Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Prevenção da leishmaniose

Comissão aprova Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose

Vacina Leish-TEC, da Hertape Calier, é a única registrada no MAPA, recomendada pelo Ministério da Saúde como proteção individual para cães contra a Leishmaniose Visceral
A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados, aprovou no final de março parecer favorável à Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose animal. O Projeto de Lei n1.738, proposto em julho de 2011 e que agora aguarda parecer de mais três comissões, demonstra a importância que o tema conquistou no debate público nacional.
A medida representa um grande incentivo ao esforço de pesquisa e desenvolvimento para oferecer à saúde pública do Brasil, a Leish-TEC, uma vacina apta a previnir e controlar essa grave doença. A vacina teve seu registro aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), ainda em 2007. Após um longo período de testes, deu-se a comprovação de sua eficácia em janeiro de 2013, por meio da aprovação conjunta com o Ministério da Saúde (, que passou a recomendar a Leish-TEC como medida de proteção individual para cães contra Leishmaniose Visceral.
A vacina Leish-TEC é resultado de um premiado estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com o título de “Vacina recombinante contra a Leishmaniose Visceral”, foi vencedor do prêmio Bom Exemplo de Ciência, concedido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, a Fundação Dom Cabral, o Jornal O Tempo e a TV Globo Minas.
O estudo, que concorreu com outros 100 projetos, também obteve reconhecimento do prêmio Péter Murányi 2014 de Saúde. O prêmio internacional, que pela primeira vez desde 2002 agraciou um produto veterinário, é direcionado a pessoas ou organizações, de qualquer parte do mundo, que tenham se destacado na promoção do bem estar de populações situadas abaixo do paralelo 20 de latitude norte, especialmente o Brasil, seja no tocante à saúde, alimentação, educação e desenvolvimento científico e tecnológico.
A doença. A leishmaniose visceral é considerada uma das principais zoonoses emergentes no Brasil, gerando enorme impacto na saúde pública e comoção social pela morte de muitos cães infectados. Causada pelo protozoário Leishmania chagasi, o cachorro é o principal reservatório urbano capaz de infectar o vetor (inseto) transmissor da doença. Devido ao convívio com o animal doméstico, o ser humano torna-se vulnerável à infecção transmitida pela picada do flebotomíneo Lutzomya longipalpis, popularmente conhecido como mosquito-palha ou birigui. 
Os sintomas apresentados pelo animal infectado podem variar de dermatite a úlceras nas orelhas e focinho, lesões oculares, emagrecimento, fadiga, febre, anemia, entre outras. Já no ser humano, os principais sintomas são febre intermitente, com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.
Embora seja curável no ser humano, a leishmaniose visceral causa a morte de até 10% das pessoas infectadas e milhares de cães todos os anos. Por esse motivo, a vacinação do animal é muito importante para prevenção e controle da doença em animais e humanos.  
O caminho até a aprovação. A vacina Leish-TEC é produzida a partir da mais alta tecnologia recombinante, o que a torna um produto seguro para o animal, o proprietário e o veterinário. É, também, altamente imunogênica, pela capacidade de  resposta observada nos animais que receberam o produto. Mas se o diagnóstico já é difícil, pois os sintomas da Leishmaniose visceral são semelhantes a outras doenças, o controle e tratamento, tanto para animais quanto para humanos, também não são tarefas fáceis.
Na última década, diante do forte debate gerado entre especialistas sobre como tratar a questão, o MAPA e o Ministério da Saúde publicaram, em julho de 2007, a Instrução Normativa Interministerial Número 31, que aprovou o Regulamento Técnico para Pesquisa, Desenvolvimento, Avaliação, Registro e Renovação de Licenças, Comercialização e Uso de Vacina Contra Leishmaniose Visceral Canina.
A norma detalha três fases pelas quais uma vacina em desenvolvimento deve ser submetida antes de ser aprovada para uso, além de uma quarta fase para controle posterior. A Leish, registrada pelo o Laboratório Hertape Calier Saúde Animal (Juatuba/MG) passou por todas as etapas.
As Fase I e II dos estudos da vacina Leish-TEC demonstraram a ausência de reações adversas relevantes em animais sadios. Na Fase III foram feitos ensaios clínicos para avaliar a eficácia da vacina em previnir a infecção de cães em áreas de risco, também chamadas de áreas endêmicas. Nessa etapa, as estastísticas mostraram que mais de 96% dos animais vacinados foram protegidos contra a infecção.
Na última etapa, a Fase IV, foram feitos estudos de vigilância e pesquisa, após o registro do produto, para monitorar a possível ocorrência de efeitos adversos. Neste caso, foram registrados em apenas 0,04% do total de vacinas comercializadas no período, demonstrando a eficácia do produto.
A vacina Leish-TEC tornou-se, assim, a única no Brasil a cumprir a determinação da Instrução Normativa e ter o Estudo de Fase III aprovado pelas duas Instituições de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral no Brasil.
Fonte: AI, adaptado pela equipe cães&gatos.
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