontrados em vacúolos intracitoplasmáticos dos macrófagos ou nos espaços intercelulares, geralmente isolados. O diagnóstico de certeza pela histopatologia somente é dado quando se identifica nos tecidos o parasita. A experiência brasileira, em termos globais, revelou não ser alta a sensibilidade deste método. Indiscutivelmente a sensibilidade aumenta quanto mais recente for o caso.
Cultivo

É um método de confirmação etiológica e permite a definição da espécie de Leishmania envolvida. O parasita cresce relativamente bem em meios de cultivo, como o NNN e o LIT entre 24° a 26° C. Após o quinto dia já podem ser encontradas formas promastigotas do parasita. Para manter o parasita por longo tempo, o meio de escolha é NNN, enriquecido com uma fase líquida de LIT-BHI. O material pode ser obtido por punção-aspirativa ou por biópsia. O material obtido através de punção-aspirativa pode ser inoculado diretamente no meio de cultivo, enquanto que o obtido por biópsia deve ser colocado em solução salina com antibióticos (5.000.000UI de Penicilina e 1g de estreptomicina ou garamicina 2g, por ml de solução salina) durante 24 horas, à temperatura de 4° C. Após este procedimento, coloca-se o material no meio de cultivo.
A Inoculação em animais de laboratório

O animal de escolha é o hamster (Mesocricetus auratus) e os locais de preferência são as extremidades, principalmente as patas posteriores. O inóculo deve ser obtido a partir de uma suspensão homogeneizada do material de biópsia em solução salina estéril. As lesões no hamster desenvolvem-se tardiamente, sendo este método reservado para pesquisas. A L.(L) amazonensis e a L. (V.) guyanensis são os parasitas mais fáceis de serem detectados pelos métodos parasitológicos descritos.
Diagnóstico imunológico: o diagnóstico imunológico pode ser feito através da:
Reação de Montenegro (IRM), que traduz a resposta alérgica de hipersensibilidade celular retardada. A reação de Montenegro é realizada através da inoculação intradérmica de 0,1ml do antígeno padronizado em 40ug N/ml, na face anterior do antebraço esquerdo na pele sadia 2 a 3 cm abaixo da dobra antecubital. A leitura deve ser feita após 48 a 72 horas. A reação é considerada positiva quando a induração resultante for igual ou maior que 5 milímetros. É um teste de grande valor preditivo devido à sua sensibilidade, sendo positivo em mais de 90% dos casos de LTA exceto nas áreas onde predomina a L.(L) amazonensis onde a positividade pode ser bem mais baixa. Pode apresentar-se negativa nos seguintes casos:
nos primeiros 30 dias após início das lesões, excepcionalmente se prolongando;
nos casos de leishmaniose disseminada pode também ser negativa, positivando-se no decorrer do tratamento;
na Leishmaniose cutâneo-difusa;
na Leishmaniose Visceral;
em pacientes imunodeprimidos.
A reação de Montenegro pode ser positiva por exposição prévia ao parasita, sem aquisição da doença. Em população de área endêmica, na ausência de lesão ativa ou cicatriz, a positividade do Montenegro varia ente 20% e 30%. A positividade ao teste de Montenegro tem maior expressão no diagnóstico em pacientes recentemente introduzidos em áreas endêmicas. A reação de Montenegro geralmente permanece positiva após a cicatrização da lesão cutânea tratada ou curada espontaneamente. Nas lesões mucosas a positividade ao teste de Montenegro é mais intensa, podendo ocorrer até ulceração e necrose local.
Imunofluorescência indireta (IFI) e testes imunoenzimáticos (ELISA), expressam os níveis de anticorpos circulantes sendo realizadas em centros de referência. A positividade destes exames está associada ao tempo de evolução da doença sendo mais freqüente em presença de comprometimento de mucosas.
Tratamento

Os antimoniais pentavalentes são indicados para o tratamento de todas as formas de leishmaniose tegumentar, embora as formas mucosa e mucocutânea exijam maior cuidado, por apresentarem respostas mais lentas e maior possibilidade de recidivas. Visando padronizar o esquema terapêutico, a OMS recomenda que a dose deste antimonial seja calculada em mg/SbV/Kg/dia, SbV significando antimômio pentavalente. O antimonial - N- metil glucamina, apresenta-se, comercialmente, em frasco de 5ml, que contém 1,5g do antimonial bruto, correspondente a 425mg do antimônio pentavalente (SbV - antimônio pentavalente). Portanto, 1 ampola com 5ml tem 425mg de SbV, e cada ml contém 85mg de SbV. Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelos antimoniais pentavalente, as drogas de segunda escolha são a Anfotericina B e a Pentamidina.
Antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime) (droga de 1ª escolha):
Lesões Cutâneas

Nas formas localizada e disseminada a dose recomendada varia entre 10mg a 20mg SbV/Kg/dia. Sugere-se 15mg SbV/Kg/dia, para o adulto e 20 mg SbV/Kg/dia para crianças durante 20 dias seguidos. Se não houver cicatrização completa após três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha. Na forma difusa a dose é de 15mg/SbV/Kg/dia, durante 20 dias seguidos. Na fase inicial, pode responder ao antimonial, porém são freqüentes as múltiplas recidivas, sendo necessário encaminhar o paciente para serviços especializados.
Lesões Mucosas

Em todas as formas de acometimento mucoso a dose recomendada é de 20mg/SbV/Kg/dia, durante 30 dias seguidos, de preferência em ambiente hospitalar. Se não houver cicatrização completa após três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha.
Modo de Aplicação

As aplicações devem ser por via parenteral, intramuscular ou endovenosa, no final do dia, para possibilitar o repouso após a aplicação. Por via intramuscular podem apresentar o inconveniente da dor local. Sugere-se, então, alternância dos locais de aplicação. Por via endovenosa, não há necessidade de diluição. A aplicação, com agulha fina, deve ser lenta (duração de 5 minutos).
Contra-indicações

Não deve ser administrado em gestantes e portadores de tuberculose pulmonar e malária. Nos casos de tuberculose pulmonar ou malária deve ser efetuado o tratamento destes primeiramente. Há restrições para o tratamento de portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias e Doença de Chagas, havendo necessidade de avaliação e monitorização rigorosa para orientação da conduta terapêutica.
Efeitos Colaterais

Podem ocorrer um ou mais efeitos colaterais, na seguinte ordem de freqüência: artralgia, mialgia, inapetência, náuseas, vômitos, plenitude gástrica, epigastralgia, pirose, dor abdominal, prurido, febre, fraqueza, cefaléia, tontura, palpitação, insônia, nervosismo, choque pirogênico, edema, insuficiência renal aguda (IRA). Pode ainda ocorrer erupção de herpes zoster.
Essas queixas são, geralmente, discretas ou moderadas e raramente exigem a suspensão do tratamento. Porém, nas doses de 20mg/SbV/Kg/dia, o antimonial pode atingir o limiar de toxicidade, podendo levar a alterações cardíacas e/ou renais que obriguem a interrupção do tratamento. Por isso deve-se proceder ao acompanhamento eletrocardiográfico semanal e avaliação da função renal, especialmente em pacientes acima de 50 anos.
Algumas vezes, no início do tratamento, há uma exacerbação do quadro clínico, com aumento do infiltrado, eritema das lesões, aumento da secreção nasal e faríngea. Presume-se que isto decorra de uma resposta aos antígenos liberados com a morte do parasita (reação do tipo Jarich-Herxheimer). Em casos de lesões de laringe, pode ocorrer edema e insuficiência respiratória aguda. Por isso é aconselhável que a medicação seja administrada por equipe especializada, em paciente hospitalizado e com possibilidade de ser traqueostomizado com urgência.
Recomendações: é necessária a abstinência de bebidas alcoólicas durante o período de tratamento, devido a alterações hepáticas. Também é recomendável o repouso físico durante o tratamento.
Tratamento para crianças: emprega-se o mesmo esquema terapêutico utilizado para o tratamento de pacientes adultos, com a recomendação da dosagem de 20mg/SbV/Kg/dia devido à melhor tolerância da criança aos antimoniais. É necessário apenas uma avaliação em cada caso com vistas a orientar a escolha da melhor via de administração (intramuscular ou endovenosa).
Drogas de 2ª escolha
Anfotericina B (Fungizon)

É a droga de segunda escolha, empregada quando não se obtém resposta ao tratamento com antimonial pentavalente ou na impossibilidade de seu uso. É a mais eficaz nas manifestações mucosas da leishmaniose, sendo as recidivas menos freqüentes. É importante esclarecer que a medicação deve ser feita sob vigilância, em serviços especializados, com o paciente hospitalizado.
Dose

Inicia-se com 0,5mg/kg/dia, aumentando gradualmente até 1mg/Kg em dias alternados, sem contudo ultrapassar a dose total de 50mg em cada aplicação.
Deve ser administrada até atingir as seguintes doses totais:
na forma cutânea: 1 a 1, 5g; e
nas formas mucosa e mucocutânea: 2,5 a 3g.
Se necessário, a dose total poderá ser elevada, desde que o paciente esteja sob vigilância clínica rigorosa, acompanhada das provas laboratoriais (uréia, creatinina e potássio), que permitam avaliar, principalmente, a função renal. O exame ECG também deverá ser realizado. Realizar avaliação clínica e laboratorial no início do tratamento, com exames bioquímicos do sangue para avaliação das funções renal (uréia e creatinina) e hepática (dosagem de bilirrubinas, transaminases e fosfatase alcalina) e hemograma, seguindo-se reavaliações semanais durante o tratamento. Em idosos, a reavaliação da função renal e cardíaca deve ser feita duas vezes por semana.
Modo de Aplicação

Deve ser administrada por via endovenosa, gota a gota, lentamente (4 horas de infusão), diluída em soro glicosado a 5%, utilizando equipo em "Y", sendo um frasco com anfotericina e outro com 50 a 100mg de hidrocortisona, para a prevenção da flebite.
Contra-indicação: é contra-indicada a administração da anfotericina B em gestantes, cardiopatas, nefropatas e hepatopatas.
Efeitos Colaterais
São de ocorrência muito freqüente

Febre, anorexia, náuseas, vômitos e flebite, que podem ser atenuados ou evitados usando-se antipiréticos, antieméticos, ou 50 a 100mg de hidrocortisona, acrescentados ao soro.
Outros efeitos colaterais importantes que geralmente surgem no decorrer do tratamento são
Hipopotassemia, insuficiência renal, anemia, leucopenia, alterações cardíacas.
Pentamidina

É usada como medicamento alternativo nos casos que não respondem aos antimoniais pentavalentes ou na impossibilidade de seu uso. Tem-se obtido bons resultados, com baixas doses, na L. (V.) guyanensis.
Dose e Modo de Aplicação

Classicamente a dose recomendada é de 4mg/Kg/dia, por via intramuscular profunda, de 2 em 2 dias, recomendando-se não ultrapassar a dose total de 2g. O paciente deverá ficar em repouso 15 minutos antes e após as injeções.
Face à sua ação hipoglicemiante, a pentamidina deve ser administrada após a alimentação. Na Região Amazônica, em portadores de L. (V.) guyanensis, tem-se obtido bons resultados terapêuticos, com a dose total de 720mg, cujos efeitos colaterais são mínimos. Cada frasco/ampola contém 300mg. Apresenta-se sob a forma de dois sais, o mesilato e o isotionato, dando-se preferência ao último, pelas vantagens que possui em relação ao outro, quanto aos efeitos colaterais.
Contra - indicação: gestantes e portadores de diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática e doenças cardíacas; e em crianças com peso inferior a 8 kg.
Efeitos Colaterais

As reações adversas mais freqüentes são: dor, induração e abcessos estéreis no local da aplicação, além de náuseas, vômitos, tonturas, adinamia, mialgias, cefaléia, hipotensão, lipotímias, síncope, hipoglicemia e hiperglicemia. O Diabetis mellitus pode se manifestar a partir da administração da dose total de 1 grama. Recomenda-se o acompanhamento clínico e a realização de exame bioquímico do sangue para avaliação das funções renal (dosagem de uréia e creatinina) e hepática (dosagem das transaminases, bilirrubinas e fosfatase alcalina), periodicamente, no curso do tratamento, bem como a dosagem da glicemia e o acompanhamento eletrocardiográfico antes, durante e no final do tratamento. A glicemia deve ser acompanhada mensalmente, durante um período de seis meses, quando ultrapassar a dose total de 1g.
Critérios de cura: o critério de cura é clínico e recomenda-se que seja feito o acompanhamento mensal do paciente.
Forma cutânea

O critério de cura é definido pelo aspecto clínico das lesões: reepitelização das lesões ulceradas, regressão total da infiltração e eritema, até 3 meses após a conclusão do esquema terapêutico.
Forma mucosa

O critério de cura é clínico definido pela regressão de todos os sinais e comprovado pelo exame otorrinolaringológico, até 3 meses após a conclusão do esquema terapêutico. Na ausência do especialista, o clínico deve ser treinado para realizar pelo menos rinoscopia anterior. Nos locais onde não há clínico, o paciente deve ser encaminhado para o serviço de referência, para avaliação da cura.
Acompanhamento: o paciente deve retornar mensalmente à consulta durante três meses consecutivos após o término do esquema terapêutico para ser avaliada a cura.
Situações que podem ser observadas
Tratamento regular

Forma cutânea - é definido como aquele caso que utilizou 10 a 20 mg SbV/Kg/dia em até 30 dias, não ocorrendo intervalo superior a 72 h entre as doses.
Forma mucosa - é definido como aquele caso que utilizou 20 mg SbV/Kg/dia em até 40 dias, não ocorrendo intervalo superior a 72 h entre as doses.
Tratamento irregular

forma cutânea e mucosa - é definido como aquele caso que ultrapassou o tempo previsto para um tratamento regular ou que tenha ocorrido um intervalo superior a 72 horas entre as doses.
Falha Terapêutica - é definida como aquele caso que mesmo tendo realizado dois esquemas terapêuticos regulares não apresentou melhora clínica.
Recidiva: é definida como reaparecimento de lesão no mesmo local do processo anterior, a menos de um ano, após a cura clínica deste.
Abandono (sem seguimento do caso): paciente que não tendo recebido alta não compareceu até 30 dias após o terceiro agendamento para avaliação da cura. O 3º agendamento se refere ao 3º mês após o término no esquema terapêutico, período destinado ao acompanhamento do caso e a avaliação da cura.
Conduta frente às situações que podem ser observadas:
Tratamento regular

O paciente deve retornar mensalmente à consulta, durante três meses após o término do esquema terapêutico, para ser avaliado. Poderá receber alta no transcorrer deste período ou ser indicado o retratamento ao final de 3 meses.
Tratamento irregular

Caso o paciente tenha utilizado mais de 50% das doses preconizadas, observa-se as seguintes condutas:
Cura clínica

Alta
Melhora clínica

Observação por até 3 meses, quando será reavaliado para alta ou, ao final deste período, dar reinício ao esquema terapêutico completo;
Sem melhora

Iniciar de imediato o esquema terapêutico.
Caso o paciente tenha utilizado menos de 50% das doses prescritas, iniciar de imediato o esquema terapêutico completo, a não ser que se apresente clinicamente curado.
Abandono

Início do esquema terapêutico, a não ser que se apresente clinicamente curado.
ASPECTOS CLÍNICOS
Descrição
As manifestações clínicas da Leishmaniose Visceral refletem o equilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do sistema fagocítico mononuclear (SFM), a resposta imunitária do indivíduo e as alterações degenerativas resultantes desse processo. Desse modo, observa-se que muitos dos infectados apresentam forma inaparente ou oligossintomática da doença, e que o número de casos graves ou com o cortejo de sintomatologia manifesta é relativamente pequeno em relação ao de infectados. Para facilitar o estudo pode-se classificar o Calazar da seguinte forma:
Inaparente: paciente com sorologia positiva, ou teste de leishmanina (IDRM) positivo ou encontro de parasito em tecidos, sem sintomatologia clínica manisfesta.
Clássica
Cursa com febre, astenia, adinamia, anorexia, perda de peso e caquexia. A hepatoesplenomegalia é acentuada, micropoliadenopatia generalizada, intensa palidez de pele e mucosas, conseqüência de severa anemia. Observa-se queda de cabelos, crescimento e brilho dos cílios e edema de membros inferiores. Os fenômenos hemorrágicos são de grande monta: gengivorragias, epistaxes, equimoses e petéquias. As mulheres freqüentemente apresentam amenorréia. A puberdade fica retardada nos adolescentes e o crescimento sofre grande atraso nas crianças e jovens. Os exames laboratoriais revelam anemia acentuada, leucopenia, plaquetopenia (pancitopenia), hiperglobulinemia e hipoalbuminemia.
Oligossintomática
A febre é baixa ou ausente, a hepatomegalia está presente, esplenomegalia quando detectada é discreta. Observa-se adinamia. Ausência de hemorragias e caquexia.
Aguda
O início pode ser abrupto ou insidioso. Na maioria dos casos, a febre é o primeiro sintoma, podendo ser alta e contínua ou intermitente, com remissões de uma ou duas semanas. Observa-se hepatoesplenomegalia, adinamia, perda de peso e hemorragias. Ocorre anemia com hiperglobulinemia. Geralmente não se observa leucopenia ou plaquetopenia.
Refratária
Na realidade é uma forma evolutiva do Calazar clássico que não respondeu ao tratamento, ou respondeu parcialmente ao tratamento com antimoniais. É clinicamente mais grave, devido ao prolongamento da doença sem resposta terapêutica.
Os pacientes com Calazar, em geral, têm como causa de óbito as hemorragias e as infecções associadas em virtude da debilidade física e imunológica.
Diagnóstico Diferencial
Muitas entidades clínicas podem ser confundidas com o Calazar, destacando-se, entre elas, a Salmonelose de curso prolongado (associação de esquistossomose com salmonela ou outra enterobacteria), cujas manifestações clínicas se superpõem perfeitamente ao quadro da Leishmaniose Visceral. Em muitas situações, esse diagnóstico diferencial só pode ser concluído através de provas laboratoriais, já que as áreas endêmicas se superpõem em grandes faixas do território brasileiro. Soma-se a esta entidade outras patologias: malária, brucelose, febre tifóide, esquistossomose hepatoesplênica, forma aguda da doença de Chagas, linfoma, mieloma múltiplo, etc.
Complicações: várias complicações são citadas por autores brasileiros e estrangeiros, a seguir apontamos as complicações mais frequentes quais sejam:
Afecções pleuropulmonares, geralmente precedidas de bronquites
Complicações intestinais
Hemorragias gengivais
Traqueobronquites agudas
Anemia aguda em fase adiantada da doença, podendo levar o doente ao óbito
Tratamento
Os compostos antimoniais pentavalentes são considerados como primeira escolha no tratamento da leishmaniose visceral. As formulações de natimonial pentavalente (Sbv) disponíveis no mercado são à base de antimoniato N-metil-glucamina e estibogluconato de sódio.
Cada ampola de antimoiato N-metil-glucamina tem 5 ml, contendo 425 mg de Sbv. O estibogluconato de sódio apresenta-se também em ampolas de 5 ml, porám contendo 500 mg de Sbv.
O esquema terapêutico recomendado neste guia refere-se apenas ao antimoniato N-metil-glucamina, em razão da larga experiência de seu uso no país.
20 mg de Sbv Kg/dia, por via endovenosa ou intramuscular, com limite máximo de 4 ampolas/dia, por no mínimo 20 e no máximo 40 dias consecutivos.
Deve-se fazer acompanhamento clínico do caso e quando possível acompanhamento laboratorial para detecção de possíveis manifestações de intoxicação (hemograma e ECG).
Efeitos colaterais
Artralgias, mialgia, adinamia, anorexia, náuseas, vômitos, plenitude gástrica, pirose, dor abdominal, prurido, febre, fraqueza, cefaléia, tontura, palpitação, insônia, nervosismo, choque pirogênico, edema, herpes zoster, insuficiência renal aguda e arritmias. As manifestações digestivas de intolerância não conduzem à suspensão do tratamento e sim ao tratamento sintomático delas. Os pacientes com manifestações mais graves de intoxicação- arritmias - devem ser conduzidos a um serviço capaz de fazer o acompanhamento cardiológico e dar continuidade ao tratamento. Muitos pacientes são resistentes ao glucantime e devem ser tratados com Anfotericina B, sob orientação e acompanhamento médico em hospitais de referência, em virtude da toxicidade da droga. Outro medicamento disponível é a pentamidina, porém sua eficácia é bastante variável e pode causar efeitos colaterais severos. Os casos graves de Calazar devem ser internados e tratados em hospitais de referência. Os casos leves ou intermediários podem ser tratados em ambulatório.
Contra-indicações
Não deve ser administrado em gestantes, portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias, doença de Chagas e tuberculose pulmonar.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.
É uma zoonose em franca expansão geográfica no Brasil, sendo uma das infecções dermatológicas mais importantes, não só pela freqüência, mas principalmente pelas dificuldades terapêuticas, deformidades e seqüelas que pode acarretar. Ela vem ocorrendo de forma endêmico-epidêmica apresentando diferentes padrões de transmissão, relacionados não somente à penetração do homem em focos silvestres, freqüentemente em áreas de expansão de fronteiras agrícolas. Tem-se evidenciado a ocorrência da doença em áreas de colonização antiga. Nestas, tem-se discutido a possível adaptação dos vetores e parasitas a ambientes modificados e reservatórios. É importante problema de saúde pública pela sua magnitude, transcendência e pouca vulnerabilidade às medidas de controle.
Agente Etiológico: há diferentes subgêneros e espécies de Leishmanias, sendo as mais importantes no Brasil:
Leishmania (Leishmania) amazonensis: distribuída pelas florestas primárias e secundárias da Amazônia (Amazonas, Pará, Rondônia e sudoeste do Maranhão), particularmente em áreas de igapó e de floresta tipo "várzea". Sua presença amplia-se para o Nordeste (Bahia, Ceará, Piauí), Sudeste (Minas Gerais) e Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso).
Leishmania (Viannia) guyanensis: aparentemente limitada ao norte da Bacia Amazônica (Amapá, Roraima, Amazonas e Pará) e estendendo-se pelas Guianas, é encontrada principalmente em florestas de terra firme - áreas que não se alagam no período de chuvas.
Leishmania (Viannia) braziliensis: tem ampla distribuição - do sul do Pará ao Nordeste, atingindo também o centro-sul do país e algumas áreas da Amazônia Oriental. Na Amazônia, a infecção é usualmente contraída em áreas de terra firme.
Além destas, existem outras espécies de Leishmania recentemente descritas: L.(V) lainsoni; L. (V) naiffi, com poucos casos humanos no Pará; L.(V) shawi encontradas nos estados do Pará e Maranhão.
Reservatório: varia conforme a espécie da Leishmania:
Leishmania (Leishmania) amazonensis: marsupiais e, principalmente, o roedor "rato-sóia" (Proechymis), além do Oryzomys.
Leishmania (Vianna) guyanensis: vários mamíferos foram identificados como hospedeiros naturais, tais como a preguiça (Choloepus didactylus), o tamanduá (Tamanduá tetradactyla), marsupiais e roedores.
Leishmania (Viannia) braziliensis: até o momento não se conseguiu identificar definitivamente nenhum animal silvestre como reservatório; no entanto, é freqüente o encontro de várias espécies domésticas albergando, em proporção expressiva, o parasita, como o cão (Ceará, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo), eqüinos e mulas (Ceará, Bahia e Rio de Janeiro) e roedores domésticos ou sinantrópicos (Ceará e Minas Gerais).
Modo de Transmissão
O modo de transmissão é através da picada de várias espécies de flebotomíneos (mosquito palha, cangalhinha, tatuquira etc), pertencentes a gêneros (Lutzomyia), dependendo da localização geográfica. Assim como os reservatórios, os vetores também mudam de acordo com a espécie de Leishmania:
Leishmania (L) amazonensis: os vetores são Lu. flaviscutellata, Lu. reducta e Lu. olmeca nociva (Amazonas e Rondônia), que têm hábitos noturnos, vôo baixo e são pouco antropofílicos.
Leishmania (V) guyanensis: os vetores são Lu.anduzei, Lu. whitmani e Lu. umbratilis que é o principal vetor, costumando pousar durante o dia em troncos de árvores e atacar o homem em grande quantidade quando perturbado.
Leishmania (Viannia) braziliensis: em área silvestre o único vetor demonstrado transmissor foi o Psychodopigus wellcomei, encontrado na Serra dos Carajás, altamente antropofílico, picando o homem mesmo durante o dia e com grande atividade na estação das chuvas. Em ambientes modificados, rural e peri domiciliar, são mais freqüentemente implicadas a Lu. whitmani, Lu. intermedia, Lu. migonei.
Período de Incubação: em média, de 1 mês, pode ser mais curto (2 semanas) ou mais longo (de 6 a 12 meses).
Distribuição
A LTA encontra-se, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre as seis doenças infecto-parasitárias de maior importância.
Distribui-se amplamente no continente americano, estendendo-se do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. No Brasil, tem sido assinalada em praticamente todos os estados, constituindo, portanto, uma das afecções dermatológicas que merece maior atenção. Na década de 50, houve uma diminuição geral da ocorrência da LTA, porém o número de casos vem crescendo progressivamente nos últimos 20 anos, descrevendo-se surtos nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (estado do Paraná), caminhando para ampla endemicidade. Surtos são associados à derrubada de matas para construção de estradas e criação de povoados em regiões pioneiras. Desta forma, a Leishmaniose Tegumentar é, fundamentalmente, uma zoonose de animais silvestres, que pode atingir o homem ao entrar em contato com os focos zoonóticos. Neste caso o maior número de acometidos é de adultos jovens, do sexo masculino, que desempenham atividades de risco (garimpo, desmatamento, atividades extrativistas), nas regiões Norte e Centro-Oeste. Também ocorre casos de Leishmanioses em outras regiões do país em áreas de colonização antiga, não associadas à derrubada de matas. Neste padrão, cães, eqüinos e roedores parecem ter papel importante como reservatórios do parasito.
O perfil dos pacientes apresenta mudanças, atingindo pessoas de todos os sexos e idades. Em 10 anos - 1987 a 1996, foram notificados em média 28.000 casos anuais de Leishmaniose Tegumentar Americana.
A Leishmaniose Visceral é, primariamente, uma zoonose que afeta outros animais além do homem. Sua transmissão, inicialmente silvestre ou concentrada em pequenas localidades rurais, já está ocorrendo em centros urbanos de médio porte, em área domiciliar ou peri-domiciliar. É um crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica.
É também conhecida como Calazar, Esplenomegalia Tropical, Febre Dundun, dentre outras denominações menos conhecidas. É uma doença crônica sistêmica, caracterizada por febre de longa duração e outras manifestações, e, quando não tratada, evolui para óbito, em 1 ou 2 anos após o aparecimento da sintomatologia.
Agente Etiológico

No Brasil, é causada por um protozoário da família tripanosomatidae, gênero Leishmania, espécie Leishmania chagasi. Seu ciclo evolutivo é caracterizado por apresentar duas formas: a amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em vertebrados, e a forma promastígota, que se desenvolve no tubo digestivo dos vetores invertebrados e em meios de culturas artificiais.
Reservatórios

No Brasil, os mais importantes reservatórios são o cão (Canis familiaris), e a raposa (Dusycion vetulus), que agem como mantenedores do ciclo da doença. O homem também pode ser fonte de infecção, principalmente quando o Calazar incide sob a forma de epidemia. Os cães infectados podem ou não desenvolver quadro clínico da doença, cujos sinais são: emagrecimento, eriçamento e queda de pêlos, nódulos ou ulcerações (mais freqüentes nos bordos das orelhas), hemorragias intestinais, paralisia de membros posteriores, ceratite com cegueira e caquexia. Pode evoluir para morte, nos casos mais graves. O reconhecimento das manifestações clínicas destes reservatórios é importante para adoção de medidas de controle da doença. Os canídeos apresentam intenso parasitismo cutâneo, o que permite uma fácil infecção do mosquito, e, por este fato, são os mais importantes elos na manutenção da cadeia epidemiológica
Modo de Transmissão

A Leishmaniose Visceral é uma antropozoonose transmitida pelo inseto hematófago flebótomo Lutzomia longipalpis, mosquito de pequeno tamanho, cor de palha, grandes asas pilosas dirigidas para trás e para cima, cabeça fletida para baixo, aspecto giboso do corpo e longos palpos maxilares. Seu habitat é o domicílio e o peridomicílio humano onde se alimenta de sangue do cão, do homem, de outros mamíferos e aves. As fêmeas têm hábitos antropofílicos, pois necessitam de sangue para desenvolvimento dos ovos.
Durante a alimentação, introduzem no hóspede, através da saliva, um peptídeo que se considera um dos mais potentes vasodilatadores conhecidos. Após 8 a 20 dias do repasto, as leishmanias evoluem no tubo digestivo destes mosquitos, que estarão aptos a infectar outros indivíduos.
Período de Incubação: varia de 10 dias a 24 meses, sendo em média 2 a 4 meses.
Período de Transmissibilidade: não ocorre transmissão direta de pessoa a pessoa. O homem pode transmitir a doença através dos insetos transmissores, na condição conhecida como Leishmaniose dérmica pós-calazar. A principal transmissão se faz a partir dos reservatórios animais enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante.
Suscetibilidade e Imunidade

