Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

08/06/2015 20h00 - Atualizado em 09/06/2015 06h13

Casos de leishmaniose preocupam moradores de Itapissuma, PE

Este ano, a doença atingiu três pessoas na área rural do município.
Nove casos foram confirmados no estado, informa Secretaria de Saúde.

Do G1 PE
Moradores de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife, estão preocupados com a leishmaniose ou calazar, uma doença transmitida pelo mosquito palha. Este ano, a doença atingiu três pessoas na área rural do município e uma delas teria morrido de leishmaniose.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Igarassu, os casos foram registrados no assentamento Ubu, onde mora cerca de 50 mil famílias. Uma das moradoras que está com a doença é a filha do agricultor José Quirino, internada há 45 dias em um hospital no Recife. “Tava com frio e muita febre”, contou.

A dona de casa Josicleide Ferreira da Silva, que mora na mesma vila, mostrou o atestado do Hospital Miguel Arraes, onde a irmã dela, Severina Ferreira da Silva, 36 anos, morreu, no último dia 6 de maio, com a doença. Ela disse que os médicos demoraram dois meses para descobrir que Severina tinha leishmaniose.

“Os médicos só faziam estudar o caso dela. E ela de tanto tá sendo furada, optou por fazer o tratamento em casa. Eles ainda tentaram conseguir o remédio dela com o estado. Noventa ampolas, três por dia. Ela tomou com a enfermeira do posto. Só que no dia de tomar a última, ela estava muito fraca, debilitada e não aguento”, relatou Josicleide.

A leishmaniose é transmitida por um mosquito menor que o da dengue.  Ele costuma viver em lugares úmidos, escuros e onde há acúmulo de material orgânico. Um exemplo de criadouro seriam os galinheiros, comuns nesta região. Quando picados, os cães podem virar hospedeiros da doença.

De acordo com o governo do estado, nove casos foram confirmados em Pernambuco até o mês de abril. O caso de Dona Severina ocorreu em maio e, por isso, ainda não foi contabilizado. Os moradores estão assustados e alguns já sacrificaram cães antes da Secretaria de Saúde de Igarassu fazer o exame para saber se o animal está doente.

“O Estado disponibilizou uns kits rápidos para leishmaniose visceral canina. Só assim, com o resultado desse exame rápido, com o exame de sangue específico realizado no Lacen [Laboratório Central do Estado], é que a gente pode pegar os animais positivos e realizar o sacrifício. E assim evitar o sacrifício errado de animais que estão sadios. Já fizemos a ação de educação em saúde e vai ocorrer outras. Se mora em área onde há transmissão tem que fazer o exame mais específico”, afirmou Jaciara Santa, gerente de Vigilância Sanitária de Igarassu.
Morte sob investigação
Sobre a morte da paciente Severina Ferreira da Silva, a assessoria de imprensa do Hospital Miguel Arraes reforçou que ela não morreu no hospital e que vinha fazendo tratamento em casa e indo ao ambulatório da unidade para pegar remédios e fazer avaliação médica. A última vez em que esteve no hospital foi no dia 30 de abril, seis dias antes de morrer.

A assessoria também disse que Severina pode ter morrido de complicações provocadas por outra doença e explicou ainda que os médicos da unidade são capacitados para reconhecer e tratar da leishmaniose.

Já a Secretaria Estadual de Saúde informou que ainda está sob investigação a morte da paciente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário