Grande Otelo

Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.
Apoio de várias celebridades

Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.
sábado, 9 de agosto de 2025
Campanha "Diga Não à Leishmaniose" completa 20 anos como referência no combate à doença negligenciada
Há exatos 20 anos, uma ligação telefônica mudaria para sempre a vida da assessora de imprensa Marli Pó. Do outro lado da linha, o estilista e apresentador Clodovil Hernandes trazia um alerta sobre uma doença misteriosa que atingia seus cães - a leishmaniose. Esse momento marcou o nascimento da Campanha "Diga Não à Leishmaniose", que hoje se consolida como uma das mais importantes iniciativas de saúde pública voltadas para essa zoonose negligenciada no Brasil.
De caso pessoal a movimento nacional
O cão Grande Otelo, um dos mascotes de Clodovil, tornou-se o primeiro caso emblemático da campanha, Foi presenteado a sua assessora, e seus irmãos e pais foram diagnosticados e tratados a tempo. "Aquela ligação foi um divisor de águas, ele me disse: Marli, leva o Otelo em um veterinário, seus irmãos e pai contraíram a doença aqui em Ubatuba! Um choque! Descobrimos uma doença que poucos conheciam, mas que mata silenciosamente", relembra Marli Pó, idealizadora e coordenadora da iniciativa.
Ao longo dessas duas décadas, a campanha perdeu importantes apoiadores, como o próprio Clodovil e a apresentadora Hebe Camargo, mas ganhou força como um movimento plural. "É como um filho que cresceu e tomou seu lugar no mundo", emociona-se Marli.
Números que assustam
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a leishmaniose visceral, forma mais grave da doença, tem taxa de letalidade que pode chegar a 90% sem tratamento. No Brasil, apenas entre 2012 e 2022, foram registrados mais de 35 mil casos humanos, com mortalidade superior à dengue em algumas regiões.
"O maior desafio sempre foi a desinformação. A doença não escolhe classe social, mas poucos sabem como prevenir", explica a coordenadora. A campanha já alcançou mais de 530 mil pessoas apenas através de seu blog, criado em 2011, além de manter um site informativo e realizar eventos por todo o país.
Articulação multissetorial
O sucesso da iniciativa se deve a uma rede de apoio incomum. O grupo BRASILEISH, formado por veterinários e advogados, trabalha na linha de frente dos direitos dos animais e humanos afetados. Entidades como a OAB e o Rotary Club incluem a pauta em seus calendários oficiais.
No campo artístico, nomes como, Daniela Albuquerque, Flavia Noronha, Hebe Camargo, Karin Hils, Aine Wirley, Camila Camargo, Saulo Meneghetti, e o ator Nico Puig - que chegou a ceder sua casa para um evento beneficente - deram visibilidade à causa. O grafiteiro Crânio contribuiu com obras de arte que se tornaram símbolos da campanha. Todos eles foram fotografados pelo renomado fotógrafo de pets argentino, Lionel Falcon.
Tecnologia a serviço da prevenção
A parceria com a Scalibor trouxe uma importante ferramenta de combate: coleiras impregnadas com inseticida que repelem e matam o mosquito-palha, vetor da doença. "É uma solução tripla: protege o animal, elimina o transmissor e ainda combate carrapatos", explica Marli.
Os próximos 20 anos
Para celebrar a data, a campanha prepara novidades que serão anunciadas em breve. "Já superamos muitos obstáculos, mas o trabalho continua. Cada vida salva é nossa maior recompensa", finaliza a coordenadora.
Serviço:
Site oficial: www.diganaoaleishmaniose.com.br
Redes sociais: [@diganaoaleishmaniose]
Sobre a Leishmaniose:
Doença transmitida pelo mosquito-palha que afeta humanos e animais. Sintomas incluem febre prolongada, perda de peso e aumento do baço. A forma visceral pode ser fatal se não tratada.
#DigaNãoÀLeishmaniose #20AnosDeConscientização #SaúdePública
sábado, 3 de maio de 2025
Cidade de Tupã registra primeiro caso de leishmaniose em 2025
A cidade de Tupã (SP) confirmou o primeiro caso de leishmaniose em humanos em 2025. A vítima é uma criança de dois anos, que está internada em Marília com quadro de saúde estável.
O caso acende o alerta para a proliferação da doença na região. Este é o segundo registro de leishmaniose em humanos no centro-oeste paulista em 2025. O primeiro foi em Marília, envolvendo um homem de 51 anos diagnosticado com a forma visceral da doença.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Tupã, equipes seguem atuando em nível máximo de alerta, com ações voltadas ao combate às arboviroses e outras doenças transmitidas por insetos.
O Diretor do departamento de Vigilância em Saúde de Tupã, Robson Luis Pereira da Silva, explicou ao TN1 que a prefeitura está intensificando as ações de combate à leishmaniose, especialmente no bairro Jamil Dualibi: "Esses trabalhos, eles consistem em uma busca ativa, tanto de suspeitos em cães como suspeitos em seres humanos nessa região".
Robson também destacou que o mosquito-palha, transmissor da doença, se prolifera em ambientes diferentes do Aedes aegypti, causador da dengue.
"A mosca, do mosquito palha, fica em ambiente com resto de matéria orgânica, sujidades, folhas. A gente pede para que a população nos ajude nesse combate. O Poder Público faz as intensificações, faz as orientações, faz as buscas ativas, mas também depende da população estar limpando os seus quintais e tirando essas sujidades do fundo dos seus quintais".
A prefeitura de Tupã informou que segue monitorando a situação e intensificando as ações de combate na região onde o caso foi confirmado.
Sobre a doença
A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos aos seres humanos e animais por meio da picada de insetos infectados, conhecidos como flebotomíneos ou mosquito-palha.
Segundo especialistas, a forma visceral é a mais grave, podendo afetar órgãos como baço, fígado e medula óssea. Se não tratada, pode ser fatal.
Entre os principais sintomas estão febre persistente, perda de peso, fraqueza, aumento do fígado e do baço e anemia. Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato.
O diagnóstico da leishmaniose pode envolver exames clínicos, testes sorológicos e biópsias. O tratamento, que deve ser acompanhado por profissionais de saúde, visa eliminar o parasita do organismo e pode variar de acordo com a forma da doença e as condições do paciente.
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