A suscetibilidade é universal, atingindo pessoas de todas as idades e sexo. Entretanto, a incidência é maior em crianças. Existe resposta humoral detectada através de anticorpos circulantes. O Calazar é uma infecção intracelular, cujo parasitismo se faz presente nas células do sistema fagocitário mononuclear, com supressão específica da imunidade mediada por células, que permite a difusão e a multiplicação incontrolada do parasitismo. Só uma pequena parcela de indivíduos infectados desenvolve sintomatologia da doença. A infecção, que regride espontaneamente, é seguida de uma imunidade duradoura que requer a presença de antígenos, de onde se conclui que as leishmanias ou alguns de seus antígenos estão presentes no organismo infectado durante longo tempo de sua vida, depois da infecção inicial. Esta hipótese está apoiada no fato de que indivíduos imunossuprimidos (AIDS ou uso de drogas imunossupressoras) podem apresentar quadro de Calazar muito além do período habitual de incubação.
Distribuição, Morbidade, Mortalidade e Letalidade

Nas Américas, a Leishmania chagasi é encontrada desde os Estados Unidos da América do Norte (só um foco canino) até o norte da Argentina. Casos humanos ocorrem desde o México até a Argentina. No Brasil, é uma doença endêmica, mas ocorrem surtos com alguma freqüência. Está distribuída em 17 dos 27 estados da federação, atingindo quatro das 5 regiões brasileiras. Sua maior incidência encontra-se no Nordeste com 92% do total de casos, seguido pela região Sudeste (4%), a região Norte (3%), e, finalmente, a região Centro-Oeste (1%). Doença, inicialmente de distribuição rural e em pequenos centros urbanos, encontra-se em franca expansão para focos urbanos no Brasil.
Assim, observou-se no início da década de 80 surto epidêmico em Teresina e, de lá para cá, já se diagnosticou casos autóctones em São Luís do Maranhão, Fortaleza, Natal, Aracaju, Belo Horizonte, Santarém e Corumbá.
Tem-se registrado em média cerca de 1.980 casos por ano. O coeficiente de incidência da doença tem alcançado 20,4 casos/100.000 habitantes em algumas localidades de estados nordestinos, como Piauí, Maranhão e Bahia. As taxas de letalidade, que vêm sendo anotadas, chegam a 10% em alguns locais.
Calazar ou Febre Dum-Dum
É uma protozzose pela Leishmaniose donovani, que é transmitida pelos mesmos mosquitos vetores da leishmaniose tegumentar, ou seja, do gênero Lutzomya (antigamente, Phlebotomus).
Provoca febre, ascite (barriga d'água), hepatomegalia (grande fígado), esplenomegalia (aumento do baço), emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias.
É muito mais grave que a leishmaniose tegumentar, mais felizmente é muito mais rara, na proporção de 1 para 20 casos notificados em nosso país.
As medidas profiláticas são as mesmas da leishmaniose tegumentar.
LEISHMANIOSE VISCERAL
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Diagnóstico Sorológico
O exame sorológico é o procedimento de detecção mais fácil e eficiente para o diagnóstico do Calazar. As provas mais sensíveis, confiáveis e de fácil execução são a de imunofluorescência e a de ELISA, que podem ser realizadas na rede de laboratório do SUS.
Diagnóstico Parasitológico
Os exames são realizados de material retirado preferencialmente do baço e da medula óssea. O material deve ser colhido por punção e exige profissional treinado para praticá-la. O material pode ser examinado em lâminas coradas, inoculado em cultura ou em hamster, ou cultivado em meios apropriados.
Exames Complementares
Devido às alterações que ocorrem nas células sangüíneas e no metabolismo das proteínas é importante que se realize alguns exames laboratoriais, que servem não só para auxiliar na suspeição diagnóstica, mas também como acompanhamento do processo de cura do paciente.
Hemograma
Pode evidenciar, dependendo da forma clínica, uma pancitopenia: diminuição do número total de hemáceas, leucopenia com linfocitose relativa e plaquetopenia.
Dosagem de proteínas: há uma forte inversão da relação albumina/globulina, com padrões tão acentuados quanto no mieloma múltiplo.
Reação do formol-gel: positiva.
Fonte: gov.